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Atualizado em 10/02/2008. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Construindo um Rebreather | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
L�szl� Mocs�ri | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
No ano de 2006, motivado pela dificuldades para se adquirir um exemplar, tais como viagens para o exterior, cursos, e sobretudo pelos custos elevad�ssimos foi que resolvi aliar o meu conhecimento oriundo da �rea m�dica, fisiologia, experi�ncia com rebreather em anestesiologia � vasta experi�ncia no mergulho, bem como habilidade manual, foi que decid� confeccionar n�o apenas um, mas dois tipos de rebreathers. Estes fascinantes aparelhos n�o s�o t�o complexos quanto parecem e nem � necess�rio se gastar muito para se confeccionar um exemplar simples, tanto que na web h� uma home page de construtores de fundo de quintal ou home builders, como s�o conhecidos a� fora, que fez um exemplar por 100 d�lares. Sei da exist�ncia destes fascinantes aparelhos desde os 10 anos de idade, assistindo os filmes de Aventuras Submarinas. Lembro-me como hoje, Mike Nelson interpretado por Lloyd Bridges, usava o que o dublador chamava de "oxigenador" que era um rebreather de oxig�nio e durante o epis�dio ele fazia uma pequena descri��o do aparelho, ali�s como como tamb�m ocorre nos dias atuais. Nos prim�rdios do anos 80 ganhei de presente de um amigo que foi praticamente o meu tutor de mergulho, Luiz Fausto, que era um aficcionado pelo mergulho, como eu e talvez at� mais... Um amigo trouxera para ele, da It�lia, nos in�cios dos anos 60, este exemplar fabricado pela Pirelli. Vinte anos depois ele me presenteou. O aparelho estava bastante desgastado pelo tempo, mas nada que uma boa limpeza e alguns remendos n�o pudessem coloca-lo pronto para o uso. Arrumar calsodada naquela �poca foi um pouco dif�cil, mas consegui uma lata da original SodaSorb Wilson, n�o me lembro se paguei caro ou se devido ao fato de ser estudante nada era barato. Fiz v�rios mergulhos, cheguei a descer 12 m com O2 puro e num deles a cal molhou e eu me intoxiquei com CO2. Tive uma dor de cabe�a que durou 2 dias... Naquela �poca o limite m�ximo para o uso de O2 puro era de 18m, e para indicar isto, muitos profund�metros marcavam em vermelho este limite. Na realidade o desejo de construir um rebreather veio desta �poca. Vendo a simplicidade deste aparelho sempre desejei adquirir ou at� mesmo construir um. Ainda nos anos 80 constru� um exemplar de oxig�nio puro do tipo vai-e-vem com c�nister feito de tubo de PVC colado com Durepoxi e o contrapulm�o era uma bolsa de �gua quente. Nunca tive coragem de test�-lo. Em 1999 idealizei um prot�tipo que seria um acess�rio de um SCUBA convencional, constru� um piloto e cheguei a test�-lo na piscina do pr�dio em que morava. Funcionou! Fique cerca de 45 minutos em baixo d'�gua. Quando eu me exercitava a resist�ncia respirat�ria do sistema era tamanha, que me causava dispn�ia. Acabei deixando-o de lado. Em 2006 aperfei�oei esta id�ia, construindo uma vers�o de segunda gera��o, testei em piscina com sucesso. Vi alguns ponto fracos, vazamentos e fiz melhorias. Na realidade trata-se de um rebreather semi feclado de fluxo de massa constante. Como disse linhas acima ele � um acess�rio de um SCUBA convencional. A partir de um cilindro simples com colete e regulador, acopla-se o "Kit rebrather" pode-se convert�-lo em um rebreather. Talvez seja um conceito inovador, pois nunca vi no mercado um kit relativamente leve e barato que fa�a esta convers�o. O canister � feito de fibra de vidro de formato semilunar com tr�s compartimentos: dois para o absorvente e um para a v�lvula de demanda. Tem uma autonomia estimada de 240 minutos com um cilindro S80 col fum fluxo de 10L/min a qualquer profundidade, podendo ainda ser maior, se desejar. |
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Este � um rebreather que foi consebido para ser um acess�rio de um SCUBA aberto convencional.. A partir de um SCUBA aberto com cilindro S80 ou S60, em alguns minutos � poss�vel adaptar o "Kit Rebreather" e transforma-lo em um verdadeiro rebreather semifechado de fluxo de massa. N�o se trata de um aparelho de fluxo de massa constante como o Dolphin ou o Ray da Dr�ger, mas sim um de fluxo de massa vari�vel, se � que posso classific�-lo assim. O circuito � abastecido de g�s fresco atrav�s de um flux�metro no qual o mergulhador poder� manualmente modificar o fluxo de g�s possibilitando ajustar a PPO2 do circuito as varia��es da VO2 durante o mergulho, descer mais profundo, prolongar o tempo de mergulho e at� mesmo realizar mergulho com a t�cnica de PPO2 constante. |
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Confec��o do canister Consiste em um canister do tipo axial, com o formato semilunar para moldar-se ao cilindro de alum�nio S80 ou S60, feito em fibra de vidro. A matriz inicial foi feita esculpida em espuma de poliuretano e recoberta com fibra de vidro. Duas barreiras, feitas de chapa de PVC crivadas foram acomodadas no interior do caniste afim de limitar o compartimento da calsodada. |
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Monitor de PPO2 e fluxometro que possibilita dosar o fluxo de massa de g�s fresco oferecido ao circuito respirat�rio | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Contarpulm�es fixados ao c�niste | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Confec��o da pe�a de boca. Atualmente utilizo a do Dolphin da Dr�ger. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Neste prot�tipo, com um fluxo de g�s fresco (FGF) de 10L/min e uma VO2 de 1,2L/min, a FiO2 cai cerca de 12 em rela��o ao g�s do cilindro. Isto que dizer que se estiver usando um EAN 50 (no cilindro) a fra��o inspirada de O2 ser� de 50 - 12 = 38%, ou seja, equivale fazer um mergulho com EAN 38 cujo a profundidade m�xima de mergulho dever� ser de 27 metros (PPO2 de 1,4). Caso o mergulhador deseje descer mais fundo com este equipamento, poder� reduzir o FGF que a FiO2 cair� possibilitando descidas mais profundas. Ex. Se este fluxo for reduzido a metade (5L/min), a FiO2 cair� duas vezes mais ( para a mesma VO2) ent�o 50 - (12 / 2) = 26%, ou seja equivale a mergulhar com EAN 26 que possibilitar� uma descida a profundidade m�xima de 44 metros (PPO2 de 1,4). Para que se fa�a esta manobra de forma segura � imprescind�vel o uso de um medidor de PPO2. Que no caso o utilizado foi o OXYgauge da Dr�ger. Na realidade todo os rebreathes de fluxo de massa constante � important�ssimo, se n�o imperioso, o uso deste instrumento, pois a VO2 pode variar entre 0,8 a 3 L/min, o que n�o � infrequente no mergulho, podendo determinar quedas da FiO2, que se estiver usando um FGF de 7L/min poder�o ficar entre 12 e 43 a menos que a mistura do cilindro. Ex. Se este mergulhador estiver com um EAN 50 e uma VO2 de 3L/min a FiO2 ser� de 7%, que na profundidade poder� n�o trazer problemas, mas em locais rasos (<10m) causar� hip�xia grave. Neste rebreather, diferentes do de fluxo de massa constante cl�ssicos, o mergulhador poder� aumentar o fluxo com o intuito de compensar a FiO2, da� ele ser apelidado de "fluxo de massa vari�vel" se � que ele pode ser chamado assim, pois este conceito at� onde eu sei � ainda inexistente, a pesar de ser real. Clique aqui para saber sobre a classifica�ao dos rebreathers. Com outro cilindro pequeno de O2 pode-se conectado ao circuito interposto por outro flux�metro pode-se tamb�m alterar a FiO2 de tal forma que pode-se at� mesmo usar o O2 puro com o circuito fechado que � de grande valia para otimizar a descompress�o. |
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Para que possa compreender melhor, elaborei o esquema deste rebreather. 1. Na configura��o com apenas 1 cilindro: poder� ser usado como de fluxo de massa constante caso deixe o flux�metro pr�-ajustado em um fluxo apenas ou poder� variar o fluxo (fluxo de massa vari�vel) para ajustar a FiO2 �s necessidade tais como descer mais profundo (reduzir o fluxo para reduzir a FiO2) ou varia��es da VO2 (aumento do fluxo para evitar hip�xia) ou mesmo otimizar a descompress�o (aumento do fluxo para aumentar a FiO2). 2. Na configura��o com o cilindro adicional de O2 que poder� ser um cilcindro pequeno como um S13 (13cu ft). Neste caso cada cilindro estar� conectado a um flux�metro independente que est� montado em um manifold que possibilita ajustar a mistura respirat�ria. (fig. Blender) Nesta configura��o pode-se usar da mesma forma que com apenas um cilindro ou pode-se ajustar adicionar ou suprimir O2 para ajustar a FiO2. Pode-se tamb�m fechar o circuito, fechando-se o g�s diluente e adicionando-se um fluxo de O2 pr�ximo a VO2 do momento. Neste caso ele funcionaria como um rebreather de circuito fechado com misturas com ajuste manual que � a tend�ncia atual no desenvolvimento de rebreathers. |
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Configuracao avancada (cilindro adicional de O2) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Configuracao simples (1 cilindro) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Blender | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Kit Rebreather. Pe�as para converter um SCUBA open circuit convencional em um rebreather semi fechado. | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Desenvolvi al�m deste, outro tipo de rebreather, um RCFm (Rebreather de Circuito Fechado manual) Clique aqui para conhece-lo. |