O Brasil surge na economia mundial como grande potencial
fornecedor de alimentos, o que poderá levar o pais a nova fase de
desenvolvimento e de melhor distribuição de renda.
A globalização e os acordos multilaterais obrigam o
Brasil, que passa por uma fase de desenvolvimento do agronegócio, a se
adaptar ao contexto internacional para não perder o momento favorável, seja
no campo empresarial ou nas atividades familiar e extrativista, estimuladas
através de cooperativas e pequenas indústrias rurais.
O ciclo de atividades pode ser industrial ou de serviços.
A Agropecuária, desenvolvendo os serviços e a indústria é muito importante
se tiver por meta o estabelecimento de mecanismos de fixação do homem ao
campo, prevenindo o aumento dos problemas sociais, ambientais e a violência
urbana.
No Brasil, conforme a imprensa especializada, o
agronegócio já representa 34% do PIB total, 32% do emprego gerado e está em
expansão. O Brasil já é o maior exportador mundial de frangos, álcool, carne
bovina, couro curtido e calçados. O país é responsável por 82% das vendas de
suco de laranja, 38% de grãos de soja, 29% de açúcar, 28% de café em grão,
44% de café solúvel e 23% de tabaco.
O agronegócio propicia ainda o desenvolvimento das
cidades do interior e muitas delas estão se destacando pela qualidade de
vida, pela geração de emprego e pela renda. No Brasil, existem mais de 500
milhões de hectares aptos para a agricultura, sendo que 40% ainda não
explorados. A ocupação ordenada e responsável, por meio de agroindústrias,
cooperativas e pequenas empresas familiares rurais, possibilitaria a
exportação de produtos mais elaborados e evitaria a oferta de produtos
primários e subprodutos diretamente aos mercados externos.
A agricultura brasileira em muitos setores já está
apoiada em tecnologia moderna para enfrentar a batalha da produção e poder
competir em preço e qualidade no mercado externo. Destaca-se a biotecnologia
desenvolvida pelos centros de pesquisas, nacionais e externos, alcançando,
assim, um índice de produtividade que supera o dos competidores externos,
ademais de uma crescente conscientização ambiental. Porém, as dificuldades
da burocracia e no transporte são um entrave ao escoamento da produção,
devido ao estado das rodovias, das ferrovias, além de pedágios caros e
portos inadequados para uma exportação eficiente e competitiva.