Modem
O Modem é uma ponte entre os sinais analógicos e digitais. Ele converte os dados digitais ligado e desligado (1 e 0) em um sinal analógico variando, ou modulando, a freqüência de uma onda eletrônica, um processo similar ao utilizado pelas estações de FM. Como ponta de recepção de uma conexão eletrônica , o Modem faz exatamente o oposto: demodula os sinais analógicos em códigos digitais. Os dois termos, MOdular e DEModular, deram ao modem seu nome.
Configurar corretamente o Modem
Você pode executar uma pequena configuração em seu micro para tornar a sua conexão com a Internet mais rápida.
Alguns parâmetros de acesso à Internet do Windows 9x vêm ajustados como se o micro fosse acessar a Internet através de rede local. Dessa forma, a maioria dos usuários que acessa a Internet de casa, via modem, não obtém o melhor desempenho possível. Através da reconfiguração desses parâmetros - chamados MaxMTU, RWIN e TTL - você pode aumentar a velocidade de conexão com a Internet. Ou seja, o seu micro fica mais rápido para ler páginas e baixar arquivos.
Esses parâmetros são ajustados através do Registro do Windows. Para facilitar, existem alguns programas que fazem esse ajuste automaticamente. Testamos o programa PPP-Boost e ele se mostrou simples de usar e bastante eficiente. Esse programa pode ser baixado de graça na Internet em http://www.c3sys.demon.co.uk.
Através desse programa você pode ajustar manualmente os parâmetros MaxMTU, RWIN e TTL ou então fazer com que o programa os ajuste automaticamente - o que é o mais recomendado. Ao executá-lo, selecione as opções recomendadas (“Recommended”).
Figura 1: Programa PPP-Boost aumenta o desempenho do acesso à Internet.
Outra maneira de se aumentar o desempenho da conexão Internet é configurando corretamente o fax modem. Muitos usuários possuem o fax modem configurado como modem padrão (ver Figura 2), com isso não atingem o melhor desempenho na Internet.
Figura 2: Modem configurado como Modem Padrão.
Para configurar corretamente o Modem, você precisará de seu driver. Esse driver
acompanha o modem em um disquete ou CD-ROM. Caso você não possua mais esse
disco, poderá baixar o driver no site do fabricante na Internet. Para
instalá-lo, basta dar um duplo clique sobre o modem no Gerenciador de
Dispositivos (ícone Sistema do Painel de Controle, ver Figura 2) e, na guia
Driver, clique na caixa Alterar Driver (ou Atualizar Driver), indicando o
caminho onde o arquivo do driver está localizado.
É preciso ter muito cuidado na hora de adquirir as ferramentas que vão integrar o computador. Entre as muitas incertezas, aparecem as placas de modem como um desses fantasmas. Dúvida cruel: usar modem de 56 K padrão X2 ou Kflex? Será melhor esperar ajustes e a homologação da tecnologia V.90? Ou o mais sábio seria aguardar os acertos finais de uma placa ainda mais potente (que já está por vir e foi batizada MNP3 e promete a atualização dos dados por meio de softwares)?
Diante de protocolos tão variados e com tantas semelhanças entre si, como saber qual é o melhor equipamento para atender às suas necessidades? A que tipo de tecnologia os provedores de acesso à INTERNET estão aderindo?
No universo da informática, mudanças acontecem praticamente em tempo real, por isso é importante estar atento às novidades e armadilhas do mercado. Para alegria dos micreiros, porém, há sempre um retorno, chamado de UPGRADE.
Se os consumidores estão receosos de investir algum dinheiro num produto de futuro incerto, por outro lado, os provedores vivem o mesmo dilema. Técnicos e empresários estão cautelosos quanto à escolha da melhor tecnologia e ainda não conseguem eleger o padrão do futuro. Sabem apenas que a solução do tal dispositivo passa perto de uma espécie de unificação.
O provedor carioca OPENLINK, há dois meses opera com o novato V.90 e o resultado parece satisfatório. A vantagem certamente é o entendimento das linguagens até então não compreendidas. Os padrões anteriores ( X2 e Kflex ) falavam idiomas diferentes e funcionavam como se um entendesse inglês e o outro, francês.
Já a PONTOCOM, também do Rio de Janeiro, prefere aguardar a homologação da tecnologia V.90.
Enquanto as fabricantes não chegam a um consenso, fica difícil que os usuários percebam as diferenças entre um produto e outro. A dificuldade de escolha e percepção também atinge os donos dos provedores. Eles têm consciência de que para alcançar uma conexão na velocidade de 56K não é fundamental ter um par de modems de tamanho desempenho. É necessário que uma das pontas envolvidas esteja ligada às companhias telefônicas via comunicação digital, como digitroncos ou enlaces E1. Isso significa que, ligando da casa de uma pessoa para outra, a conexão chegará no máximo ao limite de 33600 bps.
O diretor do provedor carioca INSIDE conta que, no momento, sua empresa optou por não disponibilizar o acesso à velocidade de 56K para seus usuários. O motivo é simples: querem disponibilizar essa nova tecnologia em um novo número de acesso e, para isso, instalarão uma nova central, com 120 novas linhas. Ele acredita que tal atitude é importante, já que a INSIDE realizou alguns testes e chegou à conclusão de que acessando com um modem de 56K ou acessando para um modem de 56K , se a conexão não for de cem porcento, ela tende a ser pior que uma de 33600 convencional. Logo, sua tese assegura aos clientes que não existe comprometimento à qualidade dos serviços.
A definição do padrão, que neste caso foi o V.90, não é essencial, portanto não adianta simplesmente usá-lo como marketing, já que o fato de se ter uma conexão de 56K, sem poder garantir essa velocidade, não é um apelo de vendas justo. Um outro fator que a empresa levou em consideração foi o ganho real de velocidade. Em alguns testes, a média de conexão fica em torno de 42K, o que não chega a representar uma grande vantagem. É bom levar em consideração que os modems de 56K só falam nessa velocidade no que diz respeito à transmissão, ou seja, o cliente recebe os dados na velocidade de 56K e transmite a uma velocidade de 33.6Kbps. Isso é bastante razoável .
A NETFLY também figura, hoje, na lista dos provedores do Rio de Janeiro que, por decisão própria, ainda não oferece aos usuários as bençãos do padrão 56K. Já compraram um equipamento V.90 e, no próximo mês, poderão desfrutar de suas vantagens. Mas há que se dizer que poucos são os usuários com modem 56K. A NETFLY sabe da importância do equipamento e acredita que em dois meses a maioria dos micreiros vá mesmo estar utilizando o produto.
PARA ENTENDER A GUERRA:
No ano passado, a indústria da informática lançou uma tecnologia que parecia revolucionar o mundo dos micros. Mas, na tentativa de conquistar uma gorda fatia do mercado, os fabricantes entraram em conflito. Surgia a tecnologia K56flex, baseada em um conceito diferente dos modems V.34, bastante utilizados por usuários domésticos. A ferramenta, de fato, criava uma topologia de conexão, na qual o modem do usuário final se conectava por uma linha telefônica analógica em um modem de servidor que era diretamente ligado a uma rede telefônica digital via T1 ou linha PR. Vale ainda dizer que esta conexão só seria possível caso a central telefônica do cliente fosse CPA. Entre as companhias que suportam a tecnologia K56flex estão a América Online, Ascend Communications, BBN, Best Data, Compaq Computer, Earthlink, Concentric Network, Diamond Multimedia, Hewlet-Packard, Motorola e Prodigy. Somadas às empresas, mais de dois mil provedores e fabricantes se mostraram interessados em apoiar tal tecnologia. O K56flex dá acesso direto à rede telefônica digital na ponta de uma conexão. O messias desta estória é o Ascend, um equipamento integrado que utiliza protocolo de autenticação Radius com até 90 modems incorporados ao seu console, com chip set Rockwell e tecnologia K56flex, num único módulo. Ele permite ainda expansão de acordo com a necessidade do usuário, suportando "upgrade" para V.90, o padrão que acaba de ser homologado pela ITU.
A boa nova chega para dar fim na guerra entre os fabricantes que, depois da briga entre as duas tecnologias incompatíveis ( K56flex e X2 ) começam a enxergar a urgente necessidade de ser criar uma terceira ferramenta para integrar o mercado, com a promessa de ser compatível com os modelos recém – criados. Nos EUA, por exemplo, o governo estipulou que as linhas telefônicas não poderiam transmitir informações a uma velocidade superior a 53K. Tal medida certamente diminuiu ainda mais a pouca vantagem da placa 33600 bps, apesar das promessas de novas tecnologias.
Os especialistas norte – americanos, porém, já dizem que a tecnologia 56K não será suficiente para o mercado. Cada vez mais aparecem aplicações baseadas em INTERNET, em particular as de transmissões de áudio e vídeo em tempo real, que demanda mais velocidade de tráfego.
Resta agora aos usuários esperar a resolução deste impasse, para poderem
usufruir livremente dos benefícios destas novas tecnologias.
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