Qual o sentido existente na predileção de cada pessoa por determinadas
cores?
Poderá influir em nosso futuro, o fato de nos rodearmos de uma cor ou de
outra?
Investigação sobre as cores
Hoje sabemos que a cor dos objetos depende da onda de luz que refletem, mas até meados do século XVII, a natureza das cores permanecia sendo um mistério insolúvel. A primeira investigação sistemática se deve à Isaac Newton, que por volta de 1648 conseguiu decompor uma face de luz clara e tornar a recompô-la mediante um sistema de lentes invertidas. Era a primeira vez que se realizava esta operação e dela Newton deduziu (que naquela época contava então com pouco mais de vinte anos) que o espectro das cores do arco-íris, já se encontrava dentro do primitivo raio de luz. No século XX, a Psicologia deduziu importantes conseqüências sobre a influência das cores no comportamento humano, coincidindo no essencial, com o que tradicionalmente veio ensinando o ocultismo.
Antigamente a cor era tida como representação das forças naturais, de forma que o vermelho era a representação do fogo, o amarelo era o sol, o verde refletia a folhagem da primavera e o azul era o reflexo do céu e do mar. Mais tarde, as diversas religiões, começaram a identificar as cores com suas divindades. Assim começou a importância do ouro, sempre símbolo do Ser Supremo. Seguindo este costume, os cristãos representaram a Virgem de branco e azul e hoje, exclusivamente na Espanha e no Peré, vestem-se desta cor os oficiantes da cerimônia que se celebra nos dias da Imaculada Conceição. Igualmente se concedeu ao vermelho, preto e amarelo enxofre, o triste significado das coisas diabólicas. Os imperadores romanos viram no púrpura o símbolo do poder, tradição que seguem prelados e cardeais.
Com que pode contribuir-nos a colorologia, e como servir-nos
dela?
O ideal seria podermos conhecer a cada momento o cromatismo da aura de cada
pessoa, analisar a cor predominante em determinado instante que vem a ser a
prolongação de nosso estudo da Anima.
Lamentavelmente, apenas poucas pessoas podem ver (sem o uso do
Kirliam) a cor de uma aura e por isso devemos nos contentar em fazer
uma análise baseada nas cores favoritas de cada um. Mas leve-se em
consideração que a preferência não só muda ao longo da história, senão que
se modifica geralmente em cada indivíduo pelo simples transcurso dos anos.
As crianças geralmente preferem as cores mais vivas e chamativas, que depois
vão moderando à medida em que crescem. Por essa razão, a resposta da
colorologia não pode ser válida a longo prazo. Serve apenas para indicar o
estado de ânimo de um momento que durará tanto quanto nossa preferência pela
cor que tenhamos escolhido. Claro que será difícil que exista uma
preferência exclusiva por uma determinada cor, geralmente ocorrendo a
tendência a várias e então, haverá que analisar os diversos matizes e
tendências, dando prioridade à cor predominante entre as escolhidas.
Vermelho
É a mais forte das cores e seu grande impulso ativo a faz predominar onde se
encontra misturada à outras, impondo seu significado de firmeza e bravura.
Em sentido negativo indica vingança e não ferocidade como normalmente se
pensa. Dá sempre idéia de grande vitalidade que, ocasionalmente, pode
redundar em excessos.
As tendências próprias do vermelho são: a paixão, o impulso, a resistência,
proporciona valor, alegria de viver e amor à aventura. Por isso, aqueles que
o preferem ou se sentem identificados com ele, devem saber controlar-se para
que não se vejam exaltados por um excesso de vitalidade que lhes possa
resultar fatal.
Castanho
É um forte matiz do vermelho, que demonstra vigor acompanhado de grande
fortaleza do espírito.
As pessoas dominadas por esta cor, costumam estar cheias de grandes projetos
para realizar empresas grandiosas. São pessoas providas de um enorme
espírito de luta, que, costuma colocar-se em evidência, especialmente quando
se choca com obstáculos que o coloca em clara desvantagem, ou em ocasiões em
que se vê totalmente diante à uma adversidade, a princípio insuperável.
Magenta
É a tendência mais otimista e possessiva das tonalidades derivadas do
vermelho. Reflete uma pessoa desejosa, não de lutar, mas de chegar ao cume
antes de qualquer outro competidor, ainda que para isso tenha que utilizar
meios reprováveis. Trata-se de pessoas dispostas a competir e desafiar à
todo o mundo, com enormes ânsias de êxito. Seu aspecto ativo não se limita à
área física, senão que demonstra igualmente uma grande agressividade no
campo mental, acarretando esforços que seriam impossíveis à outros,
especialmente pelo teor de sua obra.
Seu grande defeito é possuir uma natureza excessivamente volúvel que o leva
a exigir demais por parte dos outros ao seu redor, sem parar para pensar na
conseqüências, nem deter-se muito para verificar do que é capaz cada um.
Escarlate
É a tonalidade mais apaixonante do vermelho e como tudo apaixonante, pode
produzir, desde a natureza mais agradável, exemplo de um modelo de virtudes,
até o ser mais abominável e recusado pela totalidade de todos os que o
rodeiam. Não existe meio-termo naqueles que se relacionam com esta
tonalidade. Ou farão inveja à seus amigos, convertendo-se em líderes inatos
por suas qualidades e simpatia, ou então, ficarão sós, amargurados e
abandonados por seus inúmeros defeitos e pela complexa incapacidade para
identificar-se com o resto das pessoas.
Rosa
É uma tonalidade que demonstra mais amor que afeto. Trata-se de naturezas
inclinadas a servir ao próximo, que se entregam totalmente e sentem grandes
desejos de voltar-se em auxilio dos outros, porém, mais por verdadeiro
masoquismo do que por verdadeiras ânsias de cooperação. Quiçá sua última
motivação não seja o resultado final, senão mais um fato de oferecer-se,
quase em sacrifício, daqueles a quem necessitando-os ou não, os cercam.
Laranja
Representa às pessoas extremamente altivas e que possuem grandes doses de
confiança em si mesmas, tanto que quando entram em um local, acreditam que
todos a estão olhando. Não obstante estejam revestidas de boas maneiras,
costumam ser pessoas capazes de impressionar aos demais, razão pela qual se
lhes atribui um êxito enorme em tudo o que implique relações públicas, como
o palco e a política.
Esmeralda
É um verde muito vivo, no qual a adaptabilidade própria dos verdes se
transforma em desejos de aventura. Participa de todo o forte vigor próprio
do vermelho. Costuma caracterizar as pessoas de caráter muito forte,
íntegras e insubmissas, que sabem fazer com que as situações se ajustem às
suas necessidades, tirando o maior proveito daquelas que se ponham a seu
alcance, sem que por isso façam mal ao próximo. São pessoas independentes,
cuja determinação lhes faz parecer simpáticos aos olhos dos demais, mas cuja
manifestada individualidade costuma acarretar-lhes muito poucos afetos
sinceros e desinteressados. Desgraçadamente costumam ser pessoas que jamais
encontram o amor, que desejam permanece solteiras, sendo o tio ou tia
preferido dos filhos de seus familiares e amigos.
Oliva
É uma tonalidade opaca e pálida do verde e como todas as cores fracas,
costuma ser uma vibração claramente negativa, em contraste com o brilhante
verde limão. Geralmente define as pessoas que evitam questões, buscando
desculpas para seus fracassos e procurando sempre evadir-se de suas
responsabilidades. Dificilmente se pode esperar ajuda de uma pessoa
influenciada por esta cor, que geralmente é um indivíduo evasivo, com
dificuldades de comunicação pela sua inata carência de aptidões
comunicativas.
Maçã
É o mais esperançoso dos verdes, cheio de simpatia, vontade de ajudar e
agradar aos demais. Sempre feliz e desejoso de uma vida o mais agradável
possível, cercado de gente contente e alegre, que geralmente costuma
disputar sua companhia. É a alma das reuniões e festas, procurando sempre
agradar aos demais e fazendo-os rir a cada momento.
Seu único defeito é que se deixa levar por um excesso de romantismo, que
pode fazê-lo perder a visão da realidade.
Verde
É a cor da Natureza, fazendo com os que se sentem atraídos por ele, pessoas
sentimentais e muito simpáticas, facilmente adaptáveis às circunstâncias que
os rodeiam. Mas devem evitar deixar-se levar por uma fraqueza latente que
sempre se acha a espreita e que pode conduzi-los a um excesso de
auto-compaixão, especialmente quando se encontram a meio caminho do triunfo,
onde costumam desculpar-se culpando aos demais daquilo que somente é
responsabilidade de si mesmos.
É uma cor diametralmente oposta ao vermelho. Demoram muito em zangar-se e
raramente chegam a encolerizar-se. Sua característica primordial, é a
moderação em todas as ações. Como a Natureza costumam ser firmes e
imutáveis, incapazes de submeter-se ante a desgraça e impondo constantemente
seu grande espírito de determinação, cheio de serenidade.
Amarelo
É uma cor que goza de muito má fama, quando na realidade não deveria tê-la.
Suas características se tornam mais apreciáveis à medida que se intensifica,
sendo melhor quanto mais viva se refletir. Se tiver uma leve inclinação ao
laranja, implica grande inteligência. O tom dourado é símbolo permanente da
realeza. É uma cor a qual os místicos orientais atribuem o poder de vencer
todos os males e afastar todos os perigos.
Verde mar
É o tom mais escuro e forte dos verdes e por isso, implica certa ofuscação
de propósitos, que podem facilmente produzir com que a inveja prevaleça
sobre as restantes características do indivíduo. Também é propenso a
astúcia, que mal dirigida e desprovida de qualquer prudência, pode resultar
extremamente contraproducente.
Azul
É a cor da sensibilidade, misturada muito freqüentemente com a fé e que faz
aqueles que se identificam com ela, a comportarem-se com tais ânsias de
ficar bem ante os que o rodeiam, que às vezes podem, inclusive, chegar a
comportarem-se mal, precisamente por seu fervor exagerado.
Todo mundo sabe que o azul do céu e do mar é infinitamente variável e isso é
uma característica a mais da personalidade dos que são dominados por esta
cor, cuja atitude mais negativa é a inconstância. Por isso lhes é
recomendável concentração em tudo que empreenderem, encarar seus desempenhos
com mais profundidade e sobretudo, tomar com mais carinho, tudo que
fizerem.
Celeste
É a cor da generosidade, a preferida de todas aquelas pessoas que decidem
afastar-se da vida mundana para dedicar-se ao bem e às causas mais nobres. É
o azul em sua mais etérea tonalidade. Realça todas suas qualidades, supõe um
desprendimento absoluto do eu para alcançar níveis que só aos eleitos estão
reservados. É a cor que com mais dificuldade se encontra na aura humana,
denotando a raridade com que aparecem neste mundo, pessoas capazes de
desinteressar-se por si mesmas e encontrar a felicidade no bem-estar
alheio.
Marinho
É um tom escuro que denota fortaleza, mas tendendo muito ao preto, poderá
ser símbolo de auto-suficiência. Geralmente, e em seu cromatismo próprio,
significa fidelidade no amor, constância em todas as tarefas e confiança,
não só nos outros, como também digno da confiança alheia.
Trata-se de uma cor própria para as associações e os esforços em comum. Quem
se sete atraído por ele, estará constantemente cercado de amigos e será
precisamente então, quando o marinho dará tudo que leva dentro de si
mesmo.
Índigo
Esta cor também é conhecida pelo nome de anil, proporcionada pelo corante
orgânico que leva seu nome e que na antigüidade foi incrivelmente caro e
particularmente apreciado por sua resistência à luz. Representa devoção e
afeto, dividindo com o celeste o mútuo desejo de colaborar e ajudar os
demais. Contudo, nela podem ser encontradas caprichosas características que
a distingue da anterior. Como todas as demais tonalidades azuladas, são
pessoas amantes da Natureza, especialmente do mar. Junto ao qual sabem
encontrar a paz de espírito que lhes carece em zonas fechadas e dentro das
grandes cidades.
Violeta
Representa a grandeza e tudo o que nesta vida se tem por importante. Não é
uma cor fácil, como não o são as pessoas que o escolhem. Costumam mostrar-se
auto-suficientes, demonantes em excesso, preferindo o ritual antes que o
assunto direto e são extremamente dados ao protocolo, demonstrando um
desapego absoluto pelo profano e procurando sempre que o ordinário,
cotidiano e rotineiro não chegue a influenciá-los. Tratarão sempre de que
sua opinião prevaleça, sem importar-se demais que a razão esteja ou não
consigo. Recusarão todo tipo de críticas sem sequer buscar qualquer
justificação para sua conduta, pois no fundo, pensam que são superiores aos
demais e que o resto dos mortais, não têm direito a julgá-los.
Púrpura
É o matiz próprio da realeza, sendo-lhe aplicável tudo que foi dito em
relação ao violeta, em grau superlativo. Sua capacidade para considerar-se
superior aos demais carece de qualquer limite. Só permitem ser comparados
aos deuses, de quem se consideram uma prolongação, que foi castigada ao
passarem uma temporada neste vale de lágrimas que, certamente não consideram
à sua altura.
Só conseguem êxito naquilo que desejam que saiba comportar-se a altura do
que se pudesse esperar deles. No caso de chegarem onde se haviam proposto,
mudarão radicalmente na forma de encarar as coisas, pois já as contemplam
desde cima e se haverão distanciado do resto do gênero humano, que parece
ser o que realmente lhes agrada.
Branco
Tem sido considerado sempre o símbolo da pureza, contudo as pessoas
influenciadas pelo branco se caracterizam por Ter uma mente isenta de
complexidades. Trata-se mais de uma tonalidade neutra que depende muito das
circunstâncias que rodeiam o sujeito e muito especialmente das cores que a
acompanharem. Sua característica primordial será sua desesperante
concentração pelos detalhes, por mínimos e poucos importantes que pareçam.
Neste sentido costumam ser pessoas que dificilmente estão plenamente
satisfeitas, porque quase nada as deixa contentes, mostrando-se muito pouco
compreensivas das circunstâncias que ocorrem com as pessoas que os
rodeiam.
Cinza
É o tom da incerteza. Desde o cinza claro, que indica temor, até o mais
escuro, símbolo do Egoísmo, passando pelo intermediário, que pressagia
temeridade, trata-se sempre de uma cor extremamente enganadora. As pessoas
incluídas nesta cor parecem ser conformadas e demonstram uma atitude passiva
ante os acontecimentos, que costuma resultar fictícia, porque sempre estão à
espreita para saltar na menor oportunidade que se apresentar. Revestem-se de
uma falsa modéstia que lhes é imposta pelas circunstâncias, com a qual
raramente estão conformadas. Tudo isso poderia ocasionar um ressentimento
profundo daqueles que se consideram fracassados de algo que não são culpados
e dos que costumam culpar as circunstâncias e aos demais que os rodeiam.
Preto
É a cor do luto e da pobreza, por isso, sendo considerado triste. É também
da formalidade e convenção, proporcionando dignidade sem que isso represente
falso orgulho. É a mais poderosa de todas as cores, aplacando todas as
demais, virtude pela qual é acusada de uma certa displicência e de excesso
de poder, com toda razão e contra as quais se deve lutar.
Entre as pessoas que a escolhem costumam predominar os juizes e legisladores
que, se não são levados pelos defeitos mencionados anteriormente, costumam
ser exemplos de preclaros jurisconsultos pela sábia e sóbria moderação,
assim como por seu controlado equilíbrio.
Seu único defeito será sempre a falta de alegria, que lhes fará parecer como
personagens entorpecidos e carentes do menor sentido de humor, ainda que
tenham um fundo diferente que, contudo, lhes é muito difícil de transmitir
aos demais.
Dourado
Não é uma cor natural, mas sim, sobrenatural. Aparece sempre como símbolo da
realeza ou referente ao mundo mágico. É princípio e fim da alquimia e da
pedra filosofal, aparece sempre na cabala e com ele se realizam os arabescos
que enfeitam os aposentos das estórias das 1001 noites, sendo sinônimo de
dinheiro.
Expressa a essência e providência do Espírito Divino, mas tem sido
confundido freqüentemente, por infelicidade, com a própria divindade.
Por apropriarem-se de seus reflexos cometeram-se os maiores crimes e erros
da história e quem cair sob sua influência deverá estar alerta
constantemente para não deixar-se dominar por seus raios.
Bibliografia:
AS CIÊNCIAS PROIBIDAS
Editora Século Futuro