Boletim Mensal * Ano VI * Julho de 2008 * N.º 61

           
Porque não concordo e considero uma ofensa à Gloriosa História do Brasil, a Revolução Pernambucana de 1817, como Data Magna do Estado de Pernambuco
 

“Em maio de 1817, um misterioso personagem percorria a ruas batidas pelo vento frio da primavera na cidade de Filadélfia, a então capital dos Estados Unidos. O comerciante Antonio Gonçalves Cruz, o Cabugá, era o agente secreto de uma conspiração em andamento em Pernambuco. Levava na bagagem oitocentos mil dólares, quantia assombrosa para a época.

Atualizada pelo valor de compra, seria equivalente em 2007 a cerca de doze milhões de dólares. Ao chegar aos Estados Unidos, Cabugá tinha três missões. A primeira era comprar armas para combater as tropas do rei D. João VI. A segunda, convencer o governo americano a apoiar a criação de uma república independente no Nordeste brasileiro. O terceiro e mais espetacular de todos objetivos era recrutar alguns antigos revolucionários franceses exilados em território americano para, com a ajuda deles, libertar Napoleão Bonaparte,  prisioneiro dos ingleses na Ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, desde a derrota na batalha de Waterloo. Pelo plano de Cabugá, Napoleão seria retirado da ilha na calada da noite e transportado ao Recife, onde comandaria a revolução pernambucana para, em seguida, retornar a Paris e reassumir o trono de imperador da França.

Cruz Cabugá é hoje o nome de uma das principais artérias viárias do bairro de Santo Amaro, no Recife. Por ali, todos os dias milhares de motoristas passam apressados, em direção a Olinda ou ao centro da capital pernambucana, provavelmente sem se darem conta de quem foi esse personagem. Em 1817, os planos de Cabugá eram mirabolantes, mas estavam condenados ao fracasso antes ainda de serem colocados em prática. Quando chegou aos Estados Unidos, com dinheiro arrecadado entre senhores de engenho, produtores de algodão e comerciantes favoráveis à república, os revolucionários pernambucanos já estavam sitiados pelas tropas leais à monarquia portuguesa. A rendição era inevitável. Sem saber de nada disso, Cabugá conseguiu recrutar quatro veteranos dos exércitos de Napoleão: o conde Pontelécoulant, o coronel Latapie, o ordenança Artong e o soldado Roulet. Todos eles chegaram ao Brasil muito depois de terminada a revolução e foram presos antes de desembarcar.” Pag 283

 

do livro “1808”, Laurentino Gomes, Editora Planeta do Brasil, Ltda., Rio de Janeiro, 2007

“Em Pernambuco... não faltavam recursos ao Erário graças à conhecida economia de Caetano Pinto (na altura Governador de Pernambuco), mas esta própria economia, exacerbada como na verdade o era até à avareza, podia justamente ter determinado atrasos nos pagamentos das tropas.” Pag. 496

Continua na página 07

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