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Nesta seção, há diversos poemas criados por alunos de ELT C.

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VICE-VERSA

Por RACC

Sentado numa mesa logo penso numa cerveja,
Com um copo já embriaguei,
Busco a consciência e aí viajei,
Só levantar peço pra Deus me ajudar
A consciência retomar,
É difícil, mas lembro do bar,
Que tanto gostei de ficar,
Saudades tenho de minha mãe e
minha infância retornar,
Vida que tive no interior,
Na cidade que cresci e me transformou,
Busquei a tecnologia, mas na capital
o que quis era a ecologia
Transformação tive em eletrônica,
quando entendi a vida biônica,
Há dois mundos, um do ser e um do crescer.
Não quero a perfeição e sim
que todos tenham conscientização.

 

 

Fim de Ano

Por FAP

Tudo que  passou
Neste ano
Não volta mais
Cada motivo
De alegria e tristeza
Vai ficar prá trás
Dá uma sensação
Da gente ter crescido
Amadurecido um pouco
E talvez
A saudade da infância aumente
Dá um aperto no peito
Só de pensar
Que nossa turma
Nunca mais vai voltar
E então
Não poderei reviver
Os momentos que tanto gostei:
Os papos com os colegas
A cervejinha no bar
O cigarrinho no corredor
As colas na hora da prova
A piada contada
O sorriso aberto
A lágrima escorrida
Vai ficar sem
Uma lembrança gostosa no coração
Uma saudade no peito
E o arrependimento
De não ter aproveitado
Um pouco mais.

 

 

Adeus

Por ADJ

A esquina nos separou
Olhares trocados
Sorrisos Chorados
Triste lágrima que rolou
E se foi
A esquina nos separou
Passos apertados
Adeus engasgado
Vago gesto acenou
E se foi
A esquina nos separou
Despedidas eternas
Frases singelas
Amizade que se foi
Mas ficou
A esquina não separou
Paixões fraternas
Lembrança mais bela
No coração se alojou
E ficou
A esquina nos separou
Um gosto amargo
Do último afago
Abraço apertado
Um beijo estalado
São tantas esquinas
Quem sabe em outra
nos encontramos outra vez?

 

 

Ocaso

Por FAP

Durou o que o tempo permitiu
Fizemos o que nos foi oferecido
Vivemos o sonho concebido
E agora o Sol já se pôs
O céu não está estrelado
A lua está minguante
Meu coração apertado
Meus olhos molhados
Meu corpo com dor
E você está por ai
A tomar uma coca
A chutar uma pedra
A abraçar alguém
E eu aqui, sozinha
Nesse soluço constante
Mas tudo bem,
Afinal um dia acabaria
Um dia o rio secaria
A árvore morreria
E nosso amor se perderia
Nesse gélido bosque
Sob céu escuro
Neste banco imundo
Nesta noite fria.

 

 

Fim de ano

Por ADJ

O ano acabou e trouxe a hora
Adeus no coração, eu vou-me embora
tristeza, não choro, posto que me consola
As lembranças que ficarão, não vão embora
Com elas o gostinho do encontro casual
Do saudosismo que, sem dúvida, virá
pois, mais que lembranças, ficam saudades
Saudades daqui, de vocês, de lá
De todas as manhãs de encontro
de todos os shows (a vida é um deles)
de todos os bares, todos lugares
de todos os braços, todos abraços
de tudo o que ecoou por nós
coisas felizes que valem chorar
não por tristeza, que com certeza
a amizade já ocupou seu lugar
Lembremos dos risos
Lembremos de amigos
Lembremos das brigas
(por que não as brigas?)
E quando na rua alguém encontrar
Sorria, vá o cumprimentar
Sempre será bom reviver estes anos
Sempre será...

 

 

Qualquer Dia

Por FAP

Amanheceu
O Sol não sai porque a chuva reina
Naquela manhã
O cheiro da terra paira no ar
E o mar
Da minha janela vejo
Irado, batendo nas pedras
Lapidando as rochas
Esculpindo momentos
O mar já não é azul
Já não é verde
Já é cinza, mórbido cinza
Aquela manhã
Que parece Luto
Engrandece-me a alma
Aquela tristeza que me assola
Faz-me sensível
Como as rochas perante o mar
Mas sorrio
Porque o Sol há de nascer
Talvez à tarde
Talvez amanhã
E vai colorir o mar
O céu
A vida ...

 

 

Que Bosta

Por TARS

Não sei escrever
Tudo que escrevo
Ninguém  quer ler
Que bosta
Não há sentido
Se  há  algo importante
Não sou eu quem digo
Que  bosta
Nem rola emoção
Se  escrevo  o que  penso
Me acham  um bobão
Que bosta
Eu nunca penso
Idéias fantásticas
Escarradas  no lenço
Que  bosta
Te quebro  com um  taco
Poema maldito
Já encheu o saco
Que  bosta
Que bosta

 

 

Sou eu

Por FAP

Sou eu mais uma
Vítima de um tempo
Que passa e devora
Minhas vitalidades
Que enruga minha pele
Que me guia a cada dia
Ao encontro com a morte
Sou eu também
Vítima de muitos amigos
Pessoas que laço as mãos
Que me dão sorrisos
Que me apertam no peito
Sou eu vítima, claro
De amores impossíveis
Que vivem na minha mente
Que participam de meus sonhos
Que passam por mim
E dizem apenas bom dia
Sou eu vítima da sensibilidade
Que faz meus risos apogeônicos
Que faz minhas lágrimas, mares
Que faz meu discurso político
Que faz-me entender os Homens
Sou eu vítima do destino
Que não me pede opinião
Que me arrasta para lugares certos
Nas horas exatas
Não que às vezes me trai
E não me pede perdão.

 

 

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