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O Tratado de
Madrid de 1750, estabeleceu que os índios dos Sete
Povos das Missões estavam obrigados à deixar suas terras
para Portugal, que as receberia em troca da Banda
Oriental, que passaria ao domínio espanhol.
Os guaranis recusaram-se abandonar seus povos. Para fazer
cumprir o Tratado de Madrid
foram mobilizados os exércitos de Espanha e Portugal, de 1754 a 1756.
A heróica
luta, sintetizada no brado de Sepé Tiarajú
Esta terra
tem dono, teve fim na batalha de Caiboaté (São
Gabriel) em 10 de fevereiro de 1756. Três dias antes, numa
peleia com os invasores, Sepé foi mortalmente ferido, nas proximidades
a Sanga da Bica (perímetro urbano de São
Gabriel).
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Uma parte dos remanescentes dos guaranis veio para Rio
Pardo, Cachoeira do Sul e Gravataí. A região metropolitana
era habitada por outros grupos de índios primitivos.
Segundo Aurélio Porto, em 8 de abril de 1763, o capitão Antônio Pinto Carneiro chegou
em Gravataí, à frente de mais de 1.000
índios procedentes de Rio Pardo, onde haviam estado arranchados
durante seis anos, fundando a aldeia de Nossa Senhora dos Anjos.
A diferença cultural entre os grupos de índios
do Rio Grande na época era latente. Em meados do século seguinte,
vários foram os confrontos entre kaingangs e colonos alemães
no Vale do Sinos, região próxima à Gravataí.
Assisti na TV um programa em que um padre residente numa cidade dos Campos
de Cima da Serra relatou que os imigrantes italianos formavam grupos de
caça aos kaingangs, apoiados pelo governo. Monstruosidade