ASSIM N�O D� Aqui dentro, no meu quarto, eu tenho tudo para fazer poesia. Uma janela, uma ventania. O trem que faz o �ltimo dos barulhos do dia. Uma porta. Uma porta aberta. Talvez o �nico alerta para me fazer parar. Parar de sonhar, parar de brincar, parar de pensar. Mas sem pensar eu n�o fico. E o que fazer se quando penso me irrito, implico, imito a cena de um cap�tulo de novela. Um ato de uma cena de teatro, onde me retrato, refrato meu brilho sem cor. Procuro e n�o encontro uma resposta. E n�o adianta fazer proposta, n�o adianta comprar uma nova aquarela. N�o adianta querer fugir, nem mentir. N�o adianta dizer que n�o adianta. Ana Mello |
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