Boletim Mensal * Ano VI * Setembro de 2007 * Número 54

           

A Primeira Invasão Flamenga ao Brasil

 

            Igreja de Gurupá - Pará (Igreja de Santo António? Padroeiro da cidade))A maioria dos historiadores considera que a primeira invasão flamenga foi em 1624 a Salvador, esquecendo-se que, em finais de 1621, pouco meses depois de ter sido fundada a Companhia das Índias Ocidentais, uma frota daquela companhia invadiu Mariocai, hoje Gurupá, e ali construiu um forte e dois redutos a que chamou Maturu e Nassau.
            Do local invadido eles dominavam a barra do Amazonas e todas as terras ao redor, interferindo grandemente nas bandeiras que os lusos estavam fazendo a partir da cidade de Belém que estava começando a ser construída.
            Em Julho de 1623 o Capitão Mor do Pará, Bento Maciel Parente, embora com reduzidas tropas, atacou e expulsou os flamengos do local e deixou ali o capitão Luis Aranha de Vasconcelos para expulsar o resto dos invasores que se encontravam nos redutos.
            A partir dessa data Gurupá passou a ser a sentinela avançada dos portugueses para a defesa dos futuros Estados do Pará e do Amazonas que começava a ser ocupado e estendido o mais possível para oeste, em território que, pelo tratado de Tordesillas, pertencia aos espanhóis.
            A Companhia das Índias Ocidentais ainda tentou em 1637 e 1639 reocupar o local mas sempre foram derrotados pelas forças luso brasileiras.

 

Fonte:- IPHAN – (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Revista nº. 11, de Janeiro de 1947, “Guia doa Municípios Históricos do Pará”, de Artur César Ferreira Reis.
 

Foto: http://www.ferias.tur.br/localidade/4639/gurupa-pa.html

 
 - Este endereço mostra a Igreja mas nada esclarece sobre ela.            
Supomos que seja a primitiva Igreja de Santo António, padroeiro da cidade.
 

Ensino Superior: Sistema de empréstimos automáticos

Alunos com crédito até 25 mil euros

Ana Patrícia Dias, in “Correio da Manhã”, Lisboa, 24/08/2007

 

            Todos os estudantes do Ensino Superior poderão recorrer já este ano a um empréstimo bancário no valor máximo de 25 mil euros para financiar os estudos, sem necessidade de qualquer garantia ou aval. Isto depois de o Governo ter aprovado ontem um sistema de crédito para estudantes, onde o Estado se assume como fiador junto da Banca, através de um Fundo de Garantia Mútua, onde o Governo espera depositar este ano 4 milhões de euros.
            O novo projeto irá permitir que os bancos concedam aos estudantes de ensino pós-secundário e superior, por cada ano de curso, montantes entre os mil e os cinco mil euros. O empréstimo terá assim o valor máximo de 25 mil euros, no caso de se tratar de cursos com a duração de cinco anos. Os alunos que já iniciaram os cursos também terão direito a recorrer ao empréstimo, sendo o seu valor calculado em função do número de meses ou anos que falta para a sua conclusão. Assim como os alunos que se encontram em programas de mobilidade internacional, a exemplo o Erasmus.
            "Trata-se de criar melhores condições de acesso ao Ensino Superior e mais condições de justiça social e igualdade de oportunidades", afirmou ontem o primeiro-ministro,assegurando que o novo sistema de crédito não irá "substituir a ação social escolar". José Sócrates garantiu ainda que com a implementação do novo projeto "não haverá aumento de propinas".
            Para aceder aos empréstimos, os estudantes só terão de apresentar um certificado de matrícula ou aceitação no estabelecimento de ensino técnico e superior no banco onde têm conta à ordem. Sendo exigido ainda que o estudante não tenha qualquer "incidente"não justificado na Central de Responsabilidades do Banco de Portugal, violado contratos celebrados com o banco e, caso não tenha rendimentos, um endividamento superior a cinco mil euros.
MÉRITO PREMIADO
            Os estudantes só irão começar a pagar os montantes em dívida um ano após a conclusão do curso e por um período máximo de seis anos. Mas os alunos com melhores notas terão juros menores. Ou seja, os alunos com classificação de 14 valores serão premiados com uma redução de 35 por cento do spread [máximo de 1,35 por cento], enquanto os estudantes com nota igual a 16 ou superior terão uma redução de 80 por cento do spread.
            Já os alunos que reprovem o ano perderão o direito ao empréstimo. O banco só irá permitir uma reprovação devidamente justificada, mas uma segunda reprovação, mesmo que justificada, irá significar automaticamente a suspensão do empréstimo.
NOTAS - FUNDO DE GARANTIA
            O Estado irá assumir-se como fiador dos estudantes junto da Banca através de um Fundo de Garantia Mútua. Assim, o Estado irá depositar todos os anos 10 por cento do valor total de empréstimos concedidos pelos bancos, para cobrir eventuais incumprimentos dos estudantes. Este ano deverá colocar quatro milhões de euros.
Nota do Editor – Embora o Presidente da Associação Acadêmica de Coimbra ache que deverá haver uma certa precaução com este “auxílio financeiro a longo prazo” em que o Estado pretende ajudar os estudos carentes a completarem seus cursos achamos que Portugal está a dar um passo em frente principalmente para aqueles que com capacidade intelectual de se formarem não o faziam por falta de meios financeiros para tal.
            Compreendemos que os recém formados terão muitas dificuldades em começar a pagar tal empréstimo logo no primeiro ano após completarem o curso mas não será muito difícil o Governo regulamentar a Lei para que passe a ser paga no 2º. ou 3º. ano após a formatura e com trabalho já definido.

Fonte:- com a devida vênia, do “Correio da Manhã”, de Lisboa, de 24/08/2007

       

   
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