|
Enfermidades Assim
como os cristãos, os muçulmanos acreditam que Alá possui o poder para
ocasionar a doença, desta forma a oração era vista como uma forma milagrosa
de se promover a cura. No entanto também existiam diferenças entre a crença
islâmica e o cristianismo, entre os muçulmanos a doença estava desligado de
qualquer tipo de estigma social, o que não ocorria entre os cristã. Por
isto mesmo era considerado dever de todo fiel a assistência aos enfermos, sendo
que somente o ato da compaixão já possuía poder redentor gigantesco, tanto
para o enfermo quanto para aquele que o realiza. Com isto pode parecer que o médico
e a ciência, eram vistos como charlatães ou até mesmo com hereges. Afinal
como um homem pode acreditar que tem o poder de curar o que Deus não conseguiu? No
entanto, diferentemente do cristianismo, a atuação do médico e da ciência no
processo de cura era bem vinda. Pois acreditava-se que isto era uma forma de
manifestação da vontade divina. Os
muçulmanos acreditavam na existência de uma vida após a morte, onde o fogo
vital, que mantém o corpo vivo, se reavivava e recebia as sanções do paraíso.
Desta forma foi-se instituída a proibição da dissecção de cadáveres. Devido
a isto, os médicos passaram a realizar as dissecções em porcos e cães, e com
a ajuda dos textos de Aristóteles, Hipócrates e Galeno, estabeleceram comparações
que levaram a teorias originais sobre a constituição dos órgãos internos. O
movimento do sangue foi um capítulo importante entre os médicos árabes,
al-Quff defendia que o sangue passava por pequenos poros que existiam entre as
arteríolas e as veias, e Ibn al-Nafis que existiam pequenos poros entre as
arteríolas e as veias no pulmão. Indo contra as teorias galênicas de que o
sangue passava pelo septo interventricular, antecedendo-se à William Harvey. Os
médicos árabes se utilizavam fundamentalmente dos critérios greco-romanos
para o diagnóstico das doenças, baseando-se em 6 critérios: comportamento
do paciente; observação
das fezes; observação
das secreções corporais; existência
de tumorações; caracter
da dor; localização
da dor. No
entanto também se utilizavam-se de métodos desconhecidos dos gregos, como o
estudo cuidadoso do pulso, provavelmente aprendido com os médicos chineses.
Também lançavam mão da Astronomia, que como ciência natural tinha grande
importância. O
estudo da urina tinha importância capital, chegando a determinar qual a
enfermidade, qual o prognóstico e até mesmo a pauta de tratamento. Examinavam
sua cor, consistência, sedimentação, odor e sabor. Possuía tamanha importância
que o frasco utilizado para o exame foi usado como símbolo da medicina. A
cirurgia na medicina árabe, assim como no Ocidente, foi praticada por charlatães
e homens do povo, com cauterizações, bandagens, sangrias e colocações de
ventosas. No entanto com o passar do tempo, vários médicos importantes começaram
a praticar e escrever sobre o tema. O
pus foi um capítulo em particular, a partir dos textos de Galeno, era
considerado essencial para se alcançar a cura. Um erro cometido também pelos
cristãos. Mas diferente destes a litotomia era proibida como técnica cirúrgica
devido os maus resultados obtidos. Na
cirurgia as técnicas mais utilizadas foram, a cauterização empregada tanto
para a cura interna, quanto para a externa, e a de catarata, onde se obteve um
índice de cura espantoso para a época. A anestesia foi utilizada largamente,
com a colocação de uma esponja empapada com uma droga hipnótica. Não
conheciam apenas as drogas hipnóticas. Foram exímios químicos, conheciam
todos os medicamentos vegetais da "Matéria médica" de Dioscórides,
além de inúmeras substâncias da China e da Índia. Mas não compilaram
apenas, também criaram. Possuíam
novos medicamentos, tanto de origem animal quanto vegetal: âmbar cinzento;
cravo; mirra; serre; cânfora; xaropes; elixires; entre outros. |
- Webclub - Notícias - Serviços - Evangélicos - Comentários - Administração - Lazer - Informática - Saúde - Pesquisas - Conteúdo - Culinária - Pesquisar web.
Envie mensagem a [email protected] com perguntas ou comentários sobre este site da
Web.
|