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Boletim Mensal * Ano V * Fevereiro de 2007 * Número 47 |
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Uma página de culinária COZINHADOS NO NORDESTE Ricardo Vilardebó, proprietário e emérito cozinheiro do “Sítio da Calma”, Praia de A Ver o Mar - Sirinhaem. (fone 88374418)
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Há muito tempo que faço uma sopa de peixe tipo
....fina! Fina porque o peixe que a compõe não tem espinhas, nem escamas, nem
nada que não se coma.... Como estou numa região tropical, resolvi dar um toque,
a condizer, quando, no outro dia, decidi fazer a dita sopa.
Tinha pescado umas enxadas e uns bóbós (convem utilizar peixe
gordo) e apanhado uns lagostinhos que pus a cozer em água com sal. Uma vez
cozinhados (cerca de 10 minutos), retirei-os da água que coei e reservei.
Enquanto o peixe arrefecia, fui cortando em pedaços pequenos
(1x1cm) cenoura e batata q.b., uma manga pequena, uma banana e meio repolho em
tiras finas. Separei, também, um molho de folhas de hortelã.
Numa panela fiz um refogado em azeite com alho, pimentão
vermelho e bastante cebola e tomate. Juntei-lhe a água onde cozinhara os peixes.
Quando esta começou a ferver, adicionei os legumes e deixei-os cozer.
O peixe e os lagostinhos tinham esfriado o suficiente para os
poder “desmanchar” e descascar, separando toda a carne limpa.
Quando os legumes estavam a começar a amolecer, juntei a
fruta e o peixe.
Experimentei o sabor. Faltava um último toque. Juntei uma
pitada de curry e uma colher de chá de “herbes de provence”. Pronto!
Estava pronta.
O que é engraçado, nesta sopa, é sentir, de vez em quando, o
doce da manga e da banana que acabam por “cortar”, junto com a hortelã, o
excesso do sabor do peixe.
Com um amigo acompanhei a sopa com vinho tinto e, no fim,
para acabar o vinho, umas pequenas tostas barradas com queijo gorgonzola, á
falta do roquefort e, um agradável bate-papo.
Experimentem.
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Bisneto do autor de "Os Maias"
arrasa biógrafos. Publicada em 29/11/2006 Farpas em nome de Eça de Queiroz |
O
livro "Eça de Queiroz e os Seus Clones" é lançado amanhã, em Lisboa, pela
editora Guerra & Paz. Foi escrito por António Eça de Queiroz, bisneto do autor
de obras imortais como "Os Maias" ou "O Crime do Padre Amaro". E dispara farpas
afiadas a autores consagrados da nossa praça.
Neste livro, o bisneto de José Maria Eça de Queiroz - que é
articulista do semanário "Expresso" - arrasa em todas as frentes aqueles que
chama de "queirólogos", ou seja, pseudo especialistas, que se "aproveitaram da
obra de Eça como mero veículo de promoção pessoal".
Não escapam à pena acutilante de António nomes como a
investigadora Maria Filomena Mónica, autora de uma biografia de Eça em quatro
edições lançada em 2001; o historiador José Hermano Saraiva; a escritora
Agustina Bessa-Luís; ou o já desaparecido João Gaspar Simões, autor da primeira
biografia de Eça.
"Não tenho medo de nada. Tenho uma grande admiração pelo Eça
porque era uma pessoa extraordinária, e custa-me virem meia dúzia de papalvos
armados em doutorados a falar dele", dispara António Eça de Queiroz garante que
para escrever a obra o único dos visados com quem falou foi Hermano Saraiva.
"O que eu trato melhor no livro ainda é o José Hermano
Saraiva. Ele é criticado no livro porque, num programa que fez sobre Eça, surgiu
com a teoria da mãe incógnita e adúltera do meu bisavô, contrariando que
Carolina Pereira d' Eça tivesse sido realmente a sua mãe", refere António.
Indignado, o bisneto de Eça de Queiroz aponta as farpas ao
professor: "José Hermano Saraiva nem de História é especialista. Nenhum
professor de História liga ao que ele diz".
Contatado pelo "24 horas", José Hermano Saraiva classificou
esta opinião como uma "pequena injúria". "António Eça de Queiroz está a fazer o
seu papel. Mas a minha descoberta é definitiva: Eça foi registrado como filho de
mãe incógnita", afirma.
E prossegue, no tom que costuma usar nos seus programas. "O
padre juntou ao registro uma carta de José Maria Teixeira de Queiroz em que este
pedia para que o filho fosse registrado como sendo de mãe incógnita, para não
ser preciso uma investigação de filiação".
Garante o historiador que "Carolina nunca quis o Eça lá em
casa, nem quis ir ao casamento dele".
António Queiroz refuta: "Carolina era da nobreza de província, Teixeira de
Queiroz era juiz: porque iriam assumir uma criança bastarda?". .
A escritora Agustina Bessa-Luís é criticada por ter escrito
um comentário em "O Independente", em que defendeu que Eça não seria filho de
Carolina mas sim de uma das quatro meninas da família Carneiro Pizarro.
NR - Pensamos que foi publicado no Jornal “Publico” . Não conseguimos a
fonte.
Para o nosso Amigo e grande Eciano, Dr. Dagoberto de Carvalho
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