pai: Capitão (Ordenança?) Antônio Pereira Guedes (pai)

mãi: Izabel Thereza da Assumpção

n.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, ±1750.

bat.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, ±1750.

f.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, 15/jun/1831, com ±80 anos de idade, com solene testamento, datado de Vila do Príncipe, MG, Brasil, em 07/jun/1831.

sep.: Recebeu todos os sacramentos necessários, foi amortalhado com um lençol e, na noite do mesmo dia, carregado por seis escravos, e como seu pai, foi sepultado na Capela de N. Sra. do Monte do Carmo, da Vila do Príncipe, MG, Brasil, em 16/jun/1831.

c.: Vila do Príncipe, MG, Brasil, ±1790-1800.

c.c.: Anna Cândida da Conceição (n. Arraial do Tejuco [?], MG, Brasil, ±1783; bat. Arraial do Tejuco [?], MG, Brasil, ±1783; f. Serro, MG, Brasil, > 1838), filha de ? e de Ignácia Mendes Ramos.

escolaridade/formação: Tinha as "Primeiras Letras" e, provavelmente, sabia "Contar" e "Latim", sendo dotado de uma excelente caligrafia como o atestam os documentos que redigiu como Escrivão.

profissão/atividades: Foi um escrivão profissional e, como ele mesmo o declara em seu testamento, exerceu o cargo por 12 ½ anos, assertiva que é confirmada pelos diversos impostos pagos por ele, como por exemplo, em 01/abr/1809, os donativos e terças partes por exercer o cargo de Escrivão da Câmara da Vila do Príncipe, MG, Brasil, de 01/jan/1804 a 31/dez/1806.

serviço militar: Era Alferes e foi promovido a Capitão da 2ª Cia. de Ordenança de Pé, do Distrito da Vila do Príncipe, Comarca do Serro Frio, MG, Brasil, em 08/ago/1780.

religião/confrarias: Era católico apostólico romano. Como seu pai, foi irmão matriculado da Irmandade do Santíssimo Sacramento, da Vila do Príncipe, MG, Brasil, onde foi admitido em 04/ago/1809, e à qual devia a entrada e anuais, como consta do seu testamento. Era também irmão da Ordem 3ª de N. Sra. do Monte do Carmo, da Vila do Príncipe, MG, Brasil, a quem devia anuais, cargos e despesas de funeral, como o declara em seu testamento.

escravos: Entre os anos de 1772 e, até depois da morte dele em 1831, até 1851, encontramos 26 nomes de escravos em registros eclesiásticos, sendo 19 de óbito, três (3) de nascimento e batizado, e um (1) de casamento, por sinal, de um ex-escravo, que ele alforriou em testamento, Bonifácio Pereira Guedes, Cabra forro, o qual se casou com Domitildes Maria do Espírito Santo, parda, no Serro, MG, Brasil, em 18/nov/1851. Outro ex-escravo, também alforriado em testamento, Benedicto Pereira Guedes, Cabra forro, era sapateiro no Serro, MG, Brasil, como figura no Censo do Serro, MG, Brasil, em 1838. Alguns desses escravos, todavia, poderiam ser do pai dele, de mesmo nome, porque nem sempre se pode distinguir um do outro, principalmente aqueles registros de óbitos, entre 1772 e 1780, que eram em sua maioria de "inocentes". Todavia, o mais notável de todos os registros é aquele em que doou o escravo Benedito, filho natural de Maria Cabra, o qual foi batizado na Vila do Príncipe, MG, Brasil, em 27/dez/1811, para sua fillha biológica Joaquina Cândida da Conceição (Pereira Guedes).

diversos: Era solteiro, como declara no seu testamento, e, embora negasse que tivesse filhos, fez suas herdeiras universais as duas (2) netas, filhas do primeiro casamento de Joaquina Cândida da Conceição (Pereira Guedes), com o Furriel José Gonçalves Nunes Júnior, a qual nomeou sua primeira testamenteira, e ao genro, o Capitão José Ferreira Carneiro (Juca), o segundo testamenteiro. No ano de 1810, pagava o imposto da décima urbana, por duas casas, ambas na Rua de São José, uma no lado esquerdo, de nº 21, e outra do lado direito, de nº 26, um sobrado, onde morava, com renda anual avaliada em 12$960 r.s e pagando um imposto de 1$260 r.s. Em 1811, a casa da Rua de São José, do esquerdo, de nº 21, encontrava-se em reedificação e não pagou imposto. No ano de 1816, também a casa do lado esquerdo, de nº 20, estava em nome dele, mas não pagou imposto por encontrar-se "desbaratada". Essa situação perdurou até o ano de 1819, mas no ano de 1820 houve mudanças, porque as casas do lado esquerdo, de nºs 20 e 21 não mais aparecem em nome dele, supondo-se que elas foram alienadas, e o imposto da casa lado direito, de nº 26, foi aumentado para 1$377 r.s, porque sua renda anual foi estimada em 15$300 r.s. Essa mesma casa continua com esse mesmo valor, durante os anos de 1821-1830, servindo de moradia ao proprietário. Em 1831, ano da morte do proprietário, a casa já havia sido alienada. As casas que se tornaram propriedade da filha Joaquina Cândida da Conceição (Pereira Guedes), ela as herdou do primeiro marido e não do pai. Em seu testamento, determinou que "O meu corpo será amortalhado em um lençol, carregado, de noite, à Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo, por seis (6) escravos, dos quais quatro (4) próprios e dois (2) outros alugados, devendo ser sepultado no dia seguinte, na mesma Igreja".

residência: Residia num sobrado, a casa nº 26, do Lado Direito, da Rua de São José, na Vila do Príncipe, MG, Brasil.

filhos: Com Anna Cândida da Conceição (1 ou +): Joaquina Cândida da Conceição (Pereira Guedes), registrada como filha legítima do Quartel-Mestre José Antônio (dos Reis) Nazareth e de Anna Fortunata da Cunha Pereira Franco (Anninha Nazareth).