Varredor Varrer, do in�cio ao fim do dia. Na sarjeta, na cal�ada, pelas ruas escrever com vassoura pia�aba. L� vai o varredor empurrando seu carrinho com o lanche pendurado. Nos peda�os de papel as hist�rias mal contadas de uma vida atarefada. Vem o vento leva tudo recome�a a tarefa terminada. Passa gente pela rua n�o enxerga quem trabalha. Joga fora o papel meio amassado, sem remorso, apressado. Segue e varre na esperan�a de um tesouro encontrar. Um bilhete premiado uma c�dula amassada ou moeda desprezada. Busca sonhos coloridos em um mundo diferente. Quem varre tamb�m sonha. Tem na vida melodia. Em seu varrer, os pensamentos, sua lida em poesia. Ana Mello |
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