Administradores do Milênio
Quem é o
professor do século XXI?
O mundo
contemporâneo apresenta mudanças que afetam todos os setores da sociedade,
inclusive a educação. Estas mudanças, irreversíveis, estão relacionadas ao
desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs),
que instituem diferentes
concepções de tempo e de espaço e possibilitam ao professor desenvolver novas
práticas pedagógicas. É necessário, então, que os professores do século
XXI, em primeiro lugar, adquiram fluência tecnológica - vinculada,
principalmente, à reflexão e ao uso de ferramentas digitais (para a
comunicação e interação) no âmbito educacional e à compreensão da lógica
da hipertextualidade característica da Web. A falta de fluência
tecnológica cria uma lacuna entre educadores preparados para utilizar
mídias digitais, em aulas presenciais e em cursos on-line, e aqueles que
não estão habilitados para fazer uso delas.
Os
professores precisam adquirir novas competências e habilidades para que os
alunos possam aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver
juntos e aprender a ser - aprendizagens fundamentais salientadas por
Delors no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação
para o século XXI (1999). Essas competências e habilidades estão,
primordialmente, vinculadas às seguintes esferas: pedagógica (relacionada
à utilização de recursos discursivos facilitadores da aprendizagem),
gerencial (concernente aos procedimentos estruturais para o
desenvolvimento de atividades educacionais) e técnica (ligada à
transparência tecnológica do
conjunto formado pelo sistema, software e interface selecionados).
A
mutabilidade da sociedade em rede implica em um processo constante de
releitura das esferas de competências e habilidades e de uma adequada
capacitação pedagógica ao longo da carreira docente. Sem capacitação
experiência, os professores continuarão a simplesmente a duplicar suas
práticas tradicionais na Internet e não se beneficiarão adequadamente das
novas mídias. Em muitos casos, os professores acreditam que atividades
utilizadas em sala de aula presencial podem ser transferidas para os VLEs
(Virtual Learning Environments - Sistemas de Gerenciamento de
Aprendizagem) sem nenhuma adequação. Entretanto, isso não é possível, uma
vez que cada mídia digital exige uma abordagem diferenciada para sua
utilização.
Grande parte
da literatura a respeito da capacitação do professor on-line Se refere à
utilização da tecnologia per se, manuais de ensino e listas de requisitos
para a criação de tutoriais disponibilizados na Web. Contudo, a verdadeira
revolução que está ocorrendo no campo da educação on-line é marcada pelo
novo papel do professor. Este assume a função de orientador que auxilia e
incentiva os alunos a pesquisar, selecionar e organizar as informações,
gerenciar o tempo / estudos e a construir o conhecimento de forma
auto-poética.
As mudanças em nossa sociedade e os avanços tecnológicos
apresentados Neste ensaio mostram a necessidade de uma reestruturação da
prática de ensino, implementada por uma reflexão crítica sobre o trabalho
do professor em sala de aula e em ambientes digitais. Este trabalho está
ligado ao desenvolvimento de novas competências que devem ser priorizadas
em estudos acadêmicos e incorporadas ao currículo escolar de qualquer
instituição que oferece cursos para a formação de professores. Somente
através dessa perspectiva é possível instituir um novo paradigma
educacional.
O maior
desafio da educação e do professor na contemporaneidade é, mais do que
nunca, articular as experiências e
conhecimentos prévios dos alunos e propiciar o desenvolvimento da
autonomia discente de forma a
constituir uma inteligência coletiva (Pierre Lévy) que promova a democratização do
conhecimento e exercício pleno da
cidadania.
Pollyana
Notargiacomo Mustaro e Vera Cristina Queiroz - Doutora e doutoranda em
Educação pela USP, respectivamente.
"Se
soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal
interpretadas,
haveria
muito mais silêncio neste mundo".
Oscar Wilde
SCHLUSS
MIT LUSTIG *
Por
STALIMIR VIEIRA
Esse
é o título do livro que está sendo lançado pela dona da agência de
publicidade Mair and Others, de Colônia, Alemanha. O
nome dela é Judith Mair. A notícia, que li na revista "Amanhã"
(edição 189), diz que Judith está enfurecendo os
profissionais de recursos humanos, ao colocar por terra todas
as teses que defendem que o ambiente de trabalho deve ser
prazeroso.
Para
começo de conversa, na entrada da agência tem uma faixa que diz:
aqui não há lugar para quem pensa que trabalho é bom e
divertido.
Numa
entrevista à revista Der Spiegel, a publicitária condena o espírito
de equipe porque "essa idéia leva os funcionários a pensarem que
outra pessoa vai fazer o trabalho deles". E no livro, coloca
em detalhes o seu jeito de pilotar o pessoal, como a
obrigação de todos desligarem o celular durante o expediente,
de limpar a mesa no final da jornada, proibir que as conversas
pessoais durante o expediente se estendam por mais de cinco
minutos, além de desestimular relações de amizade no ambiente
do trabalho.
Em
compensação, ela decreta com todas as letras: "Só se trabalha de
segunda a sexta-feira das 9 horas às 17h30. É proibido levar
trabalho para casa".
Dona
Judith diz, ainda, que "a confusão entre vida pessoal e trabalho
provocada pela mentalidade americana é a principal causa da onda
de estresse mundo afora". Pois é, o primeiro impulso é
acusá-la de nazistóide, mas se pensarmos um pouquinho vamos
descobrir que o que ela está fazendo, na verdade, é retirar
do âmbito exclusivo da atividade profissional a razão de
viver das pessoas.
Está
acabando com a hipocrisia do "amor à camisa" que, na verdade, morre
nas decisões unilaterais de demitir toda vez que o resultado
financeiro fica ameaçado. Os milhares de desempregados que
despejam currículos no meu e-mail certamente já "amaram" seus
locais de trabalho e defenderam os ambientes saudáveis e
divertidos onde cumpriam suas funções, sob o olhar sorridente
dos patrões.
Juro
que eu preferiria mil vezes trabalhar numa empresa que já na
Entrevista da contratação alertasse: "mensalmente, você receberá um
boletim com os resultados da empresa no período; toda vez que
o desempenho baixar deste número haverá demissões e um dos
demitidos poderá ser você; portanto, não queremos nem seu
amor nem sua amizade, apenas seu empenho de segunda a sexta, das 9
as 18, para que os resultados não fiquem abaixo desse
número.Bem-vindo." Pronto.
Então,
eu guardaria todo o meu amor e a minha alegria para desfrutar em
casa, com minha família; no bar, no restaurante ou na praça, com os
meus amigos de outras profissões, cuja afinidade se
estabeleceu por motivos não-profissionais; na igreja, no
centro comunitário, ensinando analfabetos a ler,
universitário a interpretar textos, crianças a apreciar um bom
livro; enfim, usaria um tanto da minha energia em favor do
meu país, além do meu patrão.
No fundo, dona Judith está dizendo a frase que aparece como título
da matéria da "Amanhã": vai ser feliz em casa! Será que não é
disso mesmo que a gente está precisando? Descobrir que ser
feliz não é receber um elogio do patrão ou do cliente. Ser
feliz é ser feliz sem elogio de ninguém. Você ainda
consegue? U
*
(do alemão, acabou a diversão).
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