Elemento fogo que absorve o ar: Assim como Iansã, ora faz par com Ogum (lei) ora faz par com Xangô (justiça). Também inflexível é implacável contra as injustiças e negativismos humanos. Mostrando-se assim grande protetora daqueles que a merecem. É Senhora da Espada Flamejante e tão racional quanto Xangô. Ponto de força, caminhos e pedreiras. Sua cor é o laranja. Pedra: Ágata de fogo.
Héstia: Divindade grega, vesta romana, muito antiga e adorada como deusa do lar. Está presente no fogo da lareira, que é o centro do lar, sem ela não havia nem comida e nem calor que nos aquece no frio, ela é o próprio fogo. Protegia a família e a ordem social, também evocada para dar os nomes às crianças.
Kati: Divindade hindu “negra”, da destruição e purificação. Representa o elemento fogo, com sua língua roxa. Não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveiras, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do Tempo.
Enyo: Divindade da guerra em seu aspecto de “destruidora”, o que a remete a uma Divindade da purificação.
Sekmet: Divindade Egípcia (“a poderosa”), traz em si as qualidades de purificadora dos vícios e esgotadora daqueles caídos no mal. Representada por uma mulher com cabeça de leoa encimada pelo disco solar, representando o poder destruidor do Sol, é aquela que usa o coração com justiça e vence os inimigos.
Brighid: Divindade celta do fogo, seu nome significa “luminosa”. Filha de Dagda (o bom Deus), tinha aspectos tríplices. Deusa d Inspiração e poesia para os sacerdotes, protetora para os reis e guerreiros, senhora das técnicas para artesãos, pastores e agricultores. É também aquela que traz a energia, motivação e potência.Uma vida sem o calor de sua chama perde o sentido e torna-se insípida.
Shapash: Divindade suméria, “A filha do céu”, deusa com cabeça de leão (assim como Sekmet) que possuía imenso poder destruidor e purificador.
Ponike: Divindade húngara do fogo.
Pele: Divindade havaiana guardiã do fogo, é padroeira do Havaí. É ainda a senhor das manifestações vulcânicas. Tem como morada o vulcão Kilauea.
Si: Divindade russa, solar, evocada para punir quem quebrava juramentos.
Fuji: Divindade japonesa do fogo vulcânico, padroeira do Japão. Habita o monte Fujiyama, o mais alto do Japão, pondo de contato entre o céu e a terra.
Sundy Mumy: Divindade eslava “Mãe do Sol”, ela é quem aquecia o tempo e dava força a seu filho Sol.
Oynyena Maria: Divindade eslava do fogo, “Maria do fogo”, companheira do Deus Trovão.
Ananta: Divindade hindu, Senhora do fogo criador e da força vital feminina. Seu nome significa “o infinito”, aparece como uma grande serpente e em muito se assemelha à serpente do fogo Kundaline, para muitos também uma divindade feminina do fogo.
COMENTÁRIOS:
O Trono Feminino da Justiça, Egunitá, sempre foi cultuada em várias
culturas como podemos ver acima. A princípio não é um Orixá muito conhecido
entre os Nagôs-Yorubás, africanos, mas essencial para completar todo um panteão
de Umbanda. Sendo a mãe que purifica os males por meio de seu fogo, ou
recorremos a ela ou nos tornamos carentes de sua presença nos momentos em que
só uma mãe ígnea pode nos ajudar. Na Umbanda é sincretizada em Santa Brígida, a
santa do fogo perpétuo associada à Brighid celta ou Santa Sara Kali, padroeira dos ciganos que surge como “virgem
negra” associada à Kali hindu.
Pesquisado no Livro:
“Deus, Deuses e Divindades”
Autor: Alexandre Cumino
Editora Madras