�ndia: nem Ex�rcito segura a f�ria da f�

Publicado no Jornal O Estado de S�o Paulo em 03 de mar�o de 2002

Passam de 400 os mortos depois de quatro dias de confrontos entre hindus e mu�ulmanos no Estado de Gujarat. O governo indiano mandou tropas para conter a viol�ncia, com ordem de atirar para matar. Mas bandos continuam espancando e queimando vivos os fi�is da comunidade oposta

O governo da �ndia refor�ou as tropas do Ex�rcito no Estado de Gujarat e deu ordens �s tropas de atirar para matar. Mas a viol�ncia entre hindus e mu�ulmanos completou quatro dias, ontem, sem sinais de tr�gua: desde quarta-feira, quando mu�ulmanos incendiaram um trem lotado de fi�is hindus que voltavam de uma vig�lia em um local sagrado em disputa, mais de 400 pessoas (inclusive as 48 v�timas do ataque ao trem) j� morreram no Estado de Gujarat, no oeste do pa�s. � a pior explos�o de viol�ncia inter-religiosa no pa�s desde 1993, quando conflitos entre as duas comunidades deixaram 800 mortos em Bombaim.

L�deres mu�ulmanos de Ahmedabad, a principal cidade de Gujarat, denunciavam ontem a complac�ncia das tropas para com os bandos de hindus que continuavam espalhando o terror por v�rias cidades da regi�o, saqueando e incendiando casas, lojas, restaurantes, mesquitas e escolas nos bairros dos mu�ulmanos.

Pelo menos sete deles, que trabalhavam em uma padaria na cidade de Vadodra, morreram queimadas ontem. Na v�spera, outros 122 mu�ulmanos haviam sido queimados vivos.

O balan�o oficial das autoridades de Gujarat continuava ontem na marca de 383 mortos, mas extra-oficialmente funcion�rios do governo local falaram em 415 ou at� 433 mortes desde o in�cio dos dist�rbios. Os hospitais da regi�o continuavam a receber levas de feridos, muitos deles queimados, a maioria mu�ulmanos.

"Queimar as pessoas vivas, inclusive mulheres e crian�as, � uma mancha na imagem do pa�s", apelou ontem o primeiro-ministro Atal Behari Vajpayee, em pronunciamento transmitido pela tev� para todo o pa�s. "Qualquer que tenha sido a provoca��o, as pessoas devem procurar manter a paz e agir com modera��o."

L�deres mu�ulmanos da regi�o responsabilizaram o governo federal, controlado pelo partido nacionalista hindu Bharatiya Janata, de Vajpayee, de omiss�o diante do massacre em Gujarat. "Em vez de nos proteger, os policiais davam apoio � turba e diziam que n�o podiam fazer nada", queixou-se Rafi Ahmad, morador de um bairro mu�ulmano de Ahmadabad.

O foco da tens�o inter-religiosa � Ayodhya, cidade sagrada onde fan�ticos hindus destru�ram h� dez anos uma mesquita para erguer no lugar um templo.

Ontem, autoridades locais confirmaram o in�cio da constru��o para o dia 15.

Gujarat, um dos Estados mais pr�speros da �ndia, � tamb�m - por ironia da hist�ria - o ber�o do Mahatma Gandhi, patriarca da independ�ncia do pa�s e pregador da n�o-viol�ncia e da toler�ncia entre etnias e religi�es. Gandhi n�o p�de evitar que os confrontos entre hindus e mu�ulmanos provocassem a divis�o da antiga �ndia brit�nica, ap�s a independ�ncia, e a cria��o do Paquist�o nas regi�es de maioria isl�mica. Nem o pr�prio Mahatma escapou: em 1948, um ano depois da independ�ncia, foi assassinado por um extremista hindu.

Hoje, os hindus s�o 82% dos mais de um bilh�o de habitantes da �ndia. Os mu�ulmanos s�o a principal minoria �tnico-religiosa, com 12% da popula��o, mas est�o espalhados pelo pa�s e s� formam a maioria em um Estado - a Caxemira, motivo de duas guerras entre �ndia e Paquist�o e hoje foco de terrorismo separatista, que as autoridades de Nova D�lhi atribuem a grupos ligados a Osama bin Laden.

Atiradores mataram 29 pessoas em um templo hindu na ter�a-feira, num incidente que pode reiniciar o ciclo de viol�ncia religiosa e tens�o entre a �ndia e o Paquist�o.

Reuters 24/09/2002

A pol�cia disse que mais de 70 pessoas ficaram feridas e outras cem podem estar presas dentro do templo de Akhsardham, em Gandhinagar, capital do Estado de Gujarat (oeste do pa�s).

O vice-primeiro-ministro Lal Krishna Advani atribuiu o ataque a "inimigos do pa�s" e disse que h� quatro crian�as e seis mulheres entre as v�timas.

Gujarat ainda se recupera dos confrontos de fevereiro e mar�o entre hindus e mu�ulmanos, que deixaram pelo menos mil mortos (a maioria seguidores do islamismo) no pior confronto entre as duas comunidades em uma d�cada.

A pol�cia disse que o ataque de ter�a-feira j� provoca tens�o em Ahmedabad, principal cidade do Estado. "As pessoas temem que algo v� acontecer durante a noite", disse o agente K.K. Mysorewala. Para evitar tumultos, o governo refor�ou o policiamento em todo o pa�s.

O grupo radical hindu Vishwa Hindu Parishad, ligado ao partido governista Bharatiya Janata estuda convocar uma greve geral estadual ou nacional em protesto.

Centenas de parentes das v�timas se concentraram em frente aos port�es do templo, enquanto equipes de emerg�ncia retiravam mortos e feridos.

"Ouvi um grande barulho e depois disparos. N�o sabia o que estava acontecendo. Ent�o os guardi�es do templo disseram que f�ssemos para uma sala", disse Gurumukh Palwani, 40, que conseguiu deixar o local ileso com seus dois filhos.

Segundo ele, havia cerca de 600 pessoas no local na hora do ataque, por volta de 16h30 (8h em Bras�lia).

O policial R.B. Rawal disse que eram tr�s atiradores, com armas autom�ticas.

O vice-premi� deu a entender que suspeita do Paquist�o, pois afirmou que o atentado tem rela��o com a Caxemira, regi�o de maioria mu�ulmana reivindicada por Islamabad.

O ataque coincide com a segunda rodada das elei��es estaduais na Caxemira, que at� agora transcorreram em relativa tranquilidade. Venakiah Naidu, presidente do partido Bharatiya Janata, disse que o atentado "pode at� mesmo ser uma retalia��o terrorista por frustra��o com o fracasso deles na Caxemira".

O ministro paquistan�s da Informa��o, Nisar Memon, condenou o atentado, "seja quem o tiver cometido", e atribuiu o incidente ao fracasso dos nacionalistas hindus na cria��o de uma sociedade tolerante em Gujarat.

O templo de Akshardham � visitado por cerca de 2 milh�es de pessoas por ano, segundo a seita hindu Swaminarayan, que o dirige. Dentro do imponente edif�cio rosa de mais de 30 metros h� uma imagem dourada do monge Swaminarayan, fundador da seita, que viveu no s�culo 18. Seus seguidores acreditam que o monge � uma reencarna��o do senhor Vishnu, deus hindu da preserva��o.

O escritor e jornalista iraniano Hachem Aghajari condenado � morte

TEER�, 7 nov (AFP) - O escritor e jornalista reformista iraniano Hachem Aghajari, politicamente ligado ao presidente Mohammad Khatami, foi condenado � morte por ter "insultado os profetas" e questionado os dogmas isl�micos, informou esta quinta-feira seu advogado Saleh Nikbaj.

O advogado disse � AFP que o tribunal da cidade de Hamedan (Oeste) emitiu a senten�a na v�spera.

Aghajari � membro da esquerdista e secular Organiza��o dos Mudjahedines da Revolu��o Isl�mica (OMRI) e muito ligado ao presidente reformista Khatami.

Foi detido em agosto passado depois de ter dito em um discurso que os mu�ulmanos n�o deveriam seguir "cegamente" os l�deres religiosos e pediu a "renova��o religiosa" do Isl� xi�ta.

Pena de morte contra professor no Ir� desata pol�mica

Publicado no Jornal O Estado de S. Paulo em 15 de novembro de 2002

Teer� - Cerca de 1.000 simpatizantes dos cl�rigos de linha-dura iranianos tomaram nesta sexta-feira as ruas de Teer� para pedir a execu��o da pena de morte de um professor condenado por blasf�mia por um tribunal isl�mico.

A senten�a contra Hashen Aghajari, um professor de Hist�ria e dissidente, resultou em cinco dias de manifesta��es de protestos na capital, com milhares de estudantes universit�rios exigindo a anula��o do veredicto. As manifesta��es a favor do professor foram interrompidas nesta sexta-feira.

O caso provocou um aumento da tens�o entre os reformistas, que lutam por uma maior liberdade pol�tica e social, e os conservadores, que controlam a pol�cia e o judici�rio.

Hossein Allahkaram, l�der do grupo de linha-dura Ansar-e-Hizbollah, que organizou a manifesta��o desta sexta, afirmou que Aghajari � um "ap�stata" que merece a morte. "Ele insultou os princ�pios de nossa religi�o e deve ser enforcado", afirmou.

Original em: http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/nov/15/100.htm

Alunos iranianos boicotam aulas contra condena��o de professor

Teer� - Milhares de estudantes universit�rios e alguns professores boicotaram as aulas nesta segunda-feira, em protesto contra a condena��o � morte de um destacado acad�mico, considerado culpado por insulto ao Isl� e questionamento aos cl�rigos conservadores. Alunos enfurecidos da Universidade Tarbiat-e-Modarres, onde Hashem Aghajari lecionava Hist�ria, sa�ram �s ruas para denunciar o que descreveram como o "veredicto medieval" emitido contra o professor.

"Voc�s podem nos cortar a l�ngua, voc�s podem nos prender como fizeram com muitos outros estudantes e acad�micos, mas voc�s n�o podem capturar nossos cora��es, n�o podem evitar nossa liberdade de express�o e pensamento", dizia o l�der estudantil Saeed Razavi, para em seguida ser aplaudido por uma multid�o.

Aghajari, detido desde agosto, foi condenado por insultar o profeta Maom� e questionar a interpreta��o do Isl� feita pelos cl�rigos conservadores que comandam o Poder Judici�rio no Ir�. Ele foi informado sobre seu sentenciamento � morte na �ltima quarta-feira.

O aiatol� Mahmoud Hashemi Shahroudi, chefe do judici�rio iraniano, qualificou as cr�ticas � decis�o como "ignorantes", mas lembrou que o veredicto pode ser derrubado em inst�ncias superiores. Na entrada da universidade, os alunos montaram um poste de madeira com uma corda para simbolizar uma forca. Uma faixa atada a ela dizia: "Seu crime foi revelar a verdade!"

Fonte: http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/nov/11/114.htm

Militantes isl�micos atacam estudantes no Ir�

da France Presse, em Teer� 19/11/2002

Um grupo de militantes isl�micos atacou com viol�ncia hoje centenas de estudantes que estavam reunidos no anfiteatro da Universidade Allameh, no norte de Teer�, para protestar contra a condena��o � morte do intelectual Hachem Aghajari por blasf�mia.

Os militantes isl�micos (conhecidos como bassiyis) atacaram os estudantes durante um discurso a favor do intelectual Aghajari e da liberdade de express�o, jogando cadeiras e arrancando carteiras dentro do anfiteatro. Ainda n�o se sabe se h� feridos.

Este ataque aconteceu duas horas depois de um tenso encontro na cidade universit�ria entre um grupo de 600 ativistas isl�micos e o mesmo n�mero de estudantes. A pol�cia, que estava do lado de fora da universidade, n�o interveio.

Fonte: http://www1.uol.com.br/folha/mundo/ult94u47949.shtml

PROTESTO CONTRA MISS MUNDO NA NIG�RIA J� TERIA FEITO 50 MORTOS

BBC BRASIL, 21-11-2002

Pelo menos 50 pessoas teriam morrido em violentos protestos na cidade de Kaduna, no centro-norte da Nig�ria, contra o concurso Miss Mundo, que deve ser realizado em dezembro na capital do pa�s, Abuja. O governo da Nig�ria decretou toque de recolher em Kaduna, que fica ao norte da capital. Ao longo do dia, jovens mu�ulmanos radicais ergueram barricadas com pneus em chamas, incendiaram casas e atacaram v�rias igrejas crist�s no bairro de Tadun Wada. Os protestos contra o concurso de Miss Mundo come�aram na quarta-feira, quando mu�ulmanos radicais incendiaram a sede de um jornal na cidade de Kaduna. O jornal havia publicado um artigo dizendo que o profeta Maom� teria se casado com a Miss Mundo se ainda estivesse vivo. [e]

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/021121_missamt.shtml

Protestos contra o Miss Mundo matam 105 na Nig�ria

Sexta, 22 de novembro de 2002, 06h26

Pelo menos 105 pessoas morreram e 521 ficaram feridas nos confrontos de Kaduna (Norte da Nig�ria), devido a manifesta��es de mu�ulmanos que se op�em � realiza��o do concurso de beleza "Miss Mundo" no pa�s. [...]

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,5502,OI70055-EI294,00.html

Estado mu�ulmano nigeriano pede morte de jornalista

Da AFP

O Estado de Zamfara (Norte da Nig�ria), de maioria mu�ulmana, emitiu nesta ter�a-feira uma "fatwa" (decreto religioso), que, segundo um porta-voz do Governo desse Estado, pedia aos fi�is que matem o autor do artigo publicado no jornal This Day sobre o concurso de Miss Mundo e considerado uma "blasf�mia" pelos mu�ulmanos. Uma s�rie de confrontos foram desencadeados na �ltima quarta-feira na Nig�ria, depois que o jornal This Day afirmou que o profeta Maom� ficaria encantado se casasse com uma das participantes do concurso de Miss Mundo, que seria realizado no pa�s. Para os mu�ulmanos nigerianos, esta afirma��o foi uma blasf�mia e jovens revoltados e indignados queimaram as instala��es do di�rio em Kaduna. Ap�s dias de combates, pelo menos 105 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas.

Arg�lia tem um dos finais de semana mais violentos em uma d�cada

Publicado no Jornal Folha de S. Paulo em 06/01/2003 da Reuters, em Argel (Arg�lia)

Em um dos fins de semana mais violentos em mais de uma d�cada na Arg�lia, rebeldes isl�micos suspeitos de ter liga��es com a Al Qaeda (a rede terrorista patrocinada por Osama Bin Laden) mataram pelo menos 58 pessoas, informou hoje a m�dia local.

jornal "Libert�" disse que combatentes da rede Al Qaeda se uniram ao grupo isl�mico argelino Salafistas pela Ora��o e pelo Combate para fazer uma emboscada a for�as do governo, matando 43 pessoas e ferindo outras 19 no s�bado (4).

"A informa��o sobre a participa��o de integrantes estrangeiros da Al Qaeda no massacre foi confirmada por v�rias fontes", disse a publica��o.

O ataque est� sendo considerado o pior epis�dio isolado nos �ltimos seis anos.

Ontem, suspeitos de serem rebeldes isl�micos mataram dois funcion�rios do governo e mais 13 pessoas de duas fam�lias, informou a m�dia.

A Arg�lia vem sendo sacudida pela viol�ncia desde o in�cio de 1992, quando as elei��es gerais, que seriam vencidas pelos islamitas, foram canceladas.

Desde ent�o, mais de 100 mil pessoas morreram, de acordo com o governo. Fontes independentes acreditam que os mortos nos conflitos passem de 150 mil.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters/ult112u26648.shtml

Estado da Nig�ria condena � morte autora de artigo sobre misses

Publicado na Folha Online em 26/11/2002

O Estado de Zamfara, no norte da Nig�ria, de maioria mu�ulmana, anunciou hoje um decreto religioso (fatwa) pedindo aos fi�is que matem a jornalista que escreveu um artigo sobre o concurso de Miss Mundo considerado uma blasf�mia pelos mu�ulmanos.

O decreto religioso � dirigido contra a jornalista Isioma Daniel, afirmou Umar Dangaladina, assessor de comunica��o do Estado de Zamfara. "O islamismo prev� a pena de morte contra qualquer pessoa, independentemente de sua f�, que insulte o profeta [...]. Consequentemente, o Estado aceitou esse veredicto que se aplica a Isioma. Essa � nossa posi��o", disse.

Daniel escreveu um artigo, publicado no dia 16 de novembro pelo jornal nigeriano "This Day", que sugeria que o profeta Muhammad (Maom�), fundador do islamismo, poderia se casar com uma das concorrentes ao t�tulo de Miss Mundo.

O artigo provocou na semana passada uma s�rie de protestos em diversas partes da Nig�ria, principalmente na cidade de Kaduna, no norte do pa�s. Os confrontos deixaram mais de 200 mortos e levou os organizadores do concurso de beleza a transferir a final do Miss Mundo para Londres.

Daniel se viu obrigada a apresentar sua demiss�o depois dos primeiros dist�rbios em Kaduna.

Segundo um porta-voz do jornal, ela teve de sair com urg�ncia da Nig�ria.

O "This Day" pediu desculpas a seus leitores no dia seguinte � publica��o do artigo e afirmou que um dos editores havia tentado retirar a frase considerada ofensiva antes da publica��o do jornal, mas que por raz�es t�cnicas o par�grafo saiu impresso.

Segundo Dangaladima, "o governo do Estado de Zamfara n�o teve a iniciativa de emitir a fatwa. A decis�o foi adotada depois de uma reuni�o entre o governo e 21 organiza��es isl�micas".

Ontem � noite, durante discurso pronunciado ante chefes religiosos em Gusau, capital do Estado de Zamfara, e transmitido pela r�dio nacional, o vice-governador Mamuda Aliyu Shinkafi declarou que, "como no caso de Salman Rushdie, o sangue de Isioma Daniel pode ser derramado". "� obrigat�rio para todos os mu�ulmanos, onde quer que se encontrem, considerar o assassinato da autora do artigo como um dever religioso", afirmou.

O escritor brit�nico de origem indiana Salman Rushdie tornou-se mundialmente conhecido em 1988, quando o ent�o l�der religioso do Ir�, o aiatol� Ruhollah Khomeini, decretou uma fatwa (decreto religioso, no caso uma senten�a de morte) contra ele.

Rushdie havia publicado o livro "Versos Sat�nicos", tido por Khomeini como uma blasf�mia contra o profeta Muhammad. Desde a senten�a, o escritor j� teve 30 endere�os diferentes.

Zamfara � o primeiro dos 12 Estados mu�ulmanos do norte da Nig�ria a reintroduzir progressivamente a lei isl�mica (charia) desde o retorno da democracia no pa�s, em 1999, apesar da oposi��o do governo federal.

ESCRITOR SALMAN RUSHDIE VOLTA A ATACAR "FANATISMO ISL�MICO"

Publicado na FOLHA ONLINE em 27-11-2002

Salman Rushdie, condenado � morte em 1989 pelos l�deres do Ir� por causa de seu livro "Os Versos Sat�nicos", escreveu em artigo no New York Times que outros "Rushdies" est�o surgindo no mundo para desafiar o "fanatismo isl�mico". Segundo ele, mu�ulmanos moderados est�o estranhamente "calados" em rela��o aos tr�s casos recentes de condena��o � morte por decreto religioso (f�twa). Os condenados foram a rep�rter nigeriana Isioma Daniel, durante o concurso Miss Mundo, o acad�mico reformista iraniano Hashem Aghajari e uma mu�ulmana holandesa que teve de fugir do pa�s depois de receber amea�as de morte por ter criticado homens mu�ulmanos de oprimirem as mulheres. [e]

Fonte: http://www1.uol.com.br/folha/reuters/ult112u25048.shtml

Outros Artigos:

No More Fanaticism as Usual, Salman Rushdie
http://www.nytimes.com/2002/11/27/opinion/27RUSH.html

Iran hardliners stage show of strength
http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/2507895.stm

L�deres crist�os criticam governo por mortes na Nig�ria
http://www1.uol.com.br/folha/bbc/ult272u16053.shtml

Rep�rter nigeriana condenada � morte deixa pa�s
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/nov/26/180.htm

Fatwa journalist 'flees Nigeria'
http://news.bbc.co.uk/2/hi/africa/2518159.stm

Governo da Nig�ria rejeita pena de morte para jornalista
http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/nov/26/233.htm

Conselho mu�ulmano rejeita 'fatwa' sobre jornalista
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/021128_nigeriamp.shtml

Top Nigerian Muslim Body Overrules Miss World Fatwa
http://abcnews.go.com/wire/US/reuters20021128_249.html

Terror em dia sagrado

Publicado no Jornal O Dia em 06 de dezembro de 2.002

Atentados nas comemora��es pelo fim do Ramad� deixam seis mortos na Indon�sia e no Paquist�o

JACARTA - O primeiro dia de comemora��es pelo fim do Ramad�, m�s sagrado dos mu�ulmanos, foi marcado ontem pela viol�ncia. Atentados e amea�as de ataques deixaram em estado de alerta pa�ses onde atuam grupos radicais isl�micos. Os epis�dios mais graves aconteceram na Indon�sia e no Paquist�o. No total, pelo menos seis pessoas morreram.

A cidade de Makassa, na Ilha de Sulawesi, Leste da Indon�sia, foi alvo de dois atentados. A primeira explos�o ocorreu �s 18h55 (8h55 em Bras�lia), no McDonald's do shopping de Ratuh Indah. A lanchonete estava lotada. Tr�s pessoas morreram e outras tr�s ficaram feridas, todas em estado grave.

Uma hora depois, uma bomba explodiu em um showroom de autom�veis num centro comercial a quatro quil�metros do McDonald's. Desta vez, a explos�o n�o deixou v�timas, mas destruiu quatro carros.

No Consulado da Maced�nia, em Karachi, no Sul do Paquist�o, o ataque a bomba deixou tr�s mortos. A a��o teria sido perpetrada pela rede terrorista Al-Qaeda. Embora nenhum grupo tenha assumido a autoria do atentado, slogans escritos nas paredes do consulado apontam para a organiza��o. A pol�cia investiga a hip�tese de retalia��o ao assassinato de sete paquistaneses na Maced�nia em mar�o.

Pol�cia afeg� evita explos�o em Mesquita

Em Cabul, no Afeganist�o, a pol�cia desativou explosivos e granadas na mesquita mais importante da cidade. As embaixadas brit�nica e americana no Qu�nia ficaram fechadas devido a amea�as de ataque.

Ataque contra igreja protestante deixa tr�s mortos no Paquist�o

Publicado no Jornal O Estado de S�o Paulo em 25/12/2002

Islamabad - Dois homens usando roupas femininas invadiram hoje uma igreja crist� na prov�ncia de Punjab e dispararam suas armas contra os fi�is que participavam de cerim�nias lit�rgicas natalinas, matando tr�s e ferindo onze.

Ataque semelhante ocorreu horas antes da �ndia, quando um grupo armado tomou de assalto um templo crist�o do Estado de Bengala Ocidental na noite de Natal e baleou seis fi�is. Ainda na �ndia, pela manh�, dois foguetes mataram duas pessoas (uma mulher e uma crian�a) e feriram pelo menos 40 em Gauhati, capital do Estado de Assan. Eles haviam sido lan�ados em dire��o a um mercado lotado da cidade, mas n�o alcan�aram o objetivo.

Ca�ram sobre um conjunto habitacional de ferrovi�rios. "Se tivessem atingido o mercado, estar�amos diante de uma grande trag�dia", comentou um agente.

Nos tr�s casos, tanto no Paquist�o quanto na �ndia, nenhum grupo extremista assumiu a autoria dos ataques. No caso do Paquist�o, no entanto, as autoridades acreditam que os autores sejam isl�micos.

Com roupas femininas e v�u na cabe�a, eles entraram na pequena igreja da vila de Chianwala, um sub�rbio da cidade de Daska (70 quil�metros ao norte de Lahore, capital do Punjab), e abriram fogo. Os feridos foram levados a um hospital estatal da regi�o.

Ainda hoje, a pol�cia paquistanesa encontrou a cem metros de um templo crist�o de Islamabad uma bolsa com muita muni��o - incluindo duas granadas de m�o. "N�o sei o que pretendiam, mas n�o h� nenhuma d�vida que estamos pagando o pre�o da campanha militar americana em territ�rio afeg�o", disse o pastor Irshad John.

Os ataques a igrejas crist�s no Paquist�o come�aram logo depois que os Estados Unidos iniciaram, no fim de 2001, sua campanha militar no Afeganist�o contra os taleban e a rede terrorista Al-Qaeda, do saudita Osama bin Laden. Pelo menos 30 pessoas morreram em conseq��ncia desses atentados.

Fonte: http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2002/dez/25/80.htm

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