ASSOCIAÇÃO  DOS  DESENHISTAS  BRASILEIROS  SEM  SERVIÇO (ainda nos anos 2000)

 

EUGÊNIO COLONNESE NOS DEIXOU EM 8 DE AGOSTO DE 2008.

Nem vou mais me estender sobre a vida e obra de Eugênio Colonnese, pois outras pessoas bem já o fizeram, por ocasião da sua ida para outro plano.
Por isso, listo a seguir todas as homenagens das quais tive ciência, em atalhos a mim repassados pela minha amiga e pupila Adrienne Bessa. Sendo que a que mais me encheu os olhos foi o desenho reproduzido acima, do artista Emir Ribeiro. Esse é um dos que ainda gosta de mulher bonita e formosa, e não daqueles gringos tolos marombadões fantasiados.


http://fotolog.terra.com.br/hqpb:236

http://fotolog.terra.com.br/grandesherois:62

http://fotolog.terra.com.br/mauricioaugusto:91

http://fotolog.terra.com.br/celiodesenhos:91

http://fotolog.terra.com.br/sauerbronn:67

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Colonnese e Mirza, pelo Marconi Lapada


A jovem Adrienne Bessa, a quem transmiti uma vasta gama de conhecimentos sobre quadrinhos, através de mensagens eletrônicas, também postou diversas matérias sobre o criador de Mirza e do Morto do Pântano, mesmo antes deste falecer.


http://fotolog.terra.com.br/sociedadedaarte:3

http://fotolog.terra.com.br/sociedadedaarte:5

http://fotolog.terra.com.br/sociedadedaarte:20

http://fotolog.terra.com.br/dribs:461

http://fotolog.terra.com.br/dribs:318

http://fotolog.terra.com.br/bartovaz:13

Inclusive, diante do aumento do meu cansaço, decorrente do avanço da idade, entreguei à minha jovem pupila a missão de tomar conta do meu fotologue, no qual a mesma já publicou diversas imagens e textos de minha autoria.
A menina, todavia, teve iniciativa, e abriu outros sítios, onde escreve sobre o assunto. Acompanhem seu desenvolvimento, pois vejo um brilhante futuro à sua espera.

http://fotolog.terra.com.br/dribs
http://www.dribs.gigafoto.com.br
http://adrienne.bessa.nafoto.net
http://fotolog.terra.com.br/sociedadedaarte
http://fotolog.terra.com.br/bartovaz



E não deixem de ler mais matérias, escritas por outros, que não apenas eu, mais tão indignados quanto, sobre essa alienação atual. Cliquem nos atalhos com os nomes dos articulistas:

Luiz Maia
Pedro Carlos
Ogredson

Bartolomeu Vaz
[email protected]

 CADA VEZ PIOR, CADA VEZ PIOR

Vejo o tempo passar, e as coisas piorarem, os valores se perderem, e práticas estúpidas cada vez mais sendo adotadas. É como se o cérebro das pessoas fosse sendo, pouco a pouco, corroído por uma praga de idiotização. Dá-se a impressão que há raríssimas cabeças, uma espécie de restolho de uma geração que raciocinava.

Nos quadrinhos, que tanto gostei, poucos autores escapam dessa massacrante doutrinação mental que produz trabalhos cada vez mais desqualificados e desprovidos de qualquer lampejo de genialidade. Nossos quadrinheiros, excetuando pouquíssimos, se renderam à alienação. Não criam mais nada de novo ou de autenticamente nosso. Só sabem produzir heróis marombados com nomes em inglês, e ainda tem o topete de qualificá-los como “brasileiros.”

Aparentemente, nada escapa dessa doença desventurada.
Quando enveredam pelo caminho dos personagens humanos com aspectos ou características animais, esquecem quais são os bichos que compõem nossa fauna, e logo “optam” por linces, pumas, alces... Ou seja, os mesmos ingredientes vistos à exaustão em filmes ou nos próprios quadrinhos importados. 

Observem, pois, a não existência do menor senso crítico ou o mais ínfimo resquício de esmero na criação de um personagem.

Além da alienação imposta pelos veículos importados e aqui traduzidos, alguns artistas de quadrinhos brasileiros são altamente indolentes, e utilizam-se imediatamente da lei do “menor esforço.” E mais grave, sua presunção desmedida não os permite aceitar qualquer censura à sua pobreza criativa para a concepção de um personagem. 

Quadrinhista Brasileiro padece de uma doença amaldiçoada, que se entranhou com unhas, dentes e cauda prensil, nos seus cérebros.
É a síndrome diminutiva.

Embora não admitam em palavras claras, mas suas ações falam por si só.
Os artistas de quadrinhos do Brasil, com raríssimas exceções, se inferiorizam diante do estrangeiro. De pronto, eles sentem intimamente que jamais conseguirão se equiparar aos seus ídolos. Por quê? Ora, porque ídolo é ídolo. Não pode ser equiparado,  não pode ser desafiado, não pode ser posto em dúvida, e deve apenas e tão somente ser cultuado, louvado, admirado.

Nada raro é ver frases como: “Meu personagem é o Batman brasileiro,” ou “eu sou  o Stan Lee  brasileiro”. Ou então, “Vou desenhar no estilo do John Byrne”, etc.

Observem que nem usam como referência mestres nacionais como Shimamoto, Messias de Melo, Edmundo Rodrigues, ou o recentemente desaparecido ítalo-brasileiro Eugênio Colonnese.

Somente os estrangeiros santificados pela mídia podem ser superiormente aludidos, pois são inatingíveis, são verdadeiros deuses, os exemplos máximos para quaisquer situações.

Via uma doutrinação mental calamitosa, dificilmente se encontra um trabalho brasileiro que não se deite na inércia, usando aqueles mesmos elementos que já cansamos de ver em quadrinhos e filmes gringos. Em termos estatísticos, os gajos se quedam contumazmente no gênero dos super-heróis, e diga-se de passagem – copiando quase “ipsis literis” toda aquela palermice recursiva, sem tirar e nem pôr, sem inovar, sem tentar soluções diferentes. Ou sendo mais específico, produzem cópias mal-feitas e distorcidas daquela mitologia idiota produzida nos EUA.

A alienação é tanta que nem nomes brasileiros os fulanos põem nos seus heroizinhos. Já vi coisas absurdamente idiotas e alienadas do tipo “John Strong”, “Joe Power”, “Blood Mary”, “Fuck Jane”. Aonde uma “coisa” dessas é brasileira?
Não passam de xéroxes defeituosas.

O público, diante de semelhante pobreza e estupidez, não tem outra saída a não ser torcer o nariz, reforçar sua entranhada idéia que quadrinho brasileiro não presta, e ir consumir os originais gringos.

Na hora de partir para a mitologia menos colorida, nenhum quadrinheiro lembra de incluir sacis, mulas-sem-cabeça, iaras, mães de santo macumbeiras, fantasmas enterrados em botijas de dinheiro, ou qualquer outra manifestação histórica, cultural ou folclórica brasileira. Só saem elfos, gnomos, fadas, vampiros, bruxos do tipo Merlim, reis, princesas, bárbaros com espadas, ou outras lendas célticas já tão exploradas pelo cinema e pelos “comics.”
Por quê?
Porque é só isso que os quadrinheiros brasileiros lêem, e não abrem sua mente para idéias diferentes, conceitos fora daquele mesmo ramerrão de sempre, ou uma mitologia autóctone e nunca explorada.

Essa caterva de cérebro lavado e estagnado não lê um único romance textual de autor brasileiro. Não pesquisa absolutamente nada. Não tem desejo algum em inovar para conquistar o leitor. Quer pegar tudo pronto e acabado, ou em palavras mais claras: copiar dos seus preciosos e traduzidos gibizinhos de super-heróis gringos.
O mais agravante da comicidade, é a soberba desses tipinhos. Após criarem seus copiões, estufam o peito, arreganham as plumagens, e se sentem os pavões dos quadrinhos. Pobre de quem disser uma única palavra contrária às barbaridades praticadas: estará passível de tomar tiros, gritos, grunhidos, zurrados e coices. 
Ora pois, mas se os artistas, aqueles que deveriam dar o bom exemplo, deitaram no berço da alienação e da entrega vassala e subserviente aos mandantes do planeta, as pessoas comuns, com menos esclarecimento, se dobram com ainda maior facilidade aos “modismos” idiotas repassados pelos artistas doutrinados.
O povo hoje vive tentando falar inglês como se fosse nosso idioma oficial. Não faltam imbecis engordando os números dessa epidemia de idiotização e alienação.
Basta olharmos em volta.
Está nas placas de lojas.
Está nos textos jornalísticos.
Está na linguagem do dia-a-dia, palavras e expressões na língua inglesa, usadas sem necessidade alguma, a não ser para fazer algum palerma se sentir “chique” por estar vociferando alguns monossílabos na língua do país dominante.
Refrigerante dietético virou “refrigerante dáite” (diet), Teste de direção virou “test dráive” (test drive), moda virou “fashion”, entrega virou “delivery”. Nem dá para enumerar a quantidade completa e absurda de expressões em inglês que essa malta de descerebrados estúpidos alienados incorporou na linguagem coloquial.
A imoralidade é tanta, que mesmo palavras da língua portuguesa estão sendo pronunciadas com sotaque inglês.
Já presenciei, com asco, jovenzinhos proferindo o nome de um suposto Hospital, “HOSCÁRDIO”, como “Roscárdio.” Ou chamando pela alcunha uma garota que se de nome “Magda”, de “MEG” (escrita como “Mag”).
Noutro exemplo mais recente, a “Operação Satiagraha”, desencadeada pela nossa briosa Polícia Federal para mandar alguns pilantras para o xilindró, é pronunciada como “Satiagrarra”. Ora, mas o “h” é mudo no idioma português. Em regra gramatical alguma da língua lusitana, a letra ‘h” aparece com som de “rr”. Existe, sim, na língua inglesa.
Vejam só a que ponto está chegando esse acintoso surto de obtusidade.
Toda essa anulação da nossa cultura, dos nossos valores, e dos nossos símbolos nacionais, se reverte em malefícios contra nós mesmos. Torna-nos fracos, títeres, mamulengos, capachos, e fortalece quem quer nos nulificar.
O pior de tudo, é que NINGUÉM se dá conta do quanto a soberania nacional está sendo invadida... e de dentro para fora.
Mas, o Brasil não acorda.
Continua deitado em berço esplêndido. De esplêndida e gigantesca burrice, relaxamento, inércia, e sobretudo de falta de vergonha na cara.

Bartolomeu Vaz


ABCDOTECA (TODO O MAPA DA PÁGINA DO BARTOLOMEU VAZ) :

1) HQ NO BRASIL 1  - INDEX
2) HQ NO BRASIL - INDECA
3) BALAIO DE CARTAS - IDIOTECA

4) OUTRAS CARTAS IDIOTAS - BABACATECA
5) CARTAS AINDA MAIS BOBAS - BABAQUARATECA
6) CARTAS DOS HERÓIS USA - BESTALHOTECA
7) QUEM FOI O VULTO MISTERIOSO - VULTO MISTERIOSO
8) E O VULTO FOI RAQUEADO - VULTO RAQUEADO

9) A BOBAGEM HUMANA EXPOSTA - FÓRUM 1
10) MAIS DO FÓRUM DA BITOLAÇÃO - FÓRUM 2
11) QUADRINHEIRO - EMIR RIBEIRO
12) HQ: AOS PÉS DE VELTA  - A SEUS PÉS
13) PITACOS DO BARTÔ 1 - PITACOS 1

14) PITACOS DO BARTÔ 2 - PITACOS 2
15) PITACOS DO BARTÔ 3 - PITACOS 3

16) PITACOS DO BARTÔ 4 - PITACOS 4
17) PITACOS DO BARTÔ 5 - PITACOS 5
18) PITACOS DO BARTÔ 6 - PITACOS 6

19) CADA VEZ PIOR, CADA VEZ PIOR - ALIENAÇÃO EM ALTO GRAU
20) NÃO ESTOU SÓ - 1 - LUIZ MAIA

21) NÃO ESTOU SÓ - 2 - PEDRO CARLOS
22) NÃO ESTOU SÓ - 3 - OGREDSON
23) NÃO ESTOU SÓ - 4 - GEDEONE MALAGOLA

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