Personalidades de Guarujá e Vicente de Carvalho - Página 2  
PERSONALIDADES
Tia Maria do Amparo

TIA MARIA DO AMPARO, 103 ANOS DE VIDA.

Guarujaense de coração, tia Maria do Amparo completou em 8 de setembro de 2001 , 103 anos de vida.Poucas pessoas puderam viver pessoalmente a História deste século.É uma testemunha da História desde o final do século XIX até XXI. Nascida em 1898,dez anos depois da abolição da escravatura, no municipio de São Sebastião, filha de uma humilde familia de pescadores, tia Maria do Amparo chegou em Santos em 1946 e  vive em Guarujá há 55 anos, tendo muitas histórias para contar.Viu japoneses,italianos e alemães chegarem(começava a imigração).Conheceu o sabor do país do café,ouviu o cinema falar,o surgimento do rádio. Casada aos 15 anos e viúva aos 45 anos, ela se emociona ao lembrar das inúmeras dificuldades que passou para dar uma boa educação aos filhos Cinira, Ernesto, José e Ciro Alves(funcionário da Câmara,já falecido). Pessoa simples, como tantos outros  idosos da ilha de Santo Amaro, Maria do Amparo trabalhou durante muitos anos em casa de família, numa época em que a luz que iluminava a sua modesta casa, localizada em um recanto denominado Macaco, que ficava entre a vila Júlia e a vila Baiana, era luz de vela ou de candeeiro.
Com o tempo, com a ajuda dos filhos e sempre trabalhando, tia Maria do Amparo mudou-se para uma casa melhor, há 36 anos reside na rua Jordano de Paiva, bairro da vila Maia.Ao lado de Maria do Amparo ,esta sua filha Cinira que com 76 anos tem o privilégio de ter a mãe ao lado.Maria do Amparo em seus 103 anos,ainda guarda um sonho,que para sua filha e os médicos é impossível:passa seus dias sonhando em rever São Sebastião,"Quem me dera voltar ao lugar onde nasci" diz Maria do Amparo,fumando pausadamente seu cachimbo. Para quem a conhece Maria do Amparo é "exemplo de dedicação e humildade"

Fonte: Jornal A Estância de Guarujá/5 a 11/9/98
Jornal 1º Hora 7 a 13 de setembro de 2000

Dr. Jandui de Souza Moreira - Médico
O médico Dr. Janduí de Souza Moreira,recebeu nesta quinta feira,30 de novembro de 2000, o Título de Cidadão de Guarujá, das mãos do vereador Willian Lancellotti, em sessão solene da Câmara Municipal, que também é presidida pelo médico Dr. Gerônimo Vilhanueva.
As pessoas presentes,amigos,familiares,médicos,empresários,políticos,diretores da prefeitura e vereadores, acompanharam com atenção o discurso de homenagem do Vereador Willian Lancellotti,autor do pedido de concessão deste Título, na ocasião o Prefeito Maurici Mariano, também fez questão de prestar sua homenagem pela honraria recebida pelo leal amigo .
.Esta homenagem me pertuba a alma e me faz descompassar o coração.
É impossivel minimizar ou esconder a minha emoção.
O prêmio que me concedes é o mais alto de minha vida, me tornando cidadão de dupla naturalidade,ou seja,de Alagoinha(Paraíba) e Guarujá(São Paulo).
Aqui nesta cidade encontrei o meu lugar ao sol, a alegria de viver. Vindo de João Pessoa, recém formado, encontrei uma boa acolhida a despeito de todas as minhas limitações e deficiências, dando-me uma oportunidade de ser-lhe útil com o meu trabalho.
Aqui me apeguei e constituí uma família nas pessoas de minha esposa Elaine e de meus filhos Natasha e Igor.

Agora e aqui no tropel destas incontidas emoções, permitam-me senhoras e senhores que o meu espírito volva há três décadas sobre o tempo.

Quando prestei juramento para médico e parti para luta,pensei em ser um Don Quixote, sendo que durante toda a minha vida procurei um Sancho Pança para me complementar.

A medicina sem um sacerdócio é uma profissão menor do que as outras, pois ela significa um compromisso assumido com a saúde, a população e a ciência.

Durante toda a minha vida,sempre me esforcei para estar um pouco acima da média em tudo e usando sempre o bom senso, a lealdade e a fidelidade para com as pessoas, como me ensinou a minha professora de primário, a dona Maria Bronzeado Machado.

Também muito contribuiu a rígida educaçào dada pelos meus pais e minha formação em colégio marista.

Sempre procurei dar valor às coisas não pelo que valem,mas pelo que significam.

Deus me ensinou que o ódio a gente escreve com gelo, para que o raio  de sol o derreta o mais cedo possível.

Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo, se for para ajudá-lo a se levantar.

Porém,nem tudo foram flores e brisas amenas nesses quase 30 anos dedicados ao exercício da medicina.Tive desgostos e desesperanças e gastei muitos sapatos brancos ao longo do áspero caminho.Arrastei a poeira e o sereno na trilha do meu idealismo.

Mas Deus me cobriu de benção e de venturas que não mereço e me trouxe qui nas mãos desse honrado Vereador Willian Lancellotti,apoiado na benemerência dos seus pares.

Agora,na grandeza desta homenagem sinto que fiz bem menos do que deveria fazer.
Lembro-me com carinho esses momentos especiais,da minha formação católica desde a infância,influenciada pelos meus pais que nos fazia rezar antes das refeições e sempre reunindo toda a família e antes de dormir.Isto muito tem contribuido para a obediência aos Mandamentos da Lei de Deus e que hoje muito me tem ajudado junto com minha esposa Elaine a educar os meus filhos Natasha e Igor,bem como a tratar os meus pacientes.

Sou adepto das sagradas instituições Deus-Pátria-Família,hoje tão combatidas e tão pouco valorizadas.
Hoje, o patrono cívico da nossa nação,o poeta Olavo Bilac, é um desconhecido perante o povo e contestado por seus versos sublimes.Versos que dizem:"Criança,não verás nenhum país como este.Imita na grandeza a terra em que naceste".

Nem o trabalho,nem os anos,me enrugaram o rosto ou minha alma, pois chego aos 55 anos, iluminado pela chama interior e movido pela agulha imantada que me orientou os passos para a causa sagrada da medicina.

Comparo a vida a uma corrida de revezamento, onde cada geração conduz a bandeira durante certo tempo, passando-a à geraçào seguinte que deverá, sucessivamente, conduzí-la através dos tempos.

Simbolicamente, estou entregando a bandeira à minha família,para que não a deixe cair e que cuide bem da árvore que nasceu semente abençoada, plantada na terra generosa da Paraíba.

Agora,senhores vereadores, é hora de vos agradecer e de ir-me.

Mas como vos agradecer? Com que palavras?Não encontro palavras.Não existem palavras.

Diante da singularidade desta homenagem e da enormidade do prêmio que me ortogais,grande demais para o meu parco merecimento,só me resta repetir as palavras daquele Mestre,dita aos homens na encosta da montanha de suave e eterna beleza:


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