PEIXES DO PANTANAL


PACU
Pacu
( Milossoma paraguaiensis )

Há várias espécies desses peixes no Pantanal. A mais apreciada é a que possui o dorso preto e a barriga amarela. Esta apresenta o formato de um disco ovalado, com aproximadamente 50 cm de comprimento e chega a pesar 8 quilos. O pacu é muito brigador e os pescadores gostam de pegá-lo no anzol. Sua carne é considerada nobre. Essas espécies crescem rapidamente e são muito procuradas para a piscicultura. Em algumas regiões do Brasil recebem o nome de caranha.Este fantástico peixe já é um velho conhecido dos pescadores que frequentam o Pantanal do Mato Grosso do sul. Os relatos e fotos de grandes pescarias de Pacus realizadas no Pantanal, que na região podem atingir até 20 Kg e medirem pouco mais de 1 metro (quando são chamados de "gamelão"), deixam qualquer pescador maravilhado. Sua briga dura e intensa, aliada à carne saborosa, porém um pouco enjoativa em certas épocas do ano devido o acúmulo de gordura, ganhou fama em quase todo País. Devido a essa fama e uma série de outras características, o Pacu foi eleito, entre várias espécies nativas, para ensaios (nos anos 70) que precederam o maior impulso de piscicultura nacional, ocorridos em meados de 1980.

PACU
Pacu
( Piaractus mesopotamicus )

O Pacu "Pantaneiro"  ( Piaractus mesopotamicus )  é um peixe da Bacia do Prata e, segundo alguns trabalhos científicos, pertence ao mesmo grupo das Piranhas Serra-salminae. A verdade é que esses dois tipos de peixes são parecidos no formato do corpo arredondado, diferindo basicamente no tipo de dentição, que no Pacu é do tipo esmagadora/trituradora, enquanto que nas Piranhas é cortadora (dentes afiados triangulares, disposto em uma ou duas "fileiras"). Peixe de hábito alimentar onívoro, come praticamente de tudo: folhas, frutos, caranguejos, pequenos  peixes e insetos. Devido à alimentação variada, ele é conhecido em algumas regiões do Pantanal como "Porco D' água". Seu ciclo de vida, como o da maioria das espécies de piracema, é regido principalmente pelo nível de água, alimentação, duração dos  dias e variação térmica. De outubro a maio, quando os campos são alagados, o Pacu migra dos rios para as cabeceiras e regiões vegetadas submersas, a fim de se reproduzir e, posteriormente, se alimentar. Nessa época o peixe engorda bastante em virtude da alimetação farta. Nestas áreas, ele tende a apresentar uma coloração enegrecida mas, ao retornar para os rios, quando cessa o período de cheias, ela se torna pálida, deixando-o  mais prateado.


PACU CANA

Pacu cana

Pacu em língua indígena, significa “porco dos rios”, pois come quase tudo o que encontra. A melhor época para sua pesca é no verão, usando-se como iscas filé azedo de “curimbatá”, caranguejos e frutinhas do Pantanal. É um peixe de escamas, de água doce, Serrasalmídeo, família dos Caracídeos, que na Bacia Amazônica são chamados de “tambaqui” e em outras regiões pode ser conhecido como “caranha”. Pacu-Cana Peixe de escamas de água doce, Serrasalmídeo, família dos Caracídeos. Este peixe só é encontrado em corredeiras. Sua coloração é cinza escuro com o ventre amarelado e possuem barbatanas bem maiores que os demais da espécie. É encontrado em quase todos os grandes rios brasileiros.

O PACU NOS PESQUEIROS

O comportamento do Pacu nos lagos de pesca é um pouco diferente daquele apresentado na natureza. Nos pesque e pagues o peixe pode ocupar desde a regiões mais próximas da superfície até o fundo; do meio da lagoa até bem próximo às margens. Isto depende da temperatura da água, oxigênio dissolvido e da quantidade de pessoas que estiverem pescando, entre outros fatores. O mais indicado é sondar esses locais, armando varas ou linhadas que tentem contemplar os lugares mais diversos. Regular a profundidade de isca em vários níveis e lançar as linhas em distâncias variadas ajudam no sucesso da pesca. A observação desses peixes mostra que os grandes exemplares tende a ficar afastados das beiradas, concentrando-se na parte mais central da lagoa. As iscas mais indicadas são as bolas de massa feitas com ração de peixe ou de cachorro moídas, aglutinadas com farinha de mandioca ou trigo, massas caseiras, caramujos do tipo escargot (sem a casca), pedaços de salsinha, queijo, minhocuçu etc. Não se esqueçam do apelido Porco D' água!
Em cativeiro o peixe pode apresentar o apetite bastante seletivo. Então, é recomendado levar uma maior variedade de iscas, para descobrir qual é a escolhida pelo glutão naquele dia.

IMPORTANTE

Em certos momentos, os Pacus atacam a isca assim que ela toca a superfície, devido ao instinto de se alimentarem de frutas que caem das árvores. Portanto, preste atenção na bóia assim que a linha cair na água, já que essa movimentação pode enganar o pescador menos atencioso, que não capturará o peixe. Portanto deve-se arremessar a isca embaixo de arvores frutíferas ou aguapés.

PACU PEVA
Pacu peva

Um detalhe que não pode ser esquecido na pesca do Pacu é o encastoador. Recomenda-se o uso de anzol com haste curta preso à linha mestra por meio de um arame ou fio de aço, a fim de evitar que o peixe  rompa a linha com sua  poderosa mandíbula. Um encasto com cerca de 5 a 10 cm é o ideal. Jamais use mais de um anzol na linha, já que duas iscas podem atrapalhar na hora da fisgada. Outro detalhe importante, já que o Pacu tem boca relativamente pequena e um pouco dura, é usar varas com ponta dura e esperar o peixe acomodar a isca na boca antes de dar a fisgada. Boa pescaria!

EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS PARA A PESCA DO PACU

Nos Pesque e Pague:
- Varas: com comprimentos superiores a 2 metros (cerca de 6.6" pés), o ideal é que o tamanho esteja situado entre 2,5 e 3 metros. As varas maiores facilitam o arremesso do conjunto de isca mais bóia ou isca mais chumbo.
- Carretilhas ou Molinetes: que comportem 100m de linha.
- Linhas: as mais indicadas deverão ter a resistência situada entre 12 e 20 lb (de 0.25 a 0.40 mm).
- Anzóis: de tamanho situado entre 2/0 e 5/0.
- Iscas: bolas de massas de receitas variadas, escargot, lesmas, minhocuçu, minhoca, milho, ração de cachorro, salsicha, queijo etc.
No Ambiente Natural:
- Varas: com comprimento situados entre 6.0" e 7.1" pés (de 1.80 a 2.10 m), de ação média a média pesada.
- Carretilha ou Molinete: que comportem de 100 a 120 m de linha escolhida.
- Linhas: a resistência deverá ser de 12 a 30 lb, de acordo com o tamanho dos peixes e situação da pescaria (0.25 a 0.50 mm).
- Anzóis: do 3/0 ao 6/0, dependendo do tamanho dos peixes.
- Iscas: frutas da região, como o Tucum, Laranjinha-Jenipapo, massa de farinha de mandioca com refresco em pó, caranguejo, filé de curimbatá azedo.

Fonte :


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