Publicado no Jornal Folha de S. Paulo em
17 de julho de 2001
O corpo de uma prostituta de 25 anos foi
encontrado no último domingo (15) em um bairro nobre da
cidade santa de Machhad, no Nordeste do Irã. Com isso
sobe para 18 o número de mulheres assassinadas nos últimos
meses por uma quadrilha ligada aos meios religiosos fanáticos.
Como no caso das outras vítimas, a
mulher foi estrangulada por um lenço e o corpo estava
coberto com um chador negro (véu islâmico usado
pelas mulheres para cobrir todo o corpo). A idade das mulheres
assassinadas variava entre 25 50 anos.
Deputados de Machhad, cidade que é
centro de peregrinações para os muçulmanos
xiítas, pediram às autoridades que investiguem os
assassinatos e prendam os culpados. A Justiça e a polícia
formaram uma equipe especial para investigar os crimes.
Na últimas semanas, os meios de
comunicação divulgaram a descoberta e
desmantelamento de redes de prostituição em Teerã
e tambpem em Machhad. A prostituição, tanto
feminina como masculina, é proibida no Irã desde a
revolução islâmica de 1979.
Um oficial da polícia afirmou na última
semana que cinco suspeitos tinham sido identificados. No último
mês de abril, a polícia deteve um suspeito, Mehdi,
22, um operário que teria ligação com os
meios fanáticos religiosos. Na época da prisão,
Mehdi disse que estava de acordo com as mortes e afirma que a
sociedade deveria "ficar livre dessas mulheres corrompidas".
Original em:
http://www.uol.com.br/folha/mundo/ult94u26590.shl
Foi Publicado pela Revista VEJA, edição
de 8 de agosto de 2001
"Autor confesso do assassinato de
dezesseis prostitutas, o iraniano Saeed Hanayi recebeu
solidariedade inesperada: os aiatolás da cidade sagrada
de Mashhad aprovaram publicamente seus crimes. Hanayi, que
estrangulou suas vítimas com um lenço e depois as
enrolou com o xador, o manto preto obrigatório para
mulheres no Irã, disse que queria limpar o bairro onde
vivia em Mashhad, a 900 quilômetros de Teerã."
PUNIÇÃO MEDIEVAL
Iranianos são açoitados por
vender vídeos proibidos
Publicado no Site Terra em 11 de julho de
2001
Vinte pessoas foram publicamente açoitadas
no Irã, acusadas pelas autoridades de vender vídeos
e CDs obscenos. Segundo a agência oficial de notícias
da República Islâmica, um correspondente teria
visto as pessoas serem espancadas na praça Imam Khomeini,
no centro de Teerã.
Eles haviam sido condenados por uma corte
iraniana por vender material ilegal. Fitas e CDs de estilo
ocidental são ilegais sob lei de censura iraniana, assim
como imagens de mulheres nuas ou semi-nuas.
TURQUIA: ALUNA DE MEDICINA, SÓ
VIRGEM
Publicado no Jornal da Tarde em 19/07/2001
As enfermeiras e estudantes das escolas técnicas
de Saúde e faculdades de Medicina da Turquia estão
em pé-de-guerra contra o ministro da Saúde, Osman
Durmus. Ele decretou que as candidatas a esses cursos terão
de passar por testes para atestar sua virgindade, e poderão
ser excluídas se não passarem em novos testes
durante o curso. Durmus, que é médico, alega que o
código vai "garantir a segurança das mulheres
contra a prostituição". Em caso de suspeita,
as moças terão de fazer "teste de virgindade".
Quem for "reprovada" será expulsa da escola sem
direito de defesa.
Original em :
http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2001/07/19/int007.html
EGITO ENQUADRA 52 GAYS EM LEI CONTRA O
ESTADO
Publicado no Jornal O ESTADO DE S. PAULO,
19-07-2001
CAIRO - Cinqüenta e dois homens
presos em maio num barco-restaurante do Cairo freqüentado
por homossexuais foram acusados ontem pela Justiça egípcia
de crimes contra a religião e a moral e difusão de
idéias extremistas. A legislação do país
não faz referência ao homossexualismo como delito,
mas os juízes aplicaram a Lei de Emergência,
remetendo o caso para um tribunal especial de Segurança
do Estado. Com isso, eles podem receber penas mais duras do que
as de cortes civis. (EFE)
Original em:
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/07/19/int006.html
![{Ceticismo e Ativismo}](http://www.strbrasil.com.br/pics/ceticismobr.gif)