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A
araucária
já existia na terra desde a era
dos dinossauros, há mais de 200 milhões de
anos, e era
distribuída por todo o planeta. Hoje restam apenas 19 espécies
restritas ao Hemisfério Sul, sendo uma delas encontrada no
Brasil: a Araucaria angustifolia (Bertol.) O.
Kuntze,
também conhecida como pinheiro-brasileiro ou
pinheiro-do-paraná.
Antônio Bertolini foi o primeiro botânico a publicar, em 1819,
a diagnose científica do pinheiro-brasileiro com a denominação
de Columbea angustifolia. Uma árvore alta, copa de formato peculiar,
figura imponente e característica, é freqüente na paisagem do
Brasil. É a araucária. O pinheiro se destaca das outras espécies
brasileiras, devido a sua forma original. Com sua beleza ímpar
dá às paisagens do sul uma característica toda especial. No
passado, antes que a lavoura de café e cereais cobrisse as
terras paranaenses, antes que os trigais cobrissem os campos gaúchos,
sua presença era tão comum que os índios chamaram de curitiba
-
imensidão de pinheiros -
toda uma extensa região. E a
palavra conservou-se até hoje, denominando a capital do Paraná.
Conhecida como "pinheiro-do-paraná" e também como
"pinheiro brasileiro", a Araucária angustifólia pertence
a um pequeno grupo, que abrange apenas dois gêneros: o Agathis,
natural da Austrália, e a Araucária, que aparece no
Chile, Argentina e Brasil, e também na Australásia e nas ilhas
Norfolk. Apesar de abundantes nessas regiões, os pinheirais de
araucária não são homogêneos como as florestas européias: a
árvore aparece misturada a muitas outras plantas, como, por
exemplo, a
imbuia, a erva-mate, bambus e diversas
herbáceas. Sobranceiro, o tronco ergue-se reto, sem nenhum desvio e se ramifica apenas no topo, formando a peculiar copa: os ramos desenvolvem-se horizontalmente, com as pontas curvadas para cima; superpostos uns aos outros, formam vários andares. Logo abaixo da copa, nos pinheiros mais antigos aparecem, às vezes, alguns tocos de ramo, quebrando a simetria característica”. |
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Esta gimnosperma, uma árvore de grande porte,
atinge 52 m de
altura, e seu tronco, 8,5 m de circunferência. “O gênero,
exclusivo do hemisfério sul, abrange 16 espécies, das quais
apenas duas ocorrem na América Latina: Uma na Argentina e no
Chile, e a araucária angustifolia , na Argentina, e em todo o
planalto sul brasileiro, concentrando-se nos Estados do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e na Serra da
Mantiqueira, entre os estados do Rio de Janeiro, Minas
Gerais e São Paulo. Seu fruto, a pinha, contém de 10 a 150
sementes – pinhões – que são muito nutritivas,
servindo de alimento a aves, animais selvagens e ao homem.
Crescem em solo fértil, em altitudes superiores a 500 m.
Atingem bom desenvolvimento em 50
anos.
É
planta dióica, isto é, suas flores, masculinas e
femininas, nascem separadas, em árvores diferentes. Assim, um pé
de Araucária angustifolia possui inflorescências
(chamadas estróbilos) somente masculinas ou somente
femininas. |
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A araucária angustifolia é uma árvore
útil: pode-se dizer que tudo nela é aproveitável, desde a
amêndoa, no interior dos pinhões, até a resina, que destilada
fornece alcatrão,
óleos diversos, terebintina
e breu, para variadas aplicações industriais. As sementes são ricas em amido, proteínas e gorduras, constituindo assim alimento bastante nutritivo. É comum ver bandos de pássaros, principalmente periquitos e papagaios, pousados nos galhos das araucárias, bicando as amêndoas. Também se costuma alimentar os porcos com pinhões, hábito generalizado no sul do país. Mas a utilidade do pinheiro não pára aí: estende-se ao importante campo da fabricação de papel. Da sua madeira obtém-se a pasta de celulose que, após uma série de operações industriais, fornece o papel. a madeira que reúne maior variedade de aplicações. Em construção, já foi usados para forros, soalhos, e vigas. Vastas áreas de pinheirais foram cultivadas exclusivamente para a confecção de caixas e palitos de fósforos. E a madeira serviu até em mastros de embarcações. Em aplicações rústicas, os galhos foram apenas descascados e polidos para, quase ao natural, transformarem-se em cabos de ferramentas agrícolas. Mas a utilidade do pinheiro não pára aí: estende-se ao importante campo da fabricação de papel. Da sua madeira obtém-se a pasta de celulose que, após uma série de operações industriais, fornece o papel. a madeira que reúne maior variedade de aplicações. Em construção, já foi usados para forros, soalhos, e vigas. Vastas áreas de pinheirais foram cultivadas exclusivamente para a confecção de caixas e palitos de fósforos. E a madeira serviu até em mastros de embarcações. Em aplicações rústicas, os galhos foram apenas descascados e polidos para, quase ao natural, transformarem-se em cabos de ferramentas agrícolas. Mas a utilidade do pinheiro não pára aí: estende-se ao importante campo da fabricação de papel. Da sua madeira obtém-se a pasta de celulose que, após uma série de operações industriais, fornece o papel. |
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PELA PRESERVAÇÃO DA SERRA DA MANTIQUEIRA E SEUS BIOMAS |