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.: A Autora :.

     
  
J.K. Rowling

    Brit�nica, 34 anos, J. K. Rowling � a autora da s�rie Harry Potter, que j� foi vendida em 42 pa�ses e traduzido para 31 idiomas. A hist�ria deste relutante her�i, vem fascinando e comovendo leitores de todas as idades e do mundo inteiro.
     Para se manter em Edimburgo, na Esc�cia, come�a a escrever o primeiro livro da s�rie, num caf� local. Recebe, ent�o, um pr�mio inaudito do Scottish Arts Council, que permite que Rowling conclua seu trabalho. A partir da�, o romance de estr�ia da autora torna-se um fen�meno internacional acumulando cr�ticas entusiastas e pr�mios importantes como o Britsh Book Awards Children's Book Of The Year (algo como Livro brit�nico infantil do ano), e o Smarties Prize (Algo como "Pr�mio dos Inteligentes").

Retirado do livro Harry Potter e a Pedra Filosofal

 

J. K. Rowling por ela mesma

"As palavras 'm�e solteira sem um centavo' aparecem muito em not�cias de jornal sobre mim.

'JK Rowling, antes uma m�e solteira sem dinheiro escrevendo em um caf�...' seguida pela �ltima not�cia sobre as vendas de Harry Potter ou as notas sobre o filme. Bom, eu realmente escrevia em caf�s enquanto minha filha dormia ao meu lado, eu estava sem dinheiro e eu era, e ainda sou, uma m�e solteira. Esses artigos n�o s�o falsos, eles s� est�o romanceando um pouco a hist�ria.

'Ela escrevia em caf�s para escapar do seu apartamento sem calefa��o' - qu�o est�pida eu teria de ser para alugar um apartamento sem aquecimento em Edimburgo? Eu escrevo em caf�s porque eu gosto que outras pessoas me fa�am caf�.

Tamb�m me deixa triste o fato de ningu�m se importar de ver as palavras "sem dinheiro" e "m�e solteira" juntas na mesma senten�a. As pessoas parecem aceitar que essas duas coisas est�o ligadas.

Eu n�o esperava me tornar uma m�e solteira. Eu fui criada em uma casa com meus dois pais e sempre supunha que eu criaria meus filhos do mesmo jeito que meus pais criaram. Nunca houve um div�rcio na minha fam�lia e nunca me ocorreu que eu seria a pessoa que quebraria essa tradi��o. Quando eu me imaginava como m�e, o pai estava ao meu lado (parecid�ssimo com o Nicolas Cage - eu sempre tive uma imagina��o f�rtil).

Eu me casei aos 27 anos e logo ap�s eu fiquei gr�vida. Dei � luz � Jessica em um belo dia de sol em Porto, Portugal - o melhor dia da minha vida. Tr�s meses e meio depois, no entanto, o futuro que eu havia previsto para n�s desabou - meu casamento havia acabado. Eu estava t�o ocupada ajeitando a minha volta para a Gr�-Bretanha, comprando coisas eu precisaria para minha filha, terminando minha vida no exterior para o come�o de uma nova vida, que eu n�o acho que a realidade da minha situa��o me atingiu at� o dia seguinte � minha chegada em Edimburgo.

Eu sentei no escrit�rio da Seguridade Social dois dias antes da v�spera do Natal de 1993, e percebi que eu estava para come�ar a viver com setenta libras por semana - setenta libras para vestir e alimentar a mim e a minha filha e pagar todas as nossas contas. Eu tinha guardado dinheiro o suficiente para pagar o dep�sito de um apartamento. S� tinha um quarto e outra c�modo que era sala e cozinha ao mesmo tempo. O melhor que voc� podia dizer sobre o lugar era que ele tinha um teto.

Eu lembro de me persuadir dizendo que o apartamento ia ficar �timo depois que eu o pintasse. Tudo acabaria bem - eu ia come�ar a dar aulas de novo. N�s n�o vamos ficar aqui por muito tempo. Eu prometi a mim mesma que eu finalmente ia terminar meu livro.

Haveriam v�rias noites em que eu ficaria em casa (todas as noites durante um ano, como acabou acontecendo) com muito tempo para me concentrar. Se eu me concentrasse bastante, talvez eu conseguiria bloquear o som dos ratos atr�s das paredes. Embaixo deste otimismo for�ado uma vozinha ainda me dizia: "Para onde voc� trouxe a sua filha?"

Voc� tem que preencher um monte de formul�rios para pedir pens�o ao governo (nota: na Gr�-Bretanha, fam�lias que precisam de ajuda ganham uma "pens�o" tempor�ria do governo). Voc� tem de ser entrevistada e explicar para um monte de estranhos como voc� ficou sem dinheiro e a �nica pessoa a cuidar de seu filho. Eu sabia que ningu�m estava com a inten��o de fazer com que eu me sentisse humilhada e sem valor, embora era desse jeito que eu me sentia.

Na primeira vez que eu peguei o cheque da pens�o, eu sentia como se houvesse uma grande seta de n�on apontada para a minha cabe�a na fila do correio. Eu peguei a minha carteira de pensionista s� quando cheguei no balc�o e entreguei depressa esperando que ningu�m percebesse o que era aquilo. Eu n�o sei porque eu pensei que todas as senhoras atr�s de mim diriam se vissem - "ladra?", "pregui�osa?", "peso para a sociedade?"

Era assim que pessoas como eu eram mostradas nos jornais e na televis�o na �poca. De acordo com um discurso John Major fez pouco depois de minha chegada � Gr�-Bretanha, a queda da disciplina entre as crian�as modernas era culpa das m�es solteiras.

Que bela recep��o foi aquela. Eu pintei meu apartamento infestado de ratos e ainda parecia horr�vel, s� um pouco mais branco. Seis meses ali eram suficientes. Eu engoli meu orgulho e telefonei para um amigo que tinha me oferecido dinheiro. Eu pedi seiscentas libras emprestadas. Parecia uma fortuna e eu me senti terr�vel por pedir. O cheque chegou no dia seguinte. Eu pensei que nossos problemas estavam resolvidos. Comecei a telefonar para ag�ncias imobili�rias para ver o que eu poderia alugar. Nessa hora eu toquei um obst�culo com o qual eu n�o estava contando. Vozes chateadas me diziam do outro lado da linha: "N�s n�o alugamos para pensionistas do governo, sinto muito". Eu n�o conseguia entender aquilo. Devo ter ligado para doze ag�ncias diferentes.

O �ltimo n�mero que eu disquei foi atendido por uma mulher que disse que eles n�o alugavam para pensionistas do governo - mas ela parecia triste com isso, ao contr�rio de entediada. Eu vi um pequeno raio de esperan�a. Eu comecei a falar t�o depressa que ela n�o conseguia entender uma linha. Eu disse que tinha adivinhado que as ag�ncias viam pensionistas como maus inquilinos, mas eu n�o era uma m� inquilina. Eu era uma pessoa respons�vel que pagava minhas contas e cuidava da minha casa e queria a chance de provar isso. E continuei falando.

Deus a aben�oe, ela acabou aceitando. "Certo, venha at� aqui me ver." Ela me mostrou dois apartamentos naquela mesma tarde. Fiquei com o segundo. Era quente, limpo e (um pequeno problema) sem m�veis. Amigos em Edimburgo na mesma hora me deram cada m�vel que eles podiam dispor. Ainda estava um pouco vazio, mas eu preferia chamar de "minimalista".

Eu consegui um trabalho como secret�ria duas horas por semana. Eu s� podia ganhar quinze libras semanais, qualquer coisa al�m disse seria descontada do meu benef�cio. Aquelas quinze libras por semana fizeram a diferen�a. Eu n�o tinha que entrar na sala para trocar beb�s da loja Mothercare e roubar fraldas extras no fim da semana.

Eu queria trabalhar mais. Eu perguntei ao meu agente de sa�de sobre a possibilidade de conseguir uma vaga em uma creche mantida pelo governo, por uma tarde ao m�s. "Voc� est� se virando bem", ela me disse, triste - quantas vezes ela tinha ouvido m�es implorarem por uma vaga na creche para que elas pudessem trabalhar? "As �nicas crian�as que conseguem vagas s�o aquelas em risco."

Eu gostava muito dessa agente de sa�de. Eu realmente esperava pelas visitas dela porque era sempre algu�m com quem conversar. Voc� poderia dizer que ela estava triste por mim, o que nunca � um grande sentimento, mas nessa �poca todo o meu orgulho tinha sido arrancado de mim, ent�o eu parei de me preocupar com isso. A �nica vez em que eu realmente fiquei chateada foi quando ela trouxe para Jessica alguns brinquedos de segunda m�o. Eu ainda posso v�-los - um urso de pel�cia encardido, uma casinha de pl�stico com pessoas de pl�stico que deviam morar ali e um telefone com rodinhas. Se eu j� tinha me sentido humilhada antes, n�o era nada comparado ao que eu senti quando olhei para aquele ursinho. Eu n�o o dei para Jessica, eu o coloquei em um saco de lixo e fingi que nunca tinha visto-o.

Eu me inscrevi para conseguir o Certificado Educacional, para que eu pudesse dar aulas na Esc�cia. Eu fui aceita - luz no fim do t�nel enfim!

Ent�o eu acertei outro obst�culo, um bem grande. Eu tinha entendido que havia uma creche para estudantes na universidade. "�, aquilo fechou", disse outra voz entediada do outro lado de outro telefone. Aquele foi um dos piores momentos. Eu tinha que fazer o curso. Era minha �nica sa�da. Se eu conseguisse fazer o curso, eu seria uma professora qualificada. Eu estaria livre da pens�o, eles teriam cada centavo gasto comigo de volta em impostos.

A creche mantida pelo governo n�o podia me oferecer nada nem perto do n�mero de dias que eu precisava para estudar em tempo integral. Eu telefonei para creches particulares - eu iria precisar de algo entre 3.500 a 5.000 libras. Eles podiam ter pedido um milh�o. Nenhuma autoridade iria me dar ou emprestar dinheiro para creche, e eu telefonei para todos que poderiam. Um outro amigo veio para o resgate.

Mesmo quando eu chorava agradecida no ombro desse meu amigo, eu sabia o qu�o sortuda eu era - que a maioria das pessoas na minha situa��o n�o teriam um amigo com essa quantidade de dinheiro para me emprestar. Eu ent�o peguei uma bolsa estudantil porque eu precisava de livros e o dinheiro para chegar � escola onde eu faria meu treinamento.

Eu sabia que eu teria que pagar de volta a bolsa como uma professora qualificada e sem filhos. Se minha filha estivesse na escola, eu automaticamente perderia o direito a alimenta��o gr�tis na escola dela porque eu n�o estava mais pedindo pens�o.

O ano de treinamento foi o mais dif�cil da minha vida em termos de longas horas e stress, mas eu teria cortado a minha perna fora com mais vontade do que eu teria em largar o curso. Dar aulas seria o nosso caminho fora da pens�o e da pobreza. Eu terminei "Harry Potter e a Pedra Filosofal" nessa �poca, mas as editoras continuavam a recus�-lo.

Eu tive que aceitar que parecia que eu teria que desistir da minha ambi��o na vida - ou adia-la at� que minha filha tivesse sa�do de casa. N�o haveria tempo para escrever hist�rias com aulas a preparar e li��o de casa para corrigir toda noite.

Eu devo ter contado essa hist�ria uma cem vezes, ent�o vou aceler�-la um pouco aqui.

Justamente quando eu comecei a dar aulas em meio-per�odo, uma editora aceitou o livro. Na �poca em que eu acertei meu contrato fixo, ele estava nas livrarias. Tr�s meses depois disso, ele foi vendido a uma editora norte-americana e t�o de repente quanto o dia em que eu virei uma m�e solteira, n�s t�nhamos deixado de ser pensionistas para sempre.

Dizer que a maioria dos pais e m�e solteiros n�o tem essa sorte � o m�nimo.

Seis de dez fam�lias na Gr�-Bretanha mantidas por pai ou m�e solteira est�o vivendo na pobreza. Eles est�o tentando fazer o dinheiro durar at� o fim da semana, fazendo os mesmos telefonemas desesperados que eu fazia, se perguntando porque existem tantos obst�culos no seu caminho quando tudo o que eles querem � prover o bem-estar de suas crian�as.

Existe um mito popular que a maioria das m�es solteiras s�o adolescentes irrespons�veis esperando moradia do governo. A verdade � que s� tr�s por cento das m�es solit�rias s�o adolescentes. Sessenta por cento de n�s j� fomos casados e estamos agora separados, divorciados ou vi�vos.

Pelo menos um quarto das crian�as inglesas vivem em fam�lias lideradas por um pai ou m�e sozinhos. Isso significa que muitas crian�as est�o vivendo em pobreza porque seus pais est�o presos exatamente na mesma ratoeira onde eu estava e ainda estaria, se voc� retirar um amigo generoso e um editor que gostou de Harry Potter.

Estou realmente orgulhosa de ser a embaixadora do National Council For One Parent Families. N�s viemos de todos os caminhos e n�s queremos exatamente as mesma coisas que pais vivendo juntos querem - a chance de prover o sustento de nossas crian�as decentemente.

N�s estamos fazendo o trabalho de duas pessoas antes mesmo de procurar trabalho remunerado e, como eu descobri da maneira mais dura, temos que lutar duas vezes mais para conseguir chegar na metade do caminho.""

 

Artigo publicado no The Sun no dia 04/10/00. Traduzido por Anna Fagundes, do site Potteriana.



     


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