Atualizado em 11/02/2008
MEGALODOM REBREATHER
L�szl� Mocs�ri
O Megalodon, fabricado pela Innerspace System (EUA), � um dos cerca de 15 tipos de rebreather da classe CCR - Closed Circuit Rebreather (rebreather de circuito fechado - RCF) existentes no mercado mundial.
� um aparelho que apresenta uma mec�nica robusta, a eletr�nica bastante precisa apesar de ainda n�o ter incorporado, a algoritmo descompressivo e monitora��o do tempo remanescente da cal sodada.
H� pouco mais de 600 unidades comercializadas at� o momento em duas vers�es b�sicas: o APECS (Advanced Personal Enviromental Controller System) no qual o oxig�nio � adicionado ao circuito de forma autom�tica por meio de um computador e uma v�lvula solen�ide, e o COPIS (Constant Oxygen Pressure Injection System) que � a vers�o manual em que a v�lvula solen�ide � substitu�da por uma de fluxo de massa constante e o computador pelo c�rebro do mergulhador que controla manualmente a PPO2 do circuito.

Apresenta uma configura��o relativamente enxuta para um rebreather de sua classe, apesar dos RCF n�o serem simples.
Alguns aspectos fazem-no aproximar-se do ut�pico "
rebreather ideal". Os contrapul�es sobre os ombros possibilitam menor resist�ncia respirat�ria se comparado a outras posi��es. Apresenta uma excelente armadilha de �gua, ou seja, pequenas quantidades de �gua  que por ventura penetrem no circuito,  podem ser aprisionadas no contrapulm�o expirat�rio e serem eliminada pela v�lvula de exaust�o. Se ela alcan�ar o filtro n�o passar� pelo c�niste e ser� absorvida pelo tecido absorvente que fica no fundo do filtro.
Apesar dos filtros radiais oferecerem menor resist�ncia respirat�ria ele vem de f�brica com um axial que na maioria dos mergulhos oferece diferen�as impercept�veis  de resist�ncia, mas o fabricante disp�es um modelo radial adequado para condi��es extremas.
Eletr�nica de Megalodon (APECS v2.5)
Tampa do Filtro. Esta pe�a pode ser considerada o cora��o do Meg como tamb�m � conhecido. Nela pode-se observar tres caixas preta: a CPU (� direita), as duas baterias (� esquerdo e ao fundo). A frente  tem-se a v�lvula solen�ide, ao centro  as tr�s c�lulas de oxig�nio  e em amarelo claro (centro direita) o pad absorvente de umidade da tampa.
Controles de M�o. Ao lado pode-se observar o controle de m�o prim�rio e acima o secund�rio. O prim�rio possibilita o ajuste da PPO2 alvo do circuito, ao passo que o secund�rio � um mero monitor de backup. Em alguns rebreathers o secund�rio � igual ao prim�rio, por�m durante o uso fica hibernando e no caso de pane no prim�rio ele passa a assumir o comando da mesma forma que o prim�rio vinha fazendo.
Filtro. O Filtro � constru�do em alum�nio e tem um di�metro externo igual ao de um cilindro S80 (17,25 cm) e o comprimento de 45 cm. No seu interior ficam acomodados os seguintes componentes: a CPU, a v�lvula solen�ide, as baterias (blindadas), as 3 c�lulas de oxig�nio, o c�nister, e o pad absorvente de �gua.
Absorvente de �gua. A primeira pe�a a ser introduzida no filtro, durante a montagem do aparelho, � o "pad" absorvente de �gua que consiste em 4 camadas de um tecido com alta capacidade absortiva que tem a finalidade de aprisionar a �gua evitando que ela passeie no interior do circuito. A �gua livre no circuito poderia entrar em contato com a cal, reduzindo a sua capacidade absortiva e a gerar repugnante coquetel c�ustico (�gua + soda c�ustica). Ambas as situa��es obrigam o mergulhador a abandonar o circuito e utilizar o sistema aberto de reserva (bailout).  Neste caso o Pad de �gua repousa sobre o espa�ador (pe�a preta).
C�nister. Este � o c�nister do tipo axial que vem de f�brica com o Meg. Ele � feito em acr�lico e tem a capacidade para acomodar  cerca de 2,5 kg de cal sodada em uma granula��o que o fabricante recomenda entre 8 e 12 mech. Segundo o fabricante, esta quantidade de cal seria suficiente para 3 horas de autonomia, a uma VO2 (consumo de oxig�nio) de 1,8L/min a uma temperatura da �gua fria. Durante a montagem deve-se tomar o cuidado para n�o se colocar o anteparo proximal invertido (a face plana dever� ficar voltada para o lado da cal), pois caso contr�rio poder� causar resist�ncia ao circuito (Figuras abaixo)
O  abastecimento do c�niste dever� ser feito em local afastado do resto do sistema, pois o p� da cal  � c�ustico. Deve-se tamb�m ter o cuidado para que ele n�o seja introduzido junto com a cal no c�nister,  pois poder� transitar pelo circuito e entrar em contato com as vias a�reas do mergulhador.
A quantidade de cal dever� sempre respeitar a linha demarcada no caniste, nunca a mais ou a menos dela.
Ap�s a coloca��o da cal deve-se acomod�-la, por meio de pancadas, para retirar os espa�os livres entre os gr�os evitando assim, a tuneliza��o do fluxo.

H� a regra dos 3 para o uso do absorvente de CO2:
1. Para todos os mergulhos profundos sempre use o absorvente novo.
2. Nunca comece um mergulho com menos de 60 minutos de tempo remanescente de cal.
3. Assegure sempre que a sua cal esteja produzindo calor ap�s o in�cio do mergulho
.

Importante. Ap�s o uso caso deseje reutiliz�-la, sempre anote o tempo de uso e o tempo remanescente da cal.
Ap�s a coloca��o do Pad de �gua juntamente com o espa�ador, coloca-se o c�nister. Deve-se tomar o cuidado para n�o colocar o c�nister invertido. Ele dever�  ficar devidamente encaixado na depress�o do espa�ador.
A lubrifica��o com graxa oxig�nio compat�vel � importante para que as pe�as n�o fiquem coladas, dificultando a desmontagem. Na minha experi�ncia a Christo-lube parece ser superior a Halocarbon  que resseca com mais rapidez.
O filtro encaixa-se na tampa da caixa dos sensores (sensor pod) que e� incorporada a tampa do filtro. Estes o-rings, da mesma forma que o filtro devem ser bem lubrificados e inspecionados. A falte destes o-rings podem causar re-inala��o do CO2. A tampa da caixa de sensores pode ser removida (figuras a baixo) bastando apertar-se o bot�o em sua superf�cie e girar cerca de 20 - 30 graus conta os ponteiros do rel�gio.
Abrindo-se esta tampa (figuras acima) pode-se observar a face de captura de an�lise dos sensores. Estes sensores s�o providos de uma membrana hogrof�bica, para tentar evitar que a condensa��o se acumule alterando seu funcionamento. A obstru��o da c�lula por condensa��o � um problema comum a quase todos os rebreathers desta classe (CCR). A face de capturados sensores � voltada para baixo, que tamb�m dificulta o ac�mulo de �gua, pois a um determinado ponto ela gotejar� impedindo a bloqueio do sensor. Durante o mergulho, eventualmente um dos sensores pode deixa de funcionar, isto poder� ser interpretado como obstru��o do sensor por umidade. Pancadas no corpo do aparelho na posi��o horizontal (de cabe�a para cima) poder�o solucionar este problema.
Calibra��o dos PPO2 meter. Da mesma forma que se deve calibra os analisadores de oxig�nio para nitrox, deve-se tamb�m calibrar os PPO2 meter dos rebreathers. Na realidade, eles s�o quase iguais, tem o mesmo princ�pio de funcionamento, alguns usam at� c�lulas iguais. Os PPO2 meter diferenciam-se dos analisadores convencionais apenas no display de leitura. O analisador marca em por cento (%) e o outro em PPO2 (bar ou atm). Se pegarmos estes dois aparelhos e aferirmos ao n�vel do mar para O2 a 21% e entrar-mos numa c�mara hiperb�rica pressurizada a 10m com ar, eles marcar�o respectivamente, 0,42% e 0,42 atm.
Este Kit (acima e a esquerda) serve para calibrar os PPO2 com O2 a 100%. Ele � constitu�do de duas tampas que tem como objetivo enclausurar  os sensores e oferecer um fluxo cont�nuo de O2 para garantir que a face de captura dos sensores, durante a calibra��o, fiquem totalmente imersos em oxig�nio a 100%. No alto, ao centro e a direita pode-se observar o kit de calibra��o instalado.
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