Resultados de um estudo demonstraram que crianças sob tratamento quimioterápico tiveram propensão a desenvolver aversão a um sabor de sorvete específico (Mapletoff), quando este sorvete era consumido antes de cada sessão do tratamento (Bernstein, 1978). Esta aversão foi verificada em uma situação posterior em que as crianças podiam escolher entre tomar sorvete deste mesmo sabor ou brincar com um jogo. Os resultados mostraram que somente 25% das crianças que haviam tomado o sorvete nos dias em que receberam o tratamento escolheram tomar sorvete. Em contrapartida, das crianças que nunca haviam tomado aquele sorvete, ou haviam tomado o sorvete em dias em que não receberam tratamento, 75% preferiram tomar sorvete a brincar.

Sobre este estudo e o processo comportamental que envolve, é possível afirmar que

(A) a aversão ao sabor do sorvete é produto de condicionamento operante, pois, durante o condicionamento, tomar sorvete (resposta) foi punido por sensações de náusea induzida pelo tratamento (conseqüência).

(B) a aversão ao sabor do sorvete é produto de condicionamento respondente (ou clássico), pois o sabor do sorvete deve ter sido associado às sensações desagradáveis de náusea induzida pelo tratamento.

(C) a aversão resultante deste processo de condicionamento é irreversível, o que significa que as crianças que a desenvolveram passarão a evitar este sabor de sorvete indefinidamente.

(D) a aversão resultante deste processo de condicionamento certamente tem relação com o sabor específico do sorvete utilizado pelos experimentadores, isto é, Mapletoff.

(E) dada a natureza do condicionamento que se estabeleceu na situação descrita, tentativas de prevenir a sua ocorrência ou de minimizar os seus efeitos são infrutíferas.

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