POESIAS E CONTOS |
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Quem sou eu: |
Ler e escrever pode trazer muita cor a nossas vidas. Em tudo existe poesia ou algo importante para contar. E contar � uma arte natural que pode ser desenvolvida por todas as pessoas. Ler e contar torna a vida mais alegre e acrescenta uma nova energia, transforma a hist�ria do autor e do leitor. Aqui, voc� que agora l�, pode acrescentar algo a sua hist�ria, a sua vida, e fazer a minha mais feliz. |
No MURAL est�o algumas not�cias relacionadas com poesia, contos, concursos e outras novidades. |
Em POESIAS e CONTOS est�o algumas das minhas poesias e contos que tamb�m podem ser lidos na USINA DE LETRAS e no RECANTO DAS LETRAS, que s�o SITES muito interessantes para quem gosta de ler e escrever. |
Em POETAS est�o meus poetas preferidos e suas poesias. |
POESIAS DA SEMANA: |
SEMPRE EM CONSTRU��O |
Amar Pai Para algu�m Livros Lua Livros II |
Atualizada em 19/04/2009 |
Contos e Cr�nicas |
Nos LINKS EM DESTAQUE est�o alguns links que eu acho interessantes relacionados a literatura, poesias, poetas, cultura. |
Nas POESIAS DA SEMANA a cada semana publico algumas poesias de poetas consagrados ou quase. |
A um Poeta Tu que dormes, esp�rito sereno, Posto � sombra dos cedros seculares, Como um levita � sombra dos altares, Longe da luta e do fragor terreno. Acorda! � tempo! O sol, j� alto e pleno Afugentou as larvas tumulares... Para surgir do seio desses mares Um mundo novo espera s� um aceno... Escuta! � a grande voz das multid�es! S�o teus irm�os, que se erguem! S�o can��es... Mas de guerra... e s�o vozes de rebate! Ergue-te, pois, soldado do Futuro, E dos raios de luz do sonho puro, Sonhador, faze espada de combate! Antero de Quental |
BLOGS LEGAIS: Paulo Toledo Fabr�cio Carpinejar Luiz Alberto Machado Lau Siqueira Outsider Simples-Mente Poucas Palavras Sombras e Sonhos Umbigo da Cobra |
A Perfei��o
O que me tranq�iliza � que tudo o que existe, existe com uma precis�o absoluta. O que for do tamanho de uma cabe�a de alfinete n�o transborda nem uma fra��o de mil�metro al�m do tamanho de uma cabe�a de alfinete. Tudo o que existe � de uma grande exatid�o. Pena � que a maior parte do que existe com essa exatid�o nos � tecnicamente invis�vel. O bom � que a verdade chega a n�s como um sentido secreto das coisas. N�s terminamos adivinhando, confusos, a perfei��o. Clarice Lispector |
A um Poeta
(surge et ambula) Tu que dormes, esp�rito sereno, Posto � sombra dos cedros seculares, Como um levita � sombra dos altares, Longe da luta e do fragor terreno. Acorda! � tempo! O sol, j� alto e pleno Afugentou as larvas tumulares... Para surgir do seio desses mares Um mundo novo espera s� um aceno... Escuta! � a grande voz das multid�es! S�o teus irm�os, que se erguem! S�o can��es... Mas de guerra... e s�o vozes de rebate! Ergue-te, pois, soldado do Futuro, E dos raios de luz do sonho puro, Sonhador, faze espada de combate! Antero de Quental |
Marinha O barco � negro sobre o azul. Sobre o azul os peixes s�o negros. Desenham malhas negras as redes, sobre o azul. Sobre o azul, os peixes s�o negros. Negras s�o as vozes dos pescadores, atirando-se palavras no azul. � o �ltimo azul do mar e do c�u. A noite j� vem, dos lados de Burma, toda negra, molhada de azul: � a noite que chega tamb�m do mar. Cec�lia Meireles |
Solid�o Uma maior solid�o Lentamente se aproxima Do meu triste cora��o Enevoa-se-me o ser Como um olhar a cegar, A cegar, a escurecer. Jazo-me nem roxo, ou fim... Tanto nada quis de nada, Que hoje nada o quer de mim. Fernando Pessoa |
Can��o da garoa Em cima do telhado Pirulin lulin lulin, Um anjo, todo molhado, Solu�a no seu flautim. O rel�gio vai bater: As molas rangem sem fim. O retrato na parede Fica olhando para mim. E chove sem saber porqu� E tudo foi sempre assim! Parece que vou sofrer: Pirulin lulin lulin... Mario Quintana |
Indiferen�a Hoje, voltas-me o rosto, se ao teu lado passo. E eu, baixo os meus olhos se te avisto. E assim fazemos, como se com isto, pud�ssemos varrer nosso passado. Passo esquecido de te olhar, coitado! Vais, coitada, esquecida de que existo. Como se nunca me tivesses visto, como se eu sempre n�o te houvesse amado Mas, se �s vezes, sem querer nos entrevemos, se quando passo, teu olhar me alcan�a se meus olhos te alcan�am quando vais. Ah! S� Deus sabe! S� n�s dois sabemos. Volta-nos sempre a p�lida lembran�a. Daqueles tempos que n�o voltam mais! Guilherme de Almeida |
Anseios
Meu doido cora��o aonde vais, No teu imenso anseio de liberdade? Toma cautela com a realidade; Meu pobre cora��o olha que cais! Deixa-te estar quietinho! N�o amais A doce quieta��o da soledade? Tuas lindas quimeras irreais, N�o valem o prazer duma saudade! Tu chamas ao meu seio, negra pris�o! Ai, v� l� bem, � doido cora��o, N�o te deslumbres o brilho do luar!... N�o 'stendas tuas asas para o longe... Deixa-te estar quietinho, triste monge, Na paz da tua cela, a solu�ar... Florbela Espanca |