CLASSIFICA��O DAS DROGAS
Abordagem
� Classifica��o das Subst�ncias
As drogas
psicoactivas s�o subst�ncias que t�m algumas caracter�sticas
comuns, a mais importante das quais � que todas elas t�m
necessariamente uma a��o no sistema nervoso central. Devido �
variedade de drogas existente, � de prever que as mais variadas
subst�ncias possuem caracter�sticas particulares que as
destinguem de todas as outras, ou que por serem comuns apenas a um
determinado subconjunto das drogas psicoactivas permitem a sua
classifica��o em grupos mais ou menos homog�neos em rela��o
crit�rios preestabelecidos.
A mais vulgar e simples classifica��o
poss�vel � a baseada na sua a��o predominante no sistema
nervoso central, e digo predominante porque at� as a��es da
mesma subst�ncia variam consoante a quantidade ingerida, o estado
psicol�gico do utilizador, e o contexto em que ele se encontra
inserido, existindo por vezes uma a��o bifasica caracterizada
pela substitui��o da euforia que sucede o consumo pela sonol�ncia.
Esta classifica��o faz uso das
seguintes categorias:
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As
subst�ncias com efeito depressor do
sistema nervoso central, tamb�m chamadas de psicol�pticas,
como por exemplo os opi�ceos, assim como os medicamentos
ansioliticos, os solventes e outros tranquilizantes e hipn�ticos;
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As
subst�ncias com efeito estimulante do
sistema nervoso central, tamb�m chamadas de psicoanal�pticas
como por exemplo, a coca e os seus derivados, as
anfetaminas, a cafe�na, a nicotina;
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As
subst�ncias com efeito perturbador do
sistema nervoso central, tamb�m chamadas de psicodisl�pticas.
Nas quais se incluem a cannabis e os seus derivados, o �lcool,
os alucinog�neos, e determinados medicamentos que
secundariamente podem ter efeitos perturbadores.
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Outra das classifica��es usadas � a
que emana das conven��es das na��es unidas que as categorizam
nas seguintes categorias:
I
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- hero�na,
alucin�genos, produtos psicoactivos da cannabis;
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II
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- code�na,
barbit�ricos, anfetaminas
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III
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- aspirina com
code�na
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IV
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-
Benzodiazepinas
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Em principio esta classifica��o t�m
como base a utilidade medicinal das subst�ncias e a sua
capacidade toxicomanog�nica. Da tabela adoptada � de salientar a
presen�a dos produtos psicoactivos da cannabis na categoria I, ao
lado da heroina, considerada deste modo como subst�ncia sem
qualquer uso medicinal e com uma grande capacidade toxicomanog�nica.
Esta inclus�o merece dois reparos. Primeiro � o n�o
reconhecimento das propriedades medicinais da cannabis, a despeito
da sua hist�ria, e dos recentes relat�rios produzidos por
autoridades de toda a credibilidade, como por exemplo a comiss�o
designada pela c�mara dos lordes brit�nica, e o relat�rio do
Instituto de Medicina Americano. Segundo � a equipara��o
implicita da capacidade toxicoman�genica dos produtos
psicoactivos da cannabis com a de um opi�ceo como a heroina.
Simplesmente n�o qualquer equipara��o poss�vel, os produtos
psicoactivos da cannabis t�m um baixo grau toxicomanog�nico.
Em conformidade com o expresso nas conven��es
das na��es unidas, Portugal adopta na sua legisla��o relativa
�s drogas ilicitas categorias semelhantes nas quais inclui as
mesmas subst�ncias e preparados, tendo como crit�rios o seu
potencial toxico (o risco de provocar a morte), a intensidade dos
sintomas de abuso, os riscos da abstin�ncia, e o grau de depend�ncia.
De um modo geral as tabelas est�o organizadas da seguinte forma:
I
-A
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�pio, os seus
derivados e outros compostos dos quais se possa obter opi�ceos
naturais.
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I
- B
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folhas de coca,
e os seus derivados com efeito estimulante no sistema
nervoso central
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I
- C
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canhamo e seus
derivados com efeitos psicoactivos, assim como as subst�ncias
sint�ticas que se lhe assemelhem
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II
-A
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subst�ncias
naturais ou sint�ticas que possam provocar alucina��es
ou profundas distor��es sensoriais
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II
- B
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subst�ncias do
tipo anfetam�nico que tenham efeitos estimulantes no
sistema nervoso central
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II
- C
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subst�ncias do
tipo barbiturico de absor��o r�pida e ac��o curta, e
outras subst�ncias do tipo hipn�tico n�o barbit�rico
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III
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prepara��es
que contenham subst�ncias inseridas na tabela I-A quando
pela sua composi��o qualitativa e quantitativa
apresentem riscos de abuso
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IV
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barbit�ricos
de ac��o lenta que tenham efeitos anti-epil�pticos
comprovados, e subst�ncias ansioliticas que pela composi��o
qualitativa e quantitativa apresentem riscos de abuso
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As subst�ncias podem ainda classificar-se
quanto � sua origem, consoante ela seja de:
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Subst�ncias
de origem natural e os seus produtos psicoactivos quando n�o
exijam um tratamento muito complexo. Enquadram-se nesta
classifica��o a maior parte das drogas usadas com maior
frequencia, como por exemplo: os produtos da cannabis, as
bebidas alcoolicas, o �pio, e o peiote.
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Subst�ncias
produzidas com base em outras naturalmente psicoactivas
que ocorrem naturalmente, como por exemplo a heroina a
partir da morfina
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Subst�ncias
que n�o existem na natureza e que s�o sintetizadas a
partir de outras que isoladamente podem n�o ter efeitos
psicoactivos, como por exemplo, o ecstasy, as anfetaminas,
as benzodiazepinas
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Para al�m destas classifica��es faz-se
tamb�m um uso vulgar das categorias das drogas leves
e das drogas duras. As leves
consistem quase exclusivamente nos produtos da cannabis. As duras,
englobam subst�ncias t�o diversas como a hero�na, a coca�na e
muitas outras. Ao que parece n�o existe um crit�rio bem definido
para a atribui��o da categoria a cada uma das drogas, mas
podemos considerar basicamente que a diferencia��o entre as
leves e duras se baseie no potencial toxicomanog�nico e nos
riscos que o uso de tal subst�ncia comporte para a sa�de.
Nestas p�ginas para al�m de ser feita
refer�ncia a tr�s dos modos de classifica��o referidos, o
baseado na a��o no sistema nervoso central, o usado pelo
legislador portugues, e a classifica��o em rela��o � sua
origem. Para alem deste � ainda usado na apresenta��o das subst�ncias
uma classifica��o com as seguintes categorias: as bebidas alco�licas,
os produtos do tabaco, os produtos do caf�, os produtos da
cannabis, os produtos da coca, os alucin�genos, os opi�ceos, os
solventes, outros produtos sint�ticos, outros produtos naturais.
Esta classifica��o toma em considera��o mais factores, como
por exemplo, a exist�ncia de outros usos que n�o valorizem os
seus efeitos psicoactivos, uma �nica fonte para v�rios produtos,
o grau de aceita��o ou rejei��o social, e a preval�ncia do
seu uso.
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Proteja-se das drogas
com o Escudo da F� |
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