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Boletim Mensal * Ano V * Fevereiro de 2007 * Número 47 |
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"Os Grandes Portugueses" Continuação da ultima página
“A HONRA DO CONVENTO”
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Sr.
Embaixador de Portugal no Brasil, Dr. Francisco Seixas da Costa. Li, como
costume, porque aprecio imenso a vossa “diplomática maneira” de escrever, o
artigo que, com o título acima, foi publicado no caderno opinião do “Diário de
Notícias”, de Lisboa, no dia 3 de Fevereiro de 2007 e que, somente por absoluta
falta de espaço, não nos é possível reproduzir.
Entretanto, não podemos deixar de transcrever os agradecimentos que foram dados
ao Cônsul Aristides de Sousa Mendes por aquelas mais de TRINTA MIL pessoas a
quem ele, contra as ordens recebidas do Governo Português, concedeu visto para
entrarem em Portugal, fugindo do regime nazi e da morte.
Escreve Fernando Dacosta, em seu livro “Mascaras de Salazar”,
Casa das Letras, 14ª. Edição, Lisboa, Dezembro de 2006, a paginas 78 e 79:
“Alterar a História"
A atuação, na cidade de Bordéus, do cônsul Aristides de Sousa
Mendes ao passar milhares de vistos (cerca de 30 000) de entrada em Portugal a
perseguidos pelos nazis, salvando-lhes a vida, comprometeu, no entanto, ao olhar
possesso de Hitler, a neutralidade de Lisboa.
De imediato Salazar reage com espectacularidade: demite-o (pré-reformando-o)
, e torna-o alvo de perseguições impiedosas.
O Führer sente-se (são-lhe, entretanto, reforçados envios de
volfrâmio) compensado.
Mais discretos, outros diplomatas terão nos postos que ocupam
na Europa reações humanitárias semelhantes, sem que Lisboa os penalize, casos de
Sampaio Garrido e Teixeira Branquinho.
Ao embaixador Leite Faria, que intercedera a favor do
martirizado cônsul, o presidente do Conselho (marrano por parte da mãe e do pai)
replicou, fixando-o nos olhos: «Não lhe causou estranheza que as comunidades
judaicas, detentoras do capitalismo mundial, não o tenham ajudado? A mim
surpreendeu- me, pois pensei que o transformassem numa bandeira contra mim.
Entre as personalidades salvas pelo heróico diplomata
português encontravam-se o ator norte-americano Robert Montgomery, o príncipe
austríaco Otto de Habsburgo, a grã-duquesa Charlotte do Luxemburgo e familiares
do barão de Rothschild. Este responderia a um pedido desesperado do filho de
Sousa Mendes, em 1946, enviando-lhe um cheque de 30 000 escudos. Depois foi o
distanciamento.”
Nota do Editor: O barão de Rothschild era na época um dos homens mais
ricos da Europa e que ainda hoje a família controla um dos bancos mais
respeitados do Mundo.
A foto que acompanha este artigo é a mesma que acompanhava o artigo publicado
pelo Diário de Notícias e que, com a devida vênia reproduzimos.
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