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EM COMBATE:

Histórias, lendas e 'causos'.

 

 

O que será que deu errado?!

Se na vida real, por mais que planejemos algo, tudo pode dar errado a qualquer instante, imagine em uma aventura de RPG onde muitas vezes os jogadores agem de forma irracional, inconseqüente ou simplesmente não estão com muita sorte na hora de rolar os dados... acidentes acontecem! Talvez aquela taverna não seja tão tranqüila quanto se esperava ou aquele botão inocente que você confundiu como sendo o rádio era nada mais que o sistema de auto destruição!

Enfim, como tudo não passa de um jogo, e quase sempre o 'Mestre de jogo' costuma ser 'bonzinho' ainda há uma esperança de sobreviver, ou seria melhor ter sempre uma ficha de personagem na reserva...

Esta seção é dedicada a relatar as situações mais inusitadas e cômicas (para não dizer trágicas) já vivenciadas em uma mesa de RPG!

 

  1. O Espaço, a fronteira final!

  2. Uma loira e muita confusão!

  3. No embalo do BOPE...

  4. Quando a guerra chega... (NOVO) adicionado em 01/06/2008.


Quando a guerra chega...

Já se vão quase dez anos desde uma breve campanha onde a motivação veio de um profundo desejo de vingança...

Sim, depois de ver agentes secretos que eram tão sutis como John Rambo metralhando um batalhão inteiro de Vietcongues, nada melhor que dar-lhes o que de fato desejavam: carnificina sem limites! Mas sem facilidades ou chance de "pedirem pra sair"!

O primeiro ato consistia em criar personagens "no escuro" isto é, sem saber nada sobre o cenário em que estariam atuando, com as recomendações limitadas a "criem estudantes do ensino médio, com algo em torno de 18 a 20 anos... nada de habilidades com armas de fogo ou qualquer coisa além daquilo que um jovem poderia conhecer!".

Estava claro que um ou outro tentariam imaginar o que viria pela frente e, com base nesta especulação montaria sua ficha! Ainda me recordo muito bem da personagem de um colega, uma bela jovem (que pela descrição e características físicas era de fato muito gostosa mesmo!) que era eximia patinadora e era integrante de uma equipe de Hokey, o que lhe garantiria habilidade em manejar o bastão como uma arma em meio a uma aventura de conflito de gangues! Puxa, devia ter dado pelo menos alguns pontos por criatividade...

Personagens prontos, tinha inicio a aventura cuja cena inicial - estávamos falando de um cenário em nossa era, mas alguns anos a frente dos dias de hoje, onde o homem já tinha alcançado o espaço! - se passava justamente no baile de formatura, que por conveniência fora realizado em um espaço cedido dentro de uma base militar (você sabe, o aluguel sairia caro num buffet...) e pra completar a "desgraça", decorridos alguns minutos após o inicio da aventura, nem bem os jogadores puderam arrumar alguma confusão ou confirmarem se de fato o colega que apostara em brigas de gangues estava certo, o mestre se deliciava narrando a cena que se seguiu:

"A musica cessa de repente, e todos se voltam para o palco onde um militar pega o microfone e pede a atenção a todos os presentes." - indescritível o sorriso de satisfação que tive diante da reação dos jogadores, especialmente o da patinadora... - "Se trata de um oficial, o comandante da base, que segue em seu comunicado: recebemos a poucos instantes a confirmação de que forças alienígenas atacaram diversas colônias da Terra, e neste exato instante estão realizando a invasão de nosso planeta! Todos os jovens em idade superior a 18 anos devem seguir imediatamente para o treinamento de combate..."

As reações foram diversas, afinal quem poderia imaginar uma aventura militar com personagens que não tinham nenhuma habilidade para lutar ou foram criados para outros tipos de aventura? Enfim, passada a surpresa inicial, e também o susto, alguns pontos de criação adicionais foram liberados para a aquisição das necessárias habilidades, limitadas ao manejo de armas e explosivos, entre outras típicas de militares e finalmente teria inicio a luta pela libertação do planeta...

Surgida de um momento de inspiração "divina", resultante de uma profunda irritação com atos como, atirar em qualquer um, inclusive em informantes, ou sempre estarem a beira de causarem um incidente diplomático na campanha anterior (de espionagem), a idéia de completa surpresa sobre o tipo de aventura se revelou um elemento a mais na árdua tarefa do mestre em prover a seus jogadores cada vez mais novidades e aventuras instigantes e interessantes.

E as novidades (movidas por este "desejo de vingança"!) não parariam por ai, afinal as "verificações de Pânico em combate" e uma hilária tabela de reação causaram alguns traumas aos personagens ou mesmo atos desesperados que resultaram em medalhas! além de boas gargalhadas, mas isto já é "causo" para outra "prosa"...

 


No embalo do BOPE...

Aproveitando que estamos falando em BOPE, resolvi lhes narrar uma aventura que também ocorreu em um Encontro de RPG em 2006. Inspirado pelo caso do roubo dos fuzis de um quartel do Exército, nosso colaborador "LIB" (um insano Observador, se bem que profundo conhecedor de armas!) resolveu criar uma aventura onde colocaria em uma mesma mesa dois grupos de jogadores para representar aquela situação; ou seja, haveriam traficantes de um lado, e policiais e militares do outro... tudo isso numa mesma mesa, com um único mestre de jogo!

Assumindo o comando dos militares, e usando um personagem 'customizado', Intruder se divertia interrogando os comparsas de 'Chiquinho AK', hilariamente interpretado por Gelatto, que era o chefão do morro aonde os fuzis estavam escondidos.

Deixando de lado alguns sórdidos detalhes, vamos direto ao ''grande final'', onde temos o confronto final. De um lado um grupo de traficantes pesadamente armados e sem nenhuma habilidade, e do outro alguns recrutas do exercito, que se eram mais hábeis, tinham menor poder de fogo. Usando o 'Caveirinha', que consistia numa Brasília pintada em preto dotada de algumas placas de aço (ta certo, o LIB não nos liberou o Caveirão....) os "homens da lei" subiram o morro para recuperar as armas do exercito roubadas. O combate que se seguiria seria algo insano...

Logo que avistou os militares, liderados por um Policial (que tinha uma ficha bem caprichada, he he, quem mandou liberar personagens personalizados hein?) o chefe do morro ordenou que a guerra tivesse inicio. Tiros cruzando os céus do morro, granadas, maçãs e botijões de gás pra tudo que é lado (pobre 'Caveirinha' foi destruído no meio do fogo cruzado)...

abrigados em uma quitanda ("arremessa a maçã e grita granada soldado!" - pedia Intruder para seus colegas) o grupo atacante resistia ao avanço dos traficantes. Avistando 'Chiquinho' descendo a rua, o policial não titubeou, preparou sua MP.5, pediu por cobertura e iniciou o ataque: frente a frente estavam os dois lideres, prontos para o combate final. Um personagem bem montado, especialmente projetado e construído para ser uma maquina de guerra é uma ameaça e tanto, um verdadeiro tanque de guerra, e quando é colocado diante de outro personagem, que não foi construído para lhe fazer frente... bom, vocês já imaginam o resultado! Milagrosamente ganhando na iniciativa, Gelatto abre fogo com seu fuzil, e boquiaberto assiste ao triste desfecho de seu carismático personagem (que acabaria sendo fuzilado sem nem poder implorar "na cara não, vai estragar o velório..."): esquivando-se das rajadas, o homem da lei toma posição de tiro e enfia três tiros no peito do traficante que sem proteção alguma recebe em cheio os projéteis de 9mm em seu peito.

Com os fiscais de mesa já pressionando pelo final da aventura, e tendo Gelatto em estado de choque, LIB (que não contém suas maquiavélicas gargalhadas com tal desfecho inesperado) encerra a aventura, que renderia muita discussão e boas risadas nas semanas seguintes (sem falar no trauma.... tem gente que vai ter calafrios de pensar nisso!).

 


Uma loira e muita confusão!

Qual o 'mestre' que não gosta de 'testar' os limites de seus jogadores? Jogá-los em confusões infinitas e criar situações adversas que nada tem de importante mas, devido ao seu desfecho ganham mais destaque que a própria aventura e ficam "para a história" do grupo de jogo?

Esse foi o caso que irei lhes relatar abaixo, quando um simples NPC gerou tamanho 'fuzuê' que mais ninguém quis fazer nada até que a situação se resolvesse com o pobre personagem do jogador vitimado pelas 'circunstâncias'....

O grupo já vinha empolgado com as aventuras de espionagem que eu vinha mestrando há algumas semanas, porém, conclui que era necessário algo diferente para 'apimentar' um pouco o jogo, e nada melhor que colocar uma personagem feminina (mas nem tanto...) na história para um romance!

Era uma daquelas aventuras 'claustrofobicas', onde os personagens se viam dentro de um trem, viajando através dos Alpes, com a missão de recuperar um disco onde haviam importantes dados sigilosos. Haveriam alguns desdobramentos que tornariam a missão mais complexa que o inicialmente previsto, mas como ainda estávamos em uma etapa de interação dos personagens com os NPCs do cenário, nada melhor que colocar em andamento meus diabólicos planos!

No vagão restaurante estavam dois dos personagens, sentados à mesa observando o movimento e mantendo seu disfarce. Em meio ao movimento usual dos passageiros - em sua maioria turistas em visita as estações de esqui - uma figura se destacava na multidão: uma bela jovem, de longos cabelos loiros, seios fartos e um olhar matador!

Como bem imaginei, não tardou para os dois jogadores (isso mesmo, levaram a coisa pro pessoal!) disputarem quem 'pegaria' aquela garota e... bom, vocês sabem....

Fazendo enorme esforço para conter sarcásticas risadas, dei seqüência a cena, e logo um dos personagens estava lá, conversando com a garota, pagando um drink e não tardou para seguirem em direção a cabine dela. Como um bom 'mestre' encerrei o turno do jogador e fui verificando as ações dos demais personagens, que afinal estavam conduzindo outras atividades na aventura e as respostas foram sempre as mesmas: " - não vou fazer nada!".

A narrativa foi seguindo e logo os dois estavam dentro da cabine (era um desses trens de luxo onde há cabines com camas!), trocando beijos ardentes!

Encerrado mais este turno, questionei ao jogador que estava buscando pelo disco no vagão de cargas o que ele faria, e a resposta, tal como a dos demais era sempre a mesma! Voltando ao casal de pombinhos, ela havia soltado o cabelo....

...novamente voltava aos demais personagens.... enfim, você entendeu o que eu fiz, fui criando um suspense tão insano até que o grupo se rebelou e disse que enquanto a situação ali, naquela cabine não se resolvesse - caramba, os caras queriam ver sexo explicito!? - bom, deixando de enrolação, finalmente a garota estava apenas de calcinha, e já depois do personagem ter-se declarado para a garota, o grande final, o desfecho que tanto esperei - o qual ninguém dos presentes esperavam, e é claro, o jogador daquele personagem jamais gostaria que tivesse ocorrido:

"- em meio a caricias tórridas, para espanto de nosso agente eis que ele constata que ela não é nada menos que um TRAVESTI!" - risos e gargalhadas ecoaram entre os presentes, enquanto, é claro, o pobre jogador vitima das circunstâncias se tornava motivo de piadinhas pelas próximas semanas....

 

Moral da história:

Muitas vezes nos preocupamos muito com a aventura em si, com os vilões, tesouros e perigos que nossos jogadores irão ter de enfrentar, e deixamos pequenos detalhes, pequenas cenas isoladas, que trazem bons momentos de descontração, de lado, fazendo de uma boa aventura de RPG um mero 'videogame'!

 


O Espaço, a fronteira final!

Já se vão alguns bons anos desde aquele Encontro Internacional de RPG onde tive a oportunidade de embarcar em uma 'Nave Klingon'. Após enfrentar uma fila enorme no domingo lá estava eu em uma mesa junto com outros quatro jogadores ansioso por explorar o espaço, se bem que jogando com um personagem Klingon (de Star Treck) seria difícil esperar mais que uma batalha após a outra...

Sentando-me a mesa, ou melhor, apresentando-me na ponte de comando fui apresentado a tripulação: o comandante da nave, o engenheiro chefe, o navegador e nossa encarregada das armas. Assumindo a posição de imediato, dificilmente eu rolaria alguns dados, mas estaria palpitando em tudo e não perdi a oportunidade em desafiar meu comandante quando esta se mostrou!

Quando a aventura teve inicio, não podíamos nem sonhar no que nos esperava, afinal imaginem ter como missão assassinar o lendário capitão 'James T. Kirk'? Mesmo sendo um grupo pequeno de completos desconhecidos, em poucos minutos de jogo estávamos agindo como uma equipe e nos aproximamos do planeta onde nossa vitima estava. Porém, para nosso desespero naves 'Romulanas' chegaram na frente e tomaram o Capitão Kirk como prisioneiro. " - mas que diabos, teremos que enfrentar quatro naves inimigas!" teria exclamado alguém de nossa nave.

Interessante que enquanto debatíamos nossas estratégias, nosso 'Mestre de jogo' conversava com o 'Mestre' da mesa ao lado, que como já sabíamos estava também mestrando uma aventura no universo de Star Trek, porém seus jogadores estavam a bordo da nave da Federação 'USS Excelsior', a qual estava a caminho de nossa posição para resgatar seu mais importante capitão!

 

Heróis e vilões.

Ao detectarmos em nossos sensores a aproximação de uma nave da Federação, e vendo que os dois 'mestres' cada vez mais 'trocavam figurinhas' notamos que tanto nós, os 'Klingons' que deviam assassinar o herói do seriado da TV, quanto os 'mocinhos' da mesa ao lado estávamos jogando a mesma aventura e pior: nós, na condição de vilões teríamos um trágico fim....

Sendo aquela uma aventura única, onde pouco importava se nossos personagens sobreviveriam ou não resolvemos colocar em pratica toda a nossa 'cara de pau' e após alguns breves instantes debatendo resolvemos que aquela aventura teria um final espetacular! Usando de toda a nossa capacidade de interpretação, contactamos a nave da Federação e nos colocamos como um grupo de desertores, nos lançamos contra as naves 'Romulanas' na inútil tentativa de resgatar o Capitão Kirk (irônico não!?) e, desativando nossos escudos pedimos por socorro a Excelsior, que prontamente combateu o inimigo enquanto reservávamos nossas armas para uma ultima manobra.

 

BANZAI!!!!!!

Aqueles instantes finais da aventura foram hilários, ninguém em nossa mesa conseguia conter gargalhadas histéricas, nem mesmo nosso 'Mestre', ao imaginar que o inimigo estava caindo em um plano tão ingênuo quanto aquele.

Após informarmos a Excelsior que estávamos com nossa nave danificada, eles assumiram o combate enquanto nós ficamos observando-os eliminarem as naves 'Romulanas' e resgatar nosso 'alvo'. Tudo corria bem, porém sabendo que não tínhamos capacidade de enfrentar sozinhos aquela nave, e que dificilmente completaríamos nossa missão escolhemos por um final glorioso: lançar nossa nave contra o inimigo, destruindo as duas!

Baixamos nossos escudos e pedimos por permissão para sermos transportados para a nave da Federação, pois a nossa nave estava prestes a explodir. Tal manobra era necessária para expor nossa presa aos nossos 'phasers', mas será que os humanos acreditariam em nós? Afinal éramos seus inimigos declarados...

Para nosso espanto, os escudos foram baixados e nossa artilheira abriu fogo contra pontos vitais da nave inimiga, enquanto nosso piloto realizou a volta e se distanciou do alvo. Algumas rolagens de dados perfeitas e voltávamos nosso curso em direção a 'Excelsior' disparando quatro 'torpedos de photons' os quais impactaram em cheio contra ela, impedindo-a de erguer seus escudos ou mesmo desviar da colisão!

Para espanto da mesa vizinha eles estavam presenciando um legitimo ataque Kamikaze, o qual resultou em um inesperado 'Grande Final' para aquela aventura. Se o Capitão Kirk ainda conseguiu escapar em uma nave auxiliar, foi muito divertido, ao final da aventura ver no rosto dos colegas da mesa ao lado a expressão de espanto com nossa inusitada atitude, mas como se tratavam de personagens 'Klingons' nada mais obvio que desejar uma morte gloriosa em nome do Império não é mesmo?


 

 

Advertência.

As adaptações ou cenários para o RPG disponíveis neste,  tendo sido feito de fãs para fãs, não devem ser comercializada de forma alguma, sendo sua distribuição gratuita através da internet, e sua disponibilidade em outros sites autorizada, mediante comunicação prévia aos respectivos autores. Material feito para uso por jogadores de RPG, sendo autorizada a impressão, xerox e cópia dos arquivos para uso não comercial e sem fins lucrativos.


 

STARWORKS RPG  julho de 2007 Ano.II

Copyright © 2007  por [Intruder Web Works]. 

Ultima atualização: 01/06/2008 13:51:04

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