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Ram Dass -in " Journey of Awakening". |
Contradições Globalizantes"Capitalismo? Que arcaísmo mais obsoleto! Atualize-se com a palavra adequada: neoliberalismo. O dicionário define "liberal" como "o que é digno de um homem livre". Não soa bem? E oferece-nos uma lista convincente de antônimos: "avaro, autocrata, ditatorial, dirigista, fascista, totalitário". Você encontraria possivelmente várias desculpas para se definir como anticapitalista, mas confesse que iria precisar de muita astúcia para se proclamar antiliberal" (Gilles Perrault)."Cabe enfatizar o papel deslanchador de fundamentalismo que o tipo de globalização econômico-financeira imperante está produzindo em todo o mundo. Esse processo é ilusoriamente feito em relações de interdependências, mas, na realidade, de dependências dos grandes conglomerados globais e dos capitais especulativos que dominam as economias periféricas, desestabilizando-as segundo seus interesses particulares, sem qualquer preocupação pelo bem-estar dos povos e a sustentabilidade do planeta, e criando milhões e milhões de excluídos. A nova ordem surgida após a implosão do mundo do chamado mundo socialista não melhorou, como prometia os arautos do mundo capitalista, a situação do mundo. Ao contrário, radicalizou as contradições internacionais e internas. Ademais, o fosso entre riqueza material e pobreza material aumentou. O estado da Terra, em conseqüência da ganância e busca desmedida de lucro, é dramático. As promessas de Paz duradouras (em um sistema em que a indústria bélica é extremamente lucrativa) esvaneceram-se logo. A lógica individualista e não-cooperativa da cultura do capital corrói os laços humanistas de solidariedade entre os povos, imersos na competitividade mercantilista, exacerbou de forma extrema o individualismo, tentou destruir o Estado, visto como obstáculo à expansão dos capitais pondo em seu lugar os interesses de grandes multinacionais, e tenta desmoralizar a política como busca comum do bem do povo, transformando-a em busca do bom funcionamento da expansão de um único mercado mundial, com um único pensamento econômico, ou seja, da globalização" (Leonardo Boff, Fundamentalismo, A globalização e o Futuro da Humanidade, Ed. Sextante, 2002, pp. 33-34). (...) a lógica intrínseca desse sistema não é a colaboração, mas a competição, como a firma George Soros, um dos mais ricos especuladores financeiros do mundo e um dos grandes pensadores do capitalismo do mundo atual, em seu livro A Crise do Capitalismo: se você quer buscar compaixão, compreensão, solidariedade, amizade e amor, não vá ao mercado, porque errou de endereço. No mercado é guerra de todos contra todos, um querendo derrubar o outro pela competição. A crise do capitalismo e uma crise do humano e decorre de tudo ter sido transformado em mercadoria, sem deixar qualquer lugar para a gratuidade, para aquilo cujo valor é sentimento e vivência, não matéria e não facilmente monetarizável: tomar uma cerveja com os amigos no fim de semana, sentar-se com a família e brincar com os filhos (...). O capitalismo mercantilizou tudo, dede o sexo até a mística, e não deixou espaço para a dimensão humana, sem a qual não nos sentimos realizados. É o espaço da gratuidade, daquilo que não é mercadoria" (Leonardo Boff, op. cit., p. 87). |
"Eu não quero um homem que só diga SIM trabalhando comigo.
Quero alguém que fale a verdade - mesmo que isto lhe custe o emprego.“
Samuel Goldwyn
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" Os espinhos que me feriram foram produzidos pelo arbusto que plantei." (Byron)
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