A VERDADEIRA REVOLUÇÃO
Aprender a planejar a sua
propriedade não é nenhum bicho de 7 cabeças. Nós, agricultores e
produtores rurais, já vivemos vários cenários de desenvolvimento
agrícola nesse país. Nos anos 60, com a ditadura militar, houve a
chamada "revolução verde" (???) onde passamos a ficar
dependentes dos fertilizantes defensivos químicos. O governo de então
dava subsídios para que o pessoal do campo aderisse à essa nova forma de
produção.
No começo foi só alegria.
Verduras e plantações mais verdes, maior produção em menos tempo, a
derrota de pragas que assolavam a muitas culturas e o início da
dependência. Ficamos dependentes desses químicos e desde então estamos
nas mãos das grandes empresas (em grande parte estrangeiras) onde
a menor alteração para cima nos preços internacionais desses produtos
afetam diretamente a vida do produtor e contribuindo drasticamente para a
poluição e derradeira degradação do meio-ambiente. Nada contra essas
tecnologias. É importante que elas existam, são uma opção. Agora, da
forma com que muitos as usam, não pode continuar! Tem produtor que usa malatiol
como água, desrespeitando as orientações do fabricante e interferindo
em vários sistemas, como no complexo hídrico e no solo, contaminando e
minando outras culturas, isso só pra dar um exemplo.
Sem querer desmerecer àqueles que
usam esses defensivos racionalmente, acho que a grande Revolução Verde,
essa sem aspas e interrogações, está acontecendo agora, e tende a se
intensificar.
Começamos a perceber que a opção por
modelos sustentados de produção, seja ela qual for, é a único opção
se vislumbramos manter o equilíbrio de nosso planeta. As propriedades
rurais têm essa maior responsabilidade pois é no campo que se concentram
a maior parte das terras, nascentes, córregos, rios e biodiversidade de
nosso país. E se conseguimos que o agricultor e o produtor rural compre
essa idéia e que ONG´s e órgãos governamentais continuem dando esse
suporte (e ampliem!), teremos uma Revolução de fato!
Organizações como a APREMAVI,
em Santa Catarina, o Instituto
Terra, AMDA,
em Minas, o SOS
Mata Atlântica, de São Paulo mas atuando em defesa desse
bioma em todo o país, entre várias outras, são responsáveis pelas
grandes pesquisas, propostas de soluções e estímulos à produtores
rurais e empresas ambientalmente responsáveis. Órgãos públicos como a CEMIG
(Companhia de Eletricidade de MG) também tem tido um importante
papel na reconstituição de matas ciliares em seus reservatórios e em
rios mineiros, além de estimular e ceder sementes e mudas para produtores
interessados em preservar suas florestas e nascentes.
A SERRA DA MANTIQUEIRA
A Serra da Mantiqueira ainda
tem alguns poucos lugares de cobertura florestal primária, quase intocada,
incluindo os campos de altitudes. Nessas terras altas a preservação da Mata Atlântica é algo
essencial e primordial pela quantidade de espécies animais e vegetais
endêmicas e pela quantidade de nascentes e rios. O rio Grande, por
exemplo, nasce no maciço do Itatiaia desce a Mantiqueira, passa pelo
triângulo mineiro e se junta ao rio Paranaíba formando o rio Paraná
que, mais tarde formará o rio da Prata. Ou seja, preservar nossas
nascentes é preservar um complexo sistema que não contempla somente o
estado de Minas ou do Mato Grosso do Sul, mas o Paraná, Santa Catarina,
Uruguai, Paraguai e Argentina. Ou seja, assim como acontece com a
poluição do ar, estamos todos num mesmo barco e o que afeta a um
desencadeará um processo que afetará à todos.
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NÃO ÀS QUEIMADAS!
A prática da queimada é
comum em muitos cantões do Brasil. Da Amazônia ao Rio Grande do Sul essa
ferramenta é usada por muitos agricultores com vários motivos. Dentre
eles a formação de pasto em uma área recém-desmatada ou abandonada e
tomada pela capoeira ou para fazer o capim do campo nascer mais forte na
época de seca. Muitos atribuem essa prática à tribos indígenas do
cerrado. Aliás outra atribuição é que as árvores do cerrado sejam
tortuosas não pelo caráter xeromórfico (resistentes à seca) mas
pelas queimas naturais que ocorriam na região, a partir de tempestades de
raios ou combustão natural em áreas muito secas.
Conhecer a origem das
queimadas é bem interessante, mesmo sendo essas algumas especulações. O
que se sabe de fato é que atualmente é inquestionável o caráter
maléfico e degradante das queimadas em nosso país. Principalmente porque
nem sempre os aceiros são eficientes e o fogo acaba por atingir
remanescentes florestais que, por vezes, são apenas uma ilha de
vegetação, porém não menos importante e digna de ser preservada. Acima
há um link de um relatório produzido pela EMBRAPA
com sugestões e soluções que substituem o uso da fogo.
A EMBRAPA, aliás, é uma empresa que está em constante desenvolvimento
de técnicas orgânicas de plantio direto e defensivos orgânicos contra
pragas e doenças. Se você tem interesse em desenvolver essas técnicas
ou conhecê-las melhor, entre em contato com essas instituições e
organizações nos endereços acima (só clicar no nome) e exponha
suas dúvidas e necessidades. BOA SORTE! :) |
AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
Conceito e formas
Conceito:
Agricultura sustentável é o
resultado dos métodos alternativos que utilizam a agricultura orgânica,
a biodinâmica, o controle biológico e o natural, visando o
desenvolvimento de uma agricultura com o menor prejuízo possível ao meio
ambiente e a saúde humana.
Formas:
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca
de 20.000 pessoas morrem por ano e milhões são envenenados direta ou
indiretamente pelos efeitos dos agrotóxicos (Barbara Dinham, Getting off
the pesticide treadmill, Our Planet, PNUMA, Vol.8, nº4, 1996).
Além disso, a própria terra torna-se inaproveitada
pela contaminação por agrotóxicos reiteradamente usados, sendo este um
dos fatores de redução de sua capacidade, além do que os pesticidas
comprometem a saúde humana, contaminam a água, agridem os ecossistemas e
deixam as pragas mais resistentes. Isto aliado a erosão, a salinização,
a desertificação e ao esgotamento dos produtos nutrientes, tornaram-se
os maiores problemas da agricultura.
Estas constatações mostraram a
necessidade de se modificar a forma de agricultura, surgindo a emergente
agricultura ambiental ou agroambiental. Dentro deste novo panorama a
Biotecnologia tem papel fundamental, desenvolvendo inseticidas biológicos,
além disso a biologia molecular consegue gerar culturas mais resistentes
as pragas e menos dependentes dos agrotóxicos.
Agricultura
orgânica:
Vem se desenvolvendo muito com a
utilização dos inseticidas biológicos, adubos naturais e esterco animal
para fertilizar os campos, optando ainda o agricultor pela forma rotativa
de colheitas para "não cansar o solo". Sabe-se também que
algumas multinacionais já estão produzindo enzimas que aumentam a
dissolução do mineral fósforo contido nas rações para animais,
diminuindo assim a contaminação do solo e da água quando seus dejetos são
utilizados como adubo orgânico.
Plantio
direto:
Outra forma alternativa de agricultura dentro da nova
agroambiental é a do plantio direto que consiste em plantar sem
revolvimento do solo por arado ou grade, não permitindo a erosão e
conseqüentemente mantendo os nutrientes na terra, inclusive os originados
dos restos de culturas anteriores.
Neste tipo de plantio não há preparo prévio do solo.
O objetivo principal desta forma de plantio é a
conservação do solo, uma vez que diminui a erosão do solo.
O plantio direto é uma tecnologia muito adequada ao
pequeno e médio produtor, e à agricultura familiar.
Segundo se sabe o plantio direto na palha já era
praticado em 6 milhões de ha em 1997 (Fernando Penteado Cardoso. Plantio
direto na palha e interesse social. jornal o Estado de São Paulo,
6.10.97), o que mostra a sua aceitação e importância.
Diretrizes e benefícios
Diretrizes para implementação:
- Escolher local levando-se em consideração fatores como
a topografia, características do solo, clima, disponibilidade de insumos
etc;
- Escolha das variedades e espécies de plantio;
- Utilizar de manejo adequado do solo, da água e dos
nutrientes, prevenindo problemas de doenças causadas pelo estresse da
planta ou desequilíbrio de nutrientes;
- Utilizar cobertura vegetal, adubos
compostos e/ou esterco, mantendo cobertura do solo com vegetais e matéria
morta etc;
Benefícios:
- Com a opção pela variedade de atividades, o produtor
ficará menos sujeito a flutuações de preços;
- Essa diversidade ainda protege o local biologicamente,
melhorando a estrutura do solo e eliminando doenças causadas por animais
e ervas daninhas;
- Ainda em relação à diversidade, é ideal que se
integre lavoura e rebanho, pois há a vantagem de melhoramento do solo,
redução da erosão, e ademais, o esterco do gado contribui para a
fertilidade do solo;
- Solo deverá estar em boas condições para a
sustentabilidade;
- Aumento da estabilidade do solo e da vida microbiana,
pela utilização de material orgânico.
- Aproveitamento de material orgânico da própria
propriedade.
GESTÃO AGRÍCOLA PARTILHADA
Ante a notória deficiência do Estado em gerenciar a coisa Pública é
necessária a sua modernização e redefinição e neste processo a
descentralização, a diminuição do autoritarismo, a solidariedade e a
cooperação são as principais objetivos a se implantar, mas para isso é
necessário que a sociedade civil esteja engajada no processo.
Aliás, isto já vem ocorrendo com o
surgimento, fortalecimento e a crescente participação das organizações
civis, entidades de classe, produtores e empresários, o que estão
fazendo aparecer no cenário mundial um importante setor diretamente
ligado à gestão pública que vem atuando juntamente com o governo.
É importante registrar também que em nossa Constituição
Federal existem vários dispositivos que impõem à coletividade
juntamente com o Poder Público a proteção de valores como o a educação,
cultura e desporto (art.205 e 215,§1º), meio ambiente (art.225) e ainda
no planejamento e execução da política agrícola (art.187) . Por sua
vez, o Capítulo 14 da agenda 21, que trata da Promoção do
Desenvolvimento Rural e Agrícola Sustentável, recomenda a cooperação
internacional, nacional e setorial, bem como a criação de grupos nos
distritos e povoados voltados ao planejamento, manejo e conservação dos
recursos agrícolas.
Têm-se observado que na gestão da política agrícola
já vem tomando corpo a participação da coletividade organizada, tanto
que foi criado recentemente o Conselho do Agronegócio formado por
integrantes do setor público e do setor privado, resultado do Fórum
Nacional da Agricultura, onde participaram representantes dos dois
setores. gestão agrícola partilhada.
Aliás, no art.3º, IX, da Lei 8.171/91, consta entre
os objetivos da política agrícola a participação efetiva de todos os
segmentos atuantes no setor rural, na definição dos rumos da agricultura
brasileira, bem como no art.45 incentiva as associações e cooperativas
entre os produtores rurais.
Portanto, ante a deficiência do Estado na gerência da
coisa pública e a crescente necessidade de se redefinir a sua posição e
forma de atividade inclusive no setor agrícola, a participação do setor
privado através de entidades de classe e cooperativas, por exemplo, é
importantíssimo e deve ter desenvolvida sua capacidade de intervenção
no Estado.
Só assim, conseguiremos reformular a administração Pública
no que tange ao setor agrícola e desse modo desenvolver uma verdadeira e
eficiente.
AGROECOLOGIA
Introdução:
Em vista da necessidade de produção rápida
em grande escala de alimentos, criou-se há muitas décadas um sistema de
produção agrícola baseado na aplicação de agroquímicos, chamado de
agricultura tradicional. Todavia, após a Conferência para o
Desenvolvimento e o Meio Ambiente, a ECO-92, no Rio de Janeiro, chegou-se
a conclusão de que os padrões de produção e atividades humanas em
geral, notadamente a agrícola, teriam que ser modificadas.
Dessa forma, foram criadas e
desenvolvidas novas diretrizes às atividades humanas, compiladas na
Agenda 21, com o objetivo de alcançarmos um desenvolvimento duradouro e
com menor impacto possível, que se chamou de desenvolvimento sustentável
e que vem norteando todos os campos de atuação.
Já, a crescente constatação dos
danos ambientais advindos do desenvolvimento descontrolado das práticas
insalubres em vários setores de atividade, tem reforçado as conclusões
da citada conferência e trazido a conscientização cada vez maior de que
algo deve ser feito para minimiza-los. Isto está propiciado a procura de
novas alternativas de produção, entre elas na área agrícola, que nos
interessa aqui.
Assim, os movimentos no
sentido da implantação de uma maior qualidade dos produtos agrícolas
cresceram, desenvolvendo-se de forma impar. Aparece com mais força então
no cenário mundial a agroecologia conhecida ainda por agricultura
alternativa.
Agroecologia:
Segundo A. Attila de W Miklós
(Agroecologia: base para o desenvolvimento da biotecnologia agrícola e da
agricultura. Anais da 3ª Conferência Brasileira de Agricultura Biodinâmica.
Governo do Estado de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente, CETESB,
Documentos Ambientais, 1998) a agroecologia com suas modernas
ramificações e especializações engloba a:
- agricultura biodinâmica,
- agricultura ecológica,
- agricultura natural,
- agricultura orgânica,
- os sistemas agro-florestais etc
Sustentabilidade
e agricultura:
É interessante observar que a introdução
do termo sustentabilidade na agricultura é reclamado pelo Movimento de
Agricultura Orgânica e a IFOAM, pois já em 1977, realizou-se na Suíça
a Primeira Conferência Científica da IFOAM, que recebeu o nome de “Rumo a uma Agricultura Sustentável”, segundo relata Bernward Geier
(A agricultura orgânica no mundo. Revista Agricultura Biodinâmica, IBD-
Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural, nº80, outubro de 1998),
o que mostra que a preocupação com a qualidade da produção agrícola já
remonta há quase de trinta anos.
Os sistemas agorecológicos
têm demonstrado que é possível produzir propiciando a possibilidade
natural de renovação do solo, facilita a reciclagem de nutrientes do
solo, utiliza racionalmente os recursos naturais e mantém a
biodiversidade que é importantíssima para a formação do solo (Miklós,
A. Attila de W ob.cit.).
Desvantagens
ambientais da agricultura tradicional:
- suas monoculturas degradam a paisagem,
- produz altos índices de toxidade pelos agroquímicos
utilizados;
- elimina a biodiversidade;
- degrada o solo;
- polui os recursos hídricos;
- maximiza a utilização da energia
gerada no próprio sistema natural
Vantagens
da utilização da formas da agroecologia:
- possibilita a natural renovação do solo;
- facilita a reciclagem de nutrientes do solo;
- utiliza racionalmente os recursos naturais;
- mantêm a biodiversidade que é
importante para a formação do solo
Café Ecológico:
Plantado
em sintonia com o meio ambiente, à sombra de árvores em florestas como,
por exemplo, no México e na China. Uma das vantagens econômicas é a
maior aceitação na exportação.
Pecuária orgânica:
Também na pecuária a preocupação
ambiental está influenciando as suas formas de desenvolvimento, surgindo
a pecuária orgânica, na qual não podem ser utilizados hormônios nos
animais, ou produtos químicos para adubar os pastos. Fala-se por isto em
gado orgânico e bife orgânica. Uma das principais vantagens é a maior
segurança alimentar.
Conclusão:
Assim, a agricultura tradicional vem
perdendo espaço em relação às novas formas produtivas agrícolas, pois
traz inúmeras desvantagens à saúde do solo, do ambiente e
principalmente ao trabalhador rural e ao consumidor, como visto. Aliás,
segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) milhões de trabalhadores
agrícolas morrem ou encontram-se seriamente contaminados por pesticidas.
Portanto, o produtor ou agricultor deve
ficar atendo às novas formas de produção agrícola, pois a emergente
agroecologia concilia produção, qualidade, conservação e recuperação
dos recursos naturais, o que só lhe trará vantagens, mormente pela
conscientização cada vez maior do consumidor, o qual a cada dia que
passa torna-se mais informado, conhecedor das formas de produção e
qualidade dos produtos que adquire e assim mais exigente.
Devemos lembrar ainda que uma produção
agrícola condizente com os novos padrões que se deseja para o
desenvolvimento é primordial, para que consigamos ter um meio ambiente
sadio e equilibrado, como preconizado pelo art. 225, da nossa Constituição
Federal.
Bibliografia
recomendada
MIKLÓS, A. Attila de W. Agroecologia:
base para o desenvolvimento da biotecnologia agrícola e da agricultura.
Anais da 3ª Conferência Brasileira de Agricultura Biodinâmica. Governo
do Estado de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente, CETESB, Documentos
Ambientais. 1998.
GEIER, Bernward. A agricultura orgânica no
mundo. Revista Agricultura Biodinâmica, IBD- Instituto Biodinâmico de
Desenvolvimento Rural, nº80, outubro de 1998.
Alguns
sites sobre o tema:
Tutela Jurídica
- Constituição
Federal, art. 225, caput, § 1º,V, considera o meio ambiente
ecologicamente equilibrado como bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida e obriga ao Poder Público controlar a produção,
a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco a vida, a sua qualidade e ao meio ambiente; incluindo-se aí
os agrotóxicos.
-
Lei Federal nº 6.894, de 16/2/80, regula a produção e comércio de
fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes,
destinados à agricultura.
- Lei
Federal 7.802, de 11/7/89, dispõe sobre a utilização dos agrotóxicos,
seus componentes e afins, impondo rígidas regras para a sua entrada e uso
na agricultura.
- Dec.
Federal 98.816/90, que a regulamenta e disciplina o manejo de pragas e
o controle biológico.
- Lei
8.171, de 17/01/91, dispõe sobre a Política Agrícola, determina ao
Poder Público identificar tecnologias alternativas juntamente com
instituições de pesquisa e produtores rurais (art.17,III), respeitando
sempre a preservação da saúde e do meio ambiente (art.12,IV).
Fonte: Programa Ambiental A Última
Arca de Noé - http://www.aultimaarcadenoe.com.br/index1.htm
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