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Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso

 

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A REVOLTA DOS CARIJITAS

 

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A primeira seita mais importante a surgir na hist�ria do Islam foi a dos khawarij, ou carijitas, como eles s�o conhecidos. A palavra significa "aqueles que saem", ou seja, os separatistas. Eles apareceram   como um grupo separatista depois da Batalha de Siffin, quando 'Ali submeteu a sua quest�o com Muawiyah a um processo de  arbitragem. Embora seus seguidores o tivessem unanimemente influenciado nesse caminho, uma parte do grupo rompeu com ele mais tarde, declarando que nenhum califa de Deus deveria submeter a Sua causa ao julgamento de um homem. Esse grupo tornou-se o n�cleo do movimento carijita no Islam, uma fac��o dogm�tica e radical que atormentou     o Iraque durante muitos anos.

Aquelas pessoas que tinham for�ado o califa a aceitar a arbitragem, repudiaram-no mais tarde e estimularam uma revolta contra ele por haver consentido naquele processo. Eles eram os verdadeiros carijitas, que mais tarde se transformaram numa fonte negativa para o Islam.

Eles ensinavam que o Alcor�o era a �nica autoridade sobre o mu�ulmano e, por isso achavam que eles poderiam se rebelar contra qualquer forma de norma mu�ulmana de origem secular  e mataram indiscriminadamente todos os infi�is, inclusive mu�ulmanos que n�o haviam se juntado a eles, carregando seus bens a t�tulo de despojos de guerra. 'Ali passou muito tempo de sua vida lutando contra os carijitas que come�aram a aterrorizar o mundo mu�ulmano durante o seu califado. Eles tamb�m afirmavam que qualquer um que fosse culpado de um pecado grave era um infiel e, portanto, deveria ser automaticamente exclu�do do Para�so para sempre,   mesmo que  fosse um mu�ulmano confesso, a menos que se arrependesse completamente de seu pecado. O pecador era tratado por eles como um ap�stata e consequentemente um kafir, infiel; sua pessoa e seus bens n�o estariam protegidos e era imediatamente  exclu�do da comunidade.

A Revolta

A morte de Osman,  assassinado por descontentes com o seu califado, continuava a repercutir em Medina. At� as pessoas hostis a ele estavam chocadas e exigiam de 'Ali a apura��o imediata dos acontecimentos. A confus�o e a desordem amea�avam o mundo mu�ulmano. 'Ali, embora n�o soubesse exatamente quem eram os l�deres que se opunham a ele,  identificava claramente os sinais de onde os problemas podiam surgir: a) dos om�adas, porque um importante membro de seu cl� havia sido assassinado. O l�der era Muawiah, que havia sido governador da S�ria e Palestina por mais de 15 anos; b) dos cidad�os respeit�veis de   Medina, como Talha e Zubair, que j� vinham protestanto desde o tempo de Osman; e c) os extremistas, um corpo de puritanos que repudiavam as intrigas pol�ticas e queriam viver de acordo com a interpreta��o literal do Alcor�o.

A mudan�a da capital para Kufa e algumas medidas administrativas tomadas por 'Ali, acabaram por precipitar os acontecimentos.   Os puritanos  radicais agora abertamente se opunham a 'Ali.   Criaram  um partido em separado e passaram a se denominar os Kharij, que significa "aqueles que se separam", ou "aqueles que se retiram". Elegeram seu pr�prio Califa, Abdullah al-Rasibi, que era um cidad�o de  Kufa. Um pouco antes, eles, os carijitas,   haviam formado um ex�rcito. Ent�o decidiram lutar contra 'Ali, mas foram derrotados na Batalha de Nahrawan.

O car�ter inflex�vel do carijismo levou ao surgimento de diversas subseitas, moderadas ou extremadas. No entanto, muitos aspectos entre estas subseitas s�o comuns. Primeiro, qualquer crente de religiosidade impec�vel pode ser eleito para o cargo de califa, independentemente de sua linhagem; o califa pode ser deposto de seus atos n�o estiverem na conformidade do disposto no Alcor�o.Al�m de seus pr�prios l�deres, os carijitas s� consideram leg�timos os dois primeiros califas, Abu Bakr e 'Omar. Em segundo lugar, a f� se justifica apenas atrav�s da cren�a e atos corretos. Um crente que cometer um pecado mortal � considerado um ap�stata, e os n�o carijitas s�o considerados infi�is. Em terceiro, todos os crentes, �rabes ou n�o, s�o considerados iguais. Este aspecto tolerante de sua doutrina possibilitou que os carijitas granjeassem muitos adeptos entre os convertidos persas e b�rberes.

Os levantes carijitas continuaram por todo o per�odo om�ada no Iraque, Ir� e Ar�bia. No per�odo ab�ssida, o carijismo foi suprimido no Iraque, mas continuou a desempenhar um importante papel pol�tico no leste da Ar�bia, norte da �frica e �frica Oriental, onde sobrevivem at� hoje.

 

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