Ignez Lidora Rosa de Queirós

 

pai: Capitão (Ordenança) Carlos Pereira de Sá (filho)

mãi: Luiza Victória de Siqueira Henriques de Ayala

n.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, set/out/1799 [?].

exp.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, 01/out/1799, em casa do Padre Francisco de Sales Pereira, irmão do Capitão de Ordenança Carlos Pereira de Sá (filho).

bat.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, 08/out/1799, pelo Padre Alexandre Farneze da Paixão, sendo padrinhos o Reverendo Coadjutor Padre Joaquim Antônio Coelho e a tia paterna Ignez Lidora Rosa [Pereira] de Queirós.

f.: Serro, MG, Brasil, 06/ago/1881, "de bronchite", com ±82 anos de idade.

sep.: Recebeu todos os sacramentos e foi sepultada dentro da Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição do Serro, MG, Brasil, no dia 08/ago/1881, na sepultura n° 20.

c.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, 1819 (data declarada por Ignez Lidora Rosa de Queirós).

c.c.: Capitão de Milícia Simão da Cunha Pereira (da Silveira) (n. Arraial de Paracatu do Príncipe, MG, Brasil, ±1774-1775; bat. Matriz de Santo Antônio, freguesia de Manga, Bispado de Pernambuco, do Arraial de Paracatu do Príncipe, MG, Brasil, ±1774-1775; f. Serro, MG, Brasil, 13/jul/1843), filho do Ajudante Pago de Milícia Francisco Antônio da Silveira e de Marianna Luciana da Cunha Pereira.

escolaridade/formação: Tinha as "Primeiras Letras" e também teria aprendido a "Contar".

profissão/atividades: Era uma Dona de Casa ("prendas do lar").

religião/confrarias: Era católica apostólica romana.

escravos: O primeiro escravo que teve foi "Lúcia, filha natural de Fabianna Cabra, escrava de Luiza Victória de Siqueira Henriques, batizada por cativa de Ignez que foi exposta em casa do Reverendo Francisco de Sales Pereira", nascida na Vila do Príncipe, MG, Brasil, em 01/abr/1802, e batizada na Vila do Príncipe, MG, Brasil, em 20/abr/1802. No Censo do Serro, MG, Brasil, de 1838, ela e o marido dispunham juntos, em casa, de oito (8) escravos: Maria Cabra (50), Silvana Parda (30), Anna Parda (30), Martinianno Cabra (13), Elias Cabra (12), Mathias Cabra (12), Tibúrcio Cabra (30) e Paulo Cabra (38). Destes, pelo menos Maria, Silvana e Tibúrcio lhe haviam sido doados pela mãe, a qual lhe deu ainda, em vida, mais dois (2): Bernardino Cabra (40) e Pedro Cabra (19). Entre os anos de 1849 e 1853, encontramos pelo menos três (3) registros de óbitos de escravos seus, algum talvez recebido de herança da mãe, que havia falecido em 1847: Manoel Crioulo, falecido no Serro, MG, Brasil, em 11/jun/1849, e sepultado no cemitério da Igreja Matriz; Tibúrcio Cabra, falecido no Serro, MG, Brasil, em 14/nov/1852, de "febre Etica" (tuberculose), e sepultado na Capela de N. Sra. do Rosário (dos Pretos), "por ser Irmão"; e Basílio Pardo, solteiro, falecido no Serro, MG, Brasil, em 26/abr/1853, de "emflamação" e sepultado na Igreja Matriz, em sepultura da "Fábrica". Em compensação, entre 1854 e 1858, houve dois (2) batizados: de Guilhermina Parda, nascida no Serro, MG, Brasil, 25/jun/1854, e batizada no Serro, MG, Brasil, 30/jul/1854, e Maria [Parda?], nascida no Serro, MG, Brasil, 26/dez/1857, e batizada no Serro, MG, Brasil, 01/jun/1858, ambas filhas de Eulália Parda. Ela recebeu 21 escravos, um pouco menos de metade dos cerca de 57 escravos que pertenciam à mãe, dos quais cerca de 30 se encontravam na Fazenda de Santa Ana dos Guanhães, em São Sebastião dos Correntes, MG, Brasil, retirando-se 14 escravos que foram para a "Terça" e dois (2) falecidos.

diversos: Entre 1786 e 1808 aparece como madrinha de mais de uma dezena de batizados, de expostos e filhos naturais ou legítimos de escravos ou "forros" (ex-escravos), esses em sua maioria, em alguns dos quais junto com o tio, Padre Francisco de Salles Pereira, na Vila do Príncipe, MG, Brasil. Em 28/jan/1824 era vendido "... um curral cito para cima das Casas do Conselho ..." onde são mencionados "... os herdeiros do Capitão Carlos Pereira de Sá ...", "... Tenente Simão da Cunha Pereira, por cabeça de sua mulher Inez Lidora Rosa e Demétrio Fideles Pereira de Queiroz ...". Foi co-herdeira, junto com seu irmão Capitão Demétriio Fidelis Pereira de Queiros, e inventariante da mãe, Luiza Victória, esta falecida em 24/ago/1847, segundo os termos do testamento desta, e o inventário foi aberto em 25/set/1847 e encerrado somente em 26/ago/1856, depois de longa batalha judicial, que culminou no Supremo Tribunal de Justiça. Os bens deixados incluiam "... a Fazenda de Cultura no Destrito de S. Sebastião das Correntes, moveis e Escravos ..." e também um sobrado na Rua de Cima, atrás da Matriz, onde morou o filho dela Dr. (Médico) Simão da Cunha Pereira (filho).

residência: Desde que foi exposta, em 01/out/1799, até 13/out/1816, morava com o tio paterno Padre Francisco de Sales Pereira, até que este faleceu. Este morou no sobrado de nº 18, do Lado Direito, da Rua de Cima, pelo menos desde 1810, porque essa casa pertencia ao tio dela Padre Teodoro Pereira de Queirós, que veio a falecer em 14/jun/1813, e, no ano de 1811, consta que aqui "mora o Reverendo Francisco de Salis Pereira, e outros Seus manos". A casa foi herdada pelo irmão dele Padre Francisco de Sales Pereira, do qual era propriedade pelo menos desde o ano de 1816, mas pode ter sido desde cerca de 1814. Entre 1816 e 1819, uma possibilidade é que Ignez Lidora estivesse na companhia da mãe, dividida entre a Fazenda de Santa Ana dos Guanhães e a casa nº 18, do Lado Direito, da Rua de Cima, pois esta terá passado brevemente a pertencer ao pai dela, mas teve sua propriedade transferida e se encontrava no nome da mãe dela, Luiza Victória de Siqueira Henriques de Ayala, desde o ano de 1819. Mas, de fato, parece que simplesmente ela continuou a ocupar essa mesma casa, talvez até em companhia do próprio pai, que aparentemente também aí já residia desde muito antes de 1810, com o irmão deste Padre Francisco de Sales Pereira. Essa mesma casa tornou-se propriedade dela, por morte de sua mãe, em 1847, e acabou conhecida como "Casa do Dr. Simão da Cunha", embora este provavelmente nunca tenha sido proprietário dela, mas apenas morador do sobrado cedido pela mãe dele, entre 1848 e 1862, ano em que este faleceu. Em 1819, Ignez Lidora foi para a casa do marido, a de nº 49, do Lado Direito, da Rua do Gambá, onde provavelmente residiu até seu falecimento em 1881, porque aquele faleceu em 1843. Mas, alternativamente, após a morte do filho, em 1862, a viúva dele poderá ter se mudado para o casarão do Largo da Cavalhada, deixando-lhe a casa nº 18, do Lado Direito, da Rua de Cima, para moradia. Residia na Vila do Príncipe, MG, Brasil, atual cidade do Serro, MG, Brasil.

filhos: (7 ou +): Maria [da Cunha Pereira?], um filho Anônimo-1, Carlos da Cunha Pereira, Dr. (Médico) Simão da Cunha Pereira (filho), Marianna Luiza da Cunha Pereira, um filho Anônimo-2 e Bento da Cunha Pereira.

 
Igreja Matriz de N. Sra. da Conceição, do Serro, MG, Brasil, onde Ignez Lidora Rosa de Queirós foi batizada, em 08/out/1799, pelo Padre Alexandre Farneze da Paixão, sendo padrinhos o Reverendo Coadjutor Padre Joaquim Antônio Coelho e a tia paterna Ignez Lidora Rosa [Pereira] de Queirós, e onde a mesma Ignez Lidora Rosa de Queirós, tendo falecido depois de ter recebido todos os sacramentos, foi sepultada na sepultura n° 20, em 08/ago/1881 - Fotógrafo: Virgílio Pereira de Almeida, ano 1996 - Por gentileza de Virgílio Pereira de Almeida - copyright © 1996, 2005, Virgílio Pereira de Almeida - Só é permitida a reprodução com a autorização do dono da imagem.
 

 

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