O verdadeiro nome de YMA SUMAC é Zoila Augusta Emperatriz Chávarri del Castillo, nascida a 10 de setembro de 1922, Ichocán, Cajamarca, Peru. Vítima de um câncer, faleceu aos 86 anos, dia 0l de novembro de 2008, Califórnia, Estados Unidos. O timbre de voz é o contralto que vai além das fronteiras dos Andes. É como se ouvisse Annie Haslam cantar e vocalizar em décadas passadas. A peruana de voz instrumental começou a carreira na década de 30. Já se dizia que ela era descendente direta de Atahualpa, último dos reis Incas, ganhando notoriedade pelo Cônsul Geral do Peru nos Estados Unidos. Nesse documento consta um certificado de entendimento e concordância que "Imma Summack [grafado assim mesmo] é descendente do Imperador Inca Atahualpa, havendo sido a mãe Dona Emília Atahualpa com descendência direta do útlimo Imperador Inca".
Num artigo publicado no jornal local "La Crónica", Lima - edição do mês de novembro de 1950 - relembra que Yma Sumac foi descoberta por um agente do governo peruano quando ela se apresentou no Festival Del Sol, diante de 25 mil espectadores. Essa apresentação aconteceu por volta de 1935, quando ela tinha seus 13 anos de idade. Para Zoila Augusta, aquele momento inusitado foi uma grande revelação como cantora mirim andina. Logo depois, passou a usar o tão consagrado nome artístico.
Casou-se em 1942 com Moisés Vivanco, em Arequipa, Peru. No ano seguinte, Yma e o marido foram para a Argentina preparar seus primeiros trabalhos em discos. Ela se apresentou para o grande público argentino, recebendo grandes elogios pela crítica internacional, pela voz com alcance entre quatro e cinco oitavas na escala musical. O timbre de voz feminina, classificado por contralto estabelece sempre mudanças de voz rouca e grave para os agudos super-afinados.E foi nessa flexão vocal que Yma Sumac era o centro das atenções do ouvinte.
Em 1949, nascia o primeiro filho do casal Sumac-Vivanco. Em seguinda, faz contrato com a gravadora hollywoodiana "Capitol Records" e lança no ano seguinte o primeiro LP Voice Del Xtabay (1950). Os concertos para divulgação do disco foram constantes, resultando vários lançamentos de outros trabalhos, tanto que, em 1959, Yma tinha lançado seis álbuns inéditos pela mesma gravadora. O LP Legend Of The Jivaro (1957), destacou belas canções, como "Dale Que Dale" , "Llora Corazón" , "Jivaro" e "Sumac Sorateña", dentre outras. No cinema e no teatro, foi nomeada a grande estrela de Hollywood, recebendo vários prêmios, inclusive a escolha de suas músicas para trilhas sonoras nos filmes e nas peças teatrais.
SEPARAÇÃO E RETOMADA NA CARREIRA
No início da década de 60, começou uma turnê mundial e, surpreendentemente, alguns conflitos com o marido. Então, ela se separa de Vivanco, com quem mais tarde se divorcia e anos depois se casa com ele novamente. Yma Sumac se apresentou na União Soviética, Ásia, Europa e, depois retornando aos Estados Unidos. Lá, ela divorcia definitivamente de Moisés Vivanco. Ganhou cada vez mais popularidade e, sobretudo, maior reconhecimento do público, nos anos 70. Motivada, Yma entra em estúdio novamente e grava o álbum Miracles (1971), do qual revitalizou e ampliou o gosto musical dos jovens. Logo depois, volta para seu país de origem e mora lá por alguns anos.
Mesmo com a idade avançada, Yma Sumac retomava, com sucesso absoluto, sua carreira musical nos Estados Unidos e Europa, com apresentações esporádicas, com casas lotadas, chamando inclusive atenção da mídia televisiva. Nos anos 80 e 90, é relançada uma série de coletâneas com seus melhores momentos e um documentário biográfico. Pela Internet, estão publicados diversos artigos, com fotografias, capas de disco e trajetória da sua carreira. Yma Sumac estava com seus 85 anos de idade, em plena forma.
DISCOGRAFIA
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