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Longe vão os tempos em que o Peso dependia exclusivamente da agricultura. Cedo começou a aparecer nesta aldeia uma indústria têxtil, que embora artesanal, foi a grande impulsionadora, para que o Peso se tornasse naquilo que podemos considerar “uma aldeia industrial”. Ainda hoje, no Peso se encontram vestígios dessa indústria artesanal – teares manuais de madeira. Um deles tem cerca de 200 anos e o seu proprietário já trabalha nele há mais de 50 anos. Tece mantas, passadeiras, tapetes em algodão, lã e principalmente com tiras de tecido – orelos. Chegaram a existir cerca de cem destes teares, no Peso. Algumas famílias juntavam vários teares na mesma casa (quinze ou mais), chamando-se a esses locais casões. Estes artesãos trabalhavam para fábricas do Tortosendo e da Covilhã, para onde tinham de transportar o produto do seu trabalho. Estas fábricas ao modernizarem-se substituíram os teares manuais pelos mecânicos, comprando os alvarás dos teares manuais a algumas pessoas do Peso pois, por cada dois alvarás tinham direito a um tear mecânico. Assim, pouco a pouco esta indústria artesanal foi desaparecendo. |