Música: Sem Perdão

Autoria: Patrick Wichrowski

 

 

 

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Tal como na primeira fase, vou falar de mim e da minha busca, e situações vivenciadas por mim.

Conforme comentei, em várias épocas me senti muito atraída pelo céu.  Devia ter estudado astronomia. Mas sempre há tempo.  Atualmente eu o faço, de forma amadora. Mas a atração que as estrelas exerciam sobre mim era, para mim, na época, inexplicável. 

Todos os buscadores estão sempre em permanente caminhar.  A cada resposta que encontram,  uma outra pergunta surge. Mais adiante,  a pergunta feita e respondida há  tempos volta mais amadurecida, assim como a resposta também.

 Parar? Só  para descansar  o necessário. O excedente se torna preguiça. Depois, acomodação.

Busquei  sempre a verdade. Mas não  cruzei os oceanos,  não visitei países nem gurus. Nem subi montanhas em busca do Shangri-Lá. Eu sempre soube que  a verdade estava dentro de mim. Precisava, sim, cruzar oceanos de conhecimentos; visitar países de sentimentos; e conhecer um  único guru = eu.

Aprender a ser mestra de mim mesma. Abrir caminhos com meus braços e  pés. Fazer da vida uma poesia gostosa de se viver. Fazer da vida  uma crônica que relata o infinito em cada  palavra falada ou escrita, em cada emoção sentida.

Escrever a minha história usando os instrumentos que eu dispunha e disponho. Com a minha letra, com as cores que eu escolher.

Busquei transformar minha vida num paraíso aqui em Terra, porque eu nunca aceitei a idéia de que esse planeta é de dor, sofrimento, um vale de lágrimas, como é muito divulgado,  talvez já para gerar acomodação e uma resignação meio covarde, minando a auto-confiança e a certeza de que podemos ser  felizes.

Parece até incoerência eu dizer que  busquei transformar minha vida num paraíso aqui, diante dos relatos da primeira fase, em que pincelei algumas situações vividas.

Mas eu consegui, sim, transformar a minha vida num paraíso. Falo da minha vida espiritual. Do meu espírito. Minha busca sempre teve como objetivo o meu espírito.

Os obstáculos, os caminhos  com pedras, espinhos,  buracos,  pantanais, sempre existirão para aqueles que  querem nada mais, nada menos que a verdade.

Muitas vezes, pensamentos aparentemente ocasionais nos chegam  pretendendo nos fazer desistir. Afinal, caminhar no caminho dos outros é mais fácil. Seguir  os passos de alguém que vai na frente  desbravando o caminho é mais fácil e menos cansativo. Não ter que decidir sobre subir a montanha ou não, atravessar o rio ou não,  pegar esse ou aquele caminho...afinal, alguém já fez isso então é só seguirmos seus passos.

Pensamentos como esses sempre passam pela nossa mente, quando  começamos a buscar a verdade em nós.  Mas eu não me deixei levar por eles. Não permiti que eles me envolvessem, porque eu não me satisfaria com os fragmentos da verdade dos outros apenas.  Meu objetivo era eu costurar a colcha. E eu  é que queria pegar os pedaços que a compõem, e não usar uma colcha  feita por alguém.

Cada um  costura a sua colcha de verdade de acordo com suas características pessoais. E cada um de nós é diferente do outro. Portanto, eu  quis a minha verdade. Então, eu teria que buscá-la.

E, comecei, então, nesse caminho. Não mudei de casa, profissão, pais, nem nada. Mudei internamente  para me preparar para as novas mudanças que surgiriam. Para se construir uma casa firme, é preciso começar firmemente já de suas bases. E foi o que fiz.

Construí bases firmes nos anos anteriores,  conhecendo o ser humano e, por extensão, a mim mesma. Conhecendo a minha mente e o meu espírito, e  também, conhecendo, aceitando e estreitando os laços com meus anjos da guarda, que, como vocês já leram na fase 1, eu os chamo de guardiões.

Porque os chamo assim? Porque é isso que são. Guardiões do meu espírito, do meu corpo. Da minha vida.

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Quarta-feira, 08 de março de 2007

 

        Meus anjos da guarda.  Meus amores.

 

Meus anjos da guarda. Amigos espirituais.  Seres  que auxiliam, principalmente, os encarnados. Quando algum ser espiritual vem viver aqui, no físico, ele perde o contato consigo mesmo quando é acoplado ao corpo que nasce. Ficam as sensações do que ele é em espírito, mas a ajuda de outros irmãos, que não estão encarnados é fundamental para uma melhor condução e execução do que veio fazer. Pois enquanto encarnado está limitado ao corpo orgânico, material, denso, tendo, entre o ser espiritual e o ser corporal outros corpos, uns quase tão densos quanto o próprio corpo físico.

  Isso, de certa forma, bloqueia o que  a inteligência física precisa saber do espírito. Não é com todos,  e não é  um bloqueio total. Mas ele existe.  Se o ser espiritual  nascendo num corpo físico não se cuidar, ele acaba se impregnando dos maus costumes e vícios morais e físicos que a vida encarnada oferece a qualquer um. E com isso,  a cada renascimento em corpo físico, menos ligação consigo mesmo ele tem. Essa ligação do espírito com a mente física é o que eu chamo de intuição. É a mente trazendo para a sua superfície, para o seu lado consciente aquilo que o espírito é e sabe.

 Aqui, nesse planeta,  precisamos desses irmãos que não estão encarnados para irem nos protegendo, o máximo que podem (pois respeitam nosso direito de opção em qualquer situação e qualquer época).

 Eu e os meus guardiões aprendemos a nos comunicar de um jeito que não me permite duvidar que são eles a me orientarem sobre alguma situação ou sobre alguém em alguma situação.

 Claro que os irmãos desencarnados que não objetivam o seu  próprio crescimento e vivem   se alimentando da energia dos encarnados fazem de tudo para se fazerem passar por bonzinhos. Mas qualquer um ser encarnado sabe reconhecê-los. É só querer e ter humildade para não se consagrar como santo e purificado. Se fizer isso (querer e ter humildade) poderá saber quando é o seu  próprio anjo da guarda que lhe orienta ou quando é um desses desencarnados que  se comprazem em arrastar outros para o lamaçal  moral onde vivem.

 É só identificar o calibre das emoções que sente. Pelo nível da emoção qualquer encarnado tem condições de saber quem está “chamando”, “convidando” para ficar ao seu lado naquele momento. Se seus anjos da guarda ou se os vampiros astrais, vou chamá-los assim daqui para a frente, para ficar mais fácil a diferenciação.

 Quando esses vampiros encarnam trazem também as sensações de quem são, e vivem encarnados da mesma forma; alimentando-se da energia do seu próximo.  Só que como estão encarnados o fazem inconscientemente,em atitudes/comportamentos de vida física mesmo.

Mas isso é outra história. Um assunto, aliás, simples demais, mas se tornou complexo porque a própria humanidade quis assim.

 Bom, voltando aos anjos da guarda.

 Depois que deixei a distância criada pelos costumes sociais e religiosos que nos afastam deles e até mesmo da Energia Suprema.... depois que resolvi ir na contra-mão e ser amiga deles, tal como eles são meus amigos, confesso que meu espírito se situou na vida e encontrou o equilíbrio, a força para lutar pelos ideais, a auto-suficiência quando falta tudo o necessário para subsistência da própria vida, a coragem para recuar e cortar caminho por outro trecho com menos perigos à espreita, ou para aguardar o momento certo de avançar naquele mesmo trecho, não agindo com impaciência nem com soberba.

 Depois que eu  joguei areia e flores no fosso criado pelas religiões e que me separava de meus anjos protetores,  eu  comecei a ver a vida com outros olhos, e a vida além da vida também começou a se descortinar para mim sem mistérios,  em que tudo tem uma explicação, e que a Energia Suprema é mais poderosa do que se diz por ai.

 Depois que eu comecei a entender que meus anjos da guarda são seres como eu, só que desencarnados e com mais facilidade de se locomoverem.... como não estão limitados ao peso do corpo astral e do corpo físico, eles tem uma visão mais longa do caminho a ser percorrido, dos perigos desse caminho... depois que comecei a entender isso confesso que senti meu  peito  quase explodir de tanta felicidade ao ver que eu tinha encontrado seres como eu. Afinidades mil. Irmãos com a mesma Origem e com o mesmo Destino.

 Amores da minha vida. Cada um: amor da minha vida.

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Quinta-feira, 09 de março de 2007

Depende de cada um

 

 Convivi com pessoas que não acreditam no que eu narro agora. E, atualmente, novos caminhantes de algum trecho da minha vida também não acreditam. Mas eu não estou preocupada, afinal, não sou política candidata a nenhum cargo. E também porque já estou tão acostumada a  isso, que não me abala mais meu mundo interno nada que venha do mundo externo.

 A única coisa que posso dizer a quem não acredita  é que  tente por si só conversar com seus próprios anjos da guarda, e aceitá-los como amigos de 24 horas por dia. Eu sempre incentivei a todos os que caminharam comigo até aqui que estreitem os laços de amizade e comunicação com seus anjos da guarda. Se o fazem ou  não depende de cada um.

 Não me vanglorio pelos meus aprendizados, mas também não tenho falsa modéstia de dizer que  nada sei. Eu sei alguma coisa sim, tal como  cada um sabe alguma coisa. Sair dessa posição de “não sei nada” seria um esforço que a maioria de meus irmãos não pretendem. Porque saindo dela será preciso fazer algo do pouco que sabe, mas pelo caminhar da humanidade, podemos ver que todos preferem se auto-etiquetar “não sei nada”.

 Um aluno que está na escola e aprende a somar,  ele não estará sendo verdadeiro se quiser se fazer de humilde e dizer que não sabe, diante de outras pessoas. Ele deve ter humildade e dizer que sabe somar sim, e inclusive, se alguém lhe perguntar como é que se faz essa operação matemática, ele deverá ser humilde e  ensinar a alguém, que por sua vez,  também terá humildade em ensinar a alguém, e assim, um dia, todos os habitantes do planeta saberão realizar, pelo menos, essa operação matemática.

 Entretanto, se esse aluno que sabe somar fingir que não sabe só para demonstrar humildade diante de quem não sabe, ele estará retendo o conhecimento para ele. Isso é humildade? 

 Para mim, humilde é quem tem coragem de dizer “eu sei” e se colocar à disposição de quem não sabe e orientar a quem ou quantos pedirem.

 Se os que não sabem vão ficar com vaidades, rancores e inveja porque alguém disse “eu sei” e está disposto a ensinar, problema é desses que sentem a inveja. Porque  estarão perdendo uma grande oportunidade de também aprenderem a somar tal como aquele que sabe.

 Humildade é pegar na mão do irmão que não pode andar e lhe orientar como dar os primeiros passos. Mas humildade também é esse irmão que não sabe andar reconhecer que alguém sabe e respeitar esse que sabe tal como ele mesmo é respeitado por não saber.

 Mas os conceitos hipócritas que a sociedade criou,   há séculos e séculos, foram todos embasados nos sentimentos internos da coletividade, então, agora,  as pessoas cultuam sentimentos mentirosos e falsos como um câncer que corrói lentamente de uma forma tão natural que os aceita como sendo “certos” e “normais”, e não querem avançar na redescoberta daquilo que constrói, de verdade, a vida em cada um.

 O pensamento-comum sobre espiritualidade é mais ou menos esse. Se  alguém não consegue sequer pensar que anjos da guarda existem, então eles não existem e quem diz que existem está mentindo. Isso é pura inveja disfarçada de sapiência. Falta de humildade disfarçada de conhecimento.

 E assim caminha a humanidade. Com passos de preguiça quanto às metas de paz e sem vontade de realizar a paz. Mas travestida de uma humanidade muito ordeira e progressiva, inteligente e sábia por demais.

Se eu resolvi caminhar com energia, e não com preguiça, e com vontade de realizar a paz em meu mundo interno, vou na contra-mão dessa humanidade citada no parágrafo anterior.

Existem muitos que sabem do que falo agora. Porque eles também  pararam de caminhar com preguiça.  Entretanto, mesmo sendo muitos ainda é um número muito pequeno diante da quantidade  de habitantes no Planeta.

Habitantes esses que, inconscientemente, muitas vezes, promovem entraves e obstáculos no caminho desses peregrinos que vão na contra-mão da corrente dominante que escravizou a maioria que não quer entender isso e assim se deixa conduzir na vida de mentiras e conceitos escravizantes onde o espírito  sofre e agoniza, clamando por um  pouco de liberdade  e pelo direito de viver, mas que a vida corporal/material sufoca e o amordaça, vez que ela exige tudo para si e nada para o espírito.

Quando eu descobri que o espírito é tão importante quanto o corpo, comecei a perguntar a ele (espírito) como eu poderia fazer para que ele sobrevivesse nesse corpo que ele encarnou. Uma conversa entre mente e espírito.  No mínimo, somos dois em um. Um corpo material e um corpo espiritual. Um precisa do outro. Então nada melhor os dois se contatarem e dizerem, um ao outro o que cada um precisa e ambos se respeitarem.

Ambos vivendo no mesmo espaço-tempo e os objetivos deveriam ser iguais para os dois. Senão, a impressão que se tem é que o corpo vai para um lado e o espírito para outro, quando deveriam ambos caminharem na mesma direção, com os mesmos objetivos.

Um exemplo do que estou  falando é aquela história dos dois cabritinhos presos a uma mesma corda um ao outro,  e cada um deles queria ir comer o seu monte de feno (não me lembro se é feno, se não for, me corrijam) . Os dois iam cada um para o seu lado, mas nunca chegavam perto da comida porque a corda os prendia. E assim o tempo foi passando e eles sempre sofrendo querendo  cada um chegar a sua comida, sem conseguir. O final da história é que eles descobriram que se ambos fossem para um lado e comessem a comida que ali foi colocada, e depois ambos fossem para o outro lado e comessem a comida que ali também foi colocada, ambos estariam alimentados e fartos.

Assim é nossa vida material e espiritual. Se não houver consonância entre as duas, estaremos sempre brigando conosco mesmos, revoltados, estressados, insatisfeitos, querendo sempre mais sem saber exatamente o que, e desencarnaremos inacabados.

Inacabados porque por mais que tenhamos realizado enquanto vida  corporal/fisica, o espírito viveu sufocado e não fez o que veio fazer.

Eu não quero ir inacabada. E você?

                      

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Domingo,11 de março de 2007

               Revendo conceitos    - parte 1

 

Na minha busca pelo meu próprio ser consciencial eu me deparei com muitas situações em que eu deixava meu silêncio gritar a solidão moral que eu sentia. O silêncio  é o grito mais alto do universo, me orientou, certa vez, um  amigo espiritual. E eu deixava meu silêncio gritar para o universo o que eu sentia, e no silêncio também, eu ouvia  o retorno do universo que me dizia que cada coisa no seu tempo é muito melhor do que precipitações.

 A solidão moral a que me refiro não é solidão por falta de companhia, sair para um passeio, shopping, cinema. Essa solidão não a tenho. Embora viva de forma solitária por opção, não sinto solidão. Não sinto falta de nada, porque tenho tudo o que precisa meu espírito: tenho meus anjos da guarda que me fazem companhia o tempo todo e tenho minha vida preenchida por propósitos de construção, de paz, de justiça, de humildade e de crescer e chegar, um dia, perto da Energia Suprema. Não há como sentir solidão quem tem a alma abastecida.

 Mas a solidão  moral, essa eu já a sentia desde há muito. Viver aqui no Planeta Azul  é sofrido, não porque a vida seja sofrida, mas porque  a humanidade daqui ainda não aprendeu a sentir amor, a ter amor e a compartilhá-lo. 

 Absurdo o que estou falando? Mesmo? A humanidade terrestre não tem amor, não o conhece e não o compartilha. Uns poucos que fazem parte da humanidade  vivem o amor sim, mas são um número tão pequeno que não estão conseguindo fazer frente ao egoísmo e à depredação que reina soberana nos corações da maioria, levando a todos a uma destruição  tão dolorosa que se alguém tivesse idéia de como terminará esse caminhar da humanidade, talvez tomasse juízo e iria querer melhorar um pouco seus próprios sentimentos. Nem que fosse por um pouquinho de interesse: melhorar os sentimentos para não ter o mesmo final que a maioria. A intenção conta, e muito, em qualquer atitude de qualquer um. Ela, muitas vezes,  é quase tão importante (ou mais) quanto a atitude que ela gera.

 Viver aqui é sofrimento, mas não da forma com que se convencionou chamar de sofrimento. Sofrimento físico, de dor, de perda financeira, de uma doença do corpo, de quando um ente querido desencarna, isso  não é sofrimento.

 É um soco que a vaidade pessoal de cada um leva porque todos querem ter tudo, ser donos de tudo, e quando ficam doentes, se desesperam porque não querem aceitar  que  não são super-homens.

 Quando perdem financeiramente, se desesperam porque seu luxo e conforto acabaram e também porque um recomeço, em nova situação, exige esforço; e ainda tem também o fato de que “ o que é os outros vão falar de mim?”

 Quando um ente querido desencarna, se desesperam porque pensaram ter a posse sobre aquela pessoa, e sentem o soco na presunção de que são donos dos outros. Desesperam-se porque querem tocar com as mãos aquela pessoa para sempre, tê-la sob seus olhos, só assim se sentem um pouco felizes.

 Dizem que confiam em Deus, mas se rebelam quando o tempo do ente querido acaba aqui e ele precisa retornar ao seu verdadeiro mundo. A sua verdadeira vida.

 Dizem que confiam em Deus, e que amam aquela pessoa, mas a querem perto, ainda que esteja doente num leito de hospital, agonizante sob fortes dores, mas a querem ali por perto. Não admitem a distância temporária que o desencarne promove, e por egoísmo, querem a pessoa, ainda que esteja sofrendo doenças,  a querem ali pertinho, porque assim se sentem super-homens e donos da vida.

 Não estou julgando pessoas. Estou analisando situações que levam as pessoas a se perderem de si mesmos e da fé que dizem ter em Deus  diante dos percalços que as vaidades promovem no dia-a-dia de qualquer um.

 Viver a realidade do nosso espírito simultaneamente a do nosso corpo é algo compreendido por quem se desvencilhou das gaiolas que aprisionam o espírito e a mente (intelecto físico), embora, teoricamente, muitos discorrem fluentemente sobre o assunto.

 Entender que  há um princípio vital ao qual eu chamo de Consciência que precisou de um corpo físico para que viesse aqui, nesse lindo Planeta, e vivesse experiências que poderiam ajudá-lo a subir mais um degrauzinho rumo à Energia Suprema, ou descer mais um degrauzinho rumo aos mundos infernais que coabitam com os encarnados, mesmo que esses, os encarnados,  digam que não.

 Quando eu comecei a procurar os retalhos da verdade para ir costurando-os e produzir a minha colcha, que é a que me aquece nos dias frios, e me refrigera nos dias quentes, quando eu comecei, dei graças aos anjos por eu nunca ter me  prendido em lindas gaiolas que tentam explicar tudo e manter-nos cativos ali dentro, alienados e com medo de viver no mundo real.

 Foi difícil rever conceitos. E como foi! Mas tudo foi muito lento, de acordo com meus passos. Mas não se trata de rever conceitos  por rebeldia, para chocar outras pessoas, para “parecer diferente”. Rever conceitos com maturidade, com responsabilidade requer equilíbrio. Tanto para revê-los, quanto para concluir por uma mudança, se necessário. Olha-los sob outros ângulos e verificar qual é o melhor, o mais purificado, o mais santificado.

 Não é algo que se possa fazer assim: “ah, não vou mais concordar com  o assunto ´x´ “  de forma precipitada, impensada, irresponsável. É preciso analisar o conceito que temos sobre um assunto,  os motivos de tê-los, o que nos fizeram adquiri-los e incorporá-los em nosso cotidiano, e outras análises correlatas. E isso,  repito-me, não é feito em questão de segundos, mas de dias,tempos e até mesmo, anos.

 Após conhecer bem o conceito que eu tinha sobre aquele assunto, tentar lembrar de onde veio, (livros? Pessoas? Intuitivamente? Etc) analisava cada ponto desse conceito, analisava-o imparcialmente no sentido de verificar o quão ele me aproximou ou me afastou da Energia Suprema. Depois que eu chegava a uma conclusão, então, eu analisava outros ângulos do assunto, abria portas para novas informações, inclusive muitas vezes, bem diferentes das que eu tinha, juntava tudo, analisava novamente e ia filtrando, não o que “me servia” ou “ que me era útil” mas sim, o que tinha origem na Energia Suprema. Filtrava e procurava deixar apenas o que, ao meu ver, não tinha "mãos humanas", não vinha de humanos que haviam decidido que “ é  assim porque tem que ser”. Eu procurava (e procuro ainda hoje) a origem da Energia Suprema em tudo. Não para comprovar a Sua Existência, mas para comprovar a Sua Verdade naquele assunto.

 E assim, fui desconstruindo quase tudo que me sustentava as convicções. Precisei praticamente derrubar a construção toda. Começando pelas bases, o restante ruiria por si só. Então comecei a desconstruir a idéia que me havia sido inserida por humanos sobre Deus. Antes de fazer isso, precisava descontruir a idéia que me foi inserida sobre o ser humano e o espírito. Sobre viver no mundo e considerá-lo um vale de lágrimas.

 Não é coisa de uma vida só. À medida que vamos vivendo vidas físicas, vamos ficando impregnados com os costumes religiosos, sociais, etc de cada vida que vamos vivendo.

 Não me era mais aceitável pensar que viemos aqui para sofrer. Para “ pagar os pecados”.  Mas o mundo ao  meu redor me mostrava que era isso mesmo: viemos a um planeta de provas e expiações, então teríamos que sofrer. 

 “Teríamos que sofrer”. “Temos que sofrer” para expiar os pecados. Quanta ilusão retém cativos ainda os humanos ao consolidarem essa mentira em suas vidas.

 Não é o sofrimento que purifica o espírito. É o que se aprende com o sofrimento. Ou seja, uma doença do corpo não faz o espírito evoluir, a não ser que o espírito aprenda a lição do momento,  seja de humildade, seja de respeito ao corpo ou a costumes mais saudáveis, etc etc...  A doença é apenas doença. Ela não transforma nenhum  espírito ‘pecador”  em “ santo”. Quem faz isso é o próprio espírito. Se ele quiser, o que  não quer dizer que todos querem.

 Acostumou-se a idolatrar o sofrimento como forma de evolução espiritual, e se casou com essa idolatria, a resignação a tudo. Resignação no sentido de acomodação, posto que  se convencionou  dizer que tudo é assim porque vivemos num planeta de provas e expiações.

 E ai? Não vamos tirar boas notas nas provas não? Não vamos tomar vergonha e começar a aprender as lições e fazer os deveres de casa mais corretos não?

 

 

 

 

Revendo conceitos - parte 2

Meu espírito pode voar

 

Terça-feira,  13 de março de 2007

Quando vamos começar a fazer as lições de uma forma mais concentrada? Fazê-las o mais corretamente possível procurando tirar notas boas  visando a aprovação  para o próximo ano da grande escola da vida?

 Visando melhorar minha forma de caminhar, objetivando passos firmes e seguros,  continuei minha peregrinação na busca do espiritual para que o físico somasse informações e se conduzisse de forma coerente num mundo de incoerências.

 Procurei o encontro comigo mesma num mundo de desencontros. Vivi experiências no cotidiano  que bateram nas minhas vaidades e me fizeram me colocar no meu devido lugar: um ser espiritual encarnado num corpo físico de matéria orgânica do Planeta onde vive.

  Sou nada. Mas o nada que sou é incompatível com o tudo que a maioria dos habitantes desse planeta pensa que é.

 Quando me coloquei no meu devido lugar, ou o que eu pensei que fosse,  eu descobri que havia um universo em mim que queria se manifestar. Eu queria ser livre. Hoje, sou livre.  Mas quando descobri o universo em mim meu coração era como o de uma águia com asas partidas que sofre dolorosamente olhando o céu sem limite e sem poder voar.

 Eu quis então voar. Eu sabia que podia. Tinha as asas. Precisava fortalecê-las. Fazê-las ganhar músculos que sustentassem o vôo infinito rumo à Energia Suprema.

 Precisava aprender a me desprender do chão, mantendo os pés fixos como as raízes de um carvalho que quanto mais tempestades e ventos, mais fixas e mais profundas elas ficam. Os galhos mudam de direção, mas a raiz fica fixa. Cada vez mais.

 Eu quis voar.  Precisaria aprender. Reaprender. Lembrar. Relembrar. E como sempre, com os guardiões que tenho,  pode-se imaginar que não aprendi com eles me carregando nas costas e teorizando as aulas do vôo.

 Meus guardiões me ajudaram a forjar meu espírito no aço do amor divino. Era preciso para que eu estivesse aqui e agora,  relatando isso. Caso não tivesse sido assim, hoje não teria firmeza nos meus passos e meu espírito estaria tal como uma folha sendo levada pelo vento sem direção alguma.

 Todos tem as mesmas oportunidades. E todos tem o direito de aproveitá-las ou recusá-las. Eu não perdi a chance que eu buscava. Seria muito infantil se assim eu procedesse.

 Descobri que para voar eu precisaria de metas. E as tracei. O Universo é minha meta. A Energia Suprema Infinita é meu limite.  Quero estar face to face. Quero estar o mais próxima do Trono que eu puder. Não quero pouco para meu espírito. Quero estar perto do meu Mestre, do meu Exemplo de Vida e Caminho.Do Alpha e Ômega. O Princípio e o Fim. Daquele que se intitulou "Eu Sou o Que Foi, O Que É e O Que Há de Ser".  E com essa decisão, não medi esforços na peregrinação para aprender a voar. Para aprender a deixar o espírito ser quem é e fazer o que precisa fazer. Todo espírito está aqui para fazer algo. Cada um sabe de si, ou deveria saber. Eu sei de mim.  E desejo que um dia, cada um saiba de si também.

Sei que muitos poderão pensar "quem ela pensa que é para desejar isso? Só os "iluminados" podem dizer algo assim"  etc e tantos outros comentários céticos acerca de meus objetivos espirituais. Pelo menos eu tenho uma meta, e a melhor de todas. Quando vou alcançá-la dependerá exclusivamente de mim. Se vou alcançá-la? Com certeza. É a minha meta espiritual e não há quem possa me obstruir o espírito.

Quando eu tracei essa meta para minha vida espiritual, contei com ironias de muitos e "olhares de lado" de outros, como se eu estivesse dizendo absurdos.

Onde está o absurdo? Nas minhas metas espirituais no sentido de tornar meu espírito puro e manso e ele poder se aproximar da Primeira Luz? Daquele que tudo é?

Será que eu deveria ter traçado metas de ascensão profissional, financeira e social e ter feito tudo para levantar vantagens e assim conseguir alcançar essas metas,que sob meu ponto de vista, são muito pouco, mas muito pouco mesmo para mim? Para o meu espírito eu quero o que há de melhor em luz que ilumina. Não quero menos que isso.

Se meus irmãos se sentem realizados vivendo sob a luz de quem a tem, ao invés de procurar a sua própria, eu não tenho nada a ver com isso. Eu tenho a ver com o meu espírito e com a forma com que estou conduzindo a vida aqui, enquanto encarnada, e enquanto Consciência que sou.

Como não tenho falsa humildade, já me desprendi dela, já me desapeguei desse sentimento, sei que posso desejar o que há de mais belo, puro e real para mim. Não vou  me colocar na posição acomodada e não lutar por uma vida melhor para o meu espírito só porque há quem não o faça e me critique e condene por eu fazer isso.

Se preferem a mesmice de sempre, em todas as vidas, viver sem viver, lutar sem objetivos, ser carregado pelo vento sem direção e ir sendo empurrado pelas águas para qualquer lugar onde elas vão...

... se preferem ficar na acomodação e cristalizar, cada vez mais dentro si, sentimentos de incapacidade de evoluir o espírito e crescer em cada vida encarnada.....

.... se preferem ficar se imaginando  pequenos demais e que não merecem, não tem direito de ser, cada um, a luz que pode ser....

... se preferem parar no tempo e ir vivendo vidas e vidas sem assimilar os ensinamentos diários, sem permitir que o espírito retire a crosta de lama adquirida em tantas vidas, e continuam de cabeça  baixa, ombros encurvados diante do peso dos fardos de vaidades que foram acumulando em tantas vidas....

.... se preferem esquecer que para chegar em algum lugar que se deseja, é preciso pegar um caminho, e começar a caminhar....

... se preferem pensar em soluções mágicas para a evolução do espírito e se resignam diante de tudo e permitem que os descalabros da crueldade infestam a humanidade e a governem  com desordem  em detrimento dos sentimentos que constroem a paz e uma vida com dignidade...

...se preferem  tocar somente a mesma nota musical da sinfonia de uma vida sem música, ao invés de ir aprendendo a conhecer todas as  notas e fazer parte da Grande Orquestra do Universo...

... se preferem não sair do lugar...

Eu nada posso fazer.  

               

 

 

 

Quarta-feira, 14 de março de 2007

Revendo conceitos - parte III

 

Como eu não posso fazer nada, nesse sentido, por nenhum de meus irmãos, eu procuro fazer o que eu posso no sentido de incentivá-los a caminharem ou começarem a caminhar, caso desejem.

Encontrei pessoas no decorrer da minha busca espiritual que me ensinaram muito, mesmo que  elas não tenham percebido isso e nem percebam hoje.

As que mais me ensinaram foram as que me maltrataram. Interessante  é que eu falo que não precisamos sofrer para lapidar o espírito. E continuo pensando assim. Mas eu aprendi o que precisava aprender: aquele ensinamento que aquela dor,  do momento,  me trouxe.

Aprendendo a superar o obstáculo quando ele nos surge, mais na frente do caminho, se nos surge algum outro obstáculo semelhante, já temos noção de como superá-lo. Já estamos mais calejados, digamos assim, e saberemos nos conduzir com mais sabedoria. Quanto mais sabedoria, mais paz vamos cultivando em nosso mundo interno. Quanto mais paz vamos cultivando, menos  pesados vamos ficando. E quanto menos pesados, mais nossas asas se fortalecem. E quanto mais elas criam músculos, mais preparados para voar vamos ficando.

Quando eu falo de pessoas terem me maltratado,  falo no sentido da hipocrisia com que lidaram (e lidam) comigo e com a falta de responsabilidade com a amizade que eu lhes dediquei. Ainda hoje isso acontece, entretanto,  a aparência de bonzinhos, ternos e carinhosos  convencem a muitos.

Quando eu descobri as estrelas, foi então que tudo começou a se revelar diante de mim. A face de cada um, inclusive a minha, embora eu sempre tenha me mantido reservada quanto a isso. Quanto mais eu buscava e encontrava, mais reservada me tornava, embora nunca tenha deixado de aprender com tudo e com todos,  bem como de transmitir o que eu considerei e considero como conhecimento. Nunca me negarei a fazê-lo, mesmo que eu saiba que, muitas vezes, quem me procura vem com a finalidade de me arrancar o olho, ainda que me beije a face.

Em terra de cegos quem tem um olho é rei, diz um dito popular. E quando esses que tem um olho são descobertos,  não há como ser diferente numa humanidade cega de tudo: faz de tudo para arrancar o olho daqueles que o tem.

E assim vou vivendo.  Em cada trecho do caminho encontro  preciosos ensinamentos que me chegam através das palavras e atitudes dos que caminham comigo. Mantenho meu espírito nas estrelas e meus pés na terra, e assim, em equilíbrio sigo em frente, procurando voar sempre mais alto,  mais para perto das estrelas.

Aos que preferiram ficar arrastando sua parte de asa na terra, e me atiram pedras e paus,  eu procuro lembrar sobre o retorno, e que se cuidem quando os paus e pedras caírem sobre si mesmas, ao retornarem a sua origem, ao lugar de onde saíram.

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Quando eu descobri as estrelas tudo começou a fazer sentido para mim.  Entretanto, a existência de vidas fora do planeta azul ainda é questionada e desacreditada. Até mesmo porque se pressupõe como vida o que  existe aqui, nesse planeta. Com a mesma matéria orgânica. Entretanto, se os planetas diferem um pouco em sua composição orgânica, haveríamos de pensar que os corpos vivos que lá possam existir também seriam  um pouco diferentes dos corpos vivos desse planeta.

Mas não tenho o menor interesse em defender teorias sobre o assunto. Meu objetivo aqui é contar minhas experiências de vida humana encarnada, e o farei, independente de que alguém acredite ou não. As experiências são minhas, fui eu quem  as viveu, portanto,  algum comentário apreciativo ou depreciativo que queira fazer, por favor,  use o endereço eletrônico disponibilizado abaixo e fale diretamente comigo. 

Quando estamos encarnados e buscamos desenvolver ou despertar o espírito para a luz que ele é,encontramos uma série de obstáculos,  naturais, no nosso caminho. Muitas vezes, o que antes não víamos ou não considerávamos como sendo uma obstrução, quando  abrimos mais os olhos percebemos o quão nos enganamos e nos deixamos enredar por mais uma ilusão cuja estrutura montada  exatamente para nos manter com os olhos fechados pensando que estão abertos.

Existe um  dito popular, muito antigo, que diz mais ou menos assim "quanto mais eu rezo mais assombração me aparece". De fato, é mais ou menos isso.Não sejam assombrações no sentido de um fantasma com os braços abertos gritando "buuuuu' atrás de nós. Mas aparecem as tentações da vida mundana que nos convidam ao retorno, nos chamam e insistem nos chamados para que voltemos a viver a vida que tínhamos antes que saíssemos em busca do espírito.

Os sentimentos com os quais convivíamos em nós  eram considerados normais. Entretanto, quando começamos a caminhar em busca da paz,  começamos a perceber o quão eles nos escravizam, mesmo que pensássemos, na época, que eles nos deixavam livres.

Não há diferença entre um buscador e outro. Cada um encontra suas próprias dificuldades. E as supera. Por isso é um buscador.  Ser um buscador espiritual  não é um "status", uma posição. É uma opção. E quem não desiste dessa opção percebe a diferença em sua vida antes e depois que  se tornou um buscador. Talvez não existam diferenças no panorama externo, tudo continua igual, salvo algumas incompreensões por parte de pessoas que convivam no mesmo meio.  Mas no interno, quanta diferença!!!

E assim foi comigo.  O que antes nos massageava as vaidades começa a nos incomodar. Assim também foi comigo.

Quando eu falo de vaidades, muitos ainda pensam, ainda hoje, que me refiro a roupas bonitas, cabelos cuidados, artefatos e adereços do vestuário. Não é disso que falo.  Andar com roupas bonitas e cabelos cuidados não faz mal a ninguém. Penso eu. O que faz mal é a vestimenta interna. O que veste nosso espírito.

Sentimentos de vaidades. Emoções efêmeras que não aguentam uma brisa, pois desabam de desespero ao se verem em risco. Sentimentos que nos tornam escravos deles e nos fazem pensar que somos super-heróis e que temos o direito sobre tudo e sobre todos.

Vaidades, por exemplo: no sentido do ciúme. Ciúme pelo que o outro conseguiu ser ou ter. Inveja pelo que o outro é ou tem. Rancor por não ser bajulado e adulado a todo momento. Ressentimento contra alguém porque esse alguém tem opinião própria e não diz "sim' somente para agradar. Orgulho de pensar que é humilde. Prepotência de se pensar dono de alguém. Dependência afetiva, principalmente quando se coloca a própria felicidade nas mãos de outrem.

Vaidades das vaidades.... tudo passa... o eterno fica. E como ele ficará? Impregnado dessas vaidades ou liberto delas?

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Sexta-feira, 16 de março de 2007

Buscando nas estrelas

Vaidade das vaidades. Tudo passa. O eterno fica.  Percebi que o universo é eterno diante do infinito de nosso olhar. Ali estava a Origem de tudo e o Objetivo de tudo: o fim;  a finalidade. Comecei a esquadrinhar o céu  da mesma forma que esquadrinhava minha alma, procurando o que sempre é útil quando temos a meta de chegar até Aquele que Tudo É.

Como eu disse antes,  não quero menos que isso para meu espírito. Não me contento com menos que isso nem com nada que simule paz. Eu quero a paz. Não quero nada que simule o que é divino. Eu quero o divino. E precisaria dar mais mais um passo.  Na verdade,sabia que esse passo foi dado há muito tempo atrás, mas aqui, encarnada, precisava me lembrar das minhas vidas ou, pelo menos, fragmentos dela. Pelo menos um pouquinho, mas precisava trazer à superfície de minha mente a história do meu espírito.

Quando eu pedi aos meus guardiões que eu queria conhecer, aqui,  espíritos encarnados com o mesmo objetivo meu, ou pelo menos, semelhantes,  eles primeiro me fizeram entrar em contato com os mais variados espíritos que tinham (não sei se ainda tem) os mais variados objetivos, e com isso não vivem em paz e não gostam que alguém ao seu redor  a viva.

Precisei caminhar por muitos anos acompanhada de irmãos tais como os que citei acima para eu aprender com eles o que se passa nesse planeta e o porquê de tudo estar acontecendo de uma forma tão degradante. 

Como eu falei  em relatos anteriores, quando eu pedia a eles que me livrassem de uma ou outra situação ardilosa para a qual, algumas vezes, alguns caminhantes tentavam me enredar, apenas me respondiam que eu saberia não cair nela, respondiam que eu sairia com alguns esparadrapos e talvez alguns pontos, mas sairia com o espírito limpo. Ou seja, nos meus momentos mais dolorosos, em que eu gostaria muito de me esconder debaixo da cama, como é costume fazer, e ficar afagando a minha dor, eu era desafiada pelos meus próprios guardiões a olhar para a frente e observar melhor e ver onde colocar meus pés.

Após eu entender melhor os passos de quem caminhava aqueles trechos comigo,  eu  comecei a criar minhas defesas quanto aos possíveis bombardeios que no físico eu já recebia, e receberia, tanto naquela época como em futuro não muito distante.

Falando em criar minhas defesas, quero exatamente dizer em esperar tudo de todos. Ou seja, esperar sempre o inesperado. Não me surpreender com nada que aconteça ou que seja dito por alguém.

Para fazer isso, eu precisaria trabalhar o equilíbrio das emoções em meu mundo interno. Por exemplo:trabalhar o equilíbrio entre medo e coragem, e não confundir nenhum dos dois como, ora sendo prevenção e ora, irresponsabilidade. Medo é uma coisa,  prevenção é outra, e irresponsabilidade é outra. Bem distintos os três sentimentos. Trabalhar a angústia da solidão espiritual com a presença dos meus guardiões.  Viver no meio das emoções turbulentas que governam a vida da maioria encarnada, por exemplo,  e não me deixar envolver por essas emoções, mantendo sempre a imparcialidade não procurando julgar, entretanto  procurando sempre analisar os acontecimentos e tirar deles os ensinamentos que nos chegam aos milhares.

Um dos meus guardiões (aquele que é bom para nos ensinar a disciplinar os sentimentos/pensamentos/atitudes) me ajudou muito nessa época também. Quando  parecia que eu não ia conseguir vencer alguma situação que tenha se apresentado e que ia perder todo o trabalho que eu havia feito em meu mundo interno,  quando eu  supunha estar no meu limite, eu o ouvia dizer " mente e Deus". Só isso. Então eu buscava o silêncio (ainda busco) e me deixava conduzir pela Energia Suprema, sabendo, com certeza e com firmeza, que a Divina Providência realmente é divina..(sorrindo aqui dessa frase,  pela verdade que ela contém e que só percebemos isso quando adquirimos confiança nela).

A situação permanecia a mesma. Provocando-me a perder o equilíbrio ainda frágil que eu tinha conseguido. Entretanto,  meu espírito não se abatia e permanecia impassível diante do quadro que se apresentava na minha vida física.

Mente e Deus. Mente = Deus.

Que equação matemática fantástica!!

Tirando nossa mente da situação que nos traz angústia, dor, tristeza, etc etc  e jogando-a para Deus, ou seja, parando de olhar fixamente, somente para o problema e começando a olhar para a solução.

Nosso espírito está como estiverem nossos sentimentos.

Nosso espírito está onde estiverem nossos pensamentos.

Mente = Deus.

Não olhar para o  obstáculo (que chamamos de problema) mas  buscar a solução. Usar a mente para levar o espírito à Energia Suprema e nela se abastecer, se orientar e ser inspirado quanto à solução, se houver, ou  ser fortalecido para conviver com aquela situação que se apresentou naquele momento na vida; ou seja, mais fortalecido na paciência e serenidade; de forma mais firme,  mais forte e corajosa.

Se a situação não pode ser resolvida, de imediato,  ou não,  podemos  desenvolver a paciência em aguardar o momento em que será (ou não); podemos desenvolver a serenidade diante do que não podemos mudar, se esse for o caso.

Então, independente do que nos aconteça, a solução existe. Mesmo que não seja a que queiramos; aquela que corremos atrás; aquela que pensamos ser a única melhor para nós. O que queremos para nós nem sempre é o melhor para nosso espírito, por exemplo. Porque queremos cheios de vaidades, e essas, (vaidades) nunca foram um alimento saudável para o espírito que busca o rumo que o levará a se aproximar da Energia Suprema.

Quando Sócrates disse para cada um conhecer a si mesmo ele sabia do que falava. Hoje eu vejo essa citação dele ser repetida e banalizada e poucos param para analisá-la, estudá-la, e começar a fazer o que ele sugere.

Um obstáculo que eu encontrei na minha busca era me fazer compreendida.  Vivi anos fazendo o possível para que quem  caminhava comigo me compreendesse. Compreendesse a reformulação que eu fiz na minha vida física a partir da reformulação de sentimentos e pensamentos. Feri-me muito ao ver que eu falava  para o vazio.  Como qualquer ser humano, eu também sonhei ser compreendida pelos que me rodeavam. Porque não?

Não falo de aceitarem o que eu sentia, vivia, e divulgava.  Não falo de aplaudirem e elogiarem apenas para não serem desagradáveis. Não falo de omissão e conivência. Falo de compreensão. De entenderem o que eu falava, os motivos que me impulsionavam a falar o que eu acreditava: no poder da Energia Suprema. No poder que cada um de nós tem em se transformar em luz que reluz, alimenta e ilumina.

Quando eu percebi que não devia esperar que me entendessem, que me compreendessem, que me respeitassem como eu os respeitava (pelo menos) senti   mais um nó sendo desatado no meu mundo interno. Então fez sentido a frase de Francisco de Assis "fazei que eu procure mais: compreender do que ser compreendido".

Se eu tinha aberto os olhos e me levantado, cabia a mim fazer o trabalho. Aprendizado  que assimilei  de uma conversa que tive com um caminhante espírita.

Foi quando eu percebi que por mais que eu tenha falado que todos nós, qualquer um de nós, pode descerrar as cortinas de nossa casa e deixar a luz entrar, que eu vi que se riam de mim e criaram rótulos, usando esteriótipos ridículos tentando me encaixar em um deles,  ao mesmo tempo que ficavam irados ao ver que eu, de certa forma, escorregava como um pedaço de sabão, porque não conseguiam me prender, me aprisionar nos seus conceitos medíocres.

Não porque eu seja uma "super-mulher-maravilha".Mas porque eu tenho vontade. Força de vontade. Boa vontade em viver e ser feliz. Porque não me troco por nada nem me vendo. Porque meus sentimentos não se corrompem. Meu tesouro não enferruja nem apodrece, nem ladrão algum o rouba. Porque eu tenho uma opção de vida. Eu tenho metas para minha vida física e espiritual: ser feliz; viver em paz internamente ( e externamente tanto quanto me for possível); buscar a justiça em meus sentimentos/pensamentos/atitudes com quem quer que seja.

Eu tenho metas. E todos poderiam ter uma.  Não falo de comercializar ações espirituais.  Falo de metas. Objetivos. Vida.

Quanto mais eu me recusava a seguir o caminho que a humanidade traçou para si mesmo, mais consciente de mim mesma eu ia me tornando. Quanto mais  eu me recusava a pisar com passos de medos e inseguranças e falta de confiança na  ordem da Energia Suprema, mais ia me tornando consciente do espírito que sou.

Foi aí que eu comecei a conhecer espíritos que também buscavam a si mesmos. Foi ai que entendi porque meus guardiões, antes, me fizeram conhecer o que era incompatível com meu modo de sentir/viver: para que eu reconhecesse aqueles que surgiriam em algum trecho do caminho e cujos espíritos  tem afinidades com o meu. Espíritos semelhantes.

Nesse momento, eu faço uma pausa e  uso um dito popular registrando a sabedoria de meus guardiões: eu tiro meu chapéu para eles.  De fato, é inegável como eles cuidam de mim. Assim como os guardiões de qualquer um cuida de seus protegidos, se esses (protegidos) deixarem, se mantiverem contato com eles, se permitirem que eles lhes orientem e lhes instruam.

Obrigada, lindos amigos espirituais. Corajosos anjos da guarda que estão aqui nesse mundo degradante para me fazerem companhia e me ajudarem.

                                                        

 

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Tirem-me o chão, se quiserem. Eu sei voar.

Por essa época eu comecei a conhecer caminhantes que tinham objetivos semelhantes aos meus. Mas os que não tinham e até mesmo, talvez inconscientemente, não aceitavam que  os objetivos fossem os que são= aprimorar meus conhecimentos espirituais,  continuavam caminhando  conosco.

Eu sempre acreditei na possibilidade de todos nos considerarmos irmãos, pois eu já  os considerava, nessa época, como irmãos. Temos irmãos maiores ou menores. Irmãos que sabem mais e irmãos que sabem menos que nós. Mas se todos nos dermos as mãos e caminharmos unidos na busca pela paz, com certeza, todos aprenderemos com todos e todos nos ajudaremos a todos.

Entretanto,  não é bem assim que  caminha a humanidade.

Enquanto eu procurava dizer, nos locais em que frequentei na internet, por exemplo, que vale a pena essa reformulação interna no sentido de procurar e encontrar a paz dentro de si mesmo e assim se conduzir de forma mais serena e segura no dia-a-dia,  fui atraindo pessoas que não gostavam disso e que ficavam próximas, na mesma estrada, mas fazendo tudo para obstruir meus passos.

Não me faço de vitima nem o sou. Não vivo angariando piedade nem compaixão. Essa é a minha verdade. E quando eu digo que muitas pessoas fizeram de tudo para eliminar a minha vontade de aprimoramento espiritual, estou falando a minha verdade, sem qualquer conotação de peninha de mim mesma. Estou falando dos obstáculos que encontrei materializados em pessoas próximas, que eu pensei serem amigas, ou pelo menos,  pessoas responsáveis. Estou falando da crueldade ainda inconsciente em todo aquele que se sente incapaz de administrar a própria vida e não quer e não acredita que qualquer outra pessoa consiga.

Eu acredito no contrário. Eu acredito que qualquer um  tenha capacidade de administrar as emoções,  equilibrá-las, trazer esse equilibrio para a vida do dia-a-dia,  e assim, ir vivendo as experiências que cada dia  oferece com força e coragem.

Por eu pensar e dizer  isso eu fui muito combatida. Mas não  que alguém tenha tido a coragem de se pronunciar, de forma aberta,  em público, e a responsabilidade de dizer "não penso como você" ou " não acredito no que você fala".

Não. Esse combate  não travaram comigo não. São torpes demais para terem atitudes grandiosas de transparência na exposição de suas idéias. São mesquinhos demais para dizerem,  face to face,  frente a frente, o que pensam.

Preferem fazer isso atrás dos bastidores. Preferem fazer isso usando de deboches e mentiras. Sabiam que não poderiam dizer que eu estava errada, porque  o que eu falo é bem claro e sem mistificações. Tem lógica e coerência. Tem realidade e ciência. Tem a matéria e tem o espírito. Tem equilíbrio.

Mas e a inveja?  Deixaram-se envenenar por esse sentimento e, contaminados,  procuravam contaminar a todos que encontravam em seus caminhos. Mas inveja de que?Porque? Só porque  eu  começa a arrumar a minha casa, meu mundo interno?

Eu via isso tudo acontecendo,  enquanto pensavam que estavam fazendo sem eu saber. Eu via as intrigas criarem aparência de verdade e vi buscadores se afastando com medo de mim,  diante do que ouviam falar.

Eu via  caminhantes se afastando e pegando outro caminho, por medo de ser meu amigo/minha amiga. Preferiram ouvir as mentiras, vesti-las de verdade e  continuarem no caminho das festas e alienação da vida, pois presumem ser isso a felicidade: alienação.

Vi pessoas interrompendo o contato de uma forma abrupta, retornar meses, talvez anos depois, e as vi desaparecer do caminho depois novamente, e assim sucessivamente, nesses anos todos em que  comecei a buscar a minha Consciência.

Encontrei pessoas que diziam ' eu te amo" como quem  diz "um café, por favor"   nas lanchonetes  e que tentaram me arrancar os olhos  nas oportunidades que tiveram. E tentarão novamente, se voltarem a caminhar em algum trecho que eu esteja.

Encontrei pessoas que eram  carinhosas, só diziam frases lindas e ternas, elogiosas, mas que nunca hesitaram em se afastar, cortar os laços da  amizade que diziam sentir.

Encontrei pessoas que enquanto tiveram interesses  caminharam comigo, e muitos ao  perceberem que a reformulação interna quem precisa fazer (se desejar) é a própria pessoa, e que ela não é feita num toque de uma varinha mágica, cortavam também qualquer contato,  sem pensar em valores tais como amizade, presença e lealdade à amizade.

Encontrei também pessoas que mesmo dizendo que me consideravam amigas,  resolveram dar um tempo na vida, etc etc  e com isso, não se preocuparam e nem se preocupam em manter a amizade. Olham apenas para o próprio umbigo e se esquecem de quem diziam ser amigos. Só se preocupam consigo mesmo. Se os que eles dizem ser amigos estão bem, se estão com dificuldades, também, isso não lhes interessa. O que lhes interessa é a própria dor e a própria covardia em não se assumir como amigo. E assim procuram caminhos onde suas vaidades são afagadas e encontram muitos, mas muitos caminhantes que, na verdade,  estão indo para o abismo, mas que importa isso, não é? Importa  para esses é a companhia falsa e hpócrita que lhes massageia as vaidades e com isso pensam que são alguma coisa que não são, ao invés de procurarem o caminho que farão com que sejam de fato a luz que pensam ser.

Encontrei pessoas  que  acho que me viam com um carimbo na mão para atestar a veracidade ou não dessas mensagens tolas a respeito de esoterismo da nova era e outros segmentos da espiritualidade que  tem feito um bom repasto na vida de todos, na atualidade. Como eu não "carimbava" e orientava a pessoa para analisar os textos, ou então, quando eu abria uma outra possibilidade sobre o  do assunto do texto  (nunca do autor, apenas do assunto)  essas mesmas pessoas olhavam com o canto dos olhos, torciam a boca num descaso diante do que eu falava ou escrevia e não acreditavam.

Encontrei adoradores de mestres da nova era que queriam testar meus conhecimentos e até onde minha Consciência sabe. E se decepcionaram pois não sou uma tola que faz exibições para se auto-promover ou para angariar simpatias, amizades  e credibilidade.

Encontrei pessoas  aprisionadas pelas mais variadas emoções inferiores.

Encontrei pessoas que mentiam sem pudor  e pensavam que eu acreditava em suas atitudes e palavras mentirosas. Era visível  a intenção de "arrancar" de mim o que pensavam que iam tirar para depois então, elas mesmas se tornarem respeitadas no meio em que vivem,  passando  como se fossem delas aquilo que pretendiam tirar de mim.

Foi sendo permitido tudo isso e muito mais que não vou contar, por ora. Foi permitido porque eu precisava  trazer à tona o conhecimento que meu espírito tem. (o espírito de todos tem, isso não é monopólio meu não: todo espírito tem conhecimento, e despertá-lo depende de cada um, como eu sempre me repito).

Eu falei "não vou contar, por ora". Não por medo de que venham  insatisfeitos e covardes  hackearem esse pequeno site e o deletarem, como fizeram no início. Não por medo de quem está tremendo de medo agora, pensando no que eu vou relatar aqui. 

Registrarei aqui, o mesmo que sempre registrei nos locais onde estive por muitos anos, na internet: tirem-me o chão, se quiserem. Mas se surpreenderão por não me virem cair. Meu espírito tem asas e sabe voar.

Só recomendo que nunca se esqueçam que há alguém no Universo que observa a todos,  em seus sentimentos, pensamentos e atitudes. Podem enganar a mim, e enganem á vontade, mas não enganam a quem sabe tudo. Portanto, se querem continuar  pretendendo me obstruir os passos,  mentindo sobre mim ou  hackeando meus relatos,  é a vontade de quem assim se conduz. Entretanto, acima de uma vontade, ainda mais uma vontade medíocre, há a Vontade do Universo.

Lembrar e alertar aos meus irmãos sobre isso sempre o fiz. Mas não querem acreditar nisso.  E muitos encontram-se mais perdidos de si mesmos diante de tantas incoerências em suas emoções e na própria condução de seus dias, de sua vida. Não são felizes, posto que vivem às expensas da luz de quem a tem, quando poderiam ter a sua própria.

E isso tudo acontecendo, e eu aprendendo. Assimilando as informações que me chegavam de acordo com as palavras dos caminhantes, suas atitudes ou exemplos. Observava cada vez mais a mim mesma e analisava, cada vez mais meus sentimentos.

 

 

 

 

Sábado, 17 de março de 2007

Caminhantes e caminhantes...

Observava cada vez mais a mim mesma e analisava, cada vez mais meus sentimentos. Não me prendia ao que aprisiona. Cada vez mais libertava-me dos sentimentos que pesavam e sobrecarregavam minha Consciência. Cada vez mais sentia meu espírito leve.

E assim fui seguindo meu caminho. e ainda o faço hoje. Busco o silêncio mental  sempre que o mundo exterior  faz barulho demais e tenta me alcançar com seus medos e ódios.

Busco o silêncio sempre que a poluição mental alcança níveis que desestimulariam qualquer um a pensar por si  próprio.

Como eu estava falando  antes,  encontrei os buscadores que eu  pedia aos meus guardiões. Fui encontrando no decorrer da caminhada, de forma sutil, discreta:não vinham com tabuletas se identificando. Seres humanos comuns,  assim como eu, mas que também tinham e tem metas de paz para a vida física e espiritual.

Esses caminhantes me ajudaram muito a compreender muita coisa que minha mente resistia. Muitas vezes, foi no silêncio de suas respostas que eu confirmei minhas perguntas.

Aprendi a colocar em prática a teoria que eu tinha. Aprendi porque eu quis,  é claro. Ter a teoria é fácil. Praticar exige esforço.

Só que tem um detalhe que muitos conhecidos meus não levam em consideração: quanto mais me batem, mais eu sigo em frente. Quanto mais tentam me empurrar para algum buraco, mais eu luto para me libertar. Quanto mais tentam me jogar aquela gosma nodosa da obscuridade dos sentimentos inferiores, mais alto eu vôo. Quanto mais mentiras inventam (como as pessoas gostam de criar mentiras sobre outras pessoas.. até o dia em que alguém cria mentiras sobre elas também, então aí vão aprender e ver como dói).. quanto mais mentiras criam de mim mais meu queixo e nariz ficam levantados, e mais alto e longe eu olho.

Para uns, isso é soberba, orgulho, prepotência. Para mim, é imparcialidade. Não vou chafurdar na lama só porque querem. Não vou me afogar nas águas bravias só para alegrar alguns, nem vou me jogar na fogueira para satisfazer alguns. Não sou tola, ainda que eu pareça ser. Não sou exibicionista, embora  tenha as ferramentas para ser.

Aprendi a colocar em prática a teoria que eu tinha. Aprendi porque eu quis,  é claro. Ter a teoria é fácil. Praticar exige esforço.

Está sendo possível compreender agora do que falo?

Por isso que eu  disse que eu aprendo com tudo e com todos. Procuro aprender sempre e sempre a ser melhor e a ter meu espírito cada vez mais leve para que possa alçar vôos maiores, mais distantes até estar bem próximo da Energia Suprema.

Claro que o que estou contando aqui não é novidade nenhuma,  na maioria do que relato. Tudo o que estou relatando aqui muitos já vivenciaram. Situações até mesmo de maior sofrimento, eu sei disso. Minha história é igual a de muitos.

Mas eu não sou igual. Cada um é cada um. Cada um tem suas características pessoais, tanto de sua própria origem criadora quanto as adquiridas em muitas vidas. A história pode ter traços semelhantes, mas ela é a minha história. Assim como a de muitas pessoas podem ser semelhantes a minha,  mas não é a minha, é dessas pessoas.

Cada um é um indíviduo único e especial. Cada um tem sua  origem e sua história. Cada um usa o caderno que lhe convém, escolhe as tintas que mais lhe agradam, definem a espessura do pincel como entendem melhor; e cada um pinta o quadro da sua vida do jeito que melhor lhe convir.

Se for feita uma exposição de todos  quadros cuja paisagem seja um rio, a primeira vista pensaremos que todos são iguais: quadros com rios pintados. Entretanto,   em cada quadro as cores usadas diferem da dos outros, o rio  será diferente do rio dos outros quadros. Isso porque cada artista/pintor tem suas características e as coloca na obra/pintura que faz.

Assim somos nós quando pintamos o quadro da nossa vida. Histórias comuns a todos, mas diferentes entre si.

 

 

 

 

Domingo, 18 de março de 2007

Flores  diferentes

 

Num certo trecho de minha caminhada,  eu conseguia ultrapassar as pedrinhas tranquilamente. Muitas vezes nem as via. Outras vezes, as via mas as ultrapassava sem o menor esforço. Quando via uma poça de água suja depois de uma chuva, por exemplo, automaticamente eu analisava  se era melhor eu dar um pulo ou  me desviar dela. Mas já não me revoltava nem me sentia infeliz. Quando olhava para mais alto e mais longe e via um trecho desértico que se avizinhava,  verificava se tinha meios de subsistir àquela caminhada e seguia em frente, sem arrancar os cabelos de desespero ou ira.

Era a minha opção de vida. Caminhar sempre aprendendo a superar os obstáculos. Nesse trecho ao qual me refiro, meus guardiões me alertaram para a calmaria que precede uma tempestade. Simplesmente isso; mais nada me falaram. Ajudaram-me a entender quando é uma calmaria mesmo, ou quando é um prenúncio de turbulências.

Ajudaram-me, por exemplo,  a me integrar ao ar para compreender e assimilar seus sinais vindos normalmente,  ou através de uma brisa, ou até mesmo de um vento forte. Precisava entender a linguagem dos elementos que compõem a natureza, se eu quisesse mais equilíbrio e mais confiança na Energia Suprema.

Vale registrar aqui que  todos os ensinamentos que recebi de meus anjos da guarda não vieram através de rituais nem  de palavras memorizadas consideradas orações. Vieram sempre através de conversas, e muitas vezes,  conversas com poucas palavras deles, para que eu desenvolvesse mais e mais a capacidade de pensar e  analisar (que todos temos).

Quanto mais eu despertava o conhecimento do espírito, mais feliz eu me tornava enquanto ser encarnado. Eu estava caminhando. Era o que eu queria. Era o que eu buscava. Só encontra quem busca. Eu estava encontrando, e isso me deixava mais corajosa para seguir em frente e não temer nada nem ninguém.

Entender o que o vento nos fala exige disciplina e persistência. O mesmo para entender o que as águas nos contam. O que o fogo nos revela. O que a terra nos ensina. Compreender o que os pássaros nos trazem em seus cantos ou o movimento de uma borboleta é algo fantástico e quiçá todos os meus irmãos quisessem essa integração com quem lhes sustenta a vida!

Até os vagalumes tem sua história para contar e seus ensinamentos naquele pisca-pisca interminável deles.

Aprendi a entender o peso do ar quando ele parece leve. E aprendi a entender a leveza do ar quando ele parece pesado. Foram anos de exercícios nessa escola, digamos assim.  Por não existir uma fórmula não podia memorizar e tirar a nota máxima, tive que ir fazendo os exercícios e ir tentando acertar cada vez mais.  Ainda hoje pratico esses exercícios, no meu cotidiano, no meu dia-a-dia, como  uma reciclagem necessária para que eu não esqueça os pontos primordiais que embasam a integração com a natureza.

Não estou falando de magias, nem nada nesse sentido. Estou falando de sentir o vento no rosto por exemplo, observá-lo seguir em frente rumo ao seu destino, e entender a história que ele conta e as notícias que traz do além-mar. Estou falando de olhar as árvores  cujos galhos se balançam ao sabor do vento, como se dançassem para a Energia Suprema,  felizes.

Nesse trecho em que eu já passava pelos obstáculos de forma já não muito desgastante nem cansativa,  tive condições de aprender mais com meus irmãos, os caminhantes daquele pedacinho da estrada.

 Foi quando eu senti o vento me contar que  viria uma tempestade. O mesmo alerta que meus anjos da guarda me haviam  dado. Bom, então, do meu jeito bem expansivo de ser comentei "não dá para ter um dia de tranquilidade não? lá vem bomba de novo?".

Então meus lindos anjinhos conversaram comigo, no decorrer daquela caminhada e eu  entendi que eu precisaria passar por aquele tipo de tempestade também, caso quisesse superá-la nos dias futuros, quando ela se repetisse. Os acontecimentos são  sempre parecidos entre si, e, muitas vezes, se repetem. Se aprendemos logo nos primeiros, quando eles se repetem, já não nos abalamos tanto mais.

Se esse era meu objetivo: despertar o meu espírito para o que ele sabia, então que viesse a tempestade, e mesmo que eu saísse dela molhada, rasgada, eu teria conhecido esse tipo de tempestade e mais na frente, já  tomaria outras precauções para não me molhar tanto. Era hora de verificar se o agasalho para o meu espírito foi bem costurado ou onde estavam os pontos que não estavam firmes, ou onde a linha estava solta. E então, poderia costurá-lo melhor. E assim segui em frente, sem me desviar por medo da tempestade, mas com atenção voltada para o meu mundo interno e observando como estavam minhas emoções. Eu não fazia idéia  do que estava por vir. Na verdade,posso dizer que não era uma tempestade, à primeira vista, eu diria que era  uma tromba d´água, um dilúvio.

Onde está meu barco? Onde está minha arca? Bote salva-vidas? Coletes? Equipamentos para mergulhar? Onde está isso tudo? Heeeelp...

A situação foi exatamente assim. Ela chegou, caiu sobre minha cabeça, sobre minha vida com tal força que eu me fiz essas perguntas mesmo.  Eu não sabia se sabia nadar. Nem mergulhar, e as águas aumentando, e eu ali no meio de tufões, furacões, e as águas mais e mais fortes carregando o que encontrava pela frente. Não sabia se meu espírito aguentaria, embora eu quisesse que ele aguentasse.

O que fazer? Olhei para os lados. Ninguém. Ou melhor, tinha alguém sim, mas  se eu pedisse ajuda a esse alguém o máximo que receberia seria um empurrão para eu afundar logo no meio daquelas águas bravias e violentas. Mesmo assim, pedi ajuda. Recebi exatamente críticas e mais críticas. Então me decidi por enfrentar aquela situação sozinha mesmo, já que era assim que eu estava. O meu mundo desabou, praticamente.

Em dado momento, eu sem poder me mexer senão as águas poderiam me afogar (estou falando isso tudo no sentido figurado), agarrei-me a uma pedra (minhas convicções) e esperei tudo passar. Deixei que a  chuva forte me fizesse manter a cabeça abaixada. Deixei que os ventos me fizessem encurvar o corpo e os ombros, e o frio me fizesse encolher em mim e assim fiquei. Como que abraçando a mim mesma para não sentir  tanto a força dos ventos nem a gelidez das águas.

Até que um dia, eu me perguntei: o que estou aprendendo com isso tudo? O que a fúria está me ensinando? E comecei então a usar meu cérebro, minha capacidade para pensar e analisar. Mesmo ali, parada, no meio daquele dilúvio todo,  eu comecei a me movimentar. Em espírito, claro. Comecei a buscar o que ele precisaria relembrar numa situação daquela. O que eu aprenderia com a fúria? A situação da qual falo foi criada toda com bases na fúria e ira de algumas pessoas. Por isso a metáfora que uso agora na verdade não  é nada diante do que aconteceu, mas ao mesmo tempo,  é possivel ter uma idéia, pois sabe-se da força da natureza quando ela se manifesta.

Quando eu me perguntei o que a fúria me ensinaria, entendi a resposta.  Não  fazer esforços inúteis.  Realmente, na situação em que eu me encontrava, se eu mexesse um fio de cabelo provocaria mais ira ainda nessas pessoas. Eu precisava reaprender que o silêncio é preciosíssimo; muito mais que palavras, em algumas situações.

Então, entendi porque eu estava sem me mexer, sem fazer nada, sem me defender de forma visível, porque eu me protegi para receber os golpes. Porque de nada adiantariam meus esforços em me defender diante dessas pessoas, posto que o que as comandava era a fúria. Uma fúria quase  mortal, posso dizer.

E fui me lembrando do que já sabia. Discussões tolas não deveriam fazer parte da minha vida. Esforços inúteis não deveriam ser feitos. Observar a energia que movimenta uma ou outra situação e procurar os meios justos de sobreviver a elas.

Os dias foram passando e a fúria dessas pessoas só aumentava diante da minha imobilidade, digamos assim. Eu não me rebelei, não gritei,  não os acusei, não me defendi das acusações, não apontei o dedo para nenhum deles. Ou seja, me mantive impassível diante do dilúvio que se apresentava na minha vida. Protegi quem eu sabia que deveria proteger, e deixei que as chicotadas  me alcançassem. Eu precisava ser mais forte que a dor, e ali estava uma boa oportunidade para esse treinamento.

Foram dias e dias, eu imóvel, e diversas pessoas com seus chicotes e pedras nas mãos me acusando das mais sórdidas mentiras que inventavam a cada minuto. A cada hora surgiam novas acusações, e eu via meus verdugos quase que babando pelo canto dos lábios de tanto prazer no que faziam. Então pensei " não vou dar mais prazer a eles além dos que eles já tem. Não ouvirão nenhum "ai" meu, nenhum lamento de minha parte".

Então, naqueles dias turbulentos e céu fechado,  mesmo assim, olhei para o céu e perguntei: "helowww....onde estão vocês? Não vão fazer nada?"  Meus anjos da guarda me responderam: "Resista. Você pode".

Então acionei de dentro de mim toda a força que eu tinha. Deixei de esperar que a fúria das pessoas acabasse por si só ou por se dar conta do quão injustas essas pessoas estavam sendo. Não eram irmãozinhos sofredores que não sabiam o que faziam.  Eram irmãos cruéis e sabiam muito bem o que faziam.

Chegou a hora de acabar com aquela festa sanguinária espiritualmente falando que estavam promovendo. Chegou a hora de acabar com aquele tribunal fajuto criado por esses seres covardes.

Meu espírito acionou ajuda e ela veio, através de uma irmã que objetiva pela paz, tal como o meu. E essa irmã agiu em minha defesa,  usando apenas uma única frase, mas que calou a todos esses ferozes humanos desumanos que se compraziam com o circo romano que armaram.  Nunca nos vimos, eu e essa irmã cujo espírito é uma luz que ilumina. Mas o céu não é o limite. O universo é infinito. Encontrar explicações no que ainda não pode ser explicado é desgaste inútil.

Então o dilúvio passou como num passe de mágica. O tribunal, mais uma vez, foi desarmado e tudo ficou sem sentido para quem  o frequentou.  Não entenderam o fracasso de suas atitudes, e presumindo-se vencedores, saíram vencidos. Eu ali,  ferida, em silêncio, os venci sem tê-los acusado ou confrontado.

Meus guardiões, então, me lembraram de quem anda sob a Égide de Deus não tem medo de nada e contará sempre com Sua Divina proteção. É a mais pura verdade. Descobri ali que nas piores situações, se nós nos mantivermos segurando firmes nas mãos da Energia Suprema, andando ao lado da Justiça, não temos medo do que falam de nós, do que fazem a nós. Não temos medo de perder nada, nem que nos roubem o que somos, porque nossos tesouros são nossos sentimentos. E somente nós podemos nos desfazer deles. Ninguém pode ter a posse deles. Nós é que ficamos ou não com o sentimento do amor.  Ninguém nos tira, a não ser que nós mesmos deixemos que esse sentimento se vá e no seu lugar, entre o medo em nosso mundo interno. Tudo depende de nós. Mais uma vez comprovei isso.

 Nenhuma marca no meu espírito. Nenhuma mancha no meu espírito, pois minha atitude  foi pacífica, apesar da turbulência. A oportunidade,  na verdade, foi  permitida para que cada um dos meus acusadores mostrassem a verdadeira face.

Assim como até hoje, cada um está mostrando a sua face, através de seus sentimentos e atitudes no cotidiano.

Dessa vez,  foi necessário que eu "apanhasse" de meus inimigos para que ficasse comprovado  o que eles tentavam esconder sob a aparência de gente bacana, educada, culta e espiritualizados "iluminados". Então eu vi a Justiça do Universo em ação,  na prática, e percebi que de fato ela é imparcial.

Nada semelhante com a justiça humana. Bem diferente.

A Justiça precisava se fazer presente na vida daquelas pessoas, em função de alguns acontecimentos no astral naquele momento. E com suas atitudes torpes e medíocres, só demonstraram diante do Tribunal do Universo o  desvio de suas atitudes. Não porque estavam sendo acusados, mas porque eles mesmos se acusavam e deram as provas necessárias,  com as atitudes que tomaram aqui, enquanto encarnados. Montaram um tribunal de mentiras aqui em baixo, onde a ré era eu, por provas forjadas por eles. Não sabiam que estavam no Tribunal do Universo e os réus eram eles, por provas documentadas por eles mesmos.

Sobrevivi a esse dilúvio espiritual, digamos assim. Emocional fragilizado, mas o espírito buscando a força que precisava para transferir para a mente a necessidade de manter a atitude de firmeza e coragem diante dos embates que viriam no futuro.

Busquei no silêncio tudo o que eu precisava naqueles momentos. Revigorei meu espírito e minha mente, e mais forte segui em frente. Olhando cada vez mais alto e mais longe. Mais experiente também. Fortalecidas minhas defesas, no sentido de sempre esperar o inesperado, para não ser pega de surpresa e cair sob a ação de uma brisa, um vento, de uma tempestade.

Raízes mais fixas na terra. Galhos mais soltos ao vento.  Mais leve. Mais livre. Cada vez mais o espírito alcançando uma liberdade que não é compreendida pelos espíritos  que se deixam aprisionar pelas emoções inferiores, e nada fazem para se libertar delas.

Mas essa liberdade existe. Para cada um de nós. Qualquer um de nós.

Nesse trecho da caminhada eu  fortaleci minhas convicções e vi o quão preciosos foram os anos anteriores, em que  me vi em situações semelhantes, embora menos impactantes,  quando meus guardiões me orientavam sobre a disciplina; a persistência; sobre educar os sentimentos, os pensamentos e as atitudes. Como foram válidos, úteis esses ensinamentos!

Eles sabiam o que faziam. Sem dúvida nenhuma. Sabiam o que, possivelmente, eu encontraria  pela frente e começaram a me ajudar a me preparar para enfrentar tudo sem me perder de mim mesma. Fizeram isso, logicamente, porque eu permiti, porque eu quis cuidar do meu mundo interno.

Se todos os meus irmãos quisessem, perceberiam quanto seus anjos da guarda lhes ajudam. Como eles se esforçam para serem ouvidos, e nem sempre são. Como eles amam cada um e como procuram sempre ajudar, mesmo que passem a vida toda num esforço contínuo em proteger e orientar, e ainda assim,  ouvem meus irmãos dizerem que eles não existem.

Mesmo assim, os anjos da guarda ajudam a seus protegidos, ajudam a quem eles assumiram ajudar e orientar aqui na Terra. Não fazem isso para evoluirem, nem para receberem agradecimentos e buquês de flores. Não fazem isso para serem engrandecidos, elogiados, nem angariarem a simpatia. Fazem por amor. E isso é muito difícil para meus irmãos entenderem. Não entendem o amor que  os anjos da guarda são e não os entendem nem os aceitam em suas vidas. Meus irmãos ainda não conhecem o amor numa forma plena e absoluta.

 

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Terça-feira, 20 de março de 2007

 

       As "coincidências"  me fazem sorrir para a vida

 

Continuei minha caminhada espiritual. Na minha busca pessoal. Muitos me perguntavam o que eu buscava, e eu dizia: a verdade. Hoje, ainda me perguntam o que me trouxe aqui, e eu respondo: a verdade. Por isso as mentiras me seguem os passos, numa vã tentativa de me fazer desanimar.

Lembro-me agora de um trecho de minha caminhada, em que quando eu comecei a  perceber muitos mais véus de ilusões do que eu pensava que existam toldando a visão espiritual de todos.... quando eu comecei a ver que o céu que nossos olhos vêem não é o limite.... que a linha do horizonte existe exatamente por ser infinita.... que há muito mais do que o que se toca e se vê....

Enfim, quando eu percebi a vida além da vida dentro de um contexto mais significativo para mim, entendi então, mais uma vez, que eu sou nada diante do Tudo. Só que quanto mais eu me sentia assim, mais meu espírito ia  recebendo as informações. Vidas além das que concebemos. Sistemas de vidas paralelos ao nosso, mas invisíveis aos nossos olhos.

Quando eu  comecei a entender o que muitos já entendiam,  eu senti que  nessa nova fase da minha busca, eu encontraria mais obstáculos do que os comuns,vez que pegava um caminho muito mais estreito do que o até então trilhado por mim. Duas vias, ainda: eu poderia voltar na hora que quisesse. Mas eu não quis. 

Dessa vez, também, meus  guardiões permitiram toda espécie de seres humanos de se aproximarem de mim, tal como em outras vezes.  Eu estava em campo (e estou) colhendo informações para o meu espírito, então necessário conviver com a situações que poderiam me ajudar, em um tempo mais curto.  Ou melhor explicando: eu estou vivendo e aprendendo.

Nesse trecho eu descobri mais sobre mim e meu espírito do que em todos os anos anteriores de busca. Foi fácil? Não. Não vou negar que foi difícil. Em todos os  sentidos. Novos ensinamentos. Mais fragmentos da verdade que eu buscava. Menos véus de ilusões toldando minha visão espiritual. Mais discernimento,sim, entretanto, a busca continuava.

Sentimentos que eu pensei serem construtivos foram ruindo dentro de mim tal como castelos de areia na beira da praia sob o impacto de uma onda e em seu lugar, outros sentimentos mais coerentes com a Vida, o Amor, a Justiça. Ensinamentos que eu tinha como os mais plausíveis desabaram diante da verdade que, apenas, se avizinhava. Nem tinha chegado ainda e ela já se fazia presente desmontando toda a estrutura de mentira interna que havia se cristalizado em meu mundo interior e que  tinha assumido a aparência de verdade.

Encontrei, nesse trecho, muitos irmãos que pareciam estar buscando o mesmo que eu, e mais uma vez, me enganei. Devo ser muito tola.

Bom... analisemos: onde está mais tolice? Em quem é enganado ou em quem engana?

Não me preocupei, mais uma vez,embora, logicamente, mais reflexiva me tornei, mais introspectiva quanto as minhas descobertas espirituais me tornei, mas de nada adiantou. Porque  alguns caminhantes  que trilhavam comigo aquele trecho queriam, a todo custo, saber o que eu sabia, ou seja, o que eu tinha acessado espiritualmente.

Mais uma vez, não me fiz de rogada e  respondia a quem me perguntava. Interessante como o Universo conta sua história usando as estrelas, planetas e todos os corpos celestes que estão ali, a um palmo de nós.

Mais uma vez,  não fui compreendida. Aliás, até o momento colho os frutos dessa incompreensão, embora não os guarde no meu mundo interno. E interessante como pessoas que parecem ser inteligentes jogam seus lixos no quintal de outrem.  Se eu fosse maluca, como muitos pensam que sou, eu sairia de forma sem lógica,  devolvendo esses frutos a quem  de direito. Sairia devolvendo as pedras que me jogaram quando escarneceram do que eu falava a respeito do universo e das vidas que existem  em sua extensão infinita.

Ah, bom lembrar que não "construo meu lar" com essas pedras não. Eu as deixo onde elas estão e sigo meu caminho.

Se eu fosse o que muitos "amigos" dizem que sou eu relataria aqui e agora a vida de cada um deles,  todas as vidas do passado e o futuro que os aguarda. Entretanto, a responsabilidade com o que eu sei me faz não acessar esse conhecimento e deixar que cada irresponsável siga sua vida como desejar.

Não sou responsável pelo que pensam ou como conduzem suas vidas. Sou responsável com o que eu sei e com a minha própria vida e a forma de conduzi-la.

Muitos pensam que ao falar assim, tenho raiva. Se pensam,   não me conheceram  nem um pouco. Nem me conhecem ainda.

Que a vida humana é bem mais antiga do que a história da civilização terrestre, eu não tenho dúvidas. Mas não tenho o menor interesse em convencer quem quer que seja a pensar como eu.  Mas se puder, ao menos, respeitar meu ponto de vista, respeitando a mim mesma,  eu agradeço. Se não puder me respeitar,   eu não recebo o  desrespeito, e ele ficará  com quem o tem e quer me doar de presente (presente de grego). O que  a pessoa vai fazer com esse "presente" que queria me doar,  não me preocupa.

Houve uma época em que muitos caminhantes  tentaram me induzir a me sentir culpada por eu buscar a minha verdade. Eram comentários intermináveis tais como "puxa, porque comigo não é assim também?"  "porque eu não vejo meus anjos da guarda?"  "porque eu....." "porque comigo......" "porque você e não eu?"  "porque com você e comigo não?" etc etc etc  Sempre os mesmos comentários.  Eu nunca fiz nada quanto a exibicionismo. Sempre procurei apenas passar o que me perguntavam. Dar minha opinião quando pediam. Mas também nunca fiz de conta que não sabia nem me coloquei em pedestal algum. Ao falar a minha verdade de forma firme e segura, como me é característico, sei que houve muita resistência quanto ao que eu falava. Queriam alguém inseguro para lhes responder sem consistência espiritual. Eu não era e não assim. 

 E isso me faz repetir, para quem  não leu os textos anteriores,  que eu não sofro da doença da falsa modéstia.

Então, em dado momento em que me cansei disso tudo,  procurei os meus guardiões e perguntei "porque eu?", um deles me respondeu "compromisso". Apenas isso.  Ele sabia porque me deu essa resposta. Eu não. Mas eu sabia, pelo menos, que iria passar meses e anos buscado a verdade dessa resposta, buscando o esclarecimento para eu  a compreendesse.

Porque eu falar de vidas que existem fora do Planeta Terra? Tantos mais experimentados, mais cultos. Tantos estudaram tanto sobre o assunto.  Porque eu?

Boa pergunta. Porque eu falar dessas vidas de fora do Planeta para outras vidas ao meu redor, se não acreditam? Se não querem saber de nada  disso? Porque eu, justamente eu, falar   a uns caminhantes que, por acaso, caminhavam comigo aquele trecho?

Por acaso?Ora, ora... são as coincidências que me fazem sorrir para a vida.

Hoje, o trecho no qual estou caminhando tem muita similaridade com trechos anteriores, pelos quais já passei. Olho ao redor e vejo muitos caminhantes, mas ao meu lado, pouquíssimos.

Muitos peregrinos que caminham comigo, me brindando com sua amizade e companhia, hoje estão muito ocupados, e nem os vejo mais. Ou eles não se deixam ver, porque não querem ser vistos.

Ou se escondem atrás das árvores às margens do caminho, ou  se mostram muito ocupados. Eu os compreendo.

Só não compreendo as mentiras. Só não compreendo a necessidade quase doentia que tem de mentir sempre.  Nada justifica uma mentira, nem o fato de não quererem  caminhar mais comigo me ofertando a amizade de antes.

Eu os compreendo, a cada um. Muito mais que cada um imagina. Mas não compreendo a mentira, nem a aceito. Não compactuo com ela. Não me alio a ela. Não me troco nem me vendo por ela.

Porque mentem tanto quando bastaria a verdade dos sentimentos?

 

 

 

 

Segunda-feira, 20 de março de 2007

Um parênteses no texto acima

As "coincidências"  me fazem sorrir para a vida

Um relato atual. Não são lembranças de minha caminhada.

Decidi-me por relatar porque venho, nesses textos,  falando de nossa possibilidade de comunicação com nossos anjos da guarda. E sei que isso parece fantasioso por demais para quem não consegue perceber que tudo é sentimento, e que palavras  são apenas a sonorização,  a materialização de nossos sentimentos.

Há poucos minutos atrás havia perguntado aos meus guardiões os motivos desses relatos de minha busca pessoal e se estava sendo útil a alguém. Recebi a resposta sucinta, mas esclarecedora, do guardião que estava mais perto de mim no momento. Ok. Entendi a resposta. Foi bem clara.  Então vim publicar o texto onde começo a falar  sobre as coincidências.

No momento em que estava publicando o referido  texto recebi uma comunicação, vinda de uma região bem distante do meu Brasil, me  trazendo palavras de incentivo. 

Considero importante relatar esse fato, para que fique registrado, e que tenhamos mais confiança na nossa comunicação com nossos anjos da guarda. A comunicação recebida veio confirmar o que meu guardião havia me respondido.

Milagres não existem. Mas as obras sim. Façamo-las em nossas vidas internas, pelo menos. Promovamos mais e mais laços de amizade e confiança com nossos anjos da guarda, que nos trazem toda a ajuda da Energia Suprema.

Procuremos a ajuda de Deus, mas que estejamos humildes para aceitá-la da forma com que ele a envia, e não da forma com que queremos que Ele faça.

Sejamos nós, cada vez mais, espíritos que brilham a própria luz.

 

 

 

 

Quarta-feira, 21 de março de 2007                

As coincidências me fazem sorrir para a vida - II

 

E não é  mesmo para sorrir?  Sorriso largo, confiante, sereno... e aquele abraço na vida, um abraço, bem apertado,  de agradecimento por tanta coisa boa, bonita, pura e real que eu consigo receber dela. Sei que tem mais. Entretanto,  vou recebendo a partir do momento em que for me preparando.

Passei metade da minha vida acreditando em muita coisa que hoje é nada para mim. Também passei metade da minha vida acreditando que todos são justos em suas atitudes,  porque seriam justos também em seus sentimentos. Entretanto, precisei pegar o caminho da  busca individual, para eu descobrir o mundo em que vivo, descobrir o caminho para  não ser engolida por ele (mundo), ao mesmo tempo que despertar meu espírito nesse meio confuso.

No trecho de minha caminhada quando eu comecei a não aceitar as verdades que me diziam a respeito de Deus, do Rabi da Galiléia, e de muitos outros santos e orixás, eu entendi que a Verdade está acessível a qualquer um. E eu sou apenas mais uma entre tantos buscadores.

Quando eu comecei a entender que as estrelas contam e recontam suas histórias, eternas e sempre atuais, a qualquer um que as olhe com amor e tenha ouvidos para ouvi-las, eu percebi que o Rabi da Galiléia é muito mais do que está escrito sobre ele. Ao mesmo tempo,descobri também que ele não é muita coisa que foi escrita sobre ele.

Muita coisa sobre ele  ficou registrado  em suas pegadas, mas o mundo não as recontou para suas descendências. E assim, chegamos hoje ao que sabemos dele:  praticamente nada.

Incoerência?  Minha não. Mas dos escritos? Não sei. Cada um pense como desejar,assim como eu penso de acordo com minhas buscas e minhas convicções que vou reformulando a cada fragmento da verdade que  vou costurando na grande Colcha do Amor Infinito.

Enquanto os seres humanos brigam e se destroem por causa de divergências de escritos a respeito da Energia Suprema, ou de seus mensageiros,  inclusive o Rabi da Galiléia...enquanto isso acontece eu, sinceramente, fico, muitas vezes, como aquele cantor, Zé Geraldo, em sua música " isso tudo acontecendo e eu aqui, na praça, dando milho aos pombos".

Porque eu não faço nada? Porque eu não tenho as ferramentas para fazer,e por isso preciso da humildade para me manter no meu lugar e  aguardar que a verdade flua, e flua mesmo!,  para que todos descubram o ser divino que é o Rabi, sem exageros, sem fanatismos, sem sectarismos, sem segregações, sem  hipocrisias, sem guerras, sem fomes, sem misérias, sem doenças.

E eu,   "na praça, dando milho aos pombos" vejo meus irmãos brigando por tudo que é nada, e não parecem muito se esforçar na  busca do seu fragmento da verdade.

Tenho admiração profunda pelo Rabi,  a quem eu me atrevo de chamar de "meu irmão" e dizer, sem  dúvida nenhuma, que  eu sei que ele é meu amigo em qualquer hora em qualquer tempo.

Não porque eu seja santa,  ou eu esteja salva do fogo do inferno, ou porque tenha me convertido, ou porque eu faça penitências e reze o terço toda noite, ou por qualquer outro motivo entre tantos. Eu sei que ele é meu amigo a qualquer hora em qualquer tempo por que eu sou o que eu sou e me assumo como tal diante de quem convive comigo.

Sou o que sou  diante no meu cotidiano físico, e também no espiritual. E não  vou até o Rabi com "cara" de santa e arrependida. Sou o que sou em qualquer lugar, diante de qualquer um.

Isso é um "pecado" para quem fanatizou esse Homem Divino e se pressupôe salvo de "seus pecados" só porque decorou a biblia ou porque se senta num banco de um templo religioso e fica ali repetindo as mesmas palavras seculares constantes dos rituais, ou fica gritando para um deus surdo aos apelos de seus filhos, e que exige que  esses filhos gritem e gritem o máximo que puderem. E também cobra de seus filhos,em  cash, e até aceita cartões de crédito e  vale-refeição, cheques, etc.

Eu não fanatizei a minha salvação, nem comprei pedacinho no céu.  Eu não me " considero salva" e não  creio que vá  jogar ping-pong  com Moisés ou  golfe com Maomé.

Eu acredito no trabalho constante do espírito para ser a luz que é.

Eu acredito no Rabi, mas não acredito num "Jesus" que morreu para livrar a humanidade dos pecados. Se assim for, deixo  uma pergunta básica para mim, entre tantas  que já me fazia quando criança, e agradeço a quem me puder responder.

1) De quais pecados ele salvou a humanidade?

Quanto mais eu pensava a respeito de Deus, do universo, do Rabi, dos santos, dos sábios da humanidade,  mais eu sabia que tinha muita coisa além do que foi escrito e que estava encoberto por vários véus de ilusões e mentiras cristalizadas em nossos corpos astrais durante as vidas que fomos tendo por aqui, e com isso, "engolimos" tudo como sendo verdade. E é  chocante descobrir a verdade . A verdade choca, a primeira vista, se estivermos acostumados com a mentira. Mas quem tem coragem não se acovarda e foge dela não. Quem tem coragem a admite em si e segue o caminho,  procurando complementá-la a cada passo, a cada trecho da jornada.

Nesse trecho da minha vida, aquela solidão  espiritual,   aquela falta de espíritos semelhantes ao meu já não existia. Eu havia encontrado alguns pelo caminho.

Foram eles  e são ainda hoje, anjos da guarda encarnados. Amigos leais que sem qualquer preconceito, isentos de qualquer sentimento de julgamento, entretanto com princípios respaldados numa imparcialidade que os fazia e os faz agir com critério, ponderação, temperança, análise isenta de qualquer julgamento, e companheirismo, lealdade e muito esforço também em se manterem como buscadores num mundo de "seguidores".

Esses amigos, esses espíritos semelhantes ao meu e que ainda estão  trilhando  o mesmo caminho,  vivendo do jeito que podem, fazendo o equilíbrio acontecer dentro de si no meio desse mundo em desequilíbrio visível, tem todo o meu respeito. Toda a minha admiração. E eu já comentei também que eles sabem que podem contar comigo em qualquer lugar e qualquer tempo.

Esses amigos, esses espíritos afins, que ora estão encarnados, são uma bênção que a Energia Suprema me deu o direito de receber. São uma bênção na minha vida e um refrigério para minha alma. São como um bálsamo na minha vida.São como a tinta que dá um colorido novo no quadro da minha vida, quando nele jogam lama  ou lixo.

Esses amigos buscadores... buscadores de verdade... que caminham com seus próprios pés mas que mantém os braços abertos para um abraço quando precisamos... mantém as mãos  livres e estendidas para que nos apoiemos quando os passos cansam... mantém acesa no coração  a chama da vida e da esperança aliada à certeza,  e que nos impulsionam mais e mais a seguir em frente, porque, de fato, vale a pena viver e ser feliz.

Esses amigos buscadores de verdade,  buscadores da verdade que está diante dos olhos de todos, ao alcance das mãos de todos que a buscarem...esses são meus anjos da guarda também. Eu os considero assim, com muito carinho.

Eu sabia que nos encontraríamos. Eu sabia que, em em algum tempo divino , aqui, em Terra, estaríamos juntos, e para isso, bastou  caminharmos, e assim, nossas vidas se cruzaram. Está feito. A Energia Suprema cuida de tudo, em sua Ciência.

Como posso querer mais? Como posso cobrar mais? Como posso me lamentar  com  tanta coisa boa que recebo, ainda que pareça nada  para muitos?

Relembro aqui e agora: Sou nada. E o nada que sou é incompatível com o que a maioria diz que é. Meu espírito é livre. Minha mente é livre. EU SOU LIVRE.

De que vou reclamar? De situações pequenas e medíocres da vida física? E a grandeza das descobertas da vida espiritual?  Não.  Reclamar não. Lamentar-me também não.

Quero a verdade. Nada menos que  ela me atrai a atenção. E a verdade nos alivia  e então, as coincidências nos fazem sorrir para a vida.

 

 

 

 

Quinta-feira, 23 de março de 2007

A casa de meu pai tem muitas moradas

 

Essa é uma das frases creditadas ao Rabi da Galiléia. Sócrates disse algo semelhante: "Conhece-te a ti mesmo  e conhecerás o universo e os deuses". Outros Filósofos, outros  sábios disseram algo similar, quando de suas passagens por aqui.

 "A casa de meu pai tem muitas moradas".  Claro que sou nada para poder confirmar o que o Rabi disse. Ele está coberto de razão. Sou nada para dizer qualquer coisa do Rabi  a qualquer um de meus irmãos,  mas não há como não dizer o que eu penso e os resultados de minha busca nesse trecho, se alguém perguntar.

Isso me trouxe uma série de dissabores. Por incrível que pareça, aquele velho dito popular sobre o qual já comentei  aqui, em posts anteriores,  fizeram jus ao seu significado: "quanto mais rezamos, mais assombração aparece". E como apareceram assombrações na minha vida... incontáveis.  surgiam e eram retiradas, mas vinham outras para perturbar, para obstruir minhas descobertas.

Eram acontecimentos tanto no meu mundo físico, quanto no astral. Literalmente,  fui transformada num alvo, tal como naquele brinquedo infantil em que  é feito um círculo vermelho no meio de um quadrado e  todos, com seus dardos nas mãos, tentam acertá-lo.

Então, eu  exclamei para mim mesma "e eu que pensei que já tinha passado por todos os caminhos espinhosos!!!" Mas a lição que eu aprendi na minha vida é que a cada passo que damos sempre haverá outro a ser dado. E isso envolve uma série de fatores que vão culminando em vitórias quando vamos avançando na  direção a que nos propusemos em busca da verdade.

Mas, nada para espantar. Afinal, eu estava começando a pretender  uma compreensão maior a respeito do Rabi. Ora, ora...logo de quem?  Segundo seus seguidores,  o que está escrito sobre ele é lei, e o resto, é invenção.

Mas eu não sou uma seguidora. Já fui, mas procuro não ser mais.   Procuro ser uma buscadora. Uma peregrina que caminha rumo à Energia Suprema. E isso quer dizer desbravar caminhos,  usar os braços para abrir trilhas novas, subir montanhas  aparentemente inacessíveis, procurar o rio dentro de uma floresta, atravessar longos  desertos ... Uma peregrina.

Não me era coerente ser uma seguidora do que me diziam a respeito do Rabi. E de tantos outros, inclusive de Deus, a quem eu chamo, atualmente, Energia Suprema. Não me satisfaziam, nem quando eu era criança, as justificativas ou respostas que eu recebia.Em minha sede de saber  eu  não encontrava  a água das respostas lógicas,  condizentes com a situação que eu buscava esclarecer. Eu não queria respostas que estavam escritas em livros, incompletas, mascaradas e deturpadas por longos séculos de traduções, cópias e edições renovadas.

E quanto mais eu buscava mais eu entendia que  o que o mundo externo me respondia não me completava, não me deixava plena, por enquanto, de acordo com minhas interrogações internas.

Então, sigo eu, nesse novo trecho. O de procurar conhecer o universo e os deuses que habitam nas muitas moradas do pai.

E agora? Assunto deveras conflitante porque  trata do que é intangível, invisível e inaudível, para quase todos.

Mas se meu interesse fosse em pesquisas para comprovar alguma coisa a alguém eu não teria como comprová-las. Até mesmo porque sou nada,  e para trazer as descobertas para o mundo físico é preciso que se tenha alguma especialização na área que se objetivou a pesquisa.Não era (nem é) o meu caso: nem fazer pesquisas nem comprovar para alguém a existência dessas muitas moradas do pai, ao qual se referiram  o Rabi e Sócrates, cada um do seu jeito.

Mas, se irmãos me perguntam se acredito que elas existam eu digo que acredito sim.

 

 

 

 

Sábado,24 de  março de 2007

         Diversos caminhos

 

Eu descobri (e isso não quer dizer que todos descubram o que descobri,  e menos ainda, que descubram  da maneira que eu descobri) que é muito fácil procurar a verdade onde se pressuponha que ela esteja.

O esforço é exigido em procurá-la onde se pressuponha que ela não esteja.

Se eu quisesse descobri-la em alguma religião, bastaria ter em mãos um endereço e procurá-la naquele templo. Se eu quisesse descobrir se ela está lá ou não, bastaria eu me tornar um membro dela e lá ficar até eu me sentir com afinidades ou não com aqueles princípios religiosos divulgados naquele templo.

Assim é bem menos cansativo, eu concordo. Mas eu não procurava a verdade das religiões nem nas religiões. Eu procurava e procuro ainda a verdade. Não procuro a verdade de nenhuma pessoa, nem de religião, partido político, governos de nações. Eu procuro a verdade por si só.

Descobri que o melhor caminho era o silêncio. Aquele silêncio que aprendi a fazer,conforme comentei nos primeiros posts.  E comecei a usar o silêncio para deixar a verdade ir se manifestando em meu mundo interno,  aos poucos.

Se ela se manifestasse toda de uma vez só, com certeza eu não a teria suportado, e a teria expulso, pois ela pode até assustar, à primeira vista, em função dos conceitos que embasamos nossas vidas e que temos a ceteza que eles é que são a verdade absoluta.

Por isso sempre digo que a verdade é uma grande colcha, em que  vamos costurando  ao ir encontrando seus fragmentos, seus pedaços. 

Os pedaços que eu encontro e os costuro aos outros, necessariamente não precisam ser aceitos por quem deles tomar conhecimento. Se para muitos a verdade que encontrei não  os satisfaz ou não faz sentido para suas vidas, isso não quer dizer que minha verdade seja menos verdadeira que a mentira  que hoje é a base da humanidade.

Não quer dizer que a verdade que descobri tenha que ser a mesma para  aqueles com quem comento sobre ela. Não   é por eu gostar do sabor da laranja, por exemplo,  que todos  sejam obrigados a gostarem. É uma questão pessoal.

Concordar ou não com minhas descobertas é direito de qualquer um que me conheça e que as conheça. Acreditar ou não nelas; apoiá-las ou não, também vai depender de cada um.

Independente disso tudo, minhas descobertas serão sempre as MINHAS DESCOBERTAS.

Se minhas descobertas quanto à verdade são mal-compreendidas, deturpadas, distorcidas,  cabe a quem  o faz a responsabilidade de sua atitude.

Quando comecei a descobrir o Rabi da Galiléia, não como aprendi desde criança, mas de uma forma mais lógica, mais racional,  mais terna até do que a anterior,  eu sabia que muitos não aceitariam minha nova forma de conviver com esse grande filósofo, a quem eu chamo sempre de Meigo Rabi.

Eu sabia que os laços que estávamos fortalecendo, eu e o Rabi, causariam ciúmes em quem não  compreendia nem queria compreender essa nova fase de minha busca. Geraria insatisfações também por eu estar levantando mais um véu da mentira criada sobre ele. Mas eu aprendi a ser persistente no meu objetivo. E a disciplina interna me ajudou muito também.

Por isso, sempre serei agradecida ao meu anjo da guarda que me treinou nesse sentido da persistência e disciplina. Ensinamentos  preciosos que todos podemos ter, adquirir, e vivenciá-los. Basta a vontade interna de cada um.

Quanto mais eu usava o silêncio mental  mais eu  ia descobrindo. Corrijo-me: mais meu espírito ia descobrindo os fragmentos da verdade que eu tanto buscava.  E isso era tudo o que eu queria, naquele  trecho do caminho.

Quem é o rapaz conhecido por Jesus? Porque trocaram o nome dele, Emmanuel,  para Jesus? Porque foi criado o cristianismo?  Qual o efeito do cristianismo sobre as pessoas? O Rabi seria mesmo o "inspirador" do cristianismo? De onde ele veio? Onde ele está? O que faz agora? Como foi sua infância, sua juventude? Como foi  a sua busca da própria Consciência?

Porque o Rabi foi assassinado? Porque muitos mestres que se identificaram enquanto estavam encarnados foram "retirados" do caminho,  na maioria das vezes, sendo assassinados?

O Rabi seria um dos mestres que vivem  em outros mundos, diferentes desse que vivemos agora?  Seria um desses mestres que para cá vieram auxiliar ao povo daqui a viver com mais dignidade e respeito?

De onde o Rabi veio? Porque veio? Como ele veio?

 

 

 

 

Verdade, onde está você?

O Rabi seria um dos mestres que vivem  em outros mundos, diferentes desse que vivemos agora?  Seria um desses mestres que para cá vieram auxiliar ao povo daqui a viver com mais dignidade e respeito?

De onde o Rabi veio? Porque veio? Como ele veio?  Quem  são seus pais? Quem são aqueles  dois seres espirituais que apareceram para ele na noite em que ele seria levado preso, na surdina?

Porque  sua prisão foi feita na calada da noite? Porque  nenhum dos governantes o quiseram julgar? Porque um transferia para o outro o julgamento do Rabi?  Judas o teria traído mesmo, conforme o relatado oficial?

Porque  é  mantido segredo a respeito de um período de sua vida? Porque não revelam exatamente o que fez o Rabi na sua juventude até ele começar a ministrar os ensinamentos? Onde estão esses ensinamentos?

Três supostos anos de peregrinação e somente aqueles ensinamentos relatados nos livros oficiais? Onde estão os outros ensinamentos que ele deixou? Porque não estão à disposição de todos?

O que há por trás dos famosos quarenta dias no deserto? Existiram mesmo ou  é mais uma simbologia vazia para disfarçar os feitos do Rabi na sua busca pessoal?

Qual o motivo que levou a tanta violência contra quem veio em paz, viveu em paz e só falava de paz?

(Onde está você, verdade?)

Porque, conforme relatos oficiais, todas as vezes em que ele era colocado em evidência,  diante das provocações de seus inimigos,  porque ele sempre se abaixava e  fazia desenhos na areia? Ou até mesmo antes de seus pronunciamentos em praça pública para as multidões (tanto física quanto as do mundo espiritual) ?

Porque  ele derrubou as mercadorias vendidas no templo? Como foi, de fato, que isso aconteceu?

O que há nesse planeta, de verdade? O que move o emocional de todos? Porque todos  expulsam  daqui os que vem em paz?  Do que tem medo os habitantes desse planeta ao virem chegar alguém mais forte?

O que há nesse planeta, ou  com seus habitantes que  andam, andam e não saem do lugar? E quando saem é para rumarem ao abismo da auto-destruição? Quem governa esse planeta?  Existe alguém que controla  os habitantes? Quem é? Onde está? O que pretende?

(Verdade, onde está você?)

O Rabi teria mesmo  se deixado sacrificar pela humanidade?  Ele teria mesmo se deixado prender,  ser surrado violentamente, morrer crucificado passando pelas torturas que precedem uma crucificação (para que não faz idéia do que isso seja,  leia o livro de Barbet " A paixão de Cristo segundo o cirurgião" e terá uma  idéia do que seja ser crucificado).

Teria o Rabi se colocado como objeto de sacrifício?  Porque?  Para salvar a humanidade dos pecados? Para lavá-la de sua ignomínia? E porque então ele não conseguiu isso? Teria falhado?

Como esperar que  o assassinato de um grande filósofo, um sábio como ele poderia tirar de dentro de cada um o que tem de pior? Mágica? Ou tráfico de palavras que induzem à acomodação?

Como esperar que o assassinato do Rabi poderia lavar os pecados do mundo, se o seu próprio assassinato foi o maior pecado? Como um pecado lava os outros?

Que eclipse foi aquele na hora de  seu desligamento com o corpo? Que tremor de terra foi aquele? Que silêncio  perceptível por todos que lá estavam foi aquele que se fez na natureza?

Suas palavras finais teriam sido mesmo aquelas registradas oficialmente? Teria ele mesmo dito "Pai, porque me abandonastes?" numa clara pergunta ao Pai? O Pai o abandonou mesmo? Foi o Pai que o deixou não mão dos bandidos da época travestidos de homens de poder, homens de governo? Foi o Pai que deixou seu enviado ser sacrificado por uma humanidade decadente e em estado de degradação já naquela época?

Onde está a Verdade nessa história milenar contada e recontada mas com lacunas?

Estaria a verdade nessa história ou fora dela?

Afinal, quem foi o Rabi? Quem é o Rabi? Onde ele está?

Estaria a verdade no que foi contado? Ou  estaria no que não foi contado?

"Ah, mas você pode perguntar aos seus anjos da guarda,já que  consegue falar com eles."  É o que você pode estar pensando agora.

O que eu mais fazia era perguntar mesmo. Entretanto, a minha busca é pessoal. Cabe a mim encontrar  o caminho. Cabe a mim fazer as perguntas. Cabe a mim encontrar as respostas. Cabe a mim concluir.   Sozinha? Não, claro que não. Mas não esperando respostas prontas.

Seria muito fácil  me sentar,  começar a silenciar a mente, e perguntar  "quanto é dois mais dois?"  E um dos meus guardiões responder: quatro.

A minha busca, se fosse assim, não seria busca. Seria um questionário, com perguntas e respostas.

Para eu saber quanto é "dois mais dois", eu precisaria aprender a realizar as operações matemáticas que me trariam o resultado. É aí  que entra a ajuda dos meus guardiões (pelo menos quanto a mim, é assim.Não posso afirmar que com todos seja assim). Eles me ajudam a aprender as operações matemáticas, mas quem vai realizá-las sou eu, e quem vai colocar a resposta também serei eu.

E nesse trecho, com tantas perguntas, com muito mais perguntas que nos trechos anteriores,  o meu caminho se alargou diante do horizonte, embora parecesse ter ficado mais estreito.

Nesse trecho da minha caminhada eu descobri que a verdade nem sempre está onde a apontam. Descobri que a verdade nem sempre está na história contada. Na maioria das vezes, ela está fora da história contada. Isso quando ela não está achatada, massacrada por uma grande mentira.

Repito: muitas vezes, para descobrir a verdade, é preciso  descobrir onde está mentira. Desnudando a mentira, a verdade surge reluzente e poderosa.

A questão é: quem quer a verdade? Quem quer ter o trabalho de procurá-la entre o lixo da mentira? Quem está preparado para ela?

 

 

  

 

Terça-feira,  27 de março de 2007

                                      As perguntas são minhas.

 

A questão é: quem quer a verdade? Quem quer ter o trabalho de procurá-la entre o lixo da mentira? Quem está preparado para ela?

Nessa busca, nesse trecho, eu  obtive muitas respostas. Poucas responderam minhas perguntas. Poucas completaram as lacunas  daquele trecho.

Conheci meias-verdades. Muitas. Mas também  não preencheram as lacunas. Não responderam minhas perguntas.

Foi um longo trecho esse. Muitas vezes,   tropecei. Era necessário para que eu mantivesse minha visão no que interessava.  Por eu tropeçar nesse trecho do caminho eu aprendi a focalizar mais meus objetivos e não ficar olhando para os lados, sem observar por onde vou e como vou caminhando.

Graças aos tropeções que levei precisei aprender a  discernir muito mais. E com mais responsabilidade, porque eu vi que era muito fácil mentir sobre o Rabi e toda sua história. Precisei  desenvolver mais e mais a lógica e não aceitar respostas incoerentes ou incompletas, de forma a deixar sempre mais perguntas correlatas em aberto. A verdade, quando se apresenta, ainda que seja de acordo com a maturidade espiritual do buscador, ela sempre é completa naquela resposta.

O Rabi disse que a casa do Pai tem muitas moradas. O que ele diz com isso? Não pergunto o que as  crenças religiosas dizem que ele diz. Eu pergunto o que o Rabi, o próprio,  disse com essa frase.

Segui nessa busca. Da verdade. Ou pelo menos, do fragmento da verdade que eu pudesse ter. Fui retirando véus que mantinham meus olhos  vendo tudo distorcido, e então, comecei a ver  nada no tudo, e  tudo no nada.

A cada véu de histórias cristalizadas na minha mente que eu retirada, mais e mais eu  via o horizonte se delineando diante de meu olhar no lugar daquela visão limitada que me foi passada por anos  e anos. Visão limitada que mostrava a linha da reta de chegada do espírito. E depois dali, era somente o ponto final, encerrando o assunto.

Cada véu que eu retirava eu percebia mais e mais o horizonte como meu objetivo. Segui em frente. Não sou um barco que fica amarrado ao cais por medo de entrar no mar.

Foi fácil esse trecho? Não,  não foi. Apesar de toda maturidade que eu  desenvolvi, apesar de todas as experiências anteriores terem me ajudado a me fortalecer na Energia Suprema e na sua Justiça; apesar  de todos os fragmentos da verdade que eu havia pego e costurado, a colcha ainda não estava finalizada. A minha colcha da verdade.

O caminho era estreito, e se tornava cada vez mais estreito. E isso me lembrou o que o Rabi falou sobre a porta estreita.  Sem qualquer pretensão de ser melhor que alguém, mas eu senti,então, estar  no trecho que eu deveria estar.

Se os buscadores seriam discriminados,  e se  na porta estreita só passa quem busca e quem faz uma dieta nas vaidades, então eu estava indo  exatamente como eu deveria ir.  E também estava fazendo uma dieta nos meus sentimentos  "gordos de vaidades"  para poder passar por essa porta.

Ao mesmo tempo, enquanto eu não chegava nessa porta, eu continuei a minha busca.

A casa do Pai tem muitas moradas. O Universo tem muitos planetas. Teria vindo o Rabi de um deles, em alguma época e caído aqui, como um deus enviado pela Energia Suprema?

Não veio em carruagem de fogo, nem tinha voz de trovão, como os deuses anteriores que vieram. Mas isso não minimiza a sua divindade.

É aí que entra uma questão muito séria:  onde está a impossibilidade do Rabi ser de outro planeta? Em nada isso tira o poder divino do qual ele foi revestido. Pelo contrário,  sob meu ponto de vista,  só aumenta a sua divindade.

Pensar. Analisar o que  lê, o que ouve. Analisar o que sente e o que pensa. Abrir uma perspectiva a mais nesse mundo de contradições que cerca a história desse Rabi,  magnífico ser.

Refletir sobre os acontecimentos da própria vida e procurar os ensinamentos que eles trazem é muito melhor  do que viver com os olhos fechados para a luz que cada espírito é e viver às escuras, dependendo da luz de outrem para dar alguns passos incertos e sem ritmo por não saber nem caminhar por sí só e por não saber qual será o próximo passo, vez que está atrás de alguém,  imitando  o que esse alguém faz.

Abrir o próprio caminho com a fé na Energia Suprema e se manter em equilíbrio, independente do que aconteça num trecho ou outro. Vale a pena viver. Adquirir experiências que alimentam a vida. Fortalecem o espírito. Unificam mente e espírito.

Calma... calma... olha o equilíbrio... não se exalte lendo o que escrevi. Se não te serve para nada, delete de sua mente e de seu computador. Mas não me peça para seguir  o que você segue sobre o Rabi  só porque  o que acredita está inserido na corrente dominante e então é o correto e ponto final. Não é assim que eu penso e só vou mudar meus pensamentos quanto a isso quando, em meu mundo interno, se eu perceber que devo mudá-los.  Se não for assim,  continuarei meus pensamentos como estão, e meu relato, como está. Obrigada pela preocupação. Mas seguirei em minha busca pessoal.

 

 

 

 

 

Quarta-feira,  28 de março de 2007

                         A certeza da Divina Providência

 

Sempre é bom lembrar que esses relatos são pessoais. Se houverem sugestões ou críticas, ou perguntas sobre a minha busca, (e não sobre meus dados pessoais),  por favor, escreva para o endereço indicado abaixo.

Continuei minha busca. Por essa época eu já tinha certeza,  pelo menos um pouco, do que eu não queria ser. Eu não queria ser mais uma cópia carbonada. Eu não queria mais seguir o som de um berrante como sendo ele o indicador do caminho.  Pelo menos essa certeza eu já tinha. E já era de bom tamanho, levando em conta a situação pela qual passava o planeta, e mais no meu particular,  a situação  pela qual  passavam muitos caminhantes que haviam  trilhado comigo alguns trechos, ou de alguns que estavam trilhando.

Eu havia aprendido com meus guardiões,  em trechos anteriores, quando eu me iniciava na minha busca e ainda nem sabia caminhar direito, eu havia aprendido a me desafiar nas horas mais dolorosas e procurar ser mais forte que o medo e a dor.

Eu aprendi, pelo menos,a ser um pouco mais forte que  o medo e a dor. Eu senti a insegurança, a instabilidade interna serem levados por algum vento, porque já não os sentia tão fortes em meu mundo interno, e por extensão, eu não os exteriorizava mais  com tanta intensidade como antes.

Certa vez, estava eu num desses veículos alternativos,  já comuns no Brasil hoje, mas na época era o início desse transporte alternativo para uma sociedade carente de transporte, como é no Brasil, não carente somente de transporte, mas de tudo mesmo.

Estava eu num desses veículos e o passageiro ao lado começou a conversar comigo. A conversa foi a que é comum entre desconhecidos ocupando espaços próximos e fechados, sobre calor, sistema de transporte precário, entre outros.  Encerrou-se a conversa, por sí só, e eu, que estava sonolenta,  apoiei minha cabeça no banco do veiculo e ali, confesso,  dormi. Não um sono pesado, claro, até mesmo por ser num transporte coletivo.  Em dado momento,  acordo sobressaltada internamente, coração pulando,  pois ouvia gritos e não havia entendido o que se falava, o que  e onde estava acontecendo o tumulto.

Mesmo acordada, meus olhos não abriam. Continuei então, como se estivesse dormindo. Os gritos continuavam e meus ouvidos processaram as palavras indicativas de um assalto acontecendo. Entendi menos ainda. Então fiz o que não devia: abri os olhos. E fiz mais ainda: levantei meus ombros e a cabeça,e  olhei para dentro do transporte,  tentando entender o que se passava. Sabemos que nessas hora quanto menos atrairmos atenção para nós é melhor. Mas eu não fazia idéia do que estava acontecendo: eu estava dormindo. Olhei para as pessoas sentadas a minha frente, bem como me virei totalmente para trás para olhar para quem estava sentado nos bancos posicionados atrás do meu.  Quando  me voltei à posição normal,  me dei conta de algo: o assaltante estava sentado ao meu lado, com uma arma na mão também (havia um na traseira do veículo com um garoto como refém).

Pensei: " não,  não é verdade isso.  Claro que estou sonhando". Insisti e olhei para ele para ver se eu estava sonhando mesmo, mas continuei vendo-o com uma arma na mão, controlando todos dentro do transporte. Então, voltei a posição que estava antes, e continuando sonolenta, meus olhos se fecharam, apesar do sobressalto da situação delicada.

Pensei: "Meu Deus, isso não pode estar acontecendo. Mas já  que está,  acalma nossos corações, o de todos nós, para que não entremos em pânico. Estamos num local fechado, em movimento, e isso pode gerar um trauma muito grande, e as reações serem imprevisíveis. Proteja todos nós. Todos." Pensei em todos que estavam ali dentro, inclusive a criança que estava sob a mira da arma de um dos assaltantes. Antes de me desligar, na verdade, eu pensei  brigando comigo " viu, viu?  se vc tivesse um santo de proteção,  recorreria a ele agora". Explicando: desde criança eu sempre me dirigi a Deus em meus pedidos. Mas eu via as pessoas ao meu redor pedindo aos santos e santas,  ainda mais  porque eu fui criada num ambiente católico. Mas eu  mesma não tinha "santo/santa de devoção"  e me sentia mais "nada-do-que-nada" por causa disso. Achava-me esquecida aqui, por todos os santos e santas.  Só não me sentia esquecida por Deus, afinal ele é o Poderoso... :-)

Bom... ( impossível não sorrir agora com essas lembranças...)

Então pensei assim " bom, se não tenho santo de devoção para recorrer agora, como é que vou receber ajuda?  Então me lembrei de um ser espiritual, conhecido pela Igreja Católica como São Jorge, Acho muito bonita a imagem que foi feita dele. Lindo o cavalo branco também.  Então pensei e perguntei se mesmo assim, ele  poderia ajudar. E em pensamento, continue conversando com ele,dizendo que " afinal, você é tão conhecido, muitas pessoas gostam de você, tem até igrejas com seu nome...) Interessante como sempre queremos algo com que  nos segurarmos, nos pendurarmos usando nossas mãos físicas.

Eu já havia pedido ajuda a Deus. Mesmo assim  "precisava" de pedir ajuda a alguém mais "conhecido" no meio físico,  alguém "mais perto".  

Enquanto  isso acontecia, o transporte coletivo dominado pelos assaltantes (tinha um na frente, esse que estava sentado ao meu lado, e outro na traseira do veículo),  o referido veículo entrava por ruas fora do seu percurso normal, voltava ao percurso.  Eu dormi.

A situação estava entregue a Deus, e fosse o que fosse acontecer,  fazer o que? Manter o equilíbrio, pelo menos.

O veiculo ficou andando de um lado para outro,  entrando em ruas, voltando à avenida principal, por praticamente uma hora. Passamos do lugar onde eu deveria saltar para ir para minha casa.  Enfim...  resumindo a história: o veículo entrou num bairro desconhecido,  foi por ruas totalmente estranhas, cada vez mais se afastando das ruas movimentadas, e quando  percebemos, o veículo parou. Eu pensei " é agora que vão chegar às vias de fato??? Meu Deus, onde está você? Está por aqui? Ajude-nos". Abri mais uma vez os olhos e me deparei com um cenário bem diferente de uma rua movimentada. Estávamos numa estrada de terra batida,  sem  residências nas proximidades,  somente mato e mato e mato. Lá longe ouvíamos o barulho da avenida principal e os carros passando por lá. 

Fomos orientados a descer do veículo. Todos descemos. E imediatamente o veículo saiu em disparada. Naquele exato momento, sem me dar do que tinha acontecido, na verdade, eu apenas pedi  (sou muito pidona com Deus)... pedi mais uma vez ajuda a Deus " ajuda o motorista, por favor... não deixe que nada aconteça com ele. Então tudo a minha volta começou a se fazer sentir. E como se diz aqui, no Brasil, " começou a cair a ficha" para mim. Comecei a compreender o que tinha acontecido. Uns choravam, outros  se espantavam por não terem sido suas bolsas/carteiras assaltadas. E eu ali, tentando sair daquele entorpecimento no qual ainda me encontrava.

Começamos a caminhar por aquela estradinha, e alguém ainda comentou sobre o lugar ser perigoso. Nesse momento,  houve uma descontração, por que eu concordei, rindo do comentário da pessoa. Acabávamos de ser vitimas de um assalto, e fomos deixados num local propenso a outro assalto. Se não fosse trágico, seria hilário.

Chegamos  à avenida principal, (aquela cuja movimentação de carros  foi ouvida por nós) e então, cada um  foi procurar o melhor ponto de ônibus para seguir a sua rotina. Uns para o trabalho (como eu), outros, para suas residências.

Conto isso, porque certa vez, eu estava falando para algumas pessoas sobre não termos medo, apesar da violência, então algumas delas me confrontaram no que eu dizia,   e mesmo sem me conhecerem em nada  da minha vida pessoal, disseram que eu falava daquele jeito porque eu não morava em cidade violenta, ou não tinha passado por experiências resultantes da violência.

Eu me calei, e pensei " devo explicar?" e eu mesma me respondi " não, não devo explicar" . Entretanto,  eu me dirigi aos que haviam silenciado, e informei o Estado do Brasil onde eu moro,  informei mais precisamente o nome do município onde eu moro,  e comuniquei que eu havia passado pela experiência de assalto/sequestro naquele mesmo dia. E ali estava eu, dando sequência a minha vida. Ainda bem que eu estava viva para  narrar o acontecido,  e aprendendo mais uma lição importante, fortalecendo a que eu havia aprendido: não julgar as pessoas e nem falar do que não sei ou não conheço.

Quando eu falo sobre o espírito, ou sobre a reforma interna que todos podemos fazer, eu falo pelas experiências que eu fui ganhando no meu dia-a-dia. Nâo falo usando de teorias ou de práticas de quem quer que seja, que não sejam as minhas.

Com isso que relatei acima, na época eu compreendi vagamente que quando temos confiança na Divina Providência, tudo  se ajeita, mesmo que não seja da forma com que queremos que seja, mas para tudo  existe um jeito de resolver, mesmo que, muitas vezes, o jeito de resolver não se apresenta, e precisamos conviver com aquela situação pela qual estamos passando.

Em outros trechos de meu caminho, em outra situações tão ou mais delicadas do que essa do meu relato, eu confirmei o que, antes, havia compreendido vagamente.

E se hoje penso e sinto da forma com que demonstro, é porque eu sei que ajuda espiritual existe sim, e mesmo que se diga que não existe, não vai mudar a sua existência.

 

 

 

 

 

Quinta-feira, 29 de março de 2007

Ser humano. E não um projeto mal acabado.

 

Em outros trechos de meu caminho, em outra situações tão ou mais delicadas do que essa do meu relato, eu confirmei o que, antes, havia compreendido vagamente.

E se hoje penso e sinto da forma com que demonstro, é porque eu sei que ajuda espiritual existe sim, e mesmo que se diga que não existe, não vai mudar a sua existência.

Mesmo que  o fato de acreditar nos anjos da guarda me traga discriminação, apartheides  pessoais e toda espécie de preconceito  com relação ao fato de eu acreditar nos guardiões, eu fico com meus guardiões e deixo para trás toda a discriminação e preconceito.

Quem me ajuda na hora que eu preciso não é a discriminação nem o preconceito. Pelo contrário.

Quem me ajuda são meus guardiões.

Então porque vou optar pelo que me prejudica?

Na hora de angústia, são meus guardiões que  me  ajudam a aliviá-la.

Na hora das feridas e da  dor, são eles que me trazem as medicações e fazem o curativo.

Na hora da tristeza, eles me contam histórias antigas ou atuais, engraçadas, e me mostram que para ser feliz basta olhar para o lado positivo da vida, para o lado da estrada que tem flores.

Na hora da solidão espiritual,  são eles que me fazem sentir amada e protegida.

Então porque vou renegá-los? Só porque quem não acredita neles diz que eles não existem, e então  devo eu também  não acreditar?

Eu também não acredito em muita coisa, nem por isso discrimino ou tenho preconceitos com relação aquele que acredita no que eu não acredito.

Então, se é da vontade de alguns caminhantes me discriminarem,  façam como sentirem vontade.

Sobre o santo conhecido como  São Jorge,  respondo: não,  ainda não foi daquela vez que eu descobri meu " santo de devoção". Jorge continua sendo  um grande amigo que realmente me ajuda muito nas batalhas da vida, do cotidiano e do espiritual. 

Continuei minha caminhada. Não em busca do "santo de devoção,  porque essa não era minha preocupação saber nomes. Minha meta era a minha reformulação interna para ser mais gente, para ser mais um ser humano e não um projeto mal acabado dele.

Isso me lembra projetos de criação no planeta Terra. Outro trecho de minha busca, que relatarei, se me for possível, qualquer hora dessas.

Cada vez mais minha busca se aprofundava. E cada vez mais as respostas se complementam, umas às outras,  num efeito dominó incrivelmente bem elaborado por quem  eu chamo de Energia Suprema. 

E cada vez mais eu percebia o quão iludidos estamos todos os pensarmos que sabemos muita  coisa sobre pessoas.

O quão iludidos estão aqueles que apontam o dedo para seus irmãos em censuras e condenações, se esquecendo de que quando fazem isso, se observarem bem, vão perceber que há três dedos apontados para eles mesmos. Três. Um número fantástico. Assim como o 6 ou o 9.

Cada vez mais  envoltos nos véus da ilusão seguem todos, ou uma maioria, atropelando-se uns aos outros, ferindo-se uns aos outros, e chegará o momento em que um verá o outro cair, se a situação continuar como a atual,  cada irmão terá destruído cada irmão. E então, não sobrará nada.

Não escrevo esse texto porque eu seja melhor que ninguém. Nem porque eu seja iluminada ou coisas do gênero. Falo simplesmente porque eu sei. E se sei, foi porque eu busquei os fragmentos da verdade que, costurados,  me explicam muita coisa além do que se vê.   E o fato de saber me fez ir na contra-mão e e não mais seguir o som do berrante que  está levando o gado para o curral. Ou o tirando e levando-o para o abatedouro.

É por eu ter procurado o meu caminho que  estou aqui agora.

Einstein disse que a terceira guerra ele não sabia como seria,  mas sugeriu que a quarta guerra mundial será  com paus e pedras. Eu até o complementaria:  vai ser também no corpo a corpo.

 

 

 

 

A vaidade é o ponto fraco de todos.

 

Segunda-feira,  02 de abril de 2007

É por eu ter procurado o meu caminho que  estou aqui agora.

Einstein disse que a terceira guerra ele não sabia como seria,  mas sugeriu que a quarta guerra mundial será  com paus e pedras. Eu até o complementaria:  vai ser também no corpo a corpo.

Ele sabia do que falava. Ele não era tolo.  Foi uma Consciência que veio para esse planeta trazer ajuda na área das ciências, dessa vez.

Suas palavras, suas entrevistas, enfim,  sua passagem aqui deveria ser melhor analisada por quem busca entender a espiritualidade e por buscar esse entendimento de qualquer jeito, acaba entrando em labirintos, muitas vezes, difíceis de sair. Entender um pouco do que Einstein disse seria de grande valor para o buscador.

Continuei minha busca. Sabia que o caminho se estreitaria mais no futuro e eu  precisaria aprender a caminhar mais firme rumo ao meu destino.

Meus amigos espirituais, incansáveis, sempre comigo. Assim como os de cada um.  Defendem-se a si mesmos dos moradores dos sub-mundos astrais, e me defendem.

Cada vez mais fui entendendo a forma de atuação de cada um de meus mentores espirituais. Fui relembrando as suas histórias milenares, E a minha também.

A cada passo que eu dava na minha busca mais una com eles eu me sentia (e me sinto ainda, muito mais, agora).  Cada pedra na qual eu tropeçava,  antes mesmo de eu "colocar a mão na cintura" e cobrar deles porque não me protegeram,  eles já vinham com a resposta "você já tem os olhos abertos... porque não viu a pedra e não a ultrapassou? Aprenda a não desviar sua atenção dos seus propósitos de paz".

Eles são assim. Falam sem dizer.  Instruem sem dar a fórmula. Orientam sem dar a conclusão. Indicam os caminhos dando-me o direito de escolha. Mas estão sempre por perto. Prestativos, atenciosos, severos muitas vezes, e também muitas vezes carinhosos. São meus amigos. E amigo é isso e muito mais.

Nesse trecho em que eu busquei um pedacinho da grande colcha da verdade, eu estava descobrindo um Rabi da Galiléia bem diferente do que conta a sua história.

E, com isso, fui descobrindo pontas de outros pedacinhos da colcha.  Sabia que em algum momento eu estaria perto dessas pontas e cada uma no seu tempo, eu  as puxaria e pegaria mais um pedacinho.

Eu sabia que o céu não é o limite.  Que além do céu que vemos há muito mais. E os pedacinhos da colcha da verdade sobre esse assunto que eu pudesse pegar, eu os pegaria.

Mas não poderia me precipitar, senão correria o risco de me engajar numa busca mentirosa. Eu exercitei então a paciência, a perseverança e a disciplina. Cada coisa no seu tempo.

Na vida física tudo corria normalmente. Como até hoje.  As coisas acontecendo mas eu cada vez menos influenciada pelos acontecimentos. Eu sabia que tudo teria uma explicação pelo menos.  E eu a tive, muitos anos mais à frente. Mas precisei trilhar por caminhos bem espinhentos para desenvolver a maturidade necessária para alcançar os esclarecimentos que eu sabia que viriam, a respeito de tudo que acontecia comigo e com minha vida no cotidiano de um espírito encarnado.

Nessa caminhada, eu descobri onde estava a pontinha do pedacinho da verdade sobre o Rabi, e me dediquei a pegar essa pontinha, e ir puxando, aos poucos, o pedacinho da colcha da verdade.

Não fazia idéia do tamanho desse "pedacinho". Também não fazia idéia de quantos assuntos espirituais estavam costurados nesse pedacinho. Descobri que existiam outros pedacinhos ligados ao que eu estava vendo a pontinha.  E isso era maravilhoso. Haveria muito trabalho pela frente e eu nunca gostei de ociosidade mesmo.

E assim fui entendendo mais e mais o Rabi e sua história.  Continuei minha busca na certeza de que há muito mais além do céu do que queremos que haja por medo de termos que nos modificar para alcançarmos esses mundos sobre os quais o Rabi garantiu sua existência.

Modificarmo-nos aqui, enquanto espíritos encarnados num corpo, para que possamos cada vez mais reluzir a própria luz e como tal seguir viagem rumo à Energia Suprema além do céu azul.

A existência de uma parte imaterial, que conhecemos como espírito, vivendo aqui, nesse planeta, junto com o corpo físico que temos é algo ainda inaceitável para muitos. A possibilidade dessa parte imaterial vir aqui e viver outras vidas, em outros corpos físicos,  em épocas distintas,  é também algo inaceitável para muitos outros.

Assim como a existência de outros mundos  é algo inaceitável para a maioria, a existência de mundos fora do Planeta Terra é algo inaceitável para a grande maioria ou quase a totalidade dos irmãos que habitam o Planeta Terra.

Observemos então: para quem acredita na parte imaterial vivendo outras vidas físicas em épocas distintas como sendo algo normal, porque a dificuldade então de aceitar a existência de outros mundos fora do Planeta Terra?

Faltam provas??

Então vamos voltar um pouco e pensar: quem não acredita na parte imaterial vivendo outras vidas físicas em épocas distintas. Diante disso como se sente aquele que acredita?

Não é a mesma situação, embora em posições diferentes?

Independente disso tudo, de acreditar que o espírito retorne em vida física quantas vezes forem necessárias ou de  acreditar  de que o espírito tem apenas uma chance de viver encarnado... independente disso, como está o mundo interno de cada um? Como estão as emoções?

Como estão os sentimentos de todos diante do dia-a-dia? Pelo caminhar da humanidade, podemos perceber que não estão tão bem assim não. 

Então, concluí  ai há mais coisas do que o que se vê. Porque a humanidade caminha com passos trôpegos,  com preguiça e sem vontade? O que há por tras de tudo isso? Mais um pedacinho da grande colcha que eu me decidi a buscar, no tempo certo.

Por enquanto eu estava procurando os fragmentos da verdade sobre o Rabi, e eu já percebia que a partir desse trecho do caminho, os assuntos se interligariam de uma forma muito intensa e era preciso eu me preparar para essa caminhada.

Sabia que surgiriam trechos que me fariam pensar e repensar até poder concluir  as descobertas do momento. Sabia que não seria mais como foi até então. Uma verdadeira batalha para ultrapassar o emaranhado de obstáculos criados para obstruírem meu caminho.

Sabia que quando eu ultrapassasse esse trecho do caminho sobre o Rabi, eu precisaria além de tudo, aprender a me defender a mim mesma e os que me são caros. Era a batalha final se aproximando e eu precisaria estar preparada.

Percebi os desafios que estavam inseridos nos próximos trechos do caminho. Percebi também que depois de eu ter pego mais esse  pedacinho da colcha, que me mostraria um pouco da verdade do Rabi da Galiléia,  os assuntos estariam interligados entre si e eu precisaria de muito equilíbrio para poder entender cada ponto e cada vírgula contido naqueles pedaços da colcha. Sabia que existiam, só me restava trilhar o caminho e encontrá-los.

Mas, antes de fazer isso, precisaria vencer a etapa na qual eu estava no momento. Conhecer um pouco mais o Homem Divino a quem eu chamo carinhosamente de meu Rabi.

Minha Consciência cada vez mais desperta  e minha mente mais amadurecida e mais persistente na paciência e perseverança.

Foi aí que eu conheci uma organização celestial,  aparentemente de anjos e santos, chamada Grande Fraternidade Branca Universal.

Outra ilusão que eu precisei desmontar, mal tinha ouvido falar dela. Quando comecei entender sobre essa  organização celestial  percebi  que muita coisa ali não fazia sentido. Muita coisa incompleta por demais. Os sites que falavam sobre o assunto  tem uma aparência de verdade, mas  em seus textos, se analisarmos bem, vamos ver muitas incoerências, algumas até gritantes (demais até).

Comecei não entendendo porque os seguidores dos ensinamentos dessa organização celestial  não percebiam o que estava tão claro. Nada mais do que uma crença religiosa. Muitos com  comercialização de seus produtos, que deveriam ser sacros, santos, e não vendáveis, mas sim compartilhados. Mas existe a comercialização como uma organização mercantil.

Enquanto eu buscava a verdade sobre o Rabi descobri muita mentira sobre ele. Inclusive provinda de mestres dessa organização. Mestres esses que fui descobri em outro trecho de minha busca,  são obssessores se fazendo passar pelos mestres. E se divertindo muito por estarem conseguindo enganar encarnados tão espertos, intelectuais em sua maioria (eu disse intelectuais,e não inteligentes) e cultos demais, viajados  demais. Ou seja, seguidores que se imaginam iluminados e se orgulham disso. Não são buscadores. São seguidores. Mas seguidores de que? De quem? Seguem para onde?

Descobri que os adeptos dessa organização celestial e terrena também, quanto mais participam seja "in loco" ou via leituras de suas publicações, mais e mais se acreditam melhores que o restante da humanidade.

Tal como os seguidores de tantas outras crenças religiosas. Cada um trazendo para si a posse da verdade absoluta, sem perceber que chafurda na lama da mentira.

A vaidade sempre foi o ponto fraco de todos. Dos crentes em religiões ou dos descrentes.

A vaidade sempre foi o ponto fraco de todos. É sempre bom lembrar isso.                                                  

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Terça-feira, 03 de abril de 2007

Ser intelectual não é ser inteligente

 

Como eu relatei anteriormente,  ao me decidir por buscar um pouco da verdade sobre o Rabi da Galiléia, eu me deparei com outras verdades, que estavam (e estão) definhando sob o peso da omissão, do medo e da ilusão nas quais vivem as humanidades.

Levei alguns anos nessa busca individual. Apesar de eu ter encontrado nesse trecho, caminhantes que aparentemente também buscavam essas verdades, descobri que o que eles queriam era projeção na mídia.

Encontrei também muitos que quase me enganaram porque eu quase acreditei que caminhassem com boa-fé. Quase me enganei ao quase acreditar nas informações que me passavam. Bem mais na frente, eu entendi porquê meus guardiões silenciaram.

Eu precisava entender que outras pessoas também acreditavam no mesmo que eu: na existência de vidas fora do Planeta Terra.  O que nos diferenciava era o que nos impulsionava a acreditar. O que me impulsionava era uma maior  compreensão do universo e da minha Consciência. O que os impulsionava eram documentar provas para brilharem na mídia.

Quase me enganei pensando que haveria, nesses caminhantes, um real interesse de um realinhamento com a Vida do Universo.

Ainda nesse trecho de minha caminhada eu acreditava na integridade do ser enquanto humano, pelo menos. Mas a cada passo que eu dava eu percebia que  são pouquíssimos os que são íntegros.

Quando esses caminhantes me passavam as informações que eles haviam obtido (depois fui saber que sempre foi enganando outros) e eu os questionava, bem como questionava as informações, pois nelas tinham muitas lacunas que nem eles sabiam preencher,  muita coisa estava acontecendo na minha vida física que  auxiliaria a confirmar as minhas impressões quando percebi as incoerências dessas informações.

Tanto em espírito quando encarnada percebi que os caminhantes estariam interessados nos resultados da minha busca. Psicologicamente,  procuraram minar minha auto-confiança para que, surgindo como "amigos" eu aceitasse sua ajuda, e também lhes passaria o que havia conseguido até então sobre o Rabi e sobre as vidas extra-planetárias.

Mais uma vez, como disse acima,  eu acreditei na integridade do ser humano até ver o quão inescrupuloso pode ser o ser humano, mesmo que ele acredite nos princípios do espiritismo, e conheça as leis do karma do Planeta. Ainda assim, não se preocupam com isso e só lhes interessa levar vantagem. E naquele momento, quem poderia lhes trazer alguma vantagem seria eu, com as informações que eu havia obtido com tanta luta e tanta caminhada.

Mais uma vez, me vi cercada de lobos rosnando, com os dentes à mostra e a saliva caindo pelo canto de suas bocas,  se comprazendo (antecipadamente) do momento em que  me derrubariam e fariam de mim o seu prato daquele dia.

Se eu cultivasse em mim os mesmos sentimentos desses caminhantes, com certeza, eu teria percebido a "jogada" deles.  Entretanto,  em mim não existe maldade, por isso não concebia que alguém pudesse agir com maldade.

Por essa  época eu reforcei minhas convicções de que  ter boa aparência não quer dizer nada. Ser intelectual não é ser inteligente. E que falar manso nem sempre é falar verdadeiramente.

Como alguns desses caminhantes faziam uma levíssima idéia do que eu tinha buscado encontrado,  procuraram me enredar para o caminho da fama,  usando de elogios e de certezas de que  eu poderia ficar famosa.

Mas,  esses caminhantes se esqueceram de me perguntar: "você quer ficar famosa?" Se eu quisesse, teria traçado outro destino para mim, antes de encarnar. Até mesmo porque  falar a verdade nem sempre traz fama  ou credibilidade a quem fala.

Quanta ilusão ainda envolve meus irmãos!!

Então,  de forma muito natural, comecei a lhes falar sobre acontecimentos que estariam acontecendo simultaneamente, ou, outras vezes,  lhes avisava sobre algo que aconteceria horas depois. Confesso que foi uma brincadeira de minha parte fazer isso, mas eu precisava mostrar a eles que eu sabia o que eles procuravam, ao mesmo tempo mostrar também que não sou comerciante da espiritualidade.

Sabia que era hora de voltar para minha busca. Meus guardiões me promoveram as orientações necessárias para o caminho a seguir, e fui em frente,deixando esses caminhantes interesseiros para trás, com gostinho de "quero-mais" sem nunca terem tido nada.

Cada um  encontra o que busca. Isso é  explicado até mesmo na fisica.

Segui em frente. Meu caminho é árduo e longo. Mas meus passos estão mais firmes e então me decidi a procurar a verdade sobre a possibilidade de vida extra-planetária de uma forma mais científica,embora a Ciência terrena não tenha dados para confirmar nada.

Deixei as ilusões dos caminhantes  que me acompanharam no trecho anterior do caminho, e me iniciei nesse novo trecho com muito mais força e coragem que antes.

Eu sabia estar no caminho certo, porque o caminho eu o estou fazendo. Não tenho dúvidas sobre isso. É o caminho certo para mim, o que não quer dizer que seja o caminho certo para você. Cada um tem sua origem e sua história e é importante cada um respeitar o seu próprio momento, bem como respeitar o momento do seu próximo.

O respeito ao próximo só o tem quem o desenvolve dentro de si mesmo, independente de ter ou não alguma crença religiosa. O que se vê hoje, nas humanidades, é quase um total desrespeito a qualquer próximo.

Não há religião, nem líder religioso, nem avatar nenhum que consiga modificar seu seguidor.  Nem o próprio seguidor se modifica apenas conhecendo a teoria dos ensinamentos. Ou ele vivencia o que tem como teoria ou será sempre um mero seguidor dos passos de outrem.

E assim fui eu, buscando e encontrando os fragmentos da verdade.

Verdade essa que está diante dos olhos de todos e ainda assim, somente alguns se aventuram na doce procura e suave encontro.

Verdade essa que existe no cotidiano de todos nós, e ainda assim,  são preferidas as ilusões e emoções efêmeras  que estremecem a qualquer brisa.

Eu caminhei muito para chegar até aqui. Eu suei muito em muitos caminhos desérticos sob um sol escaldante. Eu me molhei  muito em muitas tempestades.

Eu não sou um troféu para ser cobiçado nem disputado entre amigos. Eu não faço mágicas. Eu sou nada. Eu sou uma Consciência habitando esse planeta num corpo físico. Volto a dizer: Minha mente é livre. Meu espírito é livre. Eu sou livre.

 

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Terça-feira, 03 de abril de 2007

Afinal, o que acontece com o Planeta Terra?

Eu não sou um troféu para ser cobiçado nem disputado entre amigos. Eu não faço mágicas.  Eu sou nada. Eu sou uma Consciência habitando esse planeta num corpo físico. Volto a dizer: Minha mente é livre. Meu espírito é livre. Eu sou livre.

E como tal segui meu caminho. Os fragmentos da verdade que eu havia costurado me deram mais firmeza no meu caminhar. Mas eu sabia que tinha muito mais espalhados pelos mundos do Planeta Terra e pelos outros mundos. Eu eu continuei buscando-os. E fui encontrando-os. Em minha consciência. Em minha história de vida universal.

Provas documentadas? Estão diante de todos. É só querer enxergá-las.

A partir desses fragmentos eu comecei então, a entender, ainda que parcialmente, o porquê desse caminhar da humanidade, com preguiça e sem vontade.

Eu comecei a entender a coletividade a partir do momento que comecei a conhecer o indívíduo. Não devemos nos esquecer que é o microcosmo que cria o macrocosmo. Toda escada tem o degrau de baixo para se chegar ao topo. Para caminhar é preciso dar o primeiro passo. Para pescar é preciso ir no rio, mar ou lagoa.

Lembro-me que quando comecei minha busca eu tinha muitas interrogações,e a cada passo elas aumentavam,  mas também tinha a certeza de que seriam respondidas, cada uma delas, no seu tempo. Tudo tem seu tempo. Inclusive escrevi isso.

Eu sabia que dando um passo de cada vez  é possível caminhar com mais firmeza. E era isso que eu buscava. Não queria caminhar com incertezas, dúvidas e inseguranças. Eu sabia que chegaria a algumas respostas nos questionamentos que me fazia no início da busca: era só aguardar.

Eu sabia que se eu insistisse no caminho que escolhi, eu entenderia um pouco mais meus irmãos. E entenderia melhor, por exemplo, porque tanta crueldade neles? Porque tanta ilusão? De onde vem? Qual o motivo? Eles não a percebem? Porque vivem sem viver? Porque caminham sem se importar para onde estão indo? Porque tanta guerra? Tanta miséria? Tanta fome, doenças, desigualdades sociais? Porque  não se modifica essa situação penosa da humanidade?  O que a faz aceitar viver assim? Porque as humanidades se comportam dessa forma auto-destruidora? Quem está controlando a humanidade dessa forma? Qual sua intenção em manter cativos os habitantes encarnados? Quem? Quem está aqui nesse planeta, vivendo encarnado? O planeta está entregue à própria sorte? Não há alguém que tome conta dele, que o proteja? Se há, quem é? Porque deixou que a situação chegasse ao ponto que chegou? Quem são esses mestres que não fazem nada além de ensinar a alienação? Porque eles fazem isso? O que é essa grande fraternidade branca que só sabe enaltecer as vaidades?  Porque o Rabi veio e foi assassinado? Quem é ele? O que  é, verdadeiramente,  essa organização chamada confederação intergaláctica?  Existe mesmo o Planeta Hercólubus, X, Xupão, etc? Existe mesmo a famosa transição planetária? Ou não?

Afinal, o que  acontece com o Planeta Terra?

Essas e outras dezenas de perguntas me foram sendo respondidas a cada fragmento da verdade que eu ia encontrando.

 

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Fase III

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Meus anjos da guarda. Meus amores.

Depende de cada um.

Revendo conceitos (parte I)

Revendo conceitos (parte II) - Meu espírito pode voar

Revendo conceitos (parte III)

Buscando as estrelas

Tirem-me o chão, se quiserem. Eu sei voar.

Caminhantes e Caminhantes...

Flores diferentes

As coincidências......

Um parênteses no texto acima

As coincidências..... parte II

A casa de meu pai tem muitas moradas

Diversos caminhos

Verdade, onde está você?

As perguntas são minhas

A certeza da Divina Providência

Ser humano. E não um projeto mal acabado

A vaidade é o ponto fraco de todos.

Ser intelectual não é ser inteligente

Afinal, o que acontece com o Planeta Terra?

 

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