quinta feira, 30 de setembro de 2004

chovia um pouco enquanto levávamos o nino até o "pedrinho". nome esdrúxulo, mesmo que apelido, para um colégio.

ela tem sempre um jeito de me deixar um pouco pra baixo, um pouco me sentido sem valor, com um pouco menos de auto-estima que já tenho.
mas ela pode tudo. eu é que não posso nada.
ela é a lolita dos sonhos de todo mundo. a precoce-sexualmente-ativa-altamente-entendida-de-assuntos-amorosos-drogas-e-rock-n-roll.

mas no fundo, eu sei, é ela que me admira. porque eu tenho, sim, valor. porque eu sou inteligente, sexy e cultural.

só falta alguém que, por livre e espontânea vontade, queira fazer trabalho de física comigo.

encontrei metade das gentes que moram perto de mim no são luiz vendo "nina".
eu e o calac vimos, antes, um filme muito fofo chamado "uma mulher fiel", baseado não em "um marido ideal", mas em outra obra do oscar wilde.
muito bom, cheio de citações engraçadas, falando sobre o casamento: "por que você acha que chamam aquilo de altar? é ali que acontecem sacrifícios humanos!"
impressionou-me a velhice extrema de helen hunt e como um roteiro "i-am-your-mother" pode ter reviravoltas interessantes. mas aí eu já não sei o que é crédito do oscar wilde.

adorei adorei adorei "nina", apesar de ter acabado muito do nada (eu ainda tô achando que perdi algo!). agora estou muito a fim de ler "crime e castigo". os desenhos, muito "the wall", a esquizofrenia, as mortes, o sexo, as drogas, e a música techno (excelente trilha sonora, em grande parte. parecida com a que ouço agora - de "réquiem para um sonho") me deixaram deprimida e vivendo num mundo onde fica difícil processar as imagens reais e diferi-las das virtuais. agora entendo porque toda imagem real é invertida.
só tinha visto filme felizinho e hollywoodiano no festival. esse me deixou pertubada e me fez perceber a perdição em que vários dos meus amigos e grande parte da minha geração está metida. perguntemo-nos: por que continuamos a perseguir isto?

esse filme vai entrar em circuito normal e o verei de novo numa quarta feira à tarde no cine palácio - R$ 2,50.
quarta feira, 29 de setembro de 2004


[os manuscritos do mar morto]
fiquei decepcionada que poucos manuscritos são os reaaaais.
gente, o torá/o velho testamento da bíblia são assustadores. eu juro que achei que um velhinho de barbas tipo o papai noel ia saltar do papel e vir me estrangular, porque não sou fiel a deus.
sou uma herege. sou uma infiel. queimem-me.
tristes as religiões que só sobrevivem porque causam medo, e não constróem emoções positivas nos seres humanos.
gilberto passos gil moreira. é o nome do nosso ministro da cultura.

enfim. chega de controvérsias. chega de questionamentos. servamos a allah.
tome, doutor, essa tesoura, e... corte minha singularíssima pessoa.

econtrei ana e judson, bebemos e comemos no plebeu (e eu sempre faço caminhos mais longos, que é pra pré-queimar as calorias).
depois fui finalmente dormir na casa dela.
(a mãe dela deve ter algum problema comigo, sempre que a vejo estou meio bêbada/letárgica. e eu adoro me sentir assim)

terça feira, 28 de setembro de 2004

estou morrendo de vontade de comer suspiro!

segunda feira, 27 de setembro de 2004

tô triste. já tá demorando muito tempo pra ela voltar.

o que está acontecendo?
decidamos logo; ou você quer ficar cego?
tá difícil do jeito que tá, darling.

quando eu decido por ele é injusto.
quando ele decide por mim é desconfortável.
estou incontrolável.
fico vendo a grama mais verde se distanciar do meu campo de visão cada vez mais rápido.

gostei tanto de de-lovely que fui ver com a minha mãe de novo, hoje. nós quase atropelamos o dezemone. shame we didn't.

"you don't have to love me the way that i do you, just love me, darling"

domingo, 26 de setembro de 2004


eu, renato, dri e nina fomos ao roxy ver de-lovely. só conseguimos encontrar o samuca depois. o cinema tava lotado, sentamos no chão. graaaande litro de guaraná.
uma pessoa quieta.
adoramos o filme. precisávamos de um intervalo assim, da vida moderna. um filme felizinho, cheio de aforismos lindos, com um homem que aproveitava o máximo da vida.

And when I kiss ya, just say to me
"It's delightful, it's delicious, it's delectable, it's delirious,
It's dilemma, it's de limit, it's deluxe, it's de-lovely"

aviso, os puristas que precisam de veracidade histórica e precisão biográfica não vão gostar.
fui pra ver a alanis e ouvir músicas esplêndidas. agradou-me.
mas o robbie williams era absolutamente detestável, dublado à la novela mexicana e pintosa.
kevin kline está lindo na pele do sr. porter.
as coreografias... um hollywoodiano perfeito.
uó foi o samuca comentando que a diana krall tava muito zapata.
mas ela é casada.

ai, que SAUDADE (não era pra ter saído em caps lock, mas a providência divina assim o quis) dos meninos. foi muito bom ficar conversando com eles esperando o ônibus até à meia noite na nossa senhora de copacabana. altas revelações fantásticas - de todos os lados.
chegamos à conclusão de que é muito melhor morar no méier ou em jacaré que na zona sul.
passou pelo menos cinco ônibus pra cada lugar antes de passar um pra gente.

sábado, 25 de setembro de 2004

então parece que o rio de janeiro inteiro resolve ir à ddk quando eu vou. porque fernandinha na ddk é "O" evento, então temos de ir, todos!
fila monstruosa, quatrocentosevinteecincomilhões de pessoas conhecidas de fotologs (e eu não posso chegar e dizer - "ei, já vi o seu fotolog, você é muito legal, gosto das mesmas músicas que você!" - cúmulo da nerdice esse negócio de internet. por isso que eu tou quase acabando com o flog e com esse blog e parando de entrar no orkut). e pessoas de séculos atrás, meu deus.
e os povos que eu queria encontrar lá, não foram/não viram (por um lado, ainda bem que não foram, não quero nem imaginar a porradaria).
acabou que conseguimos ingressos comprados de desistentes e aí entramos com a minha carteira falsi trashíssima.

as coisas obscenas não vi. fiquei mais na pista do the cure com as gentes decadentes.
eu não sei dançar, minha gente, não forcem. mas acabei me libertando, uma hora aí.

uó a gente tentando voltar daquele inferno de dante lotado (todos os meus amigos saíram junto comigo): tiros na favela ali do lado e a gente desesperado pra pegar um táxi. agora soa engraçado. mas eu, trash, com dor no pé e sono - era só em ir embora que eu pensava.

comemos lasanha nossa-amiga-de-todo-sábado-cinco-horas-da-manhã, e ele dormiu aqui de novo.

sexta feira, 24 de setembro de 2004

Tive uma conversa importantérrima, crucial para a minha visão de mundo pós-abandono. infelizmente, em termos práticos, ela - a conversa - não altera nada. é por isso que eu digo "perdeu, preibói!". e digo "bombou", e digo "já é" e digo "uó", e, mesmo assim, me considero como um kirk, socialmente inapta.

fui com o renato à fila do festival do rio br comprar ingressos para de-lovely. assim que cheguei lá era a vez do calac, mas ainda faltava a gente ver uma porrada de coisas antes de comprar.

acabei indo-o encontrar - oh, fraqueza - em são cristóvão. peguei o ônibus errado e paguei o mico de ser acordada pelo cobrador no ponto final. e o ponto final era longe do colégio.
fiquei muito puta ao saber que todas as unidades sempre têm semana da cultura e o humaitá teima em dar problema todos os anos, há 7 anos.
esperanças para o canto lírico. ária de bach. não consigo mais ler drummond. nunca mais. toquei na famigerada obra completa em que nunca mais tocarei. de alguma forma, ele nunca entende - ou se esforça pra entender o que eu digo -, então acabou dormindo aqui.

quinta feira, 23 de setembro de 2004

tocou-me profundamente uma frase que li há um segundo, de autoria de clarice lispector: "enquanto eu tiver perguntas e não houverem respostas, continuarei a escrever." eu também. a ausência de respostas Verdadeiramente certas ou erradas me motiva. quando eu achar a minha resposta, lutarei para que todos a entendam e para que todos me digam, de alguma forma, as suas conclusões. continuarei, portanto, escrevendo. motivação para tal é o que não falta. a poesia que há em expor o seu sangue para todos... "porque preciso de todos". por isso gosto tanto de me contar. por isso me dispo. por isso me grito.

será que meu verdadeiro dever é, "após uma hora de exposição, estender-lhes uma pepita de verdade pura para que a guardem entre as páginas de seus cadernos de notas" (ou seus blogs e flogs)?

os meus momentos de personalidade borderline...

como pode ser? houveram tempos em que me achei tão mais evoluída, consciente, determinada a seguir um caminho, tão mais pacífica e paciente, tão mais associada a mim mesma e com o outro, entendia claramente o mundo ao meu redor e sabia o que era necessário fazer para o encaminhamento da humanidade à plenitude.
talvez meu erro tenha sido simplesmente achar que sabia tais coisas. e que o meu papel no entendimento de mim mesma e na compreensão de mim mesma estava acabado. sem saber que este é dialético.
meu desassosego, agora, é intimamente ligado à minha incapacidade de abraçar a plenitude, de ser yin e yang ao mesmo tempo.

o "deixar o destino me levar pelos cabelos" enlouquece qualquer um que deseja manter uma relação estável comigo.

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." clarice lispector.

quarta feira, 22 de setembro de 2004

lugar mais estapafúrdio, leitores!
tinha a cabine de se drogar e depois voltar para a festa. tentei roubar a fitinha do conrado, depois que ele desmaiou, mas não deu. os professores mais bêbados da história. tinha tudo pra ser a pior noite do mundo, e eu não tinha nenhuma droga que alterasse meu estado de consciência, exceto por toxic, de britney spears.

choose life, choose a career, choose the red or the blue pill. or choose them all. implique que eu quero saber da Verdade intrínseca das coisas, mas não quero lembrar dela no dia seguinte. mas eu lembrei, desgraça, eu lembrei.

de como eu senti-me poderosa e vingativa, e como isso tudo condizia com a encarnação da personagem. das longas luvas pretas e dos longos cabelos que não são meus.

i did everything, my love, to get back at you. it worked and i am happy for you both. i finally, trully am. i am aware now.
e ainda beeeem que tocou pink floyd. mesmo que seja another brick in the wall part 2.

eles viram, eles viram a megerização da domada.

voltei de 570 e foi muito engraçado as pessoas indo pra escola e me olhando com as minhas asas na mão, extremamente, verdadeiramente acabada.


terça feira, 21 de setembro de 2004


a minha mãe conversou comigo até de madrugada, e hoje me entregou uma cartinha.

ela me entendeu bastante, apesar de eu descordar da postura que ela acha que devo ter. de qualquer maneira, não me sinto incumbida de fazer o que ela diz.

sim, é muito chato não poder contribuir pra melhoria de um mundo sobre o qual estamos sempre reclamando, justamente por não haver solução. como diz o calac, o problema é crônico.
esse menino anda me surpreendendo muito, ao só abrir a boca pra falar o que é extremamente necessário e contributório. tenho que aprender muito com ele.

estava vendo, no domingo, aquele programa de "antes e depois" da people+arts.
cara, que programa ridículo e mongol! mais um do qual não precisávamos, sempre ditando regras massificantes e oprimindo a personalidade das pessoas, em prol de uma moda cruel.
não é todo mundo que quer ser sóbrio. não é todo mundo que consegue o corpo das modelos sem-graças-das-passarelas.
dava raiva, que a mulher não gostava, não queria aquele estilo que tavam empurrando pra ela. não era ela! era a máscara, gente! que absurdo!
como se doesse nos olhos de alguém, vê-la...

how bout unabashedly walking away when i come near?
how bout not being surprised when i say i relate myself to everything you say?


segunda feira, 20 de setembro de 2004


["vocês têm asas?"]
aula de drummond, pra piorar tudo, de novo.

"melancolias, mercadorias espreitam-me.
devo seguir até o enjôo?
posso, sem armas, revoltar-me?

(...)

em vão tento me explicar, os muros são surdos.
sob a pele das palavras há cifras e códigos.
o sol consola os doentes e não os renova.
as coisas. que tristes são as coisas consideradas sem ênfase.

(...)

pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
(...)dou a poucos uma esperança mínima."

o dia inteiro no centro comprando coisas pra compor a fantasia. cansativo à beça, mas pelo menos conversei com um ombro amigo, psicólogo e compreensivo.

sabe, talvez, no fundo, a minha dor não tenha nada a ver com estar ou não com ele. talvez não tenha nada a ver com minha vontade não-disfarçada de ter outras pessoas.
preciso descobrir o que é. mas descobrir sozinha. e também não tenho tanta pressa e urgência assim. o alívio não é a solução. a solução é a resolução. superação. tome quanto tempo precisar.
e se tivermos de casar e morar em teresópolis, assim será.

domingo, 19 de setembro de 2004


fui à casa da aline, experimentar fantasias. tinha a fantasia dos sonhos da mayra e outra que é bem o que a bruna queria.
ainda bem que nenhuma dessas coube em mim. só coube um vestido que era da vó do guga. deve ter uns 40 anos, no mínimo!
e é lindo! como a vó do guga tinha bom gosto, cara!
só que vai ter que fazer uma alcinha básica, porque meus peitos não preenchem a coisa toda. e os gatos fizeram uma festa básica, rasgando o forro um pouquinho e enchendo-o de pêlos.

parece que rolou um insight inesperado nele. e não consigo acatar sua decisão de transferir minha monstruosidade toda pra ele.
eu sei, eu sei, é possível que não haja monstruosidade alguma (e não há, todas as nossas reações são normais), mas aceitar isso e voltar ao de sempre também me parece monstruoso.

pedi pra pensar. mas isso pedira antes.

Está sendo horrível pra mim também.
Mas eu preciso resistir à tentação de correr de volta pras asas do meu príncipe encantado de armadura sem ter me resolvido.
Porque ficar com você é tentar te satisfazer a todo custo, e falhar, e não ter esperanças que eu consiga fazê-lo. Porque estar com você é ter a certeza de que vou sempre te magoar, porque não gosto de tentar te fazer feliz. Porque vou sempre ser atormentada pelo “estar semi-apaixonada por outras pessoas” enquanto você nutre seu amor incondicional por mim. Porque estar com você é me tolher e me torturar por não ser como você.
E o que me entristece é que você sabe de tudo isso. E você chora e chora, e me liga e pede pra voltar!
Como?
Como você quer voltar comigo, que te fiz e te farei tanto mal? Como você não consegue ver que eu não consigo atender às suas expectativas? E vou ser sempre frustrada por causa disso?
Eu não quero esperar estar em Lisboa ou em Londres morando com você pra te abandonar.

sim, eu sou dramática. let it be. /protect me from what i want.

sábado, 18 de setembro de 2004


não consegui fazer nada. muito menos estudar e fazer os deveres atrasados. bunda colada no sofá e olhos grudados em um quadrado mágico, ao qual nem sempre presto atenção.
hoje foi a comemoração do aniversário da maria paula e do da roberta.
hoje teve um monte de festa à fantasia e também barzinho com os amigos bibas.
hoje todos os meus amigos foram se divertir.
mas eu fui curtir a fossa. fui ouvir musiquinhas com pianinhos, pra me forçar a chorar.

"Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram. " C.D.A.

e é difícil, se ele ficar falando comigo.

/ouvindo - beethoven.moonlight sonata (sonata ao luar)

sexta feira, 17 de setembro de 2004


nina me ligou pela primeira vez e me ajudou um pouco. mas o que eu preciso mesmo é de ficar mourning on my own.
(voz grave, de quem é bem-resolvida e esclarecida. gostei.)

quinta feira, 16 de setembro de 2004

começou um processo de me devolverem coisas. ontem recebi de volta o "1984", que estava há séculos com a camila. recebi hoje "mrs. dalloway" e minha câmera digital. perdi bens irrecuperáveis e há uma lacuna em mim que eu luto tanto para não preencher com outros quanto para não preencher com drogas ou telefonemas para ele. ele me devolveu alguma coisa, pelo menos: uma liberdade condicional de merda que eu julgo(ava) tão importante para a superação dos problemas. me devolveu meu senso de justiça, meu desejo de pagar pra ver, uma mínima vontade de sobreviver através desses segundos - dessas 6 horas que estou longe dele. depois de tanto tempo tendo deixado de acreditar em qualquer coisa - qualquer coisa mesmo - acho que i believe in peace. eu acredito ainda no amor, na conexão, na felicidade. vamos ver que bicho que dá. me desculpe por te expor gratuitamente. se você quiser eu me calo.

quarta feira, 15 de setembro de 2004




"tudo aquilo que você critica num plano macro você pratica no plano micro. aquilo que o coletivo não pratica em relação à política, você não pratica na sua vida pessoal. sinto que essa revolta que você tem com as atitudes e contradições da nossa juventude são contra você mesma. os seres humanos têm medo de mudança e se escondem atrás do senso comum. você aceita o que não quer, a opção mais fácil. a sociedade, maravilhosa, é uma merda!

pára de se tratar como uma fraca, você não é! pára de ter pena de si mesma. você não precisa disso. você não precisa de muleta, você não precisa se prender a ele. vá atrás de algo que você realmente queira e não do que você quer querer. você pode se libertar e fazê-lo se libertar de você. existe em você uma coragem muito maior do que você conhece, mas precisa dar a ela a chance de te conhecer."

por isso que eu amo a bethânia. ela sabe que "i don't walk my talk". ela já me ouviu falar tudo isso pra ela, numa época que esse discurso era esperançoso, e não demagógico. era um discurso libertador, quiçá feminista.

hello, courage?! are you there? (*body echoes)
tiredness ate it.
and self-confidence is battling, she is battling, i know!
we both want something new, ain't it?
i need to get off the fossa!!!!!!!!

always the hours between us.

***
fui vê-lo no coral. e está tudo estranho, e eu não faço nada - nem acho que farei - nada pra consertar.

"I wish, for your sake, Leonard, I could be happy in this quietness. (...)
You cannot find peace by avoiding life, Leonard." virginia woolf em "as horas".

eu e minhas frases de livros e filmes e músicas. eu e minha vida patologicamente diagnosticada na arte. eu e o meu consumo desenfreado de filosofias "pessimistas". eu e minha "esperança" de encontrar respostas no mesmo lugar onde acho os problemas.

terça feira, 14 de setembro de 2004


como diria a minha TUDA alanis morissette, citando outro autor: "ask questions before you get too involved".

o cara da cavídeo foi muito fofo comigo: como eu não tinha conseguido terminar de ver "o melhor filme de todos os tempos", tentei desenrolar com ele lá, que eu tinha pego 3 filmes, sábado à noite e tal, pra eu ficar mais com o "citizen kane", e devolver hoje ao meio dia.
- sem pagar? - he mouthed.
fiz uma cara engraçada, dizendo que sim.
- é claro!

foi uma daquelas madrugadas de novo. adoro.

oh! o sofrimento que vem do medo de não sentir mais dor!
o medo da plenitude...
estar acostumado com a dor agonizante e constante pressupõe o terror diante da felicidade: do que vamos reclamar?

eu sou assim, meio que completamente totalmente antitésica:
imenso senso de coletividade (esperança, portanto) combinado com egoísmo e narcisismo negativos e nihilismo estóico.



segunda feira, 13 de setembro de 2004


pois é, gente, eu e o felipe aparecemos no fantástico. mas aquela matéria era ilusória, e agora eu posso ganhar dinheiro processando a globo, por uso indevido da imagem.
porque, com tanta gente querendo aparecer na globo, eles vão e pegam as pessoas mais alheias às câmeras... e aí teve gente que me encontrou no ônibus e comentou que me viu.

e eu não estou inclusa do rol de pessoas que estão satisfeitas com suas vidas. é só ver o post anterior.

então existe uma dicotomia muito grande na minha atual situação (e não é capitalismo x socialismo, porque isso eu já resolvi há muito tempo): danação total -a.k.a fundo do poço - ou nirvana. caminho do meio é que me incomoda. porque já sei que não vou a lugar nenhum com isso. prefiro, então, estar anestesiada pelos efeitos dos métodos de ludibriar a mente (e pra isso serve a religião. por mais que eu tente, eu não consigo nem fingir que eu acredito). consciência versus moralismo.

ele tá muito estranho comigo e eu não gosto disso.
perdi um texto enorme que andei escrevendo.
minha aula de redação acabou, do nada... estou mais perto do fundo do poço que pensei.

(acabei de ver)


domingo, 12 de setembro de 2004


ainda bem que o seu henrique ligou ontem pra me avisar do teste. senão eu tinha esquecido.
o meu personagem e o dele eram apaixonados um pelo outro. mas, na verdade, todos eram apaixonados pela jhara. mas o roteirista/diretor desistiu dessa idéia, por medo de ficar muito mais "novela mexicana" do que é.
em verdade, eu não sei bem se o papel é meu... a julgar, pelo menos, pela atuação dos outros, acho que sim. mas não sei. e isso nem tem tanta importância assim.
enfim, estranhezas à parte, eventualmente fiquei mais confortável. mas não tenho mais certeza do que sou e se quero me outrar, por esse veículo, por toda a minha vida.



esse filme não acaba direito. fiquei frustrada.
e depois começou a chover e a ventar no vidro loucamente. tenho certeza que me sonharei sendo bicada por pássaros até a morte.



eu nunca vou cansar dele (veja 4 de maio).
nunca vou parar de soluçar.
e é incrivel como nada disso me fez dar mais valor à vida. porque ainda temos de enfrentar as horas. podem morrer todos que quiserem que os outros valorizem mais a vida, e eu vou continuar achando que eu os sou. que já estou fora desse mundo - embora, materialmente, continue aqui.
superprotegida, sufocada, esquizofrênica. sim, talvez eu seja uma mistura de mrs. woolf/mrs. dalloway/clarissa vaughan/richard brown.
saber que eu não vivi direito.
saber que, se vivi, estive ameaçada.
saber que não sabe-se o que é viver.
saber, pelo menos, ser impulsionada pelo [des]conhecimento.
saber que conhecer implica ser infeliz.
saber que a vontade de viver, que implica estar sentada aqui, neste momento, não é sempre presente.
saber que o desejo de perpetuar a espécie é decrescente a cada segundo, dada a falta de perspectiva na vida.
saber que os segundos são meras invenções através dos quais supostamente deveríamos [sobre]viver.
saber que os segundos às vezes são pesados.
saber que tanta gente luta para viver, e nem para morrer eu luto de verdade.

é direito de todo ser humano, pessoas! "olhar a vida na cara, sempre, olhar na cara da vida e saber o que ela é. e, finalmente, sabê-la, amá-la pelo que ela é, e, então, acabar com ela."

"you live with the threat, you tell me you live with the threat of my extinction. i live with it too."
"i don't think two people could've been happier than we've been."



sábado, 11 de setembro de 2004


fui ver um filme que não fala - porque não se propõe a falar - do comunismo. já tinha visto, então dormi.
o extraordinário não deveria ser porque ela foi uma mulher oprimida por todos os lados. porque era mulher, porque era estrangeira, porque era comunista, porque sua origem - veja bem, ORIGEM, não CRENÇA - era judaica.
em verdade, ela não era nada de extraordinário assim. bernário prestes compartilhava com os pensamentos de inúmeras pessoas de sua época. inúmeras pessoas exiladas e reprimidas, sim, mas essa não é a questão.
as pessoas confundem pieguice com "tocar o coração do grande público".
sim, eu faria diferente; sim, eu também acho que isso é uma simples brincadeira com os sentimentos de quem não compreende a sua história - de quem não se vê como participante/agente da História.
a estratégia no televisivo "olga" era se ater ao horror pessoal da personagem - sua interminável odisséia pelos campos de concentração -, mais à sua dor do que à questão ideológica.
eu não acho que o propósito desse filme é conscientizar/despertar a capacidade da massa de se indignar perante aos erros da humanidade. o propósito dele é pôr à exposição e à venda, para consumo pelo capitalismo animal, os sentimentos de gente simpatizante com qualquer alma desvalorizada.
eu faria diferente, e que se dane que ninguém visse o meu filme. já estou conformada, mesmo, com a falta de direcionamento da juventude. já me indignei com isso, e visei mudar a situação. mas é difícil controlar sozinho uma nau navegando furiosamente a favor da correnteza.

foram 5 horas de debate - e poucas vezes saiu-se do lugar-comum.
não há vantagem em se perseguir a união dos seres humanos.
vi a arte, agora, como simplesmente o ato de tirar vantagem do ferido que se espelha no artista. ganharei dinheiro explicitando as dores do mundo e organizando suicídio em massa.

eu fico nervosa mesmo - à la macaquinho agitado - quando se passa 5 horas patinando em algo que já sabemos, só repetindo, sem trazer inovação alguma. o pior é pensar que eu contribuí pra isso.

então a conclusão é que não há vantagem em se perseguir a união dos seres humanos, como outrora eu quis. parece que as pequenas diferenças se transformam em transtornos cada vez maiores, que impossibilitam o remendo da humanidade.
vejo que várias pessoas chegaram a essa conclusão lá no debate. mais confusas e reativas do que eu, que já tinha atingido-a anteriormente. mas a dor da virada do século XXI é inegável.

até fui à festa dela, mas ficamos tão absortos conversando sobre essas dores existenciais que viramos meio anti-sociais. eu fico impressionada com essas pessoas que têm conhecimento do mecanismo feroz do mundo capitalista e conseguem lidar com isso apropriadamente. gente que não entra em colapso quando se dá conta de toda a manipulação dos cérebros das pessoas. por isso eu tenho um bloqueio para certas filosofias exclusivistas. não me acrescentam muito além do que já sei e, além do mais, se eu tivesse a comprovação científica dessas manipulações, teria um fim trágico.

é engraçado como existe gente que não se vê como parte de um organismo maior do que seus universos fechados. gente que acha que são sempre os outros os detentores da cultura. conversei com gente que acha que seus gostos não são bem cultura. são abaixo dela. eles não vão aos cinemas do grupo estação ou a museus porque esses lugares não lhes pertencem, mas a pessoas muito mais CULTAS do que elas. advogam a idéia de que a palavra "cultura" tem uma conotação perjorativa, uma vez que a sociedade encoraja a todos a associá-la a filmes iranianos e óperas chatérrimas - que, por sua vez, estão fora da alçada e da compreensão do grande público.
isso acontece por causa da mídia alienante - sempre ela - que incute na cabeça do brasileiro que esta não é sua cultura e que deveria ele se contentar com a caipirinha, caranaval e futebol. por não terem a consciência de que cultura se define (ou não) em um conceito amplo. gente que não vê a cultura estrangeira como sua, ou a brasileira como parte da universal. gente que até acha que a cultura brasileira é inferior às outras, mas há de se simpatizar com aquela proveniente do país em que nasceu, só porque nasceu nele. gente que não se sente capaz de ser receptáculo da cultura simplesmente porque não tem educação suficiente ou não sabe escrever direito (gente que não se sente capaz de produzir cultura- o nosso diferencial diante de todos os outros animais- porque não consegue escrever frases e histórias lindas).

do nada, tive um impulso por rever a mariana. chamei-a para a cobal, alugamos três filmes e viemos pra minha casa assisti-los. a pizza veio errada de novo, mas comemos mesmo assim. dez minutos de "cidadão kane" deram conta do início da minha conversa com morfeu. ela ia dormir aqui, mas ficaram conversando até às 6 da manhã, quando foi embora.

sexta feira, 10 de setembro de 2004


desculpe pelos posts-diarinhos e sem nexo.
hoje vai ser um dia fodérrimo e eu não estou conseguindo pensar direito.

dessa vez, se eu estivesse com pressa demais, eu ia ficar frustada.
o colóquio começou meia hora atrasado e, não sei como, acabou antes do previsto!
não foi na sala dos brasões linda/ar condicionada/poltronas confortáveis, mas na biblioteca (!!!).
a abertura e a primeira mesa ("porque sou do tamanho do que vejo") foram chatas, quer porque estávamos com sono, quer porque não estávamos acostumados com o sotaque português de um povo lá - e eles falavam muito longe do microfone. era a que eu mais tava esperando, por causa da deusa-velhinha-mary-poppins-cleonice-bernardinelli. ela foi mentora do secchin, que é um crítico literário, mais jovem membro da academia brasileira de letras, poeta, e professor da UFRJ (tiooooooo!).

a cleô (pros íntimos) esbarrou com umas preciosidades manuscritas do fernando pessoa e editou tudo certinho, de maneira que várias editoras não tinham feito.
um poema que é inacabado, dedicado ao whitman, cujo poema está publicado no fotolog no dia foto de eu de puck, está com as estrofes trocadas.

"cantor da fraternidade feroz e terna com tudo,
grande democrata epidérmico, contíguo a tudo em corpo e alma,
carnaval de todas as ações; bacanal de todos os propósitos"

e ela mostrou uns erros de tipografia em um poema que parece clarice lispector e parece mais dois poemas do próprio pessoa (tabacaria e "pobre velha música!"):
"depus a máscara e vi-me ao espelho...
era a criança de há quantos anos...
não tinha mudado nada...

é essa a vantagem de saber tirar a máscara.
é-se sempre a criança,
o passado que fica,
a criança.

depus a máscara, e tornei a pô-la.
assim é melhor.
assim sou a máscara.

e volto à normalidade como a um terminus de linha.

1934."

um outro cara leu o diário do fernandeeeenho, muito fofo! e especulou que foi virgem até os 28 anos. hahaha

a segunda sessão, "há um poeta em mim que deus disse", teve a parte mais dolorosa e mais alegre do colóquio. a mais dolorosa foi um lingüista português, falando de sei lá o quê. não ouvia/entendia nada, estava com mais sono ainda (nem os da mesa tavam agüentando). pra me manter acordada, anotei coisas no caderno, como: "como assim? tá todo mundo dormindo. nem a bibliotecária tá gostando" e "ao que entendemos, a letra do amigo FP era ruim à beça, pois o seu raciocínio era superrápido (...)" e, ainda, quando acabou "thank you, god." tinha um cara do meu lado lendo o que eu tava escrevendo.
a parte mais alegre foi uma professora da USP, maria helena garcez, a quem eu pedi o texto lido: "o eu dilacerado é um querer que quereria querer, mas que, ao mesmo tempo, não quer, porque o sabe um querer impossível".

o ponto alto da última sessão - "atravessa esta paisagem meu sonho dum porto infinito" - é a filósofa-nihilista leyla perrone-moisés, falando do mal estar da civilização, ao que completamente me identifiquei. por falar de mal-estar, citou mais alberto caeiro álvaro de campos, o meu heterônimo meio que preferido - se é que isso é possível.
"os artistas nunca são nihilistas, ainda que o conteúdo de sua obra o seja", porque "a arte traz a possibilidade de nos transportar desse mundo inóspito", inclusive através da criação de outros eus.


encontrei o caio lá, e no final leram "lisbon revisited (1926)" - que me deu aperto na garganta - e o billinho tocou fado, com uma moça que canta esplendorosamente bem.

fiquei feliz porque consegui comprar minhas coisitchas (ESTRELINHAS RULEEEEEE!), consegui um certificado do RGPL, e consegui o texto da mocinha da USP, que foi megafofa comigo.

estou muito mais feliz ainda porque vou ao show do gil, agora!!!

e, em virtude da minha ultra-felicidade, prometo um post ultra-lindo do fernando pessoa no fotologue. check it out, eventually.

ps: mas faltou o fernando mais importante... :/

quinta feira, 9 de setembro de 2004.




o fim da vila é...
pronto.
já dei uma dica pra vocês descobrirem o fim do filme.
genteeeee... como pode ser a sigourney weaver?

encontrei com o daniel no trabalho dele. todo de laranjinha.
ele vende um monte de all-stares-estilosos. podia pedir um de presente
pra ele... :P
e depois a polly.

e depois pizza (de novo), porque é a semana 2 por 1!!!


quarta feira, 8 de setembro de 2004

encontrei a juliana, do teatro, no ônibus.
e maira me adicionou no orkut. como assim, movies: "as horas"???
é incrível desenterrar pessoas do baú. e letras:

Já não sei dizer se ainda sei sentir.
O meu coração já não me pertence.
Já não quer mais me obedecer.
Parece agora estar tão cansado quanto eu.

Até pensei que era mais por não saber.
Que ainda sou capaz de acreditar.
Me sinto tão só.
E dizem que a solidão até que me cai bem.

Às vezes faço planos.
Às vezes quero ir.
Para algum país distante e voltar a ser feliz.

Já não sei dizer o que aconteceu.
Se tudo que sonhei foi mesmo um sonho meu.
Se meu desejo então já se realizou.
O que fazer depois, pra onde é que eu vou?


terça feira, 7 de setembro de 2004


eu, gustavo e felipe (e rafael, o engenheiro "você vai construir uma casa com um poema?") fomos
discutindo no quadodô (422) sobre os males do mundo, e das regras e de tudo mais.
(i want to invite this so-called chaos that you think i dare not be).
festinha cinematográfica com maria paula e taiguara.



gostei muito mais da capa estrangeira que a brasileira.
não tava esperando muito, mas achei meio solto, meio estranho, muito zoado
pelos meus amigos. aline ficou horrorizada (e não achei que fosse do feitio
dela... shame).
um menino muito bonito, muito bonito mesmo, se apaixonou pelo madame e depois
foi embora... mas foi embora de outro jeito... hahahahahaha...
tinha uma personagem muito "folhetim" - música do chico buarque, inserida da ópera do malandro.

brincamos daquele negócio de cada um escrever um parágrafo dum conto.
ia ficar genial, se eu não tivesse estragado a idéia deles e o gustavo não tivesse
resolvido sacanear... ia ser UMA frankenstein.

pizza de graça com borda recheada!!!! weeeeeheeee...

" carpe diem!
porque se essa situação toda está sendo perpetuada - e esteve, através das profecias - é porque vem sendo divertido.
na verdade, ela não liga pra você. só testa seu poder de sedução. e já se conformou que mais nada além do que já aconteceu está para se realizar. a graça disso tudo é haver sublimação sexual. ela pode sonhar que enrola suas pernas e braços em seu redor, e expressa sua excitação sussurrando besteiras no seu ouvido, mas isso não quer dizer nada...
ela vai se casar, você sabe... talvez não com ele, mas com outro - certamente não com você.
você não agüentaria as paranóias dela, você sabe...
talvez ela vire lésbica e corte todo o cabelo. talvez apareça de sadomaso naquela festa. mas nada disso será para você."



segunda feira, 6 de setembro de 2004


aniversário do meu irmão.
as comemorações foram mais rápidas do que eu gostaria. logo tivemos que devovê-lo
e não dava pra seqüestrar. pelo menos eu ouvi um "vou ficar com saudades" e ganhei beijos
e abraços muito bons!!!

passei o dia inteiro doída, mourning, healing... lendo cadernos proféticos e sonhos
bisonhos que eu tive outrora.

meu pai disse que mac donalds não combina com a minha postura ética...



domingo, 5 de setembro de 2004


bon bini a hopi hari

muito legal mesmo o parquinho de diversões ao qual fomos!
o ruim é a marca de camisa (feita pelo sol) que fica depois e as 3 horas em pé
nas filas, por 30 segundos de ride!
ganhei presentes!
eu estou tão exaltante hoje! yupi! weheee!!! uau! oba!


sábado, 4 de setembro de 2004


desisti de comer comida japonesa com maria paula e
taiguara pra pegar correndo um vôo para campinas.
peguei uma máquina-táxi, subi numa máquina-avião, andei muito rápido, voei muito alto, por dentro
de nuvens que, mesmo à noite, são brancas, comi máquina-batata frita e li máquina-livro enquanto não
chegava na máquina-cidade.

perdi "o pianista". buáááá.


sexta feira, 3 de setembro de 2004
o meu problema é que eu sou romântica, e não posso me contentar com um amor tangível, mas viver sempre querendo um impossível - inventado. descobri que a minha premissa primeira é o amor, sim. but not "to settle down and move to the suburbs" kind of love. mas a busca incessante por ele (escrevi incessável na prova... credo). até porque é bom escrever sobre o medo, a insegurança, a crise, as paixonites, tudo isso em código pra ninguém não saber nunca.

porque tem gente que não compreende quando algumas palavras são para si. nem eu (ou então eu finjo).

quinta, 2 de setembro de 2004



minha mãe comprou o tapete mais glam pro meu banheiro. meu deus, eu sou uma bicha.

What's a man now - what's a man mean
Is he rough or is he rugged
Is he cultural and clean
Now it's all change - it's got to change more
'Cause we think it's getting better
But nobody's really sure
And so it goes - go round again
But now and then we wonder who the real men are
See the nice boys - dancing in pairs
Golden earring golden tan
Blow-wave in the hair
Sure they're all straight - straight as a line
All the gays are macho
Can't you see their leather shine
You don't want to sound dumb - don't want to offend
So don't call me a faggot
Not unless you are a friend
Then if you're tall and handsome and strong
You can wear the uniform and I could play along
And so it goes - go round again
But now and then we wonder who the real men are
Time to get scared - time to change plan
Don't know how to treat a lady
Don't know how to be a man


discutir os porquês da sua vida por 4 horas com um estranho é a maior terapia.
ainda mais se é uma pessoa que NUNCA - mas nunca - cruzaria o seu caminho, normalmente. por outro lado, pensamos tão igual que é assustador.

Quase todas as coisas que fomos fazer no centro, furaram. Eu tinha esquecido que não ia ter “tabacaria” esse mês. Pelo menos me inscrevi pro colóquio de Fernando Pessoa, lá no real gabinete. passei mal. Não consegui nem ficar na livraria. E vocês sabem o quanto isso é esquisito...
Brigamos, porque o meu passado é o meu passado e eu sou temperamental, então, por via das dúvidas, não mexa nele.
(achei um bilhete seu)

aí eu perguntei pra moça se ela queria que eu lhe cedesse meu lugar no banco do ônibus. Ela foi sarcástica e malvada. Deu vontade de dizer: “ah, não quero te dar o lugar não, tava só fazendo uma pesquisa.”. que idéia!

“of course creamy can’t compete with chunky!”
pensando na vida a dois: entre mulheres - se suas menstruações não coincidirem – passaria-se de 8 a 12 dias de chico. Isso quer dizer que o sexo estaria reduzido a uns 15 dias por mês, considerando suas tpms. Ainda bem que ainda não sou fancha... :]

(mas essa mulher é linda!)




quarta, 1o de setembro de 2004



hoje fazemos 2 anos e 10 meses.
entre o fazer nada e o coisa alguma (íamos ao centro, mas deixamos pra amanhã),
rimos com os programas do sexy hot (que ele ganhou num pacote, com a instalação
da net), comemos pizza (santo graal) e tentamos ver sociedade dos poetas
mortos
, mas é óbvio que eu dormi.

amanhã (hoje, fiquei a noite inteira na internet e são 7:43 da manhã)
é um dia cheio. adorei não ter aula! uma semana de gazeta!!! gazeta...
que coisa de avó.









blog do neil gaiman
diário de um bago
jesus, me chicoteia
de que jeito?
sanatório geral
bandeira livre
sandeu
unpredictably...
keep walking
garotas que dizem ni
insanidade
caçapa da polly
filosofia na cama
zazão
guerreiros cp2
felix matrix

fotolog

playlist (literalmente):

music from the motion
picture "requiem for a dream"

readlist:

feliz ano novo -
rubem fonseca

oscar wilde -
um marido ideal

 
2002
2003
2004

janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro
janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro
janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembro dezembro


Hosted by www.Geocities.ws

1