DISTINÇÃO ENTRE TRANSE E INCORPORAÇÃO

  A incorporação não seria possível sem o transe, mas esse engendra ou não uma incorporação. Durante o transe, o Ego se afasta, por força da educação do sagrado.

A consciência mergulha, então, nas águas profundas da indiferenciação psíquica, no caos. Esse caos emocional corresponde à potencialidade homogênea da energia psíquica. Nesse caso, o transe agiria como uma passagem de nível da consciência, do psiquismo coletivo e de um funcionamento cultural a um funcionamento natural.

A mediunidade desenvolvida, orientadamente, percorre as mesmas passagens da potencialidade plena da mente, com o fio de Ariadne, ou seja, com uma orientação cosmificadora. Através do recebimento das entidades, o médium vai aprendendo o que se pode chamar de gramática vibratória do inconsciente coletivo.

A incorporação é a vivência de uma personalidade que dura o tempo do transe. Conforme sua intensidade e seu foco de incidência no psiquismo, pode-se apresentar como transe criativo nos artistas ou como transe hiperceptivo nos sensitivos-médiuns videntes, ouvintes, psicógrafos, etc. – ou, ainda, como incorporação.

O transe é condição da incorporação, mas, repito, este não é o único fenômeno que pode ser detonado pelo transe.

Pesquisado no livro MALUNGO
Autor: Bentto de Lima
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