O Site Gospel de Marabá
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"Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade..." Ec. 12.1 | |||||||
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Marabá
Conheça um pouco mais da história da nossa cidade!
Devido
a conflitos com o Coronel Carlos Leitão e a malária que atacava os
habitantes do BURGO, Francisco Coelho da Silva, originário de Grajaú
(MA) e seu sócio Francisco Casemiro de Souza, construíram um
"Barracão Comercial" no Pontal - confluência dos rios
Tocantins e Itacaiúnas, inaugurado a 07 de junho de 1898 com o nome de
"Marabá", em homenagem ao grande poeta maranhense Gonçalves
Dias, do qual era admirador. Nessa época esta região pertencia a Baião.
A
exploração do Caucho, atraiu multidões de homens, vindos
principalmente do nordeste e do norte de Goiás.
Nessa
década a população fixa de Marabá era de 2.984 habitantes. Os intendentes
foram: José Oscar de Mendonça Vergolino(1939-1943), João Anastácio de
Queiroz(1943-1945), Major Bartolomeu de Gonzaga Igreja (1945-1946), Dr.
Manoel Pedro de Oliveira (1946 - 48horas), Mário Mazzine (1946), Sérvulo
de Ferreira Brito(1947), Alfredo Rodrigues de Monção (1947-1950).
ANTECEDENTES
HISTÓRICOS O
final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) revelou um mundo dividido em
dois campos de poder o Ocidente (oeste) liderado pelos EUA, e o Leste sob
a liderança da União Soviética. Era o que se denominava bipolarismo,
oficializado no acerto entre as potências vencedoras da Guerra,
estabelecido na Conferência de Yalta. No
ambiente de Guerra Fria que então se estabeleceu, as lideranças
militares do Brasil conceberam a chamada Doutrina de Segurança
Nacional, estratégia de adesão aos planos dos
norte-americanos, complementada por posições ideológicas
capitalistas, ferrenhamente defendidas por grupos do poder econômico
nacional. O
perigo, segundo a Doutrina de Segurança Nacional não estava na
possibilidade de confronto entre os dois grupos dominantes, mas dentro de
cada país, através da “penetração de idéias subversivas” e
surgimento de grupos revolucionários comunistas” Esses
princípios de solidificaram a partir de estágios feitos por oficiais
militares superiores (tanto brasileiros como de outros países da América
Latina), no (Centro de Estudos Estratégicos montado no Panamá pelo Pentágono
norte-americano. A seguir, cursos de preparação para a elite civil foram
ministrados na escola Superior de Guerra e no IBAD) (Instituto Brasileiro
de Ação Democrática, entidade que representava os interesses do meio
empresarial-industrial). O
PERÍODO DITATORIAL O
clima agitado do governo de João Goulart favoreceu o golpe. Naquele trágico
período, “todos os meios de repressão foram considerados legítimos
para impedir a difusão das idéias ou ações subversivas. As mais abomináveis
torturas físicas e psicológicas foram praticadas” (1), e
pessoas foram assassinadas ou desapareceram. Após
o golpe, houve uma crescente perda de direitos civis e políticos
surpreendendo os civis que os apoiaram, os militares resolveram assumir,
eles próprios, o poder, e impuseram o presidente Castelo Branco ao
Congresso Nacional. Iniciaram-se,
então, as promulgações dos Atos Institucionais que foram limitando os
direitos democráticos, cassação de direitos políticos. intervenção
em Estados e municípios, dissolução dos partidos políticos
(estabelecendo apenas dois: a ARENA, da situação, e o MDB, da oposição) Em
1965, o AI 2 eliminou a eleição direta para Presidente. Em 1966 foram
suspensas, pelo AI 3, as eleições diretas para governadores. Em 1968
passam a ser nomeados pelo presidente os prefeitos das capitais e de
cidades consideradas áreas de segurança nacional ou instâncias
hidroterniais. MARABÁ
SOFRE A INTERVENÇÃO FEDERAL No
ano de 1969, a Constituição ampliou o número de municípios
classificados como “área de segurança nacional”. Editou-se, então,
o Decreto-lei número 1131, de 30 de outubro de 1970, que declarou o município
de Marabá (juntamente com os municípios de Altamira, ltaituba, Salinópolis
e Santarém) como” “área de segurança nacional”, com prefeitos
nomeados pelo Governador do Estado, com aprovação do Conselho de
Segurança Nacional. Hipóteses
para a inclusão de Marabá na classificação “área de segurança” a)
Motivos estratégicos: região pouco habitada que poderia abrigar
organizações inimigas e movimento guerrilheiros (o que de fato
aconteceu: Guerrilha do Araguaia); b)
Motivos econômicos região com enormes riquezas naturais (minérios,
recursos hídricos e florestais); e)
Motivos sociais região de atração da população nordestina,
estimulada evitar a migração para o Sul e o Sudeste, onde os problemas
urbanos se agravavam; f)
Motivos políticos: região propícia aos “Grandes Projetos”,
como a Rodovia Transamazônica e o assentamento rural, com grande
deslocamento de recursos Financeiros e populacionais, o que requeria maior
controle oficial. OS
PREFEITOS NOMEADOS No
período de intervenção. que vai de 1970 a 1985, sete prefeitos foram
nomeados: CAPITÃO
ELMANO DE MOURA MELO (1970 A 1972) CORONEL
JOSE BARBOSA DE VASCONCELOS (seis meses em 1973) PEDRO
MARINHO DE OLIVEIRA(1973 a 1975) HAROLDO
DA COSTA BEZERRA (1975 a 1979) MAJOR
BENEDITO ORLANDO DE FARIAS AGUIAR (1979 a 1981) SAMUEL
RODRIGUES DE MONÇAO (1981 a 1982) PAULO
BOSCO RODRIGUES JADÃO (1983 a 1985) Uma
análise superficial constata que três deles, e todos militares, não
pertenciam a famílias marabaenses. A
socióloga Marilia Ferreira Emmi afirma que tal fato trouxe uma conseqüência
importante para a organização do poder político em Marabá: a redução
da força da oligarquia castanheira sobre a politica local. Capitão
Elmano, Coronel Vasconcelos e Major Aguiar eram comprometidos com o regime
autoritário central, desvinculados dos grupos locais. Os demais, embora
oriundos da sociedade marabaense, eram em sua maioria distantes dos grupos
tradicionais de poder: é o caso de Haroldo Bezerra, Samuel Monção e
Paulo Bosco Jadão. Já
Pedro Marinho de Oliveira, que em 1962 fora eleito prefeito através do
voto popular, administrando o município até 1966, era representante da
oligarquia até então poderosa, como membro da UDN. Com o advento do
regime militar e implantação do bipartidarismo, projeta-se com
representante a ARENA local, o que favoreceu sua indicação para o cargo,
em 1973(2). OBRAS
E DECISÕES DO GOVERNO FEDERAL Durante
o período de intervenção federal, Marabá e toda a região foram alvo
de inúmeras atividades, decididas e realizadas por órgãos federais sem
qualquer consulta, comunicação, diálogo ou possibilidade de critica,
seja por pane da população, seja por parte das autoridades locais: a)
Construção da Rodovia Transamazônica e destinação de uma faixa
de 10 Km de cada lado para a colonização e reforma agrária (Decreto-lei
1106 de 16/07/70 e Decreto-lei 1.164 de (01/04/71). b)
Criação de áreas prioritárias para a reforma agrária em vários
municípios do Maranhão, de Goiás (atual Tocantins) e do Pará,
incluindo Marabá (DL 67.557, de 12/11/70) c)
Instalação de um posto do INCRA em Marabá (Portaria 163, de
05/03/71, da Presidência do INCRA). e)
Instalação do 52 Batalhão de Infantaria de Selva e da Sede da 23ª
Brigada de Infantaria de Selva, em Marabá. f)
Elaboração do Plano Diretor em Marabá e do Plano de Implantação
de Nova Marabá (relatório, em março de 1970, do SERFHAU - Serviço
Federal de Habitação e Urbanismo, vinculada ao Ministérios do Interior)
Esse plano foi alterado com a mudança do poder central (Médici/Geisel,
em 1974), passando a coordenação para a SUDAM: o novo plano foi
apresentado em 1975 ás autoridades civis e militares” sediadas em Marabá,
iniciando-se sua execução em 1976. g)
Construção da Hidrelétrica
do Tucurui (a partir de 1973). h)
Explorarão de minérios na serra dos Carajás (já
iniciada em 1966; em 1980 criou-se o programa Grande Carajás). i)
Construção da Estrada de Ferro Carajás (que entrou em
funcionamento em 1984). OBRAS
DOS NOMEADOS Capitão
do exercito Elmano de Moura Melo, prefeito de 1970 a 1972 No
final de 1970, o município de Marabá tinha 24.474 habitantes, estando a
maior parte 14.585 pessoas no perímetro urbano. O
governo do Cap. Elmano foi marcado por várias obras: construção da praça
em enfrente ao Mercado e Igreja de São Félix inicio da construção do
Estádio “Zinho Oliveira” construção do Matadouro Municipal no local
denominado “Bandeiras”; construção de 200m de cais, à margem do Rio
Tocantins construção do ramal de acesso á Transamazônica, implantação
da usina de força e luz no povoado de São Félix construção de um
Mercado no bairro Amapá; construção de carpintaria para a confecção e
recuperação do mobiliário escolar; reforma do Grupo Escolar Municipal
“José Mendonça Vergolino”, e quadra de esportes: reforma do antigo
prédio da Prefeitura, na Avenida Antônio Maia (hoje Biblioteca do
Professor). Coronel
PM José Barbosa de Vasconcelos, prefeito pelo período de seis meses em
1972/1973 Em
sua gestão foi dada continuidade à construção do Estádio Municipal
“Zinho de Oliveira No
ano de 1973 o governo federal, através do Decreto 72.524/73, declarou “área
de interesse social” cerca de 1.630 hectares na margem esquerda do Rio
Tocantins. a partir da Fazenda Santa Rosa (final do bairro de mesmo nome).
O ministério do Interior, através do SERFHAU, orientou a Prefeitura no
sentido de desapropriar a área, destinada á implantação da Nova Marabá.
A desapropriação foi feita com recursos federais. Coube
ao Coronel Vasconcelos, ainda, a desapropriação de uma área de 13,5
Km2, no Bairro do Amapá, para ampliação da Base Aérea. (Decreto n0.
175/72). Pedro
Marinho de Oliveira, prefeito municipal entre 1973 e 1975 O prefeito Pedro Marinho deu continuidade ás desapropriações de propriedades localizadas na área da Nova Marabá; inaugurou o Estádio “Zinho Oliveira”, em 5 de janeiro de 1974 criou o bairro jardim Novo Horizonte, ás margens da Transamazônica, entre a Agrópolis do INCRA e o bairro Cidade Nova (então chamado Jarbas Passarinho), inaugurou a Biblioteca Municpal “Almirante Tamandaré” (hoje instalada no CAIC da Folha 13). Através
da Lei Municipal 96, de 14 de fevereiro de 1973, a Prefeitura fez a doação
da área da Nova Marabá á SUDAM. Em
1974, a cidade sofreu uma enchente que atingiu todo o seu núcleo pioneiro
e partes do Amapá. Haroldo
Costa Bezerra, prefeito no periodo de 1975 a 1979 O
projeto da Nova Marabá foi apresentado pela SUDAM às autoridades
marabaenses, no final de 1975. A partir de 1976 foram entregues, pelo
escritório local da SUDAM, os primeiros lotes, iniciando-se a povoação
do bairro em 1977. enquanto isso, a Prefeitura criou dois novos bairros:
Novo Horizonte e Parque das Laranjeiras, dentro do planejamento urbano do
Complexo Cidade Nova; que incluiu o sistema de abastecimento de água,
ampliou a rede escolar e de saúde; colocou em execução o Plano de
Eletrificação Rural, construiu na Nova Marabá o Terminal Rodoviário e
a primeira parte do Centro administrativo; implantou o sistema de iluminação
do Estádio “Zinho Oliveira”; fez a pavimentação em concreto das praças
e ruas principais do Núcleo Pioneiro; implantou a assistência Odontológica
à população de baixa renda; ampliou a área do Parque de Exposições
Agropecuárias. Implantação
da primeira repetidora de televisão: a TV Marabá. O
governo Haroldo Bezerra enfrentou duas enchentes de grande volume: em 1978
e 1979. Major
PM Benedito Orlando de Farias Aguiar. entre 1979 e 1981
Neste período Marabá enfrentou a maior enchente de sua historia, em
1980. Nos primeiros meses daquele ano, deu-se a descoberta do ouro de
Serra Pelada, ocorrendo a histórica
Corrida do Ouro, que trouxe mais problemas do que riquezas ao nosso município. Durante
a gestão do Major Aguiar foram executadas as seguintes obras: construção
das escolas “Salomé Carvalho” e “Arthur Guerra Guimarães”:
construção da escolinha infantil denominada “Projeto Casulo”, na
Nova Marabá, construção de postos de saúde em Brejo do Meio e Água
Azul; abertura de trechos de estradas nas regiões de Pau Seco, Murumuru e
Brejo do Meio; inauguração do Bloco A da Prefeitura, na Nova Marabá.
Os ventos da abertura política favoreceram a fundação, em 1980, do PMDB
em Marabá. sob a liderança de Ademir Martins, Paulo Sampaio e Pedro
Pires. Em
1980 foi criado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá. Ainda
nesse mesmo ano, a invasão de casas da COHAB, construídas na Nova Marabá,
não sofreu qualquer repressão das autoridades.
Em 1980 a população de Marabá era de 59.915, mais que o dobro da população
verificada dez anos antes. Samuel
Rodrigues de Monção, prefeito nomeado no período de 198! a 1982 No dia
13 de novembro foi inaugurada a ponte sobre o rio Itacaiúnas.
Nesse período, em conseqüência do garimpo de Serra Pelada, a população
crescia vertiginosamente; também aumentava a participação popular na
luta por seus interesses. Em fevereiro de 1982 surgia a primeira associação
de moradores (Nova Marabá), logo seguida por outras, nos vários bairros
e vilas do município Antes disso, em novembro de 1981, findou-se a
Associação Marabaense de Proteção á Natureza, canalizando a ansiedade
dos jovens diante das agressões ambientais. Os
problemas fundiários que abalavam o sul do Pará, desde a década de 70,
levaram ao assassinato do jovem advogado Gabriel Pimenta, que defendia
posseiros ameaçados por grileiros; o crime deu-se em 1982 e, como tantos
outros, ficou impune. Paulo
Bosco Rodrigues Jadão, prefeito no período de 1983 a 1985.
Devido aos grandes Projetos e à atração exercida por Serra Pelada, a
população do município, entre 1970 a 1985, aumentou mais de 8 vezes,
chegando a 205.000 habitantes(4). Neste
período entrou em funcionamento a Estrada de Ferro Carajás, com
transporte apenas do minério, em 1984, e de passageiros a partir de 1985,
a ponte sobre o rio Tocantins facilitou o acesso a
vários bairros e ligação com
a capital.
O prefeito Jadão deu atenção especial à educação e à cultura:
inaugurou a Casa da Cultura em novembro de 1984, criou uma sociedade de
economia mista para a exploração das transmissões televisivas; ampliou
a rede escolar. Além disso construiu postos de saúde, no km 07, em Novo
Horizonte e no Parque das laranjeiras; criou feiras ambulantes, inaugurou
as praças “Francisco Coelho” (bairro Cabelo Seco) e “Alfredo Monção”;
reformou o Mercado Municipal e o Matadouro Em
1985, o pais se vê livre da ditadura militar. O retorno ao Estado Democrático
de Direito encerra a intervenção em Marabá e o povo volta a escolher
seus representantes. NOTAS
AUGUSTA
LUZ: ARQUIVO PÚBLICO DE MARABÁ
MARIA VIRGÍIA MATOS: PROCURADORIA
DA REPUBLICA DE GOIÁS (1) Texto de Dom Cândido Padin em seu Itinerário de uma vida (Bauru, EDUSC. 2t)02) serviu de base para a elaboração desta análise. (2)
Ver, de Manha Ferreira Emrni, A Oligarquia do Tocantins e o domínio dos
Castanhais (Belém, CFCH/NAEA/IJFPa 1987) (3)
Dados obtidos em diversos jornais locais: Notícias de Marabá n. 2, de 2
de novembro de 1970; n .5, de outubro de 1971; n 09 de abril de 1972; n.
10, de julho de 1972; n. 49, de abril de 1977; O Marabá, n. 363 de
outubro de —, Vigilante do Norte de outubro de 1980; Correio do
Tocantins, no caderno especial de 5 de abril de 2001 além disso foram
consultados: História de Marabá, Maria Virgínia [3. Matos (Marabá,
GratiI. 1996); Avaliação de Implantação de Núcleo Urbano na Amazônia,
de Runei Yoshioka (São Paulo, 1986 —dissertação de mestrado). (4) Posteriormente, com o desmembramento do município para a criação de Curionopolis e Parauapebas, essa população reduziu-se. Atualmente, segundo estimativa do IBGE, em julho de 2000, a população do município de Marabá é de 173.375 pessoas.
A
população de Marabá é de 138.588 habitantes em 1990, sendo105.258 na
área urbana e 33.330 habitantes na Zona Rural. O prefeito de Marabá era
o Dr. Nagib Mutran Neto (1989-1992). * Texto e fotografia retirados do site da Prefeitura Municipal de Marabá. http://www.skorpionet.com.br/prefeitura/pag_historia.htm
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