|
|
|
|
Don Domênico |
O Cônego Italiano Domênico Rangoni, Don Domênico,
ocupou o cargo de vigário da Paróquia Nossa Senhora de Fátima
e Santo Amaro de 6 de março de 1954 a 5 de janeiro de 1976.
Filho de Ettore Rangoni e de Rosa Sarmenghi Rangoni. nasceu na Itália, Província de Bologna, no
dia 1º de março de 1915.
Cursou os estudos em Bologna e Turim, onde foi ordenado Sacerdote, a 29 de junho de 1938,
na Catedral de Turim, pelo Cardeal Fossati.
Nos primeiros anos de seu ministério, em Guarujá, inaugurou a Igreja Matriz, ocasião em que o Bispo Diocesano,
Dom Idilio José Soares concedeu-lhe o Título de Conêgo.
Dedicou-se ainda a construção da Capela Cristo Rei, na Praia de Pernambuco, da Capela
São Pedro e São Paulo, na Praia da Enseada, e melhorou a Capela de Vicente de Carvalho.
Don Domênico se destacou por sua eterna luta a favor dos necessitados,
conseguiu junto ao então prefeito, Domingos de Souza, a construção do
primeiro Pronto Socorro de Guarujá. Construiu também a creche
Ninho Maternal e uma maternidade, inaugurada em 1962, com 100 leitos. Desta
maternidade surgiu o Hospital com o nome do Padroeiro da cidade, Santo
Amaro.
É importante citar a grande contribuição do Cônego
para a educação de Guarujá. Ele construiu o Centro
Educacional Don Domênico, onde funcionam o Centro Comunitário
Cultural, Biblioteca Pública, Escola de Educação Infantil
de 1º e 2º graus e a Faculdade Don Domênico.
Em 22 de abril de 1962, quando da inauguração da Maternidade, foi-lhe conferido o título de
Cidadão Guarujaense pela Prefeitura e Câmara Municipal de Guarujá.
Em outubro de 1983, recebeu do Papa João Paulo II elogios e
uma benção pelo trabalho social desenvolvido na cidade.
O Cônego Domênico Rangoni faleceu no hospital Sirio Libanês,
em São Paulo, capital, em 1987. |
|
|
|
Alberto Santos Dumont |
Já se passaram 69 anos após sua morte, Santos
Dumont, o inventor do avião, continua sendo assunto frequente em
Guarujá, pois foi a cidade que escolheu para viver os seus últimos
dias, até porque muitas pessoas que tiveram contato com ele estão
vivas e ainda residem no município.
Oriundo de uma família rica ( exploradores
de ouriversaria e pedras preciosas), Santos Dumont nasceu em 1873. Passou
sua infancia na fazenda de café do pai, que era a maior da América
Latina com 5 milhões de pés de café.
Fanático por livros do escritor francês Jules
Verne, o pequeno Alberto começou suas experiências com pequenos
balões, nas festa juninas, chegou a construir pipas exóticas
e até pequenas aeronaves movidas a elásticos e hélice.
Era um gênio da mecânica. Aos 7 anos dirigia
os automóveis da fazenda, aos 12 passou a manejar, desmontar e consertar
as locomotivas Baldwin.
Foi a Paris pela primeira vez buscando tratamento
para o pai, doente, e lá viu um motor a petróleo funcionando,
o que lhe despertou profundo interesse. Aos 19 anos , seu pai emancipou-o
e garantiu sua liberdade financeira para o resto da vida. Ele viajou para
Paris e passou a estudar automóveis( foi o primeiro brasileiro a
introduzir no Brasil um automóvel a petróleo ).
Para chegar aos balões, se empregou como piloto de
uma empresa. Construi seu primeiro balão, o Brasil, dois anos depois,
e 13 dirigíveis, com os quais conquistou um prêmio de 100
mil francos, que financiou a construção de outros balões
e do 14 Bis, a primeira aeronave a deslizar e decolar usando apenas suas
próprias forças, em 1906, nos campos de Bagatelle.
Durante três anos construiu outros tipos
de aviação e, em 1909, abandonou os estudos, voltou para
o Rio de Janeiro e se estabeleceu em Petrópolis, onde ainda criou
vários inventos.
O chalé onde residiu em Petrópolis, foi transformado
em Museu.
No Guarujá era frequentador do Grande Hotel La
Plage, onde posteriormente passou a residir e conheceu a cantora lírica
Bidu Sayão por quem manteve uma grande amizade.
Segundo Iraci Morrone, residente em guarujá
e na época camareira do hotel, Santos Dumont , era um homem metódico,
mantinha tudo extremamente arrumado e no lugar.
Oswaldo Cáfaro diz que Dumont era uma pessoa bastante
reservada e que demonstrava a depressão que sentia no dia-a-dia.
Santos Dumont era uma pessoa sentimental e sensível
aos acontecimentos, e não lhe passava despercebido o uso de aviões
na revolução constitucionalista de 1932, houve também
um acidente com avião no Rio de Janeiro que o magoou muito, outros
afirmam que sua depressão teve início com a ida da cantora
Bidu Sayão para a Europa.
O aposentado Antônio Mendes, 84 anos, foi a última
pessoa a vê-lo com vida. No dia do suicídio, Antônio
levou Dumont , de charrete, a ilha que fica em frente ao Shopping La Plage,
há períodos em que é possível ir até
a lha a pé.
Dumont estava sereno e não havia nenhum
indício de que dali a poucas horas iria se matar. Quando desceu
da charrete, comentou comigo:"Eu inventei a desgraça do mundo".
"Ele não era de muita conversa, e não seria comigo, um moleque
de 17 anos que o faria mudar".
Certidão de Óbito de Santos Dumont - clique para ampliar
|
Quando retornou ao Grande Hotel La Plage, Santos Dumont entrou
no quarto e não saiu mais. Na hora do almoço, funcionários
sentiram sua ausência e o procuraram, bateram na porta , mas não
obtiveram resposta. O funcionário da limpeza do hotel, Adelino Cardoso,
arrombou a porta e encontrou o inventor morto no banheiro.
---------------
Sua filha Sra. George Lamarse residia em Paris.
A principal avenida que liga Guarujá ao Distrito de Vicente
de carvalho tem seu nome em homenagem.
A Prefeitura de Guarujá na gestão do Dr. Maurici
Mariano, construiu um abrigo onde mantem exposto a visitação
pública o veículo que conduziu o corpo de Santos Dumont após
sua morte.
|
|
|
|
Farol do Itapema em Vicente de Carvalho |
Dia
08 de setembro você foi brilhar mais alto. Mulher forte, lutadora,
idealista e, acima de tudo, carinhosa com todos ao seu redor.
Incrível como que, até quem lhe viu uma única
vez, sentiu a sua energia amorosa e não esqueceu.
Jornalista, Cronista, Relações Públicas...mais
do que profissões, se tornaram o seu modo de viver : o empenho em
registrar fatos para as futuras gerações, a doce inspiração
ao escrever as suas crônicas, a dedicação e a sabedoria
ao lidar com uma quantidade e diversidade de pessoas...Você se tornou
um FENÔMENO por saber, ao longo de toda a sua vida, transmitir amor
para tanta gente! Esta era a sua rotina diária.
Enquanto lamentamos e/ou nos desculpamos pela falta de tempo
para ajudar pessoas, dar-lhes atenção, fazer uma visita prometida...num
único dia você interagia e envolvia carinhosamente todos que
tinham o privilégio de encontrá-la, mesmo que estivessem
quilômetros distantes e você precisasse usar o telefone.
Ao conversar, naquele momento, você conseguia nos mostrar
que éramos importantes, porque você nos olhava com amor e
assim nosso valor surgia em seus olhos, na sua voz, nas suas letras. Quantas
pessoas hoje em dia sabem tratar os demais assim? Sem buscar defeitos,
ver nos outros as boas qualidades que todos nós deveríamos
ter visíveis??
E agora, onde você está? Você faz falta, porque
é muito importante para todos nós.
Acompanhamos a sua luta em defesa do Farol, da Cultura e da saudosa
Bocaina. Nos encantou com a sua força e determinação
em superar obstáculos (quantos!!!) e nos alegrou com cada conquista,
com cada passo em direção à vitória.
VOCÊ VENCEU. Deixou tudo pronto, com uma mensagem: vocês
precisam continuar, sempre, um passo de cada vez, para frente.
VOCÊ ESTÁ LONGE. Não conseguimos alcançá-la
agora, mas vamos em frente – mesmo que em passos lentos e inseguros – iluminados
pela Luz do Farol que você é.
Defendeu tanto o nosso querido Farol do Itapema, chamou todos para
a luta, nos envolveu e nos encantou com o seu idealismo e, agora, descobrimos
que o tempo todo o Farol era você!
Queríamos tanto te abraçar mais uma vez! Mas a sua Luz
está lá na frente, e nossos passos lentos vão ficando
mais firmes e decididos a superar os obstáculos, porque temos a
Luz do seu Farol para nos apontar o caminho.
Tia Ruth, você conseguiu cumprir a sua missão. E a sua
mensagem, tão direta e pessoal, está guardada com amor dentro
de cada um de nós.
Temas relacionados - Ruth Passos
- A Guardiã do Farol do Itapema
História
do Forte do Itapema |
|
|
nasceu em Brodosqui. SP. Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Santos,
obteve com nota máxima, o diploma de conclusão do Curso de Folclore, na Escola de
Folclore do Museu de Folclore, de São Paulo, no ano de 1968, na época a escola era
dirigida pelo Prof. Rossini Tavares de Lima, que também era Presidente da Comissão
Estadual de Folclore.
Sua paixão pelo folclore a leva a uma especialização em folclore e museus, com diversos
cursos de extensão no Brasil, na França, no México, tendo participado em congressos e
festivais de Folclore em Marrocos, na França, no Chile, nos Estados Unidos, na Grécia,
na Hungria, na Noruega, em Portugal, Canadá, na Argentina, na Áustria, na Índia, na China,
na Alemanha, nos quais apresentou comunicações sobre assuntos pertinentes ao Folclore
brasileiro.
Em Guarujá
Em 1968 a baronesa já recebeu a missão de ser a representante da Comissão Estadual de
Folclore em Guarujá e a incumbência de pesquisar o folclore da Ilha de Santo Amaro e
litoral.
O trabalho já teve início em março de 1968, e contou com uma equipe de voluntários do
Instituto de Menores Santa Emília, colocados a disposição da baronesa pelo Prof. Jaime
José Silva.
Percorreu distantes locais, atalhos e estradas perdidas no interior da ilha,
pesquisando e conhecendo jovens e velhos caiçaras, seus usos, costumes e artesanato,
para isso contou com o auxílio do Sr. Campos que dirigia um caminhão pelo interior da ilha.
Assim, em agosto de 1968, com a participação de artesãos e material recolhido, foi
realizado num salão do Instituto de Menores Santa Emília a I Semana de Folclore de Guarujá.
Esta I Semana de Folclore de Guarujá em 1968, foi o ponto de partida para a total
dedicação da Baronesa ao folclore de Guarujá, neste evento a Baronesa contou sempre com
colaboração de amigos e colaboradores todos apaixonados pelo folclore da Ilha de Santo
Amaro: Esaú Cobra Ribeiro e Jayme José da Silva da direção do Instituto de Menores Santa
Emília , Dra. Lilian Rebelo, radialistas Orivaldo Rampazzo e José Ramos, o vereador
Alcino Silva, e o mestre Rossini Tavares de Lima, o jornalista Antonio Baraçal, a Profa.
Mercedes Cantatori e o dedicado motorista Campos.
Em 1972, encontra as condições necessárias para ampliar o tema e cria o I Festival de
Folclore e Artesanato de Guarujá. A partir de então, funda também a Associação de Folclore
e Artesanato de Guarujá, da qual torna-se presidente, o Festival ganha notoriedade e se
torna tradicional em Guarujá, passando a fazer parte do calendário oficial da cidade.
O Festival de Folclore e Artesanato de Guarujá é hoje um evento tradicional , em 2003
foi realizada a 32º edição do festival.
Cidadã do Guarujá
Decreto Legislativo nº 97, de 09 de dezembro de 1997, a Câmara Municipal de Guarujá concedeu
a Baronesa Esther Sant`Anna de Almeida Karwinsky, o Título de Cidadã do Guarujá, em
reconhecimento pela sua contribuição à Cultura da cidade , ao longo dos últimos trinta
anos e sua representatividade como pesquisadora no cenário nacional e internacional.
Com mais de 30 anos dedicados a promoção da cultura popular, foi também presidente
da
ABRASTI/Guarujá entidade que se dedica ao idoso, tem no seu currículum diversos cursos.
A Baronesa Esther Karwinky foi membro da Comissão Paulista de Folclore, da Comissão
Municipal de Folclore e artesanato de Guarujá (SP), da Associação Brasileira de Folclore,
da American Folklore Society, da Societé d'Éthnologie Française, da Société Internationale
d'Ethnologie et Folklore - SIEF, da International Society for Folk Narrative
Reseach- ISFNR e da Folklore Fellows da Finlândia e, na área de Folclore, com várias
obras publicadas.
Hoje já não se encontra mais entre nós, faleceu em 9 de dezembro de 2003,
porém seu nome, o exemplo de mulher, estão definitivamente inseridos
na História do Folclore regional, nacional e internacional.
OBRAS PUBLICADAS
Danças e Folguedos de Guarujá - Comissão Municipal de Folclore e Artesanato de Guarujá - 1974
Guarujá - uma Experiência em Levantamento de Folclore - Prefeitura Municipal de Guarujá - 1975
Belles Histoires - Pequenos Contos de grande Luz (tradução do francês )- Casa Sri Aurobindo - 1983
Le Troisième Age au Brésil - Anais do III Congresso Internacional da SIEF, Zurique, Suiça, 1987
La Lègende du Continent de Mu et de I'Atlantide dans un Conte Populaire Brésilien - Anais do IX Congresso Internacional da ISFNR, Budapeste, Hungria, 1989.
Museus e Museologia - Associação de Folclore e Artesanato de guarujá - 1990
Le " Pasquim du Aymoré"- Exemple de Littérature Orale Brésilienne - Anais do IV Congresso Internacional da SIEF, Bergen, Noruega, 1990.
Greek Folk Dances in Brazil - Anais da V Conferência Internacional de pesquisas sobre Dancas, Atenas, Grécia, 1991.
Aplicación de la Narrativa Folklorica a la Problematica Social - Revista de Investigaciones Folkloricas, Universidade de Buenos Aires, Argentina, 1991, pág.52 e s.
Prevenção e Cura de Picadas de Ofidios na Medicina Popular - Anais do I Congresso Internacional de Folclore - INATEL, Lisboa, Portugal, 1991.
Papel da Narrativa Folclórica na terceira Idade - uma Experiência na Terceira Idade - Uma Experiência - Anais do Simpósio Nacional de Ensino e Pesquisa de folclore, São José dos campos, SP, 1992, pág 269.
Além de ensaios e artigos na imprensa e revistas especializadas.
Fonte:1 - A Tribuna - Santos
2 - A Estância de Guarujá
3 - Revista Folclore nº23 - 1998 - Associação de Folclore
e Artesanato de Guarujá
4 - http://www.soutomaior.eti.br/mario/paginas/dicfef.htm - acessado em 1 fev 2005
|
|
|
Leôncio,um jovem contador,nascido em Campinas
interior de São Paulo,no dia 26 de março de 1918,filho de
Leôncio Camargo e Leopoldina Ferraz de Camargo,veio para Guarujá
prestar serviço ao Grande Hotel La Plage,em 1944. Quando chegou,a
Cidade já era emancipada administrativamente,mas faltava a emancipação
política.
Não demorou muito para o contador conquistar a
amizade dos guarujaenses e em 1948,quando Guarujá conquistou sua
emncipação definitiva,necessitava de candidatos a prefeito
e vereador. Um dos nomes mais cogitados foi o de Leôncio Camargo
Filho,que no primeiro momento exitou,mas acabou aceitando.
Mesmo não sendo da cidade,Leôncio ganhou
as eleições para vereador,com 100 votos e para sua surpresa
os outros doze vereadores eleitos decidiram que o contador seria a pessoa
mais indicada para ser o primeiro presidente da Câmara Municipal
de Guarujá,e assim exerceu seu primeiro mandato de 1948/1951 pelo
PSP(Partido Social Progressista). Na eleição de 1955 foi
reeleito vereador com 133 votos pelo mesmo partido, posteriormente veio
a renunciar ao mandato de vereador,no dia 10 de novembro de 1959.
-Condecorado com a Medalha Mérito do Trabalho.
-Cidadão Guarujaense.
-Diretor Tesoureiro do HospitalSanto Amaro(1954-1978).
-Diretor Tesoureiro da Casa da Criança da Paróquia
de Guarujá(1956-1979).
-Diretor Tesoureiro da Sociedade de Amparo aos Praianos de Guarujá(1970-1993).
-Diretor Tesoureiro da Faculdade de Ciências e Letras Don Domênico(1972-2000).
-Diretor Tesoureiro da Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia
Don Domênico(1979-1994)
-Diretor Administrativo do Hospital Santo Amaro(1978-1994).
-Duas vezes Presidente do Lions Clube de Guarujá.
-Diretor do Departamento de turismo de Guarujá na gestão
do prefeito Raphael Vittiello(1973-1976). -Membro da Comissão do Mobral de Guarujá desde a sua
Fundação.
Leôncio Camargo Filho,faleceu aos 82 anos, no dia 11 de novembro
de 2000, deixando um filho, Sérgio Luiz Tybor Ferraz Camargo. |
|
|
|