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Quinta-feira, Mar�o 06, 2003
se algum dia minha vida tinha que mudar por influencias de um mestre, ele estava sempre la e eu nunca tinha visto.ontem fui ver As Horas, e isso mudou minha vida. ja tinha pensado antes como virgina woolf no filme: "leonard, olhe a vida de frente, enfrente os anos, as horas". tinha me esquecido de seguir esse pensamento. tinha me distanciado da realidade. a hora de fingir acabou, e se iniciou a hora de viver. quero publicar livros. nao tem como fugir da minha natureza. sou assim. e quando estou sendo verdadeira, as coisas saem do meu modo. pra que? pra que essa vida se vc nao esta sendo vc? a teoria do meio me viola. acho que o meio serve pra os outros. pra mim comigo nao existe concessao. pra mim comigo, eu simplesmente sou. dificil lidar com a frustacao. dificil lidar com a frustacao. dificil lidar com a frustacao. parece que fico ecoando os sentimentos. dificil. mas ela vem de nao sabermos seguir o caminho. e deixar de sentir. fazia tanto tempo que uma trilha nao me tocava tanto. espelhada naquelas mulheres, enxerguei a minha propria luta por sobrevivencia psicologica. cada uma na sua frustacao. e eu na minha. eu seria a quarta personagem. ligadas pelo fio da meada da confusao. "nunca pensei em suicidio" (tema central do filme) seria um exagero. todo mundo pensa. mesmo que por um segundo um dia com 12 anos, proibida de ir a uma festa com o gatinho. mas isso nunca foi uma tematica recorrente ou possivel. ou ate mesmo verossimel. por covardia diram alguns. mas acho que por vontade de viver. viver muito. viver tudo. e ainda fazer diferenca. sempre quiz fazer diferenca. nas pessoas que cruzo na rua. nas pessoas que convivo. nas pessoas. nao estava fazendo ainda diferenca em mim......... por que? vou achar o sentido da vida. ps: eu chorei pela primeira vez em um filme. • • • • • |
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11:59      um blog em letras minusculas que agorinha mesmo está  |
