A césar o que é de césar ou o menino de Deus
Helio Schwartsman

Publicado no Jornal Folha de São Paulo em 01/08/2001

É complicado o caráter evangélico que o governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PSB), vem tentando dar à sua possível candidatura à Presidência da República no ano que vem. Até acredito que evangélicos sejam perseguidos, mas garanto que não o são por mim. Tenho contra evangélicos o mesmo que tenho contra rabinos, padres e imãs, isto é, nada, desde que não procurem impor suas crenças a ninguém. O problema é que freqüentemente tentam fazê-lo. Garotinho deverá tentar "livrar-se" das acusações de ordem fiscal que pesam contra si colocando-se como vítima de uma suposta perseguição, um complô antievangélico. Não é impossível que com essa estratégia até infantil obtenha uma vaga no se- gundo turno e, dependendo de quem for seu adversário, consiga costurar uma santa aliança contra o comunismo ateu. Parece algo meio antiquado, datado, mas, como já afirmou o Malan, "no Brasil até o passado é incerto". (Pensata) [e]

Original em: http://www.uol.com.br/folha/pensata/ult510u25.shtml

Garotinho reclama de "terrível discriminação religiosa"
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2001/jul/31/254.htm

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